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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

O Caminho de Volta

Nesse filme o ator Ben Affleck interpreta um homem que está afundando. Após a morte de seu filho e do fim de seu casamento, ele se entrega ao alcoolismo. Arranja um emprego qualquer na construção civil apenas para sobreviver. Sua vida parece ter chegado a um beco sem saída, um destino que ninguém imaginava uma vez que no passado, quando era jovem, ele foi um excelente jogador de basquete. Diziam que iria entrar até mesmo na NBA, mas as coisas não foram por esse caminho. Então, enquanto afunda, ele recebe a ligação de um padre. O religioso o conhece há muitos anos e lembrou dele quando surgiu uma vaga de treinador da escola católica onde ele jogou no passado. Pode ser sua redenção pessoal, quem sabe... De qualquer forma é uma chance de recomeçar, encontrar uma razão para se levantar pela manhã para mais um dia de vida.

Bom, o roteiro desse filme não pode ser definido exatamente como algo original, mas mesmo assim devo dizer que funciona! É a velha história do homem que precisa de um novo sentido na vida e o encontra no esporte, treinando um time de jovens colegiais. É considerado o pior time da liga escolar, mas pode ser que as coisas mudem. Com dedicação e treinamento tudo pode mudar. E para o personagem de Ben Affleck é justamente isso o que importa. Esse filme é um bom drama esportivo, com algumas coisas manjadas, é preciso reconhecer, mas que ainda assim não deixa de ser um bom exemplo de vida.

O Caminho de Volta (The Way Back, Estados Unidos, 2020) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Ben Affleck, Al Madrigal, Janina Gavankar / Sinopse: Jack (Affleck) foi no passado um promissor jovem jogador de basquete. Agora, envelhecido e destruído emocionalmente, corroído pelo alcoolismo, ele vê uma chance de recomeçar ao se tornar treinador de um time de basquete escolar.

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de novembro de 2021

Em Busca da Justiça

Dos filmes recentes de faroeste esse foi um dos que mais me agradaram. E qual é a história que esse filme nos conta? Após conseguir fugir das mãos de um criminoso sádico e violento chamado John Bishop (Ewan McGregor), a jovem Jane (Portman) consegue reconstruir sua vida ao lado de Bill Hammond (Noah Emmerich). Eles recomeçam como rancheiros numa propriedade distante, no meio do deserto. O que ela não poderia esperar era que Bishop conseguiria descobrir onde ela estaria vivendo. Agora ao lado de seus bandoleiros eles retornam para acertar contas com ela e seu marido Bill. Só os mais fortes conseguirão sobreviver. Como eu frisei esse filme é realmente um bom faroeste estrelado pela atriz Natalie Portman. Eu sinceramente não me lembro de ter visto ela em filmes desse gênero antes. O mais interessante é que o filme foi produzido pela própria Natalie ao lado dos irmãos Weinstein, os antigos donos do estúdio Miramax. O resultado é dos melhores. A protagonista é uma jovem que sofreu todos os tipos de abusos psicológicos e sexuais quando caiu na rede da quadrilha de John Bishop (interpretado por Ewan McGregor, ótimo, quase irreconhecível). Ela a forçou trabalhar como prostituta em seu bordel, sob a mira de uma arma. Pior do que isso, sumiu com sua pequena filha. O único que a defendeu foi Bill (Noah Emmerich), antigo membro da gangue de Bishop.

Após uma matança eles conseguem fugir, mas Bishop não perdoa o que ele considera uma traição vil. Para completar o quadro ainda há o veterano de guerra Dan Frost (Joel Edgerton), primeiro marido de Jane. Uma boa pessoa que viu sua esposa ir embora com outro homem. Mesmo magoado, ele resolve ajudar Jane, principalmente agora que o bando de Bishop está prestes a chegar, prontos para tudo. O roteiro é basicamente construído em cima desse momento de tensão com Jane, Dan e Bill encurralados em seu pequeno rancho enquanto Bishop e seus homens partem para a vingança. Para contar o passado de todos os protagonistas o diretor usa de flashbacks, todos muito bem encaixados na estória. Assim o que temos aqui é um faroeste classe A, com excelente elenco e direção de Gavin O'Connor, jovem cineasta que se destacou com "Guerreiro", um bom filme sobre lutas. Esse novo "Jane Got a Gun" é certamente seu melhor trabalho. Se você gosta do gênero faroeste não deixe passar em branco pois o resultado, como escrevi, é realmente muito bom.

Em Busca da Justiça (Jane Got a Gun, Estados Unidos, 2015) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Brian Duffield, Anthony Tambakis / Elenco: Natalie Portman, Ewan McGregor, Joel Edgerton, Noah Emmerich / Sinopse: Jovem mulher e seu marido são encurralados em seu próprio rancho por uma quadrilha de bandidos e criminosos. O líder deles quer se vingar de Jane, a dona do rancho, a qualquer custo.
 
Pablo Aluísio.

domingo, 13 de novembro de 2016

O Contador

Na infância Christian Wolff (Ben Affleck) foi diagnosticado como portador de uma das espécies mais raras de autismo. Seu pai, um militar linha dura, o treinou para controlar esse problema, evitando assim que ele fosse explorado por causa de seu transtorno. O objetivo era garantir uma vida normal para o garoto no futuro. Como se sabe pessoas autistas apresentam grandes problemas em relacionamentos sociais, porém são extremamente habilidosas para lidar com números, estatísticas, listas, etc. Assim Wolff acaba se tornando um auditor contábil dos mais eficientes em seu ramo profissional. Inicialmente ele começa trabalhando para grupos criminosos, extremamente perigosos e letais, entre eles a máfia italiana em Nova Iorque. Sua racionalidade acima da média o faz sobreviver nesse submundo. Suas atividades porém chamam a atenção do governo americano que resolve descobrir sua identidade. Enquanto não é descoberto, Wolff aceita mais um serviço, em uma empresa especializada em robótica e próteses para deficientes físicos.

Lá descobre um grande desfalque, um desvio de 60 milhões de dólares nas contas. Um dos sócios desviou toda essa fortuna, embolsando o dinheiro para si. A descoberta acaba em tragédia e a auditoria fica pelo meio do caminho, mas Wolff, sem saber, acaba entrando em uma armadilha mortal. Ele precisa salvar não apenas sua vida, mas também a da jovem contadora da empresa, a primeira a descobrir o rombo milionário nas contas corporativas. Eu achei bem interessante esse "O Contador". A premissa realmente é das melhores. Ter um protagonista autista já é um diferencial e tanto. Agora colocá-lo como um sujeito extremamente treinado e preparado para sobreviver até nas mais estressantes e violentas ações já achei um pouco além da conta. Em minha concepção o filme funciona muito bem até mais ou menos sua metade. Somos apresentados ao personagem de Ben Affleck, descobrimos que ele é autista, que tem problemas e transtornos mentais, etc. Tudo muito interessante. Depois que ele vira uma espécie de Rambo indestrutível o filme decai muito. O roteiro perde parte de sua graça ao explorar uma série de cenas de ação. Acho que não era bem por aí. O roteiro se tivesse focado mais no lado cerebral da trama teria sido bem melhor. De qualquer forma ainda está valendo. Não é uma obra prima, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser um pouco diferente, fugindo em parte do lugar comum.

O Contador (The Accountant, Estados Unidos, 2016) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Bill Dubuque / Elenco: Ben Affleck, Anna Kendrick, J.K. Simmons, John Lithgow / Sinopse: Christian Wolff (Ben Affleck) é um auditor contábil, com problemas de autismo, que precisa sobreviver a inimigos do passado e do presente. Ele, com os anos, se tornou um arquivo vivo que precisa ser eliminado de todas as formas possíveis.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Desafio no Gelo

O Hóquei é um esporte bem popular nos países do norte, da América do Norte em especial, Canadá e Estados Unidos. No Brasil ninguém dá muita bola para esse esporte que é muito pouco conhecido em nosso país. Por isso não é de se admirar que um filme como esse não tenha feito qualquer sucesso em nossos cinemas (isso se ele ficou pelo menos 1 semana em cartaz). No meu caso assisti na TV a cabo, muito provavelmente no canal HBO. È um filme até interessante, mas esquecível demais.

O fato é que o tempo passa. O Kurt Russell foi herói de filmes de ação nos anos 80. Mas aí chegou a idade e ele precisou se readaptar. Nesse filme aqui ele interpreta um técnico de um time de hóquei, já bem velho e gordo. Nada parecido com o Cobra Prinski de "Fuga em Nova Iorque" ou outros filmes de ação que fizeram sucesso com o Kurt Russell estrelando. Sobrou mesmo esses filmes de pouca expressão para ele seguir trabalhando como ator. É a vida, meus caros.

Desafio no Gelo (Miracle, Estados Unidos, 2004) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Eric Guggenheim / Elenco: Kurt Russell, Patricia Clarkson, Nathan West / Sinopse: A verdadeira história de Herb Brooks, o jogador que virou treinador que liderou o time de hóquei olímpico dos EUA em 1980 à vitória sobre o aparentemente invencível time soviético.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Força Policial

Filmes policiais nunca saem de moda. Também são facilmente mesclados com outros gêneros, podendo se tornar filmes policiais de ação, com muitos tiros e perseguições ou então dramas mais densos, com desenvolvimento maior de situações dramáticas envolvendo os principais personagens. É nessa segunda categoria que se enquadra esse “Força Policial”, bom momento do gênero nas telas. O enredo mostra uma família que de geração em geração vai formando novos homens da lei. Desde o patriarca Francis (Jon Voight) até seus filhos Francis Jr. (Noah Emmerich) e Ray (Edward Norton). Como se não bastasse a família de tiras ainda é completada pela presença do cunhado Jimmy (Colin Farrell). As coisas começam a se complicar quando Ray toma conhecimento de uma denúncia de corrupção envolvendo seu cunhado. A dramaticidade surge do conflito interno que começa a assolar o policial, afinal como agir quando algo assim acontece? Deveria ele tomar partido incondicional de um membro da sua família ou adotar uma postura essencialmente ética, levando em frente as investigações para se chegar ao fundo da verdade, mesmo que essa seja a pior possível para os interesses de sua família?

Como se pode perceber o filme se desenvolve em torno dos personagens interpretados pelos atores Colin Farrell e Edward Norton. De Norton sempre esperamos boas atuações pois ele realmente é um profissional muito talentoso. Aqui ele encarna perfeitamente o policial que fica em completa crise existencial ao ter que decidir por sua fidelidade à corporação ou sua lealdade familiar. O argumento, que discute ética e honestidade de uma forma bastante inteligente, encontra um intérprete à altura de seu dilema de índole pessoal. Por outro lado a maior surpresa em termos de atuação vem com Colin Farrell, ator bem mais limitado, que tem ultimamente estrelado filmes ruins com atuações igualmente medonhas. Aqui ele está surpreendentemente bem, talvez por influência do colega de cena. Consegue inclusive levantar dúvidas no espectador sobre seu real caráter. Afinal é realmente um tira corrupto ou apenas um policial sendo injustamente acusado? O resultado final é dos melhores. Sem medo de errar qualifico “Força Policial” como uma das melhores produções do gênero nos últimos anos. Dramaticamente bem desenvolvido, não abre mão da tensão e do suspense, tudo emoldurado em um bom roteiro que não abre brechas para soluções fáceis. Curiosamente o filme deveria ter sido filmado em 2001 mas foi arquivado pelo estúdio por causa dos acontecimentos de 11 de setembro. Não era de bom tom colocar tiras corruptos nas telas naquele momento em que os policiais estavam sendo vistos como heróis daquela tragédia. Mesmo atrasado o filme diverte, entretém e mantém um bom nível e por isso deve ser conhecido por quem deseja assistir a um bom drama policial. Está mais do que recomendado.

Força Policial (Pride and Glory, Estados Unidos, 2008) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Joe Carnahan, Gavin O'Connor / Elenco: Edward Norton, Colin Farrell, Noah Emmerich, Jennifer Ehle, Chris Astoyan, Lake Bell, Jon Voight, / Sinopse: Policial que faz parte de uma grande família de policiais é acusado de ser corrupto. Seria a acusação um fato ou uma forma de atingir todo o clã policial de que faz parte?

Pablo Aluísio.