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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Caçada Brutal

Não faz muito tempo que Stallone chamou Bruce Willis de preguiçoso. Deve ser verdade mesmo para que ele entre em filmes como esse. A premissa começa quando Will (Hayden Christensen) resolve levar seu filho, um garotinho, para caçar na floresta. Ele quer ensinar o garoto a atirar com um rifle (olha aí como os americanos criam amor pelas armas de fogo logo cedo na vida). Pois bem, durante a caçada, sem querer, pai e filho acabam testemunhando o assassinato de um homem. Mais do que isso, uma queima de arquivo envolvendo ladrões de bancos. Como se isso não fosse complicado o suficiente Will leva para casa um dos criminosos, que acabou de levar um tiro. Ao invés de chamar a polícia ele resolve tomar todas as decisões erradas que você possa imaginar. E aí vem a tal coisa, uma vez que mentiu para o xerife Howell (Willis) terá que inventar uma mentira atrás da outra para escapar das investigações policiais.

O roteiro desse thriller tem muitos furos. Algumas atitudes do personagem de Hayden Christensen não fazem o menor sentido prático. O xerife interpretado por Bruce Willis leva o espectador, desde o primeiro momento em que ele surge em cena, a desconfiar de suas reais intenções Afinal o sujeito tem um jeito e tanto de tira corrupto. E aí um dos trunfos do roteiro desabam logo, pois quando isso é revelado para o público não chega a ser necessariamente uma grande surpresa. É um filme mesmo com muitos clichês. Só a preguiça mesmo de Bruce Willis para justificar seu trabalho aqui pois ele tem poucas cenas, nenhuma muito boa. Ele se limita a fazer cara de mau no começo, para no final dar alguns tirinhos. No geral é de fato um filme que deixa bastante a desejar. Nada de muito relevante. Pode ser dispensado sem maiores problemas.

Caçada Brutal (First Kill, Estados Unidos, 2017) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Nick Gordon / Elenco: Bruce Willis, Hayden Christensen, Ty Shelton  / Sinopse: Durante uma caçada de fim de semana, pai e filho acabam sendo testemunhas de um assassinato no meio da floresta. O crime foi cometido por um acerto de contas entre criminosos, ladrões de bancos. O pai decide esconder tudo da polícia, mas o xerife da cidade (interpretado por Bruce Willis) começa a desconfiar cada vez mais dos acontecimentos e das versões do tal cidadão de bem, acima de qualquer suspeita.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de julho de 2017

Corpo Fechado

Título no Brasil: Corpo Fechado
Título Original: Unbreakable
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Elenco: Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright, Spencer Treat Clark, Charlayne Woodard, Eamonn Walker

Sinopse:
David Dunne (Bruce Willis) consegue sair vivo de um grande desastre de trem. Qual seria o segredo de sua sobrevivência? Por que ele não morreu como todos os demais passageiros? O fato chama a atenção de Elijah Price (Samuel L. Jackson), que começa a ir atrás dos segredos de Dunne. O que ele acaba descobrindo o deixa completamente surpreso.

Comentários:
Afinal o diretor M. Night Shyamalan é um gênio do cinema ou um grande farsante? Quando ele começou a chamar a atenção com seus filmes muitos críticos perderam o bom senso e começaram a rotular o cineasta indiano de "O novo Alfred Hitchcock" e outras comparações bobocas, sem noção! A verdade é que M. Night Shyamalan tem obviamente bastante talento, faz bons filmes, mas também é muito irregular. Ele pode fazer um filme marcante, como também uma bomba enorme! Esse "Unbreakable" fica no meio termo. Eu particularmente nunca cheguei a gostar muito do filme. Provavelmente a surpresa do final foi estragada quando vi o filme pela primeira vez porque um amigo acabou me dando um daqueles spoilers mortais, que acabam entregando tudo. Mesmo assim ainda acredito que não ficaria muito impressionado pela tal reviravolta final. Ao contrário disso achei o filme até bem chatinho, maçante, com Bruce Willis em um papel que beira a antipatia. Usando um capuz cinza praticamente o filme inteiro, seu personagem me pareceu bem sorumbático, apesar de ter características heroicas, ou qualquer coisa nesse sentido. Já Samuel L. Jackson, interpretando um sujeito cujos os ossos se quebram com extrema facilidade, acabou se dando melhor, apesar de ser tecnicamente o vilão do filme. Enfim, um roteiro que tenta se inspirar nas histórias em quadrinhos, mas que na minha opinião só acabou sendo mesmo um filme meramente irregular.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Meu Vizinho Mafioso

Título no Brasil: Meu Vizinho Mafioso
Título Original: The Whole Nine Yards
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Franchise Pictures
Direção: Jonathan Lynn
Roteiro: Mitchell Kapner
Elenco: Bruce Willis, Matthew Perry, Rosanna Arquette, Michael Clarke Duncan, Natasha Henstridge, Amanda Peet

Sinopse:
Jimmy Tudeski (Bruce Willis) é um assassino profissional, membro de uma infame família mafiosa. Para sair um pouco da mira de inimigos ele acaba alugando uma casa no subúrbio, onde vira vizinho do dentista Nicholas "Oz" Oseransky (Matthew Perry). Para surpresa de ambos os dois parecem estar no alvo de matadores!

Comentários:
Ok, Bruce Willis é sim um comediante talentoso, ou melhor escrevendo, ele pelo menos foi um comediante talentoso. Digo isso com experiência de causa, pois conheci Bruce Willis não como um brutamontes armado até os dentes, mas sim como um charmoso (e engraçado) detetive na série "A Gata e o Rato" (que era exibido na Globo durante os anos 80). Assim não ficaria desconfortável com Willis fazendo humor, pelo contrário, ficaria com nostalgia. O problema surge quando o roteiro não tem graça. Aí fica complicado. Embora Willis seja um ator com ótimo feeling de humor, pouca coisa se salva nesse "The Whole Nine Yards". Embora tenha sido lançado nos cinemas na época, no circuito comercial brasileiro, preferi esperar seu lançamento no mercado de vídeo. Estava com um pé atrás. E realmente é um filme bem mais ou menos, onde é necessária uma cumplicidade fora do comum para gostar. Nem a presença de Bruce Willis, de volta às comédias, nem o bom elenco de apoio, salvam o filme do fiasco. É bem chatinho, forçado, insistindo numa piada só! Ruim, enfim. O curioso é que comercialmente a fita foi bem, ganhando inclusive uma sequência, essa porém bem pior do que o primeiro filme. O que já era ruim aqui, piorou ainda mais no péssimo "Meu Vizinho Mafioso 2". Simplesmente fuja dos dois!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Sin City: A Dama Fatal

Quase dez anos depois do lançamento de "Sin City" eis que surge essa sequência tardia. Como era de se esperar os fãs de quadrinhos odiaram (provavelmente formam o grupo mais chato que existe dentro da cultura pop) e a crítica em geral, com receios dessa gente, acabou malhando o filme. Por isso adiei bastante o filme, só assistindo ontem, quase três anos após seu lançamento. Meu conselho é: ignorem a opinião dos leitores de quadrinhos e ignorem até mesmo os críticos de plantão. Não há nada de errado nesse "Sin City: A Dama Fatal" como tanto se falou. Pelo contrário, o filme é até muito divertido.

Dirigido pela dupla  Frank Miller e Robert Rodriguez, o filme segue os passos do primeiro. A linguagem é aquela que já conhecemos. A intenção dos realizadores é fazer com que o público tenha a sensação de que está lendo uma história em quadrinhos na tela do cinema. Poucas vezes criou-se uma simbiose tão forte em termos de linguagem ligando a sétima com a nona arte. As sequências do filme parecem desenhos das comics, com o farto uso do contraste entre o preto e o branco. É, como escrevi, basicamente o sistema que foi usado no primeiro filme. Não compreendo porque o primeiro foi tão elogiado e esse tão criticado se usam a mesma maneira de se contar o enredo. Pura rabugice dessa gente.

Tudo vai acontecendo de maneira fragmentada. Todas as estórias parecem ter apenas um ponto em comum: a presença do personagem brucutu Marv (interpretado por Mickey Rourke embaixo de forte maquiagem). Ele fica quase sempre no bar de strippers onde se apresenta sua musa, a bela Nancy (Jessica Alba), que agora passa por um momento complicado da vida. Consumida pelo desejo de vingança ela bebe além da conta. Seu alvo é um senador corrupto com quem ela quer acertar velhas dividas. A tal dama fatal do título é uma das melhores coisa do filme. Interpretada por Eva Green (em generosas cenas de nudez), ela é a principal razão para se assistir a esse filme. Como o próprio título sugere, ela é de fato uma mulher fatal, aquele tipo de beldade que parece sempre pronta a transformar todos os homens que encontra em seus capachos. Tudo com interesses escusos e imorais. Só vendo para crer. Então é isso, apesar de toda a avalanche de críticas negativas que o filme sofreu em seu lançamento, recomendo sem receios esse "Sin City 2". É violento, incisivo, mas principalmente divertido. Pode assistir sem qualquer tipo de aversão e preconceito.

Sin City: A Dama Fatal (Sin City: A Dame to Kill For, Estados Unidos, 2014) Direção: Frank Miller, Robert Rodriguez / Roteiro: Frank Miller / Elenco: Mickey Rourke, Jessica Alba, Josh Brolin, Eva Green, Joseph Gordon-Levitt, Rosario Dawson, Bruce Willis, Ray Liotta, Christopher Lloyd / Sinopse: Marv (Mickey Rourke) acaba se envolvendo em inúmeros problemas, principalmente quando é procurado por Dwight (Josh Brolin). Ele quer vingança contra uma mulher pelo qual se apaixonou e que o usou para fins ilegais e imorais. Filme indicado ao Jupiter Award e ao Women Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Rock em Cabul

Título no Brasil: Rock em Cabul
Título Original: Rock the Kasbah
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Covert Media
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Mitch Glazer
Elenco: Bill Murray, Bruce Willis, Kate Hudson, Zooey Deschanel, Leem Lubany, Scott Caan
  
Sinopse:
Richie Lanz (Murray) é um agente de talentos fracassado que vê uma grande oportunidade pela frente quando é convidado a levar sua cantora Ronnie (Zooey Deschanel) para uma turnê internacional... no Afeganistão! Ela deverá se apresentar para as tropas americanas que estão estacionadas naquele distante país em guerra. Ignorando todos os riscos Lanz e Ronnie partem para uma viagem que mudará para sempre suas vidas! Filme inspirado em fatos reais.

Comentários:
Bill Murray é um dos poucos comediantes que ainda me animam a assistir filmes como esse. Na verdade de todos os gêneros cinematográficos que conheço a comédia parece ser a que mais decaiu nos últimos anos. É raro conseguir encontrar um bom filme nesse gênero para se divertir ultimamente. Dar boas risadas então... parece mesmo coisa do passado. Pois bem, esse filme aqui não se propõe a ser uma comédia para fazer você rolar de rir, nada disso. Na realidade o filme foi realizado para homenagear uma jovem cantora afegã que teve a coragem de se apresentar em um popular programa de TV de seu país, fato inédito até então. Acontece que dentro de certas alas do islamismo isso seria proibido pela lei religiosa. Mulheres não poderiam cantar e nem aparecer na televisão. Bill Murray é o atrapalhado empresário que por acaso ouve a garota cantando e fica maravilhado com seu talento. De resto acontece o que era de se esperar. Ele precisará passar por cima de todos os preconceitos para que a jovem realize seu sonho. Tudo com bom humor. Uma das coisas que mais me chamaram a atenção nessa produção e que definitivamente me convenceu a assisti-la foi o seu elenco. Temos aqui um ótimo grupo de atores e atrizes em cena (basta conferir na ficha técnica). Todos embarcaram no filme muito por causa da amizade que nutrem com Murray, um veterano carismático que conseguiu reunir todos esses profissionais em um filme apenas mediano. Pena que tirando Bill Murray nenhum dos demais atores são bem aproveitados. Bruce Willis, por exemplo, interpreta um mercenário durão (alguém poderia esperar por algo diferente?) que acaba ajudando Murray em sua empreitada de risco. 

Para os fãs de Willis vai ser um tanto decepcionante perceber que ele praticamente não faz muita diferença dentro da estória. O mesmo vale para Kate Hudson e Zooey Deschanel, duas coadjuvantes de luxo. Por falar em luxo a Kate interpreta uma garota de programa supostamente de luxo que vai ganhar algum dinheiro em Cabul. Já Zooey (que tem um dos olhos mais lindos do cinema e da TV) também é mal aproveitada. Ela interpreta uma jovem cantora que acaba indo parar no Afeganistão para sua primeira "turnê" e que acaba entrando em pânico ao perceber como é perigoso estar por lá. Embora seja linda, a atriz passa o tempo todo com os olhos arregalados, cabelos despenteados e caretas de quem está apavorada. Desperdício completo. Obviamente que filmar em Cabul seria extremamente perigoso para todos esses profissionais então o filme foi também realizado no Marrocos, um país no norte da África que é bem mais ocidentalizado do que o Afeganistão, onde não existe nenhuma infraestrutura básica para acolher uma equipe de produção. Então é isso. Um filme assistível, nada importante, mas que diverte. Você não vai dar gargalhadas com ele, mas no final entenderá que pelas suas boas intenções vale pelo menos conferir, nem que seja uma única vez.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de outubro de 2016

Os 12 Macacos

Título no Brasil: Os 12 Macacos
Título Original: Twelve Monkeys
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Chris Marker, David Webb Peoples
Elenco: Bruce Willis, Brad Pitt, Madeleine Stowe, Michael Chance, Jon Seda, Vernon Campbell
  
Sinopse:
Em um futuro sombrio, com o planeta devastado por doenças terríveis, um homem é enviado para o passado com o objetivo de colher informações sobre um vírus letal que se espalhou por toda a humanidade. De volta ao tempo ele acaba encontrando as origens da epidemia que devastou a população mundial ao mesmo tempo em que esbarra com os tipos mais insanos que já viu em sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Brad Pitt) e Melhor Figurino (Julie Weiss). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Brad Pitt).

Comentários:
Em se tratando de Terry Gilliam ninguém realmente poderia esperar por uma ficção comum, do tipo que se vê por ai todos os dias. A principal característica desse cineasta sempre foi a criação de um universo próprio, com um visual surreal (diria até psicodélico), tudo embalado por uma direção de arte sui generis, completamente fora dos padrões convencionais. Para quem havia dirigido verdadeiros delírios cinematográficos como "Brazil: O Filme" e "As Aventuras do Barão de Münchausen" não era mesmo de se esperar algo diferente. O curioso é que o projeto original passou pelas mãos do também criativo diretor Luc Besson, mas esse acabou indicando Terry Gilliam para a direção. A Universal ficou um pouco receosa pois o diretor não tinha muita experiência em trabalhar com filmes Sci-Fi. O receio porém não se confirmou. Temos aqui o que para muitos críticos foi um dos filmes de ficção mais inventivos, originais e criativos dos anos 1990. Com um visual que beira a insanidade, o que combinou muito bem com a proposta do diretor, o que se viu foi uma daquelas produções que ficaram na mente por muitos anos. O curioso é que um filme tão inovador em termos estéticos acabou sendo estrelado por dois astros do lado mais comercial de Hollwyood. Tanto Bruce Willis como Brad Pitt eram nomes fora de rota para um filme tão inovador como esse. Acabaram participando de um grande projeto, em especial Brad Pitt, que interpretava um sujeito louco, dado a acessos de fúria e insanidade completa. Essa atuação aliás marcou o ponto de virada na carreira do ator que deixou de ser um mero galã de Hollywood para ser um verdadeiro ator (no sentido estrito da palavra), disposto a alcançar maiores desafios. Em suma, se ainda não assistiu a essa pequena obra prima Sci-Fi chamada "Twelve Monkeys" corra para ver. No mínimo você terá uma experiência diferente do que está acostumado a assistir. 

Pablo Aluísio

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O Chacal

Título no Brasil: O Chacal
Título Original: The Jackal
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Michael Caton-Jones
Roteiro: Kenneth Ross, Chuck Pfarrer
Elenco: Bruce Willis, Richard Gere, Sidney Poitier, Diane Venora, Mathilda May, J.K. Simmons, Jack Black
  
Sinopse:
Durante anos um assassino profissional conhecido apenas como "O Chacal" cometeu crimes em vários países do mundo. Agora ele está nos Estados Unidos, pronto para cumprir um contrato de setenta milhões de dólares para eliminar um influente político americano. O FBI e a CIA precisam descobrir seu paradeiro antes que o crime seja cometido, porém poucos conhecem o rosto do Chacal. Uma dessas pessoas é um ex-terrorista do grupo irlândes IRA. Assim o condenado Declan Mulqueen (Gere) aceita colaborar na caça do Chacal em troca de certos benefícios para si próprio.

Comentários:
A ideia original era até muito boa. Uma nova adaptação para o famoso livro "O Dia do Chacal", um dos mais consagrados livros de ficção dos últimos anos. O filme original de 1973, dirigido por Fred Zinnemann, é sem dúvida um dos maiores clássicos modernos do cinema. O problema é que logo que começou a adaptação o estúdio resolveu ir por outro caminho. Ao invés de adaptar o enredo original procurou-se criar uma nova trama, com outros rumos. Aí a coisa toda desandou. O filme virou uma fita de ação genérica (embora competente) que muito pouco utilizava do romance original. O grande atrativo assim saia das páginas da literatura para o puro cinema. Entre eles o fato do filme contar com um excelente elenco, com direito a presença do veterano Sidney Poitier. O diretor Michael Caton-Jones sem dúvida criou um filme muito ágil, com excelente sequências de ação, porém algo se perdeu nesse processo. Bruce Willis como o assassino profissional Chacal não convence muito, porque está de certo modo preguiçoso em cena. Melhor se sai, quem diria, Richard Gere. Com um modo de interpretação mais sofisticado, menos brutamontes, ele acabou roubando grande parte do filme para si. No geral é isso. uma fita competente de ação, mas que fica longe, bem longe, do clássico "O Dia do Chacal", aquele sim um dos melhores da história do cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Vida Bandida

Título no Brasil: Vida Bandida
Título Original: Bandits
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Harley Peyton
Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Cate Blanchett, January Jones, Troy Garity
  
Sinopse:
Joe (Bruce Willis) e Terry (Billy Bob Thornton) são dois condenados que fogem da prisão. De volta às ruas eles começam a usar um novo método para roubar bancos, invadindo as casas dos gerentes na noite anterior ao roubo, fazendo suas famílias de reféns. Em pouco tempo o novo jeito se revela ser muito bem sucedido e eles começam a ganhar todas as manchetes. Em um desses roubos acabam esbarrando em Kate (Cate Blanchett), uma jovem mulher que está entediada com sua vida, sempre em busca de emoções. Em pouco tempo ela então se junta à dupla de ladrões. Ambos ficam apaixonados por ela, enquanto a política os persegue, pensando que Kate é uma refém do bando.

Comentários:
Muito fraco. O elenco é inegavelmente bom. Bruce Willis, em um estilo mais bem humorado e menos brutamontes. Billy Bob Thornton, sempre um ator interessante, geralmente interpretando o caipira malvado e sem misericórdia e finalmente a maravilhosa Cate Blanchett, uma das atrizes mais talentosas de sua geração, aqui em um papel que sinceramente não lhe faz jus. Até a bela January Jones está no elenco. Não está ligando o nome à pessoa? Ora, Jones é a Betty Francis Draper de "Mad Men", aquele tipo de mulher belíssima que se afunda em um casamento suburbano, cheia de filhos e pouco glamour. Aqui ela ainda estava bem jovem - e mais bonita do que nunca!. Pois é, mesmo com esse excelente elenco, com um diretor respeitado como Barry Levinson, pouca coisa funciona. O filme foi relativamente bem recebido pela crítica, mas o público não comprou muito bem a ideia. No geral, não há como negar, o filme é uma negação, uma decepção. Leva três estrelas com muita, mas muita boa vontade mesmo. Na realidade não levaria nem duas... Enfim, é tipicamente aquele tipo de película ruim que nem o bom elenco consegue salvar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Operação Resgate

Depois de conferir esse novo filme do Bruce Willis cheguei na conclusão de que talvez seja melhor ele se aposentar mesmo. Pelo visto Bruce chegou ao fundo do poço. Eu sei que é clichê falar que um filme como esse tem muitos clichês, mas nesse caso aqui não existe mesmo outra saída. Da primeira à última cena tudo o que você verá são amontoados de clichês baratos em um roteiro que não apresenta absolutamente nada de original, um zero absoluto em termos de criatividade. O enredo? Vejam que coisa saturada e batida: Bruce Willis interpreta um agente da CIA que durante uma operação tem sua esposa morta por criminosos internacionais. Apenas seu filho sobrevive e mesmo assim com uma grande culpa pois estava armado na ocasião da morte de sua mãe e não teve a devida coragem para atirar para defendê-la. Os anos passam e o garoto se torna um adulto que desejando impressionar seu pai também entra na CIA, mas jamais consegue ser um agente de campo, ficando sempre atrás de uma mesa, em serviços burocráticos.

Isso muda completamente quando seu pai cai nas garras de bandidos internacionais que estão em busca de uma moderna arma tecnológica. Agora ele terá que mostrar ao seu pai de uma vez por todas que tem coragem e sabe resolver situações como essas. O filho de Bruce Willis no filme é interpretado pelo "ator" Kellan Lutz. Não o conhecia até assistir a esse filme (ainda bem!). Mesmo com todo a boa vontade do mundo você não terá outra opinião do trabalho do rapaz a não ser que ele é mesmo muito ruim pois não atua nada bem, sendo completamente inexpressivo. Tudo bem que seu papel também não exige muito, até porque na verdade ele só entra em cena para sair na pancadaria contra os inúmeros inimigos anônimos que vão cruzando seu caminho.  Absurdamente porém nem isso o tal de Lutz consegue fazer direito. Há ainda uma terceira personagem interpretada pela bonita Gina Carano, mas que também faz pouca diferença. Acreditar que ela seja uma agente da CIA super treinada é tão absurdo quanto aceitar qualquer coisa que aconteça nesse filme de ação muito ruim e sem novidades. Uma grande perda de tempo (e olha que o filme nem é tão grande assim). Melhor ignorar completamente.

Operação Resgate (Extraction, Canadá, 2015) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Max Adams, Umair Aleem / Elenco: Bruce Willis, Kellan Lutz, Gina Carano / Sinopse: Harry Turner (Lutz) é um agente da CIA novato que deseja provar ao pai, um veterano da agência de inteligência, que ele tem coragem e garra para enfrentar situações perigosas. Quando seu pai Harry (Willis) cai nas mãos de terroristas internacionais que querem uma moderna arma tecnológica para dominar os meios de comunicação do globo, ele vê a grande chance de provar seu valor.

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A História de Nós Dois

Esse drama melancólico foi uma tentativa do astro Bruce Willis em ser levado mais a sério como ator. Ao invés de estrelar a centésima continuação da franquia "Duro de Matar" ele preferiu atuar nesse filme bem dramático e sensível que mostra o esfacelamento de um casamento. Após muitos anos de casada Katie Jordan (Michelle Pfeiffer), a esposa de Ben (Bruce Willis), começa a questionar as escolhas que fez no passado. Ela olha para trás e sente uma sensação de que se casou com a pessoa errada, que não o amava tanto quanto pensava e o pior de tudo, que teria desperdiçado grande parte de sua vida tentando fazer funcionar um relacionamento que no fundo não tem grande profundidade. O vazio existencial logo se instala em sua alma. Muitos casais só continuam juntos por causa das pressões sociais ou financeiras, onde não parece haver muito espaço para o amor verdadeiro, que deveria ser o ponto principal em todo relacionamento duradouro.

Esse sentimento de frustração emocional e sentimental é passado para o espectador sem tentativas de amenizar o mal estar reinante entre os personagens principais. Por essa razão a história vai se desenvolvendo de forma pesada, triste e sem esperanças. Uma verdadeira armadilha que parece prender o casal, que no fundo pensa mesmo em acabar com tudo, para procurar quem sabe a verdadeira felicidade, caso ela realmente exista em algum outro lugar. Definitivamente não é um passatempo leve e divertido, mas certamente levanta questões importantes. Um bom filme que vale a pena assistir e quem sabe talvez se identificar.

A História de Nós Dois (The Story of Us, Estados Unidos, 1999) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel, Jessie Nelson / Elenco: Bruce Willis, Michelle Pfeiffer, Colleen Rennison / Sinopse: A história das crises na vida de um casal. Filme vencedor do Santa Barbara International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Rob Reiner).

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de agosto de 2015

Zona de Perigo

Título no Brasil: Zona de Perigo
Título Original: Striking Distance
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rowdy Herrington
Roteiro: Rowdy Herrington, Marty Kaplan
Elenco: Bruce Willis, Sarah Jessica Parker, Dennis Farina

Sinopse: 
O detetive Tom Hardy (Bruce Willis) vem de uma longa linhagem de policiais em Pittsburgh. Tendo que decidir entre sua ética pessoal e a fidelidade com membros de seu clã familiar ele acaba escolhendo o caminho mais correto e resolve depor na justiça contra seu próprio primo, um policial acusado de brutalidade em serviço. Seu ato nobre porém se torna mal visto entre seus colegas policiais e ele acaba sendo ainda mais hostilizado em seu meio depois de criar a convicção de que um serial killer que está agindo na região é na verdade um tira que resolveu liberar seus instintos assassinos. Estará certo ou isso seria apenas uma forma de revanchismo contra seus colegas de farda?

Comentários:
Depois do sucesso de "Duro de Matar" a carreira de Bruce Willis foi redirecionada mesmo para os filmes com muita ação e pancadaria. Esse "Zona de Perigo" é quase um genérico do maior sucesso de Willis no cinema. O enredo é até melhor desenvolvido, há uma trama envolvendo um serial killer mas no fundo tudo não passa de mera desculpa para as cenas de ação. Há realmente poucas novidades a não ser as locações diferentes (sai de cena Los Angeles e entra Pittsburgh, Pennsylvania) e algumas cenas de perseguição com lanchas que fogem um pouco do lugar comum dos action movies da época. Em termos de roteiro ainda percebemos uma preocupação maior em dar uma profundidade mais humana ao personagem de Willis, sem apostar somente no conceito de super-herói de ação, mas nada também muito complexo. Lançado há 20 anos o filme não foi um grande sucesso nos cinemas mas fez bonito no mercado de vídeo onde encontrou seu público ideal. Afinal de contas a fita não passa de um entretenimento ligeiro realmente, ótimo para ser locado em um fim de semana preguiçoso. Por fim um lembrete interessante para as fãs de "Sex and the City", a atriz Sarah Jessica Parker está no elenco, aliás de maneira nada sofisticada ou elegante. Provavelmente ela queira mesmo é esquecer sua participação aqui.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de agosto de 2015

Duro de Matar - A Vingança

Título no Brasil: Duro de Matar - A Vingança 
Título Original: Die Hard: With a Vengeance
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John McTiernan
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Roderick Thorp
Elenco: Bruce Willis, Jeremy Irons, Samuel L. Jackson

Sinopse: 
Surge um novo terrorista, Simon Gruber (Jeremy Irons) que ameaça explodir dezenas de escolas de Nova Iorque caso não coloque as mãos no policial John McClane (Bruce Willis). Acontece que Simon é irmão de um criminoso que foi morto justamente por McClane (na trama do primeiro "Duro de Matar") e agora quer vingança. O que os policiais de Nova Iorque não sabem é que ele na realidade arma um grande golpe para desviar as atenções da autoridades. Enquanto elas correm para salvar as crianças ele rouba bilhões de dólares do banco central da cidade. 

Comentários:
Terceiro filme da franquia "Die Hard". A franquia não era mais do interesse de Willis e por isso a Fox teve que pagar um cachê recorde para o ator voltar para mais um filme de ação na pele do indestrutível John McClane. Aqui há dois bons aspectos a se considerar. O primeiro é a grandiosidade da produção. Há cenas realmente bem realizadas como a explosão de uma bomba no metrô de Nova Iorque. Outro ponto muito positivo é o elenco de apoio. Tanto Jeremy Irons (que interpreta um terrorista psicopata e frio) como Samuel L. Jackson (que faz um tira obcecado com racismo) estão muito bem em seus respectivos personagens. No saldo final é um filme de ação escapista, muito bem realizado, que consegue divertir bastante o espectador e os fãs da série.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O Anjo da Guarda

North (Elijah Wood) é um garoto insatisfeito e frustrado com sua família que resolve partir em busca de uma nova, vivendo inúmeras aventuras enquanto não acha os pais que ele venha a considerar ideais. Esse filme, que não fez sucesso quando foi lançado, resolveu apostar em um tom de fábula. Elijah Wood era apenas um garotinho, mas mostrou muito talento em segurar o filme praticamente sozinho, com eventuais participações de atores famosos, como por exemplo, o astro Bruce Willis, que surge como narrador do enredo.

Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.

O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Cor da Noite

Um dos grandes fracassos comerciais da carreira de Bruce Willis. Um roteiro confuso, que procura ser sensual sem conseguir, resultando tudo em muita estética cinematográfica, mas pouca qualidade de fato. Ao assistir o filme você ficará com a sensação de estar vendo a uma longa peça publicitária da década de 90, com tudo de ruim que isso possa significar. A fotografia surge saturada e no meio da tentativa de tudo soar chic a coisa desanda, virando uma breguice realmente insuportável. Na época a ruindade do filme foi comentada, mas o que mais chamou a atenção da crítica e do público foram as cenas gratuitas de nudez de Bruce Willis!

Como se não bastasse ser bem ruim a fita, o espectador ainda tinha que aguentar os ataques de ego do peladão Willis! Acredito que ele hoje em dia tenha muita vergonha dessas sequências. E a estória? Do que se trata? Willis interpreta um psiquiatra que fica abalado com o suicídio de uma de suas pacientes. Depois tenta recuperar o equilíbrio com um colega de profissão, porém descobre alarmado que ele foi morto, provavelmente por uma de suas clientes. Enfim, bobagem pura, sendo que esse filme você pode dispensar sem maiores problemas. Mesmo assim conseguiu ser indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("The Color of the Night"). Porém depois foi "vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria de Pior Filme do Ano! Realmente não houve salvação...

A Cor da Noite (Color of Night, Estados Unidos, 1994) Direção: Richard Rush / Roteiro: Billy Ray, Matthew Chapman / Elenco: Bruce Willis, Jane March, Rubén Blades / Sinopse: A história de um homem mais velho que se envolve sexualmente com uma garota mais jovem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de março de 2015

Alpha Dog

Jesse James Hollywood era um traficante extremamente bem sucedido de Los Angeles que para cobrar uma dívida de um cliente problemático resolveu seqüestrar seu irmão mais jovem, um garoto de apenas 15 anos de idade. Após uma série de eventos infelizes o criminoso acabou matando o garoto. Esse crime chocou os Estados Unidos pela crueldade e violência extrema. Procurado pelo FBI (ele foi um dos mais jovens criminosos na lista dos mais procurados da agência federal americana) Jesse James Hollywood resolveu fugir para um país com fama de impunidade e conhecido pelo tratamento leve e penas ridículas para bandidos de seu quilate, isso mesmo, o nosso querido Brasil. Foi aqui em nossa nação que finalmente o FBI colocou as mãos em Jesse. Ele havia se casado com uma brasileira e estava tentando conseguir a cidadania do país tropical onde impera o Samba, o Carnaval e o futebol. A história real terrível acabou inspirando Hollywood (a indústria, não o criminoso) a contar esses fatos. Nasceu assim “Alpha Dog” que trocando o nome dos personagens envolvidos se propõe a contar essa terrível tragédia.

O personagem principal aqui vira Johnny Truelove (Emile Hirsch). O enredo é praticamente o mesmo da história real. O resultado é cru, deprimente mas também muito impressionante e revelador para o espectador. O elenco de apoio é todo bom e se dá ao luxo de ostentar antigos astros do passado como Bruce Willis e Sharon Stone como meros coadjuvantes. Até mesmo o cantor pop Justin Timberlake se sai muito bem como um dos membros inconseqüentes da quadrilha de Truelove. Como a história se passa na década de 1990 a trilha sonora é recheada de hits do rap americano da época (um festival de músicas intragáveis). Também mostra a vida de luxos e riquezas dos traficantes naqueles anos. O próprio Truelove vive em uma bela casa, cercado de garotas bonitas, numa eterna festa regada a muitas drogas pesadas e bebidas que são consumidas em grandes quantidades por jovens da classe alta, ricos e perdidos que enriquecem cada vez mais Truelove e seu grupo de criminosos. Não poderia encerrar a resenha sem elogiar o ator Ben Foster. Considero sua atuação aqui como uma das mais viscerais que já vi em filmes recentes. Ele interpreta um viciado que deve um valor substancial ao traficante Truelove que para forçá-lo a pagar a dívida seqüestra e depois mata seu irmão adolescente. Gostei bastante do filme por mostrar a realidade de uma juventude vazia e sem objetivos, encharcada de drogas e criminalidade. Um triste retrato dos jovens americanos, os mesmos que um dia herdarão a mais poderosa nação do planeta! Que Deus nos proteja desses ignóbeis!

Alpha Dog (Alpha Dog, Estados Unidos, 2006) Direção: Nick Cassavetes / Roteiro: Nick Cassavetes / Elenco: Emile Hirsch, Justin Timberlake, Anton Yelchin, Shawn Hatosy, Ben Foster, Sharon Stone, Dominique Swain, Fernando Vargas, Paul Johansson, Olivia Wilde, Lukas Haas, Bruce Willis, Courteney Cox, Amanda Seyfried / Sinopse: Jovem traficante bem sucedido com clientela de filhos da classe alta de Hollywood acaba cometendo um crime bárbaro contra o irmão adolescente de um cliente problemático. O fato o leva a ser um dos mais jovens criminosos a integrar a lista dos dez mais procurados do FBI.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Duro de Matar 2

Título no Brasil: Duro de Matar 2
Título Original: Die Hard 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Walter Wager, Steven E. de Souza
Elenco: Bruce Willis, William Atherton, Bonnie Bedelia  

Sinopse:
Véspera de Natal. Aeroporto internacional de Washington, D.C. O policial John McClane (Bruce Willis) espera pela chegada do avião de sua esposa quando é surpreendido por um grupo criminoso altamente armado de traficantes internacionais de drogas que exigem a libertação de um importante membro de sua organização criminosa. Caberá a McClane agora assumir o controle da situação.

Comentários:
Era de se esperar que, com o tremendo sucesso de bilheteria do primeiro filme, houvesse continuações (e como todos sabemos ainda nos dias atuais são lançados sequências dessa interminável franquia "Die Hard"!). Pois bem, esse aqui não consegue ser tão bom quanto o primeiro (que considero uma pequena obra prima do gênero ação) mas mesmo assim se torna bem sucedido em manter o interesse do espectador do começo ao fim. Particularmente gosto bastante da trama, que joga com o terror que as pessoas cultivam de viagens de avião e de sequestros dos mesmos por terroristas. Por falar nisso, se formos pensar bem, esse roteiro escrito em 1990 já antecipava coisas que iriam acontecer muitos anos depois, principalmente em 11 de setembro. No caso aviões comerciais usados como armas de terroristas e criminosos internacionais. Bruce Willis ainda está muito jovem e o fã certamente sofrerá um certo impacto ao rever o ator em cena - calvo, mas ainda com muito cabelo! Em termos de ação não há o que reclamar. Muitas cenas bacanas e bem boladas, inclusive uma ótima briga em cima da asa de um Boeing gigantesco. O filme andava sumido da programação da tv a cabo mas ressurge hoje na telinha. Uma ótima oportunidade para rever essa produção que é acima de tudo um excelente entretenimento pipoca.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Encontro às Escuras

Título no Brasil: Encontro às Escuras
Título Original: Blind Date
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Dale Launer
Elenco: Kim Basinger, Bruce Willis, John Larroquette
  
Sinopse:
Como todo workaholic (viciado em trabalho), Walter Davis (Willis) não consegue encontrar mais tempo livre para sua vida pessoal. O problema é que haverá em breve um importante jantar de negócios de sua empresa com um cliente japonês e ele não tem nenhuma namorada para levar. Na correria seu irmão então lhe arranja Nadia (Basinger) para lhe acompanhar no evento. Mal sabe o pobre Davis na confusão em que está se metendo!

Comentários:
Bruce Willis em seu primeiro filme no cinema. Bem, tecnicamente falando não foi o primeiro já que ele tinha participado de algumas outras produções, como coadjuvante (coloca coadjuvante nisso). Na verdade foi o primeiro em que ele estrelou, produzido por um estúdio que resolveu apostar em seu nome após seu sucesso na série de TV "A Gata e o Rato". Por essa época Willis não era encarado como um brucutu de filmes de ação, mas sim como um comediante com sorriso cínico e tiradas irônicas. Por isso nada de tiros e bombas nessa comédia romântica. Ao seu lado temos outro ícone dos anos 80, a atriz Kim Basinger, que sinceramente falando nunca achei muito bonita, embora sempre percebi que ela era uma daquelas mulheres que sabiam muito bem jogar com sedução e charme - embora não seja excepcionalmente bela em termos puramente estéticos. O roteiro é leve, com toques que nos lembram das antigas comédias de costumes que eram tão populares nos anos 60. No clima de romance misturado com pitadas de humor mais sofisticado, sobram alguns poucos momentos realmente memoráveis. De qualquer forma não faz mal e nem engorda. Enfim, diversão (quase) inocente, com pegada desprentensiosa e inofensiva sob a batuta do veterano diretor Blake Edwards.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de novembro de 2014

Hudson Hawk - O Falcão Está à Solta

Título no Brasil: Hudson Hawk - O Falcão Está à Solta
Título Original: Hudson Hawk
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Silver Pictures
Direção: Michael Lehmann
Roteiro: Bruce Willis, Robert Kraft
Elenco: Bruce Willis, Danny Aiello, Andie MacDowell, James Coburn

Sinopse:
Após passar dez anos na prisão, Hudson Hawk (Bruce Willis) está disposto a endireitar sua vida. Quer arranjar um trabalho honesto para viver em paz. Sua fama porém o persegue e ele começa a ser chantageado por um casal de milionários, que deseja que ele roube algumas das obras de arte do gênio da renascença italiana Leonardo da Vinci. Filme "vencedor" de três "prêmios" do Framboesa de Ouro: Pior Roteiro, Pior Direção e Pior Filme.

Comentários:
Astros de cinema muitas vezes se tornam vítimas de seu próprio ego. Que o diga Bruce Willis que no começo de sua carreira teve a péssima ideia de filmar uma história que ele mesmo havia bolado. Claro que na época ele tinha muita moral nos estúdios e por isso não houve problemas para levantar dinheiro para a realização do filme, o problema é que o enredo era confuso, sem foco e muito fraco. Isso passou claramente para a tela e se tornou bem fácil de perceber para o espectador. A produção não é ruim, longe disso, há até efeitos especiais bem bacanas, além disso a direção de arte é realmente de encher os olhos. O problema é que não se tem uma boa estória para contar - culpa do estrelismo de Bruce Willis. Em vista disso o filme logo se tornou um tremendo fracasso de bilheteria, merecidamente aliás. De bom mesmo, além da produção classe A, temos a presença do veterano James Coburn, ator de tantos westerns do passado. Ele sozinho não consegue salvar a fita do desastre, mas funciona como um paliativo interessante.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Último Matador

Título no Brasil: O Último Matador
Título Original: Last Man Standing
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Walter Hill
Roteiro: Walter Hill
Elenco: Bruce Willis, Bruce Dern, William Sanderson, Christopher Walken

Sinopse:
John Smith (Bruce Willis) é um assassino profissional que chega na pequena cidade de Jericho, no Texas, bem no começo dos anos 30. O lugar está sendo disputado com violência entre dois grupos rivais. O ambiente ideal para Smith ganhar muito dinheiro com seus "serviços". O que ele não desconfia é que em breve terá que ele próprio impor justiça naquela terra sem lei, algo que mudará completamente seus planos iniciais.

Comentários:
Poucos sabem, mas "Last Man Standing" é na verdade um remake americano do clássico "Yojimbo" do mestre Akira Kurosawa. Inicialmente a versão Made in USA seria passada no velho oeste, adotando como era de se esperar um tom bem ao estilo do western americano mais clássico. Isso mudou porém quando Bruce Willis resolveu aceitar o convite para realizar o filme. O diretor Walter Hill entendeu que seria melhor mudar o cenário onde o enredo iria se desenvolver, transportando todo o argumento para a década de 1930 onde reinavam os grandes gangsters do período da lei seca. Curiosamente Hill não jogou toda a ambientação western fora, mantendo as filmagens na inóspita e ensolarada região de Galisteo, New Mexico, locação muitas vezes utilizada para filmagens de faroestes. Isso deu ao filme um colorido bem diferenciado onde o background natural parece ser o de um filme de western da velha escola com atores vestindo figurinos de filmes policiais noir. Bruce Willis encontra um personagem bem adequado para seu estilo, com poucas palavras e muita ação. Infelizmente a profundidade e a sutileza psicológica do filme original foram deixadas de lado, até porque não era pretensão de Walter Hill seguir minuciosamente o trabalho de Kurosawa. Mesmo assim é aquele tipo de filme que vale a pena assistir, nem que seja pelo menos uma única vez na vida. Um bom entretenimento.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Os 12 Macacos

Título no Brasil: Os 12 Macacos
Título Original: Twelve Monkeys
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Terry Gilliam 
Roteiro: Chris Marker, David Webb Peoples
Elenco: Bruce Willis, Madeleine Stowe, Brad Pitt

Sinopse:
O ano é 2035. A Terra está devastada por um vírus que matou grande parte da humanidade. Para tentar entender o que se passou um explorador, James Cole (Bruce Willis), é enviado ao passado para tentar conter a proliferação da epidemia que se transformaria na danação da raça humana. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Melhor Figurino. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt). Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de  Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt), Melhor Figurino e Melhor Filme de Ficção.

Comentários:
Quem acompanha cinema há bastante tempo já sabe que, em se tratando do diretor Terry Gilliam, não há espaços para banalidades ou lugares comuns em sua obra. Terry Gilliam é aquele tipo de cineasta empenhado em dar cor e sabor muito peculiares em tudo que dirige. Seus filmes fogem do comum, a direção de arte é praticamente barroca e os roteiros não se rendem a clichês baratos. Nesse aspecto "Twelve Monkeys" é uma de suas películas mais curiosas e interessantes. Tudo bem que se trata de um remake americano para o filme "La Jetée", e isso poderia comprometer sua originalidade. Gilliam porém passa por cima desse rótulo e consegue criar com suas ferramentas cinematográficas algo próprio, quase autoral. O roteiro é inteligente e intrigante e por isso muitos não vão conseguir captar todas as nuances de uma trama surreal e complexa. O elenco, cheio de estrelas, acaba surpreendendo também, principalmente Brad Pitt que joga fora sua imagem de galã e se transforma, inclusive fisicamente, para dar corpo ao seu personagem esquisito, bizarro e transtornado. "Os 12 Macacos" é de fato uma das últimas ficções realmente inteligentes do cinema americano.

Pablo Aluísio.