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sexta-feira, 12 de maio de 2023

O Preço de uma Escolha

Título no Brasil: O Preço de uma Escolha
Título Original: If These Walls Could Talk
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Cher, Nancy Savoca
Roteiro: Pamela Wallace, Earl W. Wallace
Elenco: Demi Moore, Sissy Spacek, Cher, Shirley Knight, Catherine Keener, Jason London

Sinopse:
Uma trilogia de histórias ambientadas na mesma casa, mas com ocupantes diferentes e ao longo de 40 anos, tratando de várias mulheres e crises morais sobre gravidezes inesperadas e sua escolha pelo aborto. Em 1952, quando o aborto era ilegal, uma enfermeira lida com sua gravidez inesperada e toma medidas drásticas para conseguir um aborto. Em 1974, uma dona de casa com quatro filhos descobre que está grávida e decide que não consegue criar outro filho. Em 1996, uma estudante universitária grávida decide fazer um aborto, mas não percebe os meios que deve percorrer para conseguir seu objetivo.

Comentários:
Originalmente esse filme foi produzido para ser exibido no canal a cabo HBO nos Estados Unidos. Só que no Brasil ainda não havia esse sistema, por isso o filme acabou chegando por aqui através de um lançamento no mercado de vídeo VHS. É um drama pesado, lidando com o delicado tema do aborto. Esse tema é o grande elo de ligação entre três histórias diversas envolvendo mulheres que passaram pelo traumático processo de abortar. Um tema bastante polêmico, ainda hoje em dia na pauta de discussão em diversos países, inclusive no Brasil. Do ponto de vista cinematográfico temos uma curiosidade e tanto. Um dos segmentos foi dirigido pela cantora e atriz Cher. E seu trabalho ficou muito bom. Ela explicaria depois que havia pedido dicas de direção a ninguém mais, ninguém menos, do que Steven Spielberg. Pelo visto aprendeu direitinho as liçoes de cinema dadas pelo mestre. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de março de 2022

A Casa do Fim do Mundo

Título no Brasil: A Casa do Fim do Mundo
Título Original: A Home at the End of the World
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Mayer
Roteiro: Michael Cunningham
Elenco: Colin Farrell, Robin Wright, Sissy Spacek, Dallas Roberts, Michael Mayer, Ron Lea

Sinopse:
O filme conta a história de amizade que atravessa as décadas. Bobby e Jonathan são amigos desde a juventude. Anos depois eles voltam a se reencontrar, só que uma mulher pode colocar um fim nessa amizade que dura anos.

Comentários:
O sujeito que se apaixona pela mulher de seu melhor amigo. Pois é, complicado. De certa forma é um tema batido, já devidamente explorado em filmes, romances, peças de teatro. Não faltam exemplos no mundo das artes. Curiosamente é também uma história que ainda funciona. Esse filme é uma mistura de drama e romance, com nuances psicológicas. Afinal você ainda seria amigo de alguém que o trairia, roubando sua própria mulher? Uma amizade pode sobreviver a uma traição amorosa? Perguntas que o roteiro do filme tenta responder. O elenco é muito bom e sobrevive até mesmo ao penteado horroroso que Colin Farrell exibe no filme. Maior sinal de bom trabalho dos atores não poderia existir. Enfim, deixo a dica. Um filme interessante para quem já cultivou uma amizade que atravessou os anos.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Surpresas do Amor

Nunca falha! Todo ano, em época natalina, os canais programam aquela enxurrada de filmes de Natal. A maioria desses filmes é bem fraca, sendo bem sincero. Salva-se pouca coisa. Esse "Surpresas do Amor" é meramente mediano. Uma comédia que até diverte através de situações constrangedoras em que se envolvem os personagens. Aliás eu gosto de chamar esse tipo de filme justamente assim, uma comédia de situações de constrangimento. Na história um casal de namorados precisa visitar 4 casas na noite de Natal. A casa de seus pais que estão separados. A garota é interpretada pela atriz Reese Witherspoon. O papel de namorado dela é do ator Vince Vaughn. E, como todos sabemos, visitar os parentes no Natal pode ser uma experiência bem chata, constrangedora é a palavra ideal.

Assim Brad (Vince Vaughn) fica sabendo pelos parentes da namorada que seu apelido era "Katie Piolho". Que na adolescência ela era gordinha, que tinha uma amiga lésbica que era obviamente apaixonada por ela. Que tinha trauma daquele brinquedo chamado "Pula-Pula". Ele também não se sai melhor. Sua família é totalmente disfuncional. O pai é um sujeito bronco e seus irmãos são toscos. São lutadores de Vale-Tudo. Assim que entra na casa do pai a porrada começa, do nada! Durante o filme eu dei umas três risadas sinceras. O constrangimento pode ser uma boa ferramenta de humor. Assim, em meu caso, foi sem dúvida até um boa diversão.

Surpresas do Amor (Four Christmases, Estados Unidos, 2008) Direção: Seth Gordon / Roteiro: Matt Allen, Matt Allen / Elenco: Vince Vaughn, Reese Witherspoon, Robert Duvall, Sissy Spacek, Jon Voight, Mary Steenburgen / Sinopse: Durante o feriado de Natal um casal de namorados precisa visitar 4 casas e isso tudo se torna uma experiência mais do que desastrosa.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Chamado 2

Título no Brasil: O Chamado 2
Título Original: The Ring Two
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger, Kôji Suzuki
Elenco: Naomi Watts, Sissy Spacek, Emily VanCamp, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Daveigh Chase  

Sinopse:
Seis meses após os incidentes envolvendo o videotape letal, que leva à morte todos que o assistem, novas pistas provam que há um novo mal à espreita na escuridão. Samara, ao que tudo indica, está pronta para fazer novas vítimas de sua maldição macabra.  Filme indicado ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor filme de terror do ano.  

Comentários:
Toda companhia cinematográfica precisa de uma boa franquia de terror em seu catálogo, afinal são filmes, via de regra, baratos, que acabam rendendo ótimas bilheterias nos cinemas. Com o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks Pictures, não seria diferente. E essa franquia, que também é uma adaptação do terror oriental feito sob medida para o público ocidental, apresenta como bônus uma personagem marcante, que fez nome entre os fãs de terror. Claro, estou falando da criatura do poço, a Samara, aqui interpretada pela atriz Daveigh Chase. Afinal de contas, todas as franquias de terror de sucesso precisam se apoiar em um vilão bem simbólico, que fique na mente do público. Outro destaque vem da presença da atriz Sissy Spacek. Essa foi uma escolha pessoal de Spielberg que queria homenagear o grande clássico do terror moderno, "Carrie, a Estranha". Por fim, cabem todos os elogios ao cineasta japonês Hideo Nakata. Ele conseguiu, como poucos, manter o clima de suspense e tensão da primeira à última cena. Mesmo quando nada de muito aterrorizante acontece, fica sempre no ar aquele clima de que algo está errado, estranho... e que tudo pode acontecer na próxima cena. Excelente trabalho de direção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Uma História Real

Esse filme tem um lado humano muito bonito. É a história de um senhorzinho de 80 anos que descobre que seu irmão está muito doente. Ele quer visitá-lo, mas há dois problemas. O primeiro é que o irmão mora há 500 Km de sua casa. O segundo é que ele não tem carteira de motorista e nem dinheiro para pagar uma passagem de ônibus. Então diante de todos esses problemas o que ele faz? Sobe em seu cortador de grama e segue viagem pelas estradas do meio oeste dos Estados Unidos. A história real (daí o título do filme) despertou a curiosidade do cineasta David Lynch que resolveu fazer esse filme, assumindo não apenas a direção como também bancando a produção, colocando dinheiro de seu próprio bolso para contar a história.

O filme tem uma linda fotografia e conta com a atuação muito preciosa do ator Richard Farnsworth. Por sua atuação aliás ele foi indicado ao Oscar, fato que me levou a assistir ao filme. Aos 79 anos de idade acabou sendo o ator mais velho a concorrer ao prêmio na época. Muito carismático, acabou falecendo um ano depois, em 2000. Bom, além do enredo inusitado o filme vale também pela sempre caprichada direção de Lynch, um cineasta que sempre procurou fugir dos padrões, do convencional. A história do velhinho atravessando os Estados Unidos encaixava bem nesse tipo de proposta de cinema. Um filme bonito, simpático e belo de se ver. Vale bastante a pena.

Uma História Real (The Straight Story, Estados Unidos, 1999) Direção: David Lynch / Roteiro: John Roach, Mary Sweeney / Elenco: Richard Farnsworth, Sissy Spacek, Jane Galloway Heitz / Sinopse: Filme com roteiro baseado em fatos reais. Aos 80 anos de idade Alvin (Richard Farnsworth) decide subir em seu cortador de grama para ir visitar o irmão doente que mora há mais de 500 km de sua casa. No caminho acaba conhecendo pessoas e cidades que jamais sonhara existir. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Richard Farnsworth).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O Velho e a Arma

Durante o lançamento desse filme Robert Redford declarou em entrevista que ele seria o último que faria como ator. Dali para frente ele pensava apenas em dirigir. Como ator, segundo ele, não haveria mais nada que ele quisesse fazer. Já tinha chegado ao final da jornada. Depois da grande repercussão na mídia, ele até que se arrependeu um pouco do que disse, afirmando que quem sabe poderia algum dia fazer alguma participação especial em algum filme, mas nada que viesse a dar muito trabalho. De qualquer maneira, como protagonista, esse parece ter sido o último filme dele no cinema após uma longa e produtiva carreira.

Ele interpreta um velho ladrão de bancos. Um homem que passou a vida toda entrando e saindo da cadeia. Agora, com mais de 70 anos, ele decide formar uma nova quadrilha, só com veteranos. Usando de modos educados, tal como se fosse um verdadeiro cavalheiro, ele começa uma série de assaltos em pequenas agências bancárias do interior. Tudo feito sem violência, com calma, agindo como um verdadeiro gentleman.

Os assaltos começam a chamar a atenção da mídia que logo chama o grupo de "gangue dos velhotes". Para prender todos, um detetive é colocado no caso. O policial, interpretado por Casey Affleck, começa a se sentir humilhado por ser passado para trás por aqueles senhores da terceira idade. Tudo começa a ficar bem constrangedor, então ele se empenha ao máximo para localizar o líder e seu grupo. A pista que precisava acaba sendo dada pela filha de um deles, que entrega todas as informações que ele precisava.

É um bom filme, leve em certos aspectos, que não vai decepcionar aos fãs de Robert Redford. Claro, nunca poderia ser comparado aos clássicos do passado em sua filmografia, mas mantém o interesse e não aborrece em nenhum momento. É um filme rápido, com pouco mais de 80 minutos de duração. Apesar de ser um filme sobre ladrões de bancos, em nenhum momento há cenas de violência gratuita. Além do mais, para os cinéfilos, há um atrativo a mais. Para representar o passado do personagem de Redford algumas cenas de seus antigos filmes são inseridas, dando uma certa nostalgia dos tempos em que ele era um dos grandes galãs do cinema americano. Então é isso, se for mesmo sua despedida das telas como ator, não será um adeus melancólico ou vergonhoso. Muito pelo contrário.

O Velho e a Arma (The Old Man & the Gun, Estados Unidos, 2018) Direção: David Lowery / Roteiro: David Lowery, David Grann / Elenco: Robert Redford, Sissy Spacek, Casey Affleck, Danny Glover, Tom Waits / Sinopse: Levemente baseado em fatos reais, o filme conta a história de Forrest (Redford). Aos 74 anos de idade ele decide formar um novo bando para roubar pequenos bancos do interior. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Robert Redford).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Temporada de Caça

Título no Brasil: Temporada de Caça
Título Original: Affliction
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Largo Entertainment
Direção: Paul Schrader
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nick Nolte, Sissy Spacek, James Coburn, Willem Dafoe
  
Sinopse:
O xerife Wade Whitehouse (Nick Nolte) tem muitos problemas pessoais. Criado por um pai autoritário e brutal, ele tem problemas para se relacionar bem com amigos e mulheres. Agora ele até passa por uma fase mais calma e tranquila em sua vida ao namorar uma boa garota que entende e aceita seus defeitos. Tudo muda porém quando um homem é morto durante a temporada de caça na região. Ele teria levado um tiro acidental, mas as investigações acabam demonstrando que pode haver algo por trás de tudo.

Comentários:

Bom filme, uma bem sucedida fusão de filme policial com drama, que explora um crime que embora pareça meramente acidental, esconde algo misterioso nas sombras. O elenco é liderado por Nick Nolte, um ator que nem sempre conseguiu encontrar bons projetos ao longo da carreira. Há um background dramático em seu personagem pois ele sofreu abusos físicos e emocionais quando era mais jovem. Seu pai, interpretado pelo ótimo astro do passado James Coburn, era um homem irascível, irracional e violento. Isso lhe traz um trauma psicológico e uma herança emocional negativa complicada de superar. O bom roteiro foi baseado no romance policial escrito por Russell Banks. O veterano James Coburn foi premiado (justamente) com o Oscar de Melhor Ator coadjuvante por esse papel. Foi uma surpresa pois já estava na fase final da carreira e nunca tinha sido indicado antes ao prêmio. Um dos mais conhecidos profissionais do cinema, que havia se destacado tanto no passado interpretando vilões e pistoleiros em dezenas de filmes, finalmente havia sido reconhecido. Como diz o ditado "antes tarde do que nunca" Nick Nolte também foi lembrado pela Academia, sendo indicado ao Oscar de Melhor Ator. Não venceu, mas já ficou honrado pela lembrança. Isso tudo prova que apesar de "Temporada de Caça" ter uma ótima trama, seu grande mérito vem mesmo do elenco, em momento inspirado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Terra de Ninguém

Título no Brasil: Terra de Ninguém
Título Original: Badlands
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Martin Sheen, Sissy Spacek, Warren Oates, Gary Littlejohn

Sinopse:
No final dos anos 1950, Charles Starkweather (Martin Sheen) e sua jovem namorada, a adolescente Caril Ann Fugate (Sissy Spacek), saem em uma jornada de matança e morte numa pequena cidade do meio oeste americano. Inicialmente matam a própria família da namorada e depois partem sem rumo certo, espalhando medo e terror nos moradores das cidades da fronteira entre os estados de Nebraska e Wyoming. Ao final, em apenas oito dias, cometem onze assassinatos, em um dos mais infames casos envolvendo serial killers na história dos Estados Unidos. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Atriz (Sissy Spacek).

Comentários:
Filme baseado em fatos reais. Aqui o genial diretor Terrence Malick resolveu contar uma história que chocou a sociedade americana no final dos anos 50. Imagine dois jovens, que pareciam ser bem comuns, sairem matando a esmo, sem motivo aparente. Dentro da psiquiatria forense é muito raro encontrar dois psicopatas ainda na juventude se encontrando, ainda bem, pois como vemos aqui os resultados são realmente terríveis. O assassino Charles Starkweather de apenas 18 anos,  era fã do ator James Dean e incorporava seus maneirismos na sua vida pessoal. Talvez isso tenha atraído a jovem Caril Ann de apenas 14 anos, que se apaixonou por ele praticamente da noite para o dia. O romance não contava com o apoio da família dela e esse foi o estopim de toda a matança sem freios. Após matar toda a sua família (incluindo uma criança de apenas dois anos e meio de idade) eles foram para uma fazenda próxima, que pertencia a um amigo do pai de Starkweather. Isso não o impediu de matar a sangue frio novamente, pelas costas e de maneira completamente covarde, o pobre fazendeiro, que os havia acolhido com gentileza minutos antes. Depois ainda seguiram em frente assassinando um jovem casal de namorados que lhe deram carona e uma outra família, de um bem sucedido industrial, que morava pelas redondezas. Uma história terrível e assustadora. Martin Sheen está ótimo como Charles Starkweather. O criminoso fazia bem aquele tipo de psicopata assassino sem qualquer emoção aparente. Lixeiro, sem perspectivas de um dia melhorar na vida, ele saiu ao lado da namorada nessa verdadeira orgia de assassinatos. Um bom exemplar de um caso que mostra sem dúvidas que o mal existe e está presente e mais próximo do que podemos imaginar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vivendo na Eternidade

Título no Brasil: Vivendo na Eternidade
Título Original: Tuck Everlasting
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Jay Russell
Roteiro: Natalie Babbitt, Jeffrey Lieber
Elenco: Alexis Bledel, Jonathan Jackson, Sissy Spacek, Ben Kingsley, Amy Irving, William Hurt

Sinopse:
Winnie Foster (Alexis Bledel) é uma jovem que em suas férias no campo acaba se apaixonando por um jovem de sua idade que pertence a uma família que parece jamais envelhecer. Será que a velha lenda da fonte da juventude tem realmente algum fundo de verdade? Em breve Winnie descobrirá tudo o que se esconde por trás do mito. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Atriz (Alexis Bledel) e Melhor Atriz Coadjuvante (Sissy Spacek).

Comentários:
Filme da Disney que acabou com os anos virando um pequeno cult romântico entre os mais jovens. Duas coisas sempre me chamaram atenção nessa fita. A primeira se refere ao ótimo (ótimo mesmo!) elenco de apoio. Não é todo dia que vemos gente da categoria de Sissy Spacek, Ben Kingsley, Amy Irving e William Hurt trabalhando juntos! E o mais curioso é que não se trata de uma grande produção, feita para fazer bonito em grandes festivais de cinema mundo afora! Pelo contrário, é um filme menos pretensioso, com foco para um público jovem, fã dos produtos da Disney. Outro aspecto que merece todos os elogios vem da bonita direção de arte assinada pelo ótimo Ray Kluga. Tudo de muito bom gosto e refinamento, mostrando como se realiza um filme com doses de fantasia, romance e fábula. Tudo muito belo para sonhar com os olhos abertos. Indico especialmente para os namorados que estejam na mesma faixa etária dos personagens. Para eles haverá um sabor extra todo especial.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Carrie, a Estranha

Vem remake novo por aí (Deus nos ajude!) desse grande clássico moderno dos filmes de terror. “Carrie, a Estranha” marcou época por vários motivos mas principalmente por causa de seu roteiro bem trabalhado, por seu clima de tensão e desconforto e por sua refinada direção de arte que consegue mesclar o grotesco e o belo em doses generosas. Na trama conhecemos Carrie (Sissy Spacek), uma garota de 17 anos pretensamente normal que logo descobre que a escola e a vida não são fáceis. Sofrendo de bullying no colégio, a jovem e tímida Carrie acaba se tornando o alvo preferido de piadas e chacotas de seus colegas de classe – um bando de garotos e garotas sem valores morais, só interessados em si mesmo e em suas grotescas atitudes com os não populares. Para piorar o que já é bem ruim em sua vida escolar Carrie ainda tem que lidar com uma mãe fundamentalista, fanática religiosa, que não consegue pensar ou agir racionalmente. Passando pelas dificuldades da adolescência, tendo que entender sua própria sexualidade sem contar com sua mãe obsessiva (que acha que tudo é pecado) Carrie vai chegando ao seu limite.

O filme é baseado em mais um best seller de Stephen King, o mestre da literatura de terror. Como sempre ocorre King se aproveita do cotidiano de lugares tipicamente americanos para desenvolver suas tramas de terror e suspense. Em Carrie ele foi genial porque conseguiu unir os anseios da uma juventude complicada com eventos sobrenaturais, tudo com um toque que beira a genialidade. Aqui tudo funciona maravilhosamente bem, desde a direção talentosa de Brian De Palma (em uma época particularmente inspirada de sua carreira), até a interpretação na medida de Sissy Spacek no papel de Carrie. O curioso é que a famosa cena final do baile quase foi cortada da versão final pelo estúdio por ser considerada na época “sangrenta demais” (mal sabiam eles no que o cinema de terror iria se transformar nos próximos anos). Hoje em dia Carrie é considerado um pequeno clássico moderno do terror, um filme que marcou época e que está prestes a ser destruído (será mesmo?) por mais um remake oportunista! Melhor rever o original.

Carrie, a Estranha (Carrie, Estados Unidos, 1978) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Lawrence D. Cohen, baseado no livro de Stephen King / Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, John Travolta,  Nancy Allen / Sinopse: Carrie é uma garota de 17 anos que sofre de todo tipo de abuso, em casa e na escola. Com poderes sobrenaturais de telecinese ela finalmente se vingará de todos quando chegar ao seu limite de tolerância.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de março de 2013

A Fuga

Título no Brasil: A Fuga
Título Original: Deadfall
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Zach Dean
Elenco: Eric Bana, Olivia Wilde, Charlie Hunnam, Sissy Spacek, Kris Kristofferson
  
Sinopse:
Dois irmãos, Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde), decidem entrar no mundo do crime. Eles estão cansados do fracasso e da falta de esperanças de um futuro melhor. Assim resolvem agir, mesmo sem pensar muito nas consequências. Dessa forma eles colocam em execução um assalto. As coisas porém não saem como eles pensavam e acabam tendo que fugir para sobreviver. Em fuga após esse roubo em um cassino, eles partem em direções opostas com consequências graves para todos os que cruzam seus caminhos.

Comentários:
Tentativa de transformar o ator Eric Bana em herói de ação ou algo nesse sentido. A trama de “A Fuga” é, em muitos momentos, confusa e inverossímil, mas vamos a ela: Dois irmãos, Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde), assaltam um cassino indígena (muito comum nos EUA) e fogem logo em seguida. Para azar deles, acabam sofrendo um acidente na fuga. Após Addison matar um policial a dupla se separa. Addison tenta escapar a todo custo e Liza acaba pegando carona com um boxeador, Jay (Charlie Hunnam), que está a caminho da casa dos pais para passar o dia de ação de graças (popular feriado americano). Na viagem acabam descobrindo que estão se apaixonando um pelo outro. A partir daí Addison vai se tornando cada vez mais violento enquanto Liza vai ficando cada mais envolvida com o boxeador Jay. “A Fuga” tem alguns problemas básicos. Algumas situações soam forçadas demais: o envolvimento de Jay, o boxeador, com a caronista e criminosa Liza, não consegue convencer muito, mais parecendo uma armação para uma apoteose violenta e irascível. O personagem Addison de Eric Bana vai aos poucos se tornando um psicopata sedento de sangue, sem qualquer motivo aparente que justifique esses atos. Ao que parece tudo não passa de um artifício do roteiro para agradar ao público de produções gore. Referencias a filmes noir e de western surgem aqui e acolá, mas também não conseguem empolgar. De bom apenas aquele clima decadente que sempre ronda as famílias mais pobres dos EUA, aquelas que vivem no limite da sobrevivência em estados nevados e esquecidos. Outro ponto positivo é a chance de rever os veteranos Sissy Spacek e Kris Kristofferson, produtivos e atuando com dignidade. No mais fica aquele gostinho de leve decepção. O filme não conseguiu mesmo ser tão bom quanto poderia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

JFK A Pergunta Que Não Quer Calar

Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Mas afinal quem realmente matou o presidente John Kennedy? A versão oficial afirma que o presidente americano foi morto por Lee Oswald, que agindo sozinho resolveu liquidar o político durante uma visita amigável ao Texas. Andando pelas ruas de Dallas em carro aberto, acenando para os que o saudavam nas calçadas durante seu trajeto, o líder do chamado mundo livre ficou a mercê de qualquer um que o usasse como alvo. Lee Oswald, um ex-fuzileiro naval que havia morado na Rússia por algum tempo o transformou em seu alvo. Ele agiu sozinho, sem ajuda de ninguém. Exímio atirador, subiu até um edifício onde se armazenavam livros escolares e de lá matou o presidente que vinha passando em frente a sua janela. Sua mira foi praticamente perfeita. Após atingir o presidente no pescoço deu um novo tiro que atingiu a cabeça do presidente. Foi o tiro fatal. Dias depois ao ser levado para uma cadeia próxima, Oswald foi assassinado por Jack Ruby, um membro de baixo escalão da máfia local. Isso é resumidamente tudo o que se apurou nas investigações oficiais. Os americanos ficaram tão perplexos com tudo o que aconteceu que simplesmente nunca acreditaram plenamente nessa versão oficial. Dois em cada três americanos acreditam que Kennedy foi vítima de uma conspiração sem tamanho, envolvendo figurões, agências governamentais, a Máfia, os russos, Fidel Castro e tudo o mais que você possa imaginar. Até teorias envolvendo OVNIS e Kennedy já foram criadas. Não há limites para a imaginação. Foi justamente nesse mundo de conspirações e intrigas que Oliver Stone resolveu ambientar seu “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar”.

Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.

JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.

Pablo Aluísio.