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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Um Negócio de Risco

Título no Brasil: Um Negócio de Risco
Título Original: Criminal Activities
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Jackie Earle Haley
Roteiro: Robert Lowell
Elenco: John Travolta, Michael Pitt, Dan Stevens, Christopher Abbott, Edi Gathegi, Jackie Earle Haley
  
Sinopse:
Tentando dar uma de espertinhos, quatro amigos decidem comprar um grande lote de ações de uma empresa do ramo farmacêutico que está prestes a anunciar uma grande descoberta, um novo remédio que promete elevar o valor de suas ações às alturas. Para isso um deles acaba tomando dinheiro emprestado de um mafioso, Eddie (Travolta). Quando a empresa vai à bancarrota eles ficam com uma enorme dívida a saltar com a máfia, que definitivamente não costuma deixar algo assim sair barato. 

Comentários:
Inicialmente achei que seria mais um filme de gangsters sem muitos atrativos. Acabei me surpreendendo por alguns aspectos do roteiro que me agradaram bastante. Para saldar a dívida com um mafioso (John Travolta, muito bem em cena) um grupo de amigos precisam fazer um "servicinho" para ele. Nada mais, nada menos, do que sequestrar um sobrinho de um poderoso chefão da maior quadrilha de tráfico de drogas da cidade. Obviamente não parece uma boa ideia, mas como eles não querem morrer, acabam aceitando o tal "serviço". Por serem amadores e nada profissionais nesse ramo do crime as coisas logo saem do controle. Enquanto os rapazes fazem o serviço sujo, o chefe mafioso Eddie (Travolta) conspira contra a principal quadrilha rival de seus próprios negócios no mundo do crime. O elenco é muito bom, mas como sempre, Travolta se destaca. Com o cabelo cheio de brilhantina e sinais de que recentemente fez alguma cirurgia plástica, o ator esbanja seu já conhecido carisma em cena. Outro destaque vem dos atores jovens, todos bons. E o gangster sequestrado interpretado pelo ator negro Edi Gathegi acaba tendo alguns dos melhores diálogos de todo o roteiro. Nos dez minutos finais o filme dá uma incrível reviravolta e todos acabam descobrindo que nada era o que aparentava ser, o que não deixa de ser bem divertido. Claro que alguns furos de lógica ficam no meio do caminho, mas quando essa virada ocorre o jogo já está ganho, pois o filme se desenrola muito bem. Por fim um aspecto curioso: o próprio diretor do filme está também no elenco. Jackie Earle Haley interpreta um dos capangas de Travolta. Sua cena em que encontra um velho amigo da infância sendo torturado é realmente muito bem bolada. Enfim é isso, um bom filme sobre gangsters modernos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A Outra Face

Título no Brasil: A Outra Face
Título Original: Face/Off
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Woo
Roteiro: Mike Werb, Michael Colleary
Elenco: John Travolta, Nicolas Cage, Joan Allen, Nick Cassavetes, Gina Gershon, Dominique Swain
  
Sinopse:
Castor Troy (Nicolas Cage) é um terrorista internacional caçado pelo incansável agente do FBI Sean Archer (John Travolta). No passado o criminoso fora responsável pela morte do filho do policial, o que acabou transformando sua captura em uma questão bem pessoal. Tudo corre bem até que finalmente Archer consegue colocar as mãos em Troy, mas esse acaba entrando em coma após uma grande explosão. O problema é que ele deixou uma bomba armada para ser explodida a qualquer momento. Assim o agente do FBI precisa descobrir onde ela está. Para isso resolve fazer uma cirurgia inovadora e revolucionária onde o rosto do criminoso é transplantado para sua face. Archer pretende usar o disfarce para descobrir onde estaria a bomba, mas algo acaba saindo terrivelmente errado.

Comentários:
Quando o cineasta oriental John Woo foi para Hollywood ele foi saudado como um gênio dos filmes de ação de Hong Kong. Muitos críticos (de forma completamente exagerada) diziam que Woo iria revolucionar o cinema americano. Em pouco mais de dois anos ele rodou quatro filmes, todos aproveitando essa onda favorável por parte de artigos em revistas americanas especializadas em cinema. Esse aqui foi seu terceiro filme Made in USA. Aproveitando-se da fama de dois astros de Hollywood (John Travolta e Nicolas Cage) ele dirigiu um filme com produção classe A embasado em pura bobagem trash. O roteiro jamais pode ser levado à sério, no fundo é uma grande brincadeira com Travolta tirando onda de Cage, o imitando, e vice versa. Claro que há realmente ótimas cenas de ação, porém o fato inegável é que o tempo mostrou que tudo não passava mesmo de uma fita bem descartável, nada memorável. A tal "genialidade" de John Woo nunca realmente chegou a se comprovar nos Estados Unidos. Assim depois de alguns anos (e fracassos de bilheteria) ele acabou retornando para Hong Kong, onde voltou a dirigir aqueles filmes de artes marciais sem muita qualidade cinematográfica. Melhor para ele que nunca deveria ter abandonado o nicho em que sempre se deu bem. Por fim uma mera curiosidade: John Woo voltaria a trabalhar ao lado de Nicolas Cage no filme de guerra "Códigos de Guerra" em 2002. Infelizmente a fita acabou se tornando um grande fracasso comercial, enterrando de vez as pretensões de Woo em continuar a trabalhar em Hollywood.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Eu Sou a Fúria

Título no Brasil: Eu Sou a Fúria
Título Original: I Am Wrath
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Yvan Gauthier, Paul Sloan
Elenco: John Travolta, Christopher Meloni, Amanda Schull, Sam Trammell, Paul Sloan, Rebecca De Mornay
  
Sinopse:
Após retornar de uma viagem, ainda no estacionamento do aeroporto, Stanley (Travolta) vê sua esposa ser brutalmente assassinada por um trio de criminosos. Após o funeral ele percebe, desesperado, que a polícia não parece estar muito empenhada em manter o assassino preso. Após fazer seu reconhecimento o sujeito simplesmente é liberado, saindo pela porta da frente da delegacia para responder o processo em liberdade. Stanley fica tão revoltado com a situação de impunidade que resolve agir por conta própria, fazendo justiça com as próprias mãos.

Comentários:
Basta ler a sinopse desse filme para lembrar imediatamente da série policial "Desejo de Matar" onde Charles Bronson interpretava o justiceiro das ruas Paul Kersey. O enredo é praticamente o mesmo, sua esposa é morta e ele parte para a vingança. Assim "Eu Sou a Fúria" é praticamente um remake não assumido. O problema básico é que John Travolta não é Charles Bronson. Ele não fica perfeitamente à vontade nesse tipo de papel e tampouco passa credibilidade ao espectador ao sair pelas ruas de noite com armas de grosso calibre para matar a quadrilha que assassinou sua esposa. Por falar nela quem a interpreta é a atriz Rebecca De Mornay. Há muitos anos que não a tinha visto em filmes e fiquei surpreso com sua atual aparência. Foram tantas as plásticas que ela acabou perdendo suas feições originais, algo realmente surpreendente. Gostava mais de sua visual antigo, mais natural e sensual. No geral é isso. Travolta, ao lado de um amigo dos tempos em que eles atuavam em forças especiais, altamente armados, caçando cada um dos responsáveis pela morte de sua querida mulher. O filme inclusive usa a frase "Não há justiça sem sangue" para mostrar de forma bem clara suas intenções! Há muita violência estilizada nesse filme de ação que pode ser tudo, menos convincente. O diretor Chuck Russell certamente já fez coisas bem melhores como a comédia "O Máskara" e "Queima de Arquivo" (com Arnold Schwarzenegger). Aqui tudo soa banal e repetitivo, sem novidades. Melhor rever os antigos filmes de Charles Bronson que eram bem melhores.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Brigada 49

Título no Brasil: Brigada 49
Título Original: Ladder 49
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jay Russell
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Joaquin Phoenix, John Travolta, Jacinda Barrett
  
Sinopse:
Jack Morrison (Phoenix) é um jovem bombeiro que precisa lidar com a sua conturbada vida pessoal, pois é casado com uma mulher problemática, e sua nova profissão, salvando vidas em situações excepcionalmente perigosas. Sob a supervisão do Capitão Mike Kennedy (Travolta) ele precisa colocar tudo em sua vida nos eixos. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.

Comentários:
Assisti ainda nos tempos do VHS. A recordação, embora um pouco apagada pelo tempo, é a de que gostei do filme. Essa produção foi realizada três anos após os atentados de 11 de setembro quando os bombeiros ganharam definitivamente a pecha de heróis. Eles obviamente já eram vistos assim pela sociedade, mas depois daquele trágico ataque terrorista ficaram ainda mais consagrados dentro do imaginário popular. O filme também faz parte de uma boa fase nas carreiras tanto de Travolta como de Phoenix. O primeiro ainda não tinha engordado e perdido de certo modo o prazer pelo cinema (a morte de um de seus filhos parece ter sido devastador nesse aspecto). O outro ainda era uma grata revelação do cinema americano (e de fato Phoenix se tornaria no mínimo um dos atores mais interessantes nos anos que viriam). O roteiro explora tanto o aspecto pessoal de seus personagens (suas vidas pessoais, relacionamentos, etc) como cenas de ação explorando o combate a incêndios e tragédias. Bem balanceado, é realmente um bom programa para uma tarde sem nada melhor para ver. Recomendaria sem receios, até porque os bombeiros merecem sempre a homenagem, principalmente partindo de bons filmes como esse. Confira se por acaso ainda não assistiu. Vai valer a pena.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os Fugitivos

Baseado em fatos históricos reais, o filme "Lonely Hearts" conta a trajetória de Ray Fernandez (Jared Leto), um patife que ganhava a vida explorando mulheres solitárias e infelizes durante a década de 1930. Usando como isca o classificado dos jornais ele procurava conquistar o coração delas com o objetivo de lhes tirar todo o dinheiro possível. Sua vida criminosa ganha uma reviravolta quando passa a ser acompanhado por sua amante, Martha Beck (Salma Hayek), que finge ser sua irmã para as vítimas. Com ela ao seu lado, Ray ganha uma insuspeita imagem de confiança e respeitabilidade que ele prontamente usa para aumentar o número de potenciais alvos. Quando alguma delas começam a lhe trazer problemas a solução passa a ser o assassinato para encobrir seus rastros. E é justamente no suicídio forjado de uma dessas mulheres que a dupla de detetives formado por Elmer Robinson (Travolta) e Charles Hilderbrandt (James Gandolfini) começa a entender a rede de crimes praticada pelo casal de psicopatas. Para Robinson a solução dos crimes passa a ser algo bem pessoal, uma vez que ele próprio está destruído emocionalmente após o suicídio de sua jovem esposa. Colocar as mãos em Ray e Martha passa a ser uma verdadeira obsessão para ele.

Gostei muito desse filme. Além da trama envolvente, explorando um fato real, a produção procura ser o mais fiel possível aos acontecimentos históricos. Durante os anos de 1937 a 1939 esse casal de assassinos praticou uma série de assassinatos terríveis em diversos estados americanos. Calcula-se que juntos tenham matado mais de vinte mulheres, a grande maioria delas viúvas da guerra ou senhoras mais velhas, solitárias e em busca de um relacionamento sério para preencher o vazio de suas vidas. O roteiro toma certas liberdades em relação a alguns detalhes dos fatos históricos, como por exemplo, transformar a psicopata Martha em uma jovem sensual e bonita (na verdade ela já era uma senhora com problemas de obesidade quando os crimes foram cometidos). Em termos de elenco eu destacaria o trabalho de Jared Leto. Ele está excepcionalmente bem na pele do psicótico Ray. O interessante é que tal como aconteceu na vida real ele também era completamente manipulado por Martha, que conforme escrevi, ganha contornos de exuberância sensual na interpretação de Salma Hayek que além de estar extremamente bela no filme, desfila uma série de elegantes figurinos de época. Entre os tiras o sempre excelente James Gandolfini defende muito bem seu personagem, porém temos que reconhecer que seu parceiro John Travolta já não se sai muito bem, o que é complicado, já que seu policial atormentado é um dos pilares dramáticos do filme como um todo. Travolta não conseguiu expressar a tempestade de emoções que seu papel exigiu. Ao invés de passar um sentimento de depressão, desespero interior e melancolia ao espectador tudo o que ele consegue transmitir é uma eterna expressão de raiva e fúria. Travolta sempre foi um ator limitado, temos que reconhecer. Mesmo assim essa é uma falha menor. O filme como um todo é realmente muito bom, altamente recomendado e resgata a história desses criminosos insanos e violentos que felizmente encontraram finalmente a justiça em uma cadeira elétrica pouco depois de terem cometido seus crimes e atrocidades contra mulheres indefesas e inocentes.

Os Fugitivos (Lonely Hearts, EUA, 2006) Direção: Todd Robinson / Roteiro: Todd Robinson / Elenco: John Travolta, James Gandolfini, Salma Hayek, Jared Leto, Scott Caan, Laura Dern / Sinopse: Um casal de psicopatas começa a procurar suas próximas vítimas usando o serviço de classificados dos jornais. Seu alvo preferido passa a ser mulheres solitárias que tenham algum dinheiro. Quando algumas delas começam a aparecer assassinadas, uma dupla de detetives do departamento de polícia de Nova Iorque entra no caso para prender os criminosos.Filme indicado ao San Sebastián International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Todd Robinson).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O Falsificador

Título no Brasil: O Falsificador
Título Original: The Forger
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Philip Martin
Roteiro: Richard D'Ovidio
Elenco: John Travolta, Christopher Plummer, Tye Sheridan, Jennifer Ehle
  
Sinopse:
Raymond J. Cutter (John Travolta) é um falsificador de obras de arte. Preso e condenado, ele não tem mais nenhuma paciência para esperar os dez meses que ainda faltam para ganhar a liberdade. Assim pede ao seu advogado que entre em contato com um criminoso lá fora, que poderá dar um jeito para ele ir embora da prisão. Um suborno é providenciado ao juiz de seu caso e Ray finalmente ganha as ruas. O problema é que agora ele terá que pagar 50 mil dólares que foram pagos ao magistrado para sua saída da prisão. Para isso precisará entrar em um novo e perigoso golpe, envolvendo o roubo de uma das maiores obras do mestre impressionista Claude Monet.

Comentários:
Esse filme estrelado por John Travolta que chegou aos cinemas americanos no mês passado investe nesse mundo de falsificações de grandes obras primas da pintura. O personagem interpretado pelo ator tem um talento e tanto para pintar falsificações praticamente perfeitas dos quadros originais. Longe da prisão ele agora foca seu objetivo em roubar e colocar no lugar uma falsificação de Monet que estará em exposição na cidade de Boston. O golpe será certamente o maior feito de sua carreira criminosa. O roteiro porém não se contenta em apenas contar essa história policial. Grande parte do filme se concentra também na delicada relação de Ray (Travolta) com seu filho adolescente que está com um tumor cerebral incurável. O jovem sabe que não tem muito tempo de vida e por isso faz alguns pedidos ao pai, entre eles conhecer sua mãe, há muito desaparecida. Para o rapaz, Ray diz que ela vive em Nova Iorque, mas na realidade ela é uma pobre coitada que mora em um trailer. Viciada em drogas, não conseguiu lidar com a responsabilidade de se criar um filho e um dia simplesmente foi embora de casa. A atriz Jennifer Ehle que a interpreta tem um excelente trabalho de atuação. Ela não aparece muito, mas certamente sua performance é uma das melhores coisas do filme. Uma mulher corroída pelo vício que tenta de todas as formas esconder isso de seu filho, com quem não tem qualquer contato há muitos anos. "The Forger" é sem dúvida um bom filme, uma boa fusão entre drama familiar e filme policial. Provavelmente Travolta tenha realizado o filme por causa da recente morte de seu filho. O roteiro investe bastante na relação entre pai e filho e isso certamente foi um atrativo para o ator. Uma forma de redenção cinematográfica desse verdadeiro drama pessoal e familiar que viveu recentemente.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Fenômeno

Título no Brasil: Fenômeno
Título Original: Phenomenon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: John Travolta, Kyra Sedgwick, Forest Whitaker

Sinopse:
George Malley (John Travolta) é um sujeito simples, comum, que ganha a vida como mecânico. Sua vida pacata acaba quando visualiza uma estranha luz na mesma noite em que celebra sua aniversário. A partir daí começa a desenvolver enormes mudanças em si mesmo. Da noite para o dia ele adquire uma capacidade intelectual fora do comum, muito superior ao das demais pessoas. Isso chama a atenção das autoridades que logo decidem se apossar dele para realizar testes.

Comentários:
Filme meio estranho que aposta em uma visão esotérica e new age da vida espiritual. Travolta deve ter gostado de fazer algo tão diferente em sua carreira. Na época de seu lançamento a produção levou pauladas de todos os lados, pois os críticos americanos de uma maneira em geral não gostaram nada do resultado. A película foi acusada de ser sensacionalista, boboca e com roteiro cheio de clichês do começo ao fim. É a tal coisa, em tempos de tanta (falsa) espiritualidade o argumento certamente agradará aos mais alternativos. Mas o problema de "Phenomenon" nem é bem esse, na verdade o maior defeito é do roteiro mesmo. Perceba que a situação é colocada no começo da trama, vem a surpresa sobre os tais poderes do personagem de Travolta e pronto, o enredo poderia acabar por aí, pois nada de mais interessante acontece até o fim do filme. Não gostei da conclusão e nem da proposta final dos roteiristas. A tal mensagem mais espiritualizada que o clímax tenta passar é uma bobagem sem tamanho, vamos convir. Enfim, nada de muito relevante em um momento que agradou ao Travolta em sua carreira (o problema é que parece ter agradado apenas a ele mesmo!).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Além da Linha Vermelha

Título no Brasil: Além da Linha Vermelha
Título Original: The Thin Red Line
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Jim Caviezel, Sean Penn, Nick Nolte, John Cusack, Adrien Brody, John C. Reilly, Woody Harrelson, Jared Leto, John Travolta, George Clooney

Sinopse:
Baseado na obra de James Jones, que vivenciou todas as experiências que narrou ao lutar na II Guerra Mundial no Pacífico Sul. No enredo temos um grupo de soldados americanos lutando contra tropas japoneses em ilhas disputadas pelas duas nações. Filme indicado aos Oscars de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Fotografia, Edição, Som e Música. 

Comentários:
Eu costumo dizer que o cineasta Terrence Malick não é para qualquer um. Ele cria um cinema sensorial, baseado em sensações e não em narrativas convencionais. É o tipo de artista que precisa de um espectador mais preparado, tanto do ponto de vista filosófico como intelectual. Eu mesmo confesso que só absorvi completamente a arte produzida por Terrence Malick em uma fase mais madura de minha vida. Esse é o tipo de diretor que não fará sua cabeça caso você seja um mero adolescente comum ou uma pessoa sem muito background cultural. Esse "Além da Linha Vermelha" foi consagrado lá fora, mas aqui em nossas fronteiras houve quem considerasse o filme chato ou melancólico demais. Na verdade Malick não está interessado em contar uma história de guerra ao estilo tradicional. O cenário está posto, o conflito é o ponto de referência, porém o grande desafio do diretor é passar a sensação de medo, terror, perplexidade que viveram aqueles homens, isso sob um ponto de vista puramente subjetivo, calcado em sensações humanas reais. Imagine ser um jovem americano jogado no meio de ilhas perdidas no Pacífico para enfrentar guerreiros japoneses completamente fanatizados, prontos para morrer em nome de seu império e imperador, considerado por eles naquele momento histórico como uma verdadeira divindade na Terra. Em vista disso há cenas belíssimas, explorando por exemplo a verde relva das colinas sendo suavemente afagadas pelo vento do Oceano, enquanto tiros voam pelos ares. Coisa de um verdadeiro gênio da sétima arte, certamente. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Última Ameaça

Título no Brasil: A Última Ameaça
Título Original: Broken Arrow
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Woo
Roteiro: Graham Yost
Elenco: John Travolta, Christian Slater, Samantha Mathis

Sinopse:
"Broken Arrow" é o termo técnico usado pelas forças armadas americanas quando algum armamento nuclear é perdido ou roubado. E é justamente isso que acontece quando um piloto da US Air Force, Vic Deakins (John Travolta), resolve fazer para ficar milionário. Ele pretende pousar sua aeronave em uma região deserta para vender a terroristas internacionais os dois mísseis nucleares que seu bombardeio carrega. O problema será passar por seu co-piloto, Riley Hale (Christian Slater), que fará de tudo para não deixar essa traição se consumar.

Comentários:
Como filme de ação é de fato um produto muito competente, com ótimas sequências e um ritmo que não deixa o espectador ficar entediado. Nesse aspecto o cineasta John Woo merece todos os elogios, afinal Hollywood o trouxe nos anos 1990 justamente para que ele revitalizasse o cansado gênero dos filmes de ação americanos que já se mostravam bem saturados por essa época. O roteiro também é bom, tem uma premissa muito interessante e até bem bolada. O problema central de "Broken Arrow" vem realmente da escolha do elenco. John Travolta estão tão canastrão em suas cenas que chega ao ponto de ser constrangedor. Imagine encarar um ator como esse, mais adequado a musicais e comédias românticas, tentando bancar o malvadão! O próprio Travolta aliás dá muitas pistas que simplesmente não está levando nada a sério, principalmente ao optar por uma caracterização exagerada, fazendo caras e bocas que mais parecem ter sido copiadas de desenhos animados. Enfim, veja pelo talento de John Woo e tente (se possível) ignorar as patetadas do Travolta.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os Embalos de Sábado Continuam

Título no Brasil: Os Embalos de Sábado Continuam
Título Original: Staying Alive
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Nik Cohn, Sylvester Stallone
Elenco: John Travolta, Cynthia Rhodes, Finola Hughes

Sinopse:
Cinco anos depois da história mostrada no primeiro filme o suburbano Tony Manero (Travolta) corre atrás de seu grande sonho, se tornar dançarino profissional de uma grande companhia de dança da Broadway em Nova Iorque. Nada será fácil pois a competição é acirrada e a concorrência numerosa. Apenas os verdadeiros talentos vencerão essa disputa.

Comentários:
Conforme o próprio Sylvester Stallone explicaria, ele era um grande fã do primeiro filme. Em suas próprias palavras: "Aquele era o filme que eu gostaria de ter feito se soubesse dançar como o John Travolta". Certamente Stallone não era Travolta e por isso arranjou um jeito de convencer a Paramount a lhe dar carta branca para dirigir a sequência do grande sucesso musical dos anos 70. O roteiro seria do próprio Stallone. Ele porém queria impor sua própria visão naquele enredo. Transformou Tony Manero em um dançarino profissional, aspirante à entrar em um grande musical da Broadway. Não há como negar que o filme tenha ótimas cenas de dança, embalados com o que havia de melhor na época nesse estilo mas algo se perdeu. Stallone parece obcecado por corpos musculosos e suados de seus dançarinos em números musicais longos e muitas vezes cansativos. O que era para ser algo mais sutil se transformou em um desfile de atores e figurantes bombados - tal como o próprio Stallone. A crítica não gostou e o público, para surpresa de muitos, ignorou completamente o filme, deixando as salas de cinemas vazias. Com isso os embalos de sábado à noite ficaram definitivamente encerrados.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Michael - Anjo e Sedutor

Título no Brasil: Michael - Anjo e Sedutor
Título Original: Michael
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Peter Dexter, Jim Quinlan
Elenco: John Travolta, Andie MacDowell, William Hurt

Sinopse:
Certo dia Michael (Travolta) surge numa cidadezinha do Iowa. Ele então decide ir morar com uma simpática senhora da terceira idade. Sua presença logo chama a atenção de jornalistas locais que se interessam por sua personalidade sui generis: embora tenha asas o anjo gosta mesmo é de uma boa cerveja, uma prosa espirituosa, diversão, fumo, mulheres e duelos com outros seres, não necessariamente nessa ordem.

Comentários:
Filme simpático, despretensioso e relax tal como seu personagem título, o anjo Michael (o nosso querido Miguel da crença católica). O roteiro porém traz uma visão bem diferente daquela que aprendemos dos anjos celestiais. O Michael de John Travolta tem barrigão de cerveja, péssimos hábitos e um jeito de quem não está muito preocupado com tudo ao redor. Talvez por sua leveza bem humorada a coisa toda acabe funcionando muito bem. Há muito tempo que John Travolta deixou de se importar com sua imagem de símbolo sexual construída no começo de sua carreira. Assumiu a má forma, um estilo mais bonachão e talvez por essa razão tenha sobrevivido tanto tempo no cinema. De forma inteligente ele descobriu que galãs e símbolos sexuais em geral tem prazo de validade pois basta passar os anos e a beleza se ir para a carreira acabar e seguir buraco abaixo também. Assim se você estiver em busca de uma comédia leve e divertida essa é uma boa opção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Perfeição

Esse filme é da época em que o Travolta ainda era considerado apenas um ator dançarino. Depois de "Grease" e "Os Embalos de Sábado à Noite" os produtores só conseguiam ver o ator como um astro de musicais. Assim Travolta foi tentando voltar ao sucesso de bilheteria, sempre trilhando por esse caminho. Infelizmente as coisas não iam nada bem. Houve uma continuação de seu maior sucesso, "Saturday Night Fever", dirigido por Stallone mas o filme, apesar das esperanças do estúdio, naufragou completamente. Foi ignorado pelo público. Mas como ninguém por essa época conseguia ver o ator em outro tipo de papel os produtores bancaram uma nova tentativa que foi justamente esse "Perfeição". Em meados dos anos 1980 havia uma moda de vídeos de aeróbica, estrelados por Jane Fonda. Essas fitas VHS venderam muito - e se tornaram um grande sucesso. Essa produção tenta pegar carona nessa modinha.

Jamie Lee Curtis interpreta a instrutora de aeróbica que se envolve com um repórter, John Travolta na pele de um jornalista investigativo que pretende escrever sobre esse mundo dos clubes, dos costumes, dos figurinos e tudo mais. O curioso é que Travolta interpretava um enviado da famosa revista Rolling Stone que na época de lançamento do filme se incomodou como a forma que seu personagem agia. Para os donos da revista não havia qualquer semelhança entre a falta de ética de Travolta no filme e dos profissionais que trabalhavam para a Rolling Stone real. Até ameaças de processo foram levantadas mas depois a revista voltou atrás e deixou a Columbia, estúdio que produziu o filme, em paz. Isso talvez se deva pelo fato de "Perfeição" ter ido muito mal nas bilheterias, o que talvez não justificasse uma longa, cara e cansativa luta nos tribunais. "Perfeição" soa hoje em dia bem datado mas ainda tem seu charme. A trilha sonora, as coreografias e o estilo de dança dos protagonistas deixam um gostinho de saudades para quem viveu naqueles distantes anos 80. Já para os fãs de Travolta o filme se torna mais do que obrigatório já que o ator está mais rebolativo do que de costume. Se lhe interessa, arrisque. A diversão certamente estará garantida.

Perfeição (Perfect, Estados Unidos, 1985) Direção: James Bridges / Roteiro: Aaron Latham, James Bridges / Elenco: John Travolta, Jamie Lee Curtis, Ramey Ellis / Sinopse: Jornalista e instrutora de dança e aeróbica se enamoram no meio do mundo dos clubes e academias dos anos 80.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Temporada de Caça

Até onde me lembre não recordo de ter visto nenhuma parceria de Robert De Niro e John Travolta. Bom, antes tarde do que nunca já que eles estão juntos aqui nesse "Temporada de Caça". Na trama Bob De Niro interpreta um velho coronel do exército americano que está aposentado. Tentando esquecer os horrores que viu em anos e anos de guerra pelo mundo ele compra uma cabana isolada no meio de uma floresta. É lá que ele passa seus dias, ouvindo seus antigos discos de vinil de Johnny Cash e eventualmente fazendo expedições pela mata ao seu redor. Na maioria das vezes adentra a floresta apenas para fotografar os majestosos alces da região em seu habitat natural. Sua tranquilidade acaba quando encontra um desconhecido no meio de uma estrada isolada. Esse é o personagem de John Travolta, que interpreta um sérvio cristão que conhece bem o coronel americano. Ele conseguiu sobreviver a uma linha de execução comandada pelo velho militar na Guerra da Bósnia. Após conseguir informações confidenciais ele viaja até os Estados Unidos para literalmente caçar o personagem de De Niro no meio da floresta, tal como se estivesse em busca de um animal selvagem. Um acerto de contas pelo qual ele esperou por muitos anos.

"Temporada de Caça" até começa muito bem. É realmente interessante a proposta do filme em colocar dois veteranos de guerra no meio da floresta para se enfrentarem no meio do ambiente selvagem. Isso aliás proporciona lindas tomadas de toda a região, resultando em uma maravilhosa fotografia.  O problema é que a partir do momento em que as cartas são colocadas na mesa tudo o que sobra é uma série de lutas sangrentas entre os dois personagens. E nessa luta de vida ou morte vale tudo: facadas, tiros, flechadas e tudo o mais que estiver nas mãos deles. Claro que numa verdadeira tour de fource dessa magnitude não faltaria as velhas táticas de tortura de ambas as partes. Aliás é bom salientar que os dois guerreiros não fazem feio nem para Rambo e seu arsenal de sobrevivência. Em umas das sequências o Coronel feito por De Niro leva uma flechada na perna mas não se intimida e passa várias cenas tirando e colocando pedaços de metal dentro da ferida - uma clara violência gratuita que nada acrescenta no saldo final. Muitos espectadores talvez venham a se decepcionar com o desfecho de tudo mas sinceramente o clímax (ou anticlímax, dependendo do ponto de vista) foi uma das coisas que me agradaram nesse "Temporada de Caça". Sua mensagem final acaba sendo mais interessante do que o desfile de violência que permeia toda a estória. Só isso já vale a recomendação do filme!

Temporada de Caça (Killing Season, Estados Unidos, 2013) Direção: Mark Steven Johnson / Roteiro: Evan Daugherty / Elenco: Robert De Niro, John Travolta, Milo Ventimiglia / Sinopse: Dois veteranos da Guerra da Bósnia se enfrentam pela última vez numa floresta isolada dos EUA. Uma luta de vida e morte definirá quem sairá vivo daquele meio hostil.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Hairspray: Em Busca da Fama

Remake de um famoso e interessante musical de 1988 dirigido pelo sempre cultuado John Waters. Se aquele era de certa forma uma produção até modesta e sem grandes pretensões, aqui temos um filme que custou mais de 70 milhões de dólares, com elenco de astros e marketing de blockbuster. Até mesmo o star John Travolta se despiu de seu status de símbolo sexual para viver um papel feminino. Sob forte maquiagem Travolta deixa os embalos de sábado à noite para encarnar Edna Turnblad, uma típica dona de casa dos anos 60. Para o público adolescente "Hairspray" ainda traz o ídolo teen Zac Efron que tanto sucesso fez em musicais da Disney há alguns anos. Se ambos estão muito bem em seus personagens nada se compara a fenomenal atuação da atriz Nikki Blonsky. Ela dança, canta e impressiona com seu trabalho. Interpretando a adolescente Tracy Turnblad que sonha vencer um concurso de dança na TV. Um dos aspectos mais importantes a se falar sobre ela é que mesmo acima do peso ideal a atriz mostra que quando se tem talento tudo isso vira apenas um mero detalhe.

"Hairspray: Em Busca da Fama" é colorido, divertido, dançante e muito simpático. Mostra que o gênero musical ainda não está morto nos dias atuais e que basta uma boa direção, um roteiro convincente e uma trilha sonora bem composta para se voltar aos dias de glória do gênero. O cineasta Adam Shankman que dirigiu o filme é muito talentoso de fato. Atualmente ele vive uma de suas fases mais populares, não no cinema, mas na TV com o fenômeno "Glee". Além disso mostrou bem recentemente que consegue fazer qualquer um se dar bem em musicais, como bem provou com Tom Cruise em "Rock of Ages: O Filme". Talentoso e muito criterioso nas produções em que se envolve Shankman mostra que basta um pouco mais de capricho para encantar a todos, até mesmo os que sempre torceram o nariz para esse tipo de produção. Assim se você ainda não viu esse remake de "Hairspray" não perca mais tempo pois certamente você terá duas horas bem encantadoras, pode apostar.

Hairspray: Em Busca da Fama (Hairspray, Estados Unidos, 2007) Direção: Adam Shankman / Roteiro: Leslie Dixon, John Waters / Elenco: John Travolta, Queen Latifah, Nikki Blonsky, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Amanda Bynes, Zac Efron / Sinopse: Uma adolescente na Baltimore dos anos 60 sonha em vencer um concurso de dança na TV.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Brigada 49

Depois de 11 de setembro de 2001 os bombeiros americanos, que já tinham status de salvadores e guardiões da sociedade, ganharam ainda mais credibilidade junto ao público em geral se tornando verdadeiros heróis. De fato os atos de bravura e heroísmo que todo o mundo presenciou naquela manhã no WTC consolidaram ainda mais na mente das pessoas essa imagem. Não tardaria para o cinema explorar esse filão. Um dos mais interessantes filmes feitos sobre os bombeiros americanos foi esse "Brigada 49". O foco do roteiro não se concentrava apenas nas cenas de ação, salvamentos e incêndios mas também na vida pessoal desses profissionais. Assim o argumento acaba girando em torno de dois personagens principais, o veterano capitão Mike Kennedy (John Travolta) e o bombeiro Jack Morrison (Joaquin Phoenix, como sempre atuando bem).

Como não poderia deixar de ser vários bombeiros reais se uniram aos atores para dar maior veracidade nas cenas de fogo. Uma delas causou até mesmo transtorno na cidade de Baltimore. Acontece que um dos incêndios do filme foi tão bem recriado e encenado que moradores locais chegaram ao ponto de chamar os bombeiros de verdade da cidade, que foram prontamente acionados, chegando no set de filmagens pensando tratar-se de um evento real. Travolta está como sempre em seu modo habitual. Meio sem levar muita coisa à sério, mas sem prejudicar o filme. Ele chegou a improvisar diversas cenas, criando e  usando muitos cacos, como na sequência em que bebe em um bar da cidade. Em termos de elenco o destaque vai mesmo para Joaquin Phoenix que se preparou para seu papel, passando mais de um mês fazendo treinamento de fogo com os bombeiros da décima brigada de Baltimore. Enfim, temos aqui um bom entretenimento. Para finalizar quero deixar a dica da série "Chicago Fire" que atualmente está em exibição nos EUA e no Brasil pelos canais a cabo. O mesmo universo dos bombeiros é explorado tal como vemos nesse filme. Dessa forma se o assunto lhe chama a atenção então não deixe de conferir também o seriado do canal ABC.

Brigada 49 (Ladder 49, Estados Unidos, 2004) Direção: Jay Russell / Roteiro: Lewis Colick / Elenco: John Travolta, Joaquin Phoenix, Morris Chestnut, Robert Patrick, Balthazar Getty, Jay Hernandez / Sinopse: A vida e o cotidiano de dois bombeiros da Brigada 49. Suas lutas profissionais e pessoais são mostradas nesse filme realizado em homenagem a esses profissionais que arriscam todos os dias suas vidas em benefício da sociedade.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Carrie, a Estranha

Vem remake novo por aí (Deus nos ajude!) desse grande clássico moderno dos filmes de terror. “Carrie, a Estranha” marcou época por vários motivos mas principalmente por causa de seu roteiro bem trabalhado, por seu clima de tensão e desconforto e por sua refinada direção de arte que consegue mesclar o grotesco e o belo em doses generosas. Na trama conhecemos Carrie (Sissy Spacek), uma garota de 17 anos pretensamente normal que logo descobre que a escola e a vida não são fáceis. Sofrendo de bullying no colégio, a jovem e tímida Carrie acaba se tornando o alvo preferido de piadas e chacotas de seus colegas de classe – um bando de garotos e garotas sem valores morais, só interessados em si mesmo e em suas grotescas atitudes com os não populares. Para piorar o que já é bem ruim em sua vida escolar Carrie ainda tem que lidar com uma mãe fundamentalista, fanática religiosa, que não consegue pensar ou agir racionalmente. Passando pelas dificuldades da adolescência, tendo que entender sua própria sexualidade sem contar com sua mãe obsessiva (que acha que tudo é pecado) Carrie vai chegando ao seu limite.

O filme é baseado em mais um best seller de Stephen King, o mestre da literatura de terror. Como sempre ocorre King se aproveita do cotidiano de lugares tipicamente americanos para desenvolver suas tramas de terror e suspense. Em Carrie ele foi genial porque conseguiu unir os anseios da uma juventude complicada com eventos sobrenaturais, tudo com um toque que beira a genialidade. Aqui tudo funciona maravilhosamente bem, desde a direção talentosa de Brian De Palma (em uma época particularmente inspirada de sua carreira), até a interpretação na medida de Sissy Spacek no papel de Carrie. O curioso é que a famosa cena final do baile quase foi cortada da versão final pelo estúdio por ser considerada na época “sangrenta demais” (mal sabiam eles no que o cinema de terror iria se transformar nos próximos anos). Hoje em dia Carrie é considerado um pequeno clássico moderno do terror, um filme que marcou época e que está prestes a ser destruído (será mesmo?) por mais um remake oportunista! Melhor rever o original.

Carrie, a Estranha (Carrie, Estados Unidos, 1978) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Lawrence D. Cohen, baseado no livro de Stephen King / Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, John Travolta,  Nancy Allen / Sinopse: Carrie é uma garota de 17 anos que sofre de todo tipo de abuso, em casa e na escola. Com poderes sobrenaturais de telecinese ela finalmente se vingará de todos quando chegar ao seu limite de tolerância.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O Sequestro do Metro 123

Esse foi o penúltimo filme da carreira do diretor inglês Tony Scott. Como se sabe em 2012 ele cometeu suicídio ao pular de uma ponte em San Pedro, Califórnia, aos 68 anos de idade. É também um claro exemplo do cinema de Scott, com muita ação incessante, histeria e correria. Ao contrário de seu irmão Ridley Scott, Tony não estava muito interessado em fazer obras com muito estilo visual mas sim bons entretenimentos para as platéias que lotavam as salas de cinema nos shoppings da vida. Aqui ele resolveu fazer um remake de um filme da década de 70. Ambos os filmes porém foram baseados no mesmo livro escrito pelo autor John Godey. A trama vai direto ao ponto: um seqüestrador identificado como Ryder (John Travolta) resolve liderar um grupo de criminosos no sequestro de um trem de metrô de Nova Iorque. Ele exige 10 milhões de dólares de resgate, caso contrário matará um a um os passageiros feitos reféns. A tarefa de conduzir as negociações acaba ficando a cargo do operador de linha Walter (Denzel Washington).

O filme tem vários problemas em seu argumento e em seu elenco. O clima de tensão se esvai rapidamente porque John Travolta exagera demais em sua caracterização, muito caricata e alucinada. É complicado acreditar que um grupo de criminosos seguiria alguém tão amador e dado a ataques de histerismo. Outro problema é que em tempos atuais um seqüestrador pensaria muito antes de entrar numa situação daquelas, até porque nos Estados Unidos vigora uma lei que impede o pagamento de resgate a seqüestradores. Na época em que o livro original foi escrito essa lei ainda não existia mas Tony Scott resolveu ambientar o filme na atualidade, o que acaba criando uma incompatibilidade com o quadro legal atual. No mais é aquela coisa toda do estilo de Scott, cenas alucinadas, câmeras dando voltas e voltas (o que acaba deixando o espectador tonto) e muita correria para todos os lados para esconder as falhas de roteiro. O único que se sai ileso do meio de tudo isso é o sempre bom Denzel Washington, que parece resistir a (quase) tudo mesmo.

O Seqüestro do Metrô 123 (The Taking of Pelham 1 2 3, Estados Unidos, 2009) Direção: Tony Scott / Roteiro: Brian Helgeland, baseado no livro de John Godey / Elenco: Denzel Washington, John Travolta, Luis Guzmán,  John Turturro / Sinopse: Seqüestrador exige dez milhões de dólares para libertar um grupo de passageiros mantidos reféns em uma linha de metrô de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os Embalos de Sábado à Noite

Existem alguns filmes que acabam virando símbolo de toda uma década. Os Embalos de Sábado à Noite é um desses filmes. O período histórico retratado é a década de 70, no auge da discoteca. Para quem não se recorda ou não viveu, a Discoteca foi aquele período musical em que as músicas deixaram de ter qualquer conotação política ou social para virarem simples diversão, embalo, dança! Obviamente que tudo vai soar datado hoje em dia: as roupas, as danças e as músicas mas isso é apenas um charme a mais para quem for assistir ao filme atualmente. Duas características são bem marcantes aqui: a trilha sonora do Bee Gees, que fez um sucesso estrondoso jamais repetido pelo grupo em qualquer um de seus trabalhos futuros e o carisma de John Travolta, muito jovem, cheio de maneirismos típicos dos jovens daquela época. De fato esse foi o filme de sua virada na carreira. Ele já tinha aparecido em outros sucessos como Carrie A Estranha e até mesmo em um telefilme famoso chamado O Menino da Bolha de Plástico, mas estava longe de ser um astro. Foi justamente Os Embalos de Sábado à Noite que o transformou em um ator do primeiro time em Hollywood.

O roteiro procura criar uma crônica sobre a vida de um jovem tentando se divertir na metrópole nesses anos do Disco. De dia ele intercala uma série de subempregos para sobreviver, nenhum deles promissor. Sua vida é dura e cheia de dificuldades. Durante a semana  Tony Manero (John Travolta) dá um duro danado na vida mas quando vai chegando o fim de semana ele vai renascendo pois sabe que poderá arrasar nas pistas de dança da cidade. O dinheiro que ganha de forma suada nos dias de trabalho são investidos em roupas maneiras para impressionar no sábado á noite. É curioso que o roteiro do filme tenha sido escrito a partir de um artigo publicado na revista Time intitulado "Tribal Rites of the New Saturday Night" que tentava entender a geração jovem que amava a Discoteca. Eles não tinham qualquer ideologia ou inclinação política ou social, nada disso os interessavam, estavam bem longe da geração consciente da década de 60. Os jovens dos anos 70 só queriam mesmo se divertir, dançar, namorar e aproveitar a vida até o dia raiar.  E é justamente isso que o filme se propõe. Os Embalos de Sábado à Noite é assim um belo retrato daqueles dias dançantes. Definitivamente um musical que marcou época.

Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, Estados Unidos, 1977) Direção: John Badham / Roteiro:  Norman Wexler baseado no artigo "Tribal Rites of the New Saturday Night" de Nik Cohn / Elenco: John Travolta, Karen Lynn Gorney, Barry Miller,  Joseph Cali / Sinopse: A vida de Tony Manero (John Travolta) não é nada fácil. Durante a semana se vira como pode em subempregos para ajudar sua família. No fim de semana porém se diverte como nunca nas pistas de discoteca por toda a cidade. Um dançarino talentoso que logo chama a atenção de todos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pulp Fiction

O termo "Pulp Fiction" era usado para designar um tipo de publicação que se tornou muito popular nos EUA nas décadas de 50 e 60. Era uma linha de livros de bolsos com estórias cheias de violência, sexo e ação que logo caiu no gosto do grande público, principalmente entre jovens. E foi um desses garotos chamado Quentin Tarantino que resolveu homenagear esse tipo de literatura na década de 90 com esse filme, que muito provavelmente é o seu melhor momento no cinema. Unindo as características daquele tipo de texto com uma linha narrativa ousada e inovadora no cinema, Tarantino começou uma nova era dos filmes de ação de Hollywood. Obviamente que a violência extrema e irracional está lá em doses generosas, assim como as cenas absurdas, uma atrás da outra, mas pontuando tudo isso o espectador é bombardeado com uma sequência de diálogos espertos e bem escritos com referências mil à cultura pop, fruto obviamente da cultura nerd que Tarantino acumulou durante anos e anos. O resultado é realmente de impacto, pois o filme soa completamente original, diferente de tudo o que já havia sido lançado antes. De certo modo foi o filme certo, na hora exata, para o público ideal. A Academia, tão conservadora, se rendeu a esse texto extremamente criativo e inovador e premiou Tarantino com o Oscar de Melhor Roteiro Original. Um feito e tanto para alguém que naquele momento não passava de um cineasta em começo de carreira.

A trama é básica: dois assassinos profissionais, Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), são contratados para realizar cobranças para um grande criminoso do submundo. Durante seus "serviços" enfrentam todos os tipos de imprevistos e problemas. Enquanto tentam executar as ordens que lhes foram dadas vão discutindo sobre a vida e o mundo. O pior acontece quando são designados para cuidar da esposa de seu chefe, a piradinha Mia Wallace (Uma Thurman), que parece mais interessada em se divertir até o fim. Numa segunda linha narrativa acompanhamos um momento decisivo da vida do lutador  Butch Coolidge (Bruce Willis) que procura por redenção em sua carreira e em sua vida. Além da ótima direção de Tarantino o filme tem um excelente timing - com destaque para as cenas entre John Travolta e Samul L. Jackson, que aqui consolida o tipo de personagem que iria repetir durante toda a sua carreira. Para Travolta foi um renascimento pois sua carreira foi marcada por altos e baixos, sendo que Pulp Fiction lhe deu uma enorme sobrevida em Hollywood. Outro aspecto do filme digno de nota é sua trilha sonora inspirada, cheia de canções obscuras que foram resgatadas por Tarantino, dando uma personalidade sonora ao filme que até hoje lhe soa como verdadeira marca registrada. Em suma, Pulp Fiction é uma obra prima Tarantinesca, com tudo de bom e ruim que isso significa. Não deixe de assistir. 

Pulp Fiction (Pulp Fiction, Estados Unidos, 1994) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino, Roger Avary / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis, Tim Roth, Harvey Keitel, Amanda Plummer, Ving Rhames, Eric Stoltz, Maria de Medeiros, Christopher Walken, Rosanna Arquette. / Sinopse: Dois assassinos profissionais passam por maus bocados enquanto tentam executar suas últimas ordens. Enquanto isso um lutador fracassado procura por algum tipo de redenção em sua carreira e em sua vida.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bolt - O Supercão

Na guerra pelas bilheterias das animações os estúdios Disney nunca brincam em serviço, lançando todos os anos fortes candidatos no mercado. Esse Bolt certamente tem pedigree, com custo milionário (130 milhões de dólares) o filme deixa a animação tradicional de lado para apostar de uma vez por todas nas técnicas mais modernas, com produção digital de última geração. Para tanto a Disney teve a coragem (e ousadia) de escalar dois novatos para a direção! Convenhamos que bater de frente com a Pixar com dois marinheiros de primeira viagem, mesmo tendo um orçamento milionário nas mãos, pode não ser uma boa idéia. Embora a dupla Byron Howard e Chris Williams tenha se esforçado em entregar um produto à altura do absurdo padrão de qualidade da Disney o fato é que o resultado deixou a desejar. A animação inclusive parece não ter agradado muito o público, tanto que sua bilheteria foi considerada bem decepcionante. Mas afinal o que deu errado em Bolt?

De certa forma a falta de um gancho melhor no enredo pesou contra a animação. A trama é bem simples: Bolt é um simpático cãozinho usado em programas de TV que acredita ter realmente super poderes. Quando sem querer vai parar nas ruas acaba descobrindo a realidade: que é apenas um cão ator e não um super-herói todo poderoso. Ao seu lado aparecem dois novos amigos, um Hamster que vive dentro de uma bolha de plástico (um dos mais divertidos personagens) e uma gata com muita personalidade. Já a garotinha Penny tem a voz na versão americana da estrela teen Miley Cyrus. O enredo vai fazer você se lembrar imediatamente de outros filmes famosos como "Ed Tv" e "O Show de Truman". Será que esse enredo se mostrou complexo demais para as a garotada? Ainda mais para seu público alvo que são as crianças até no máximo 10 anos? Pode ser. Mesmo assim, sendo considerado um dos filmes menores da Disney a animação deve ser assistida. Não é nenhum clássico do eterno estúdio mas vista sob um ponto de vista de mero passatempo pode até mesmo divertir.

Bolt - O Supercão (Bolt, Estados Unidos, 2008) Direção: Byron Howard, Chris Williams / Roteiro: Chris Sanders / Elenco (vozes): John Travolta, Milley Cyrus, Susie Emans, Malcolm McDowell / Sinopse: Caõzinho ator que vive dentro de um programa de TV pensa ter super poderes como um verdadeiro super- herói. Quando vai para as ruas descobre a verdade sobre sua vida.

Pablo Aluísio.