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sábado, 5 de fevereiro de 2022

O Livro de Boba Fett

Esse mercenário espacial chamado Boba Fett surgiu na primeira trilogia de "Star Wars". Durante anos os produtores desenvolveram o projeto de levar sua história ao cinema, através de um longa-metragem. Com a venda da franquia de George Lucas para a Disney os planos mudaram. O sucesso da série "O Mandaloriano" mostrou o caminho a seguir. Os executivos do estúdio contrataram praticamente a mesma equipa da série anterior para trabalhar nessa nova série. O interessante é que Boba Fett havia sido devorado por um verme gigante do deserto em um dos filmes, então como trazer ele de volta? Bom, o roteiro deu um jeito nisso, algo que o espectador verá em flashback logo no primeiro episódio. Não ficou forçado, ficou bom para dizer a verdade.

E não fica por aí. Boba Fett se torna o sucessor de Jabba The Hut, o que significa ser o poderoso chefão do submundo daquele universo. Só que ele começa mal. Pensa em dominar pelo diálogo e pelas boas relações. Jabba dominava pelo medo e pela violência. Não demora muito e ele descobre como as cartas são dadas naquele tipo de jogo mortal. A grande cena do primeiro episódio ocorre quando Boba Fett, feito prisioneiro do povo do deserto, precisa vencer uma estranha criatura, com quatro braços e muita força física. Ficou ótima a cena. Certamente os fãs de "Star Wars" não vão ter do que reclamar!

O Livro de Boba Fett (The Book of Boba Fett, Estados Unidos, 2021) Direção: Robert Rodriguez, Dave Filoni, Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, Noah Kloor / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Frank Trigg, Collin Hymes / Sinopse: Após quase ser morto por monstros e criaturas do deserto, o mercenário Boba Fett assume a posição que um dia pertenceu a Jabba, The Hut.

Pablo Aluísio.  

Guia dos Episódios - O Livro de Boba Fett:

O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine
N
esse episódio Boba Fett vai até o prefeito para tomar satisfações. Afinal ele enviou um mercenário para dar cabo de Fett. E as notícias ruins não param por aí. Um Hutt, da mesma linha familiar de Jabba, chega na cidade. Ele tenciona assumir o controle do submundo, um vácuo de poder deixado pelo próprio Jabba. Só que Fett não quer deixar que isso venha a acontecer. São fatos interessantes desse episódio, mas o que importa mesmo aqui é um longo flashback mostrando Boba Fett ajudando e se tornando um membro de uma tribo de homens do deserto de Tatooine. Eles vivem no mar de dunas e Boba decide ajudá-los, inclusive tomando um trem de carga que passa por sua região. Episódio muito bom, com muita ação e aventura, com destaque para o ataque ao trem em movimento. Ecos do cinema antigo de filmes de faroeste! / O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine (Estados Unidos, 2022) Direção: Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, George Lucas / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry. 

O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa
Os asquerosos membros do clã Hutt querem Boba fora da jogada. Ele está no meio do caminho deles. Então enviam um enorme e violento Wookiee (da raça do Chewbacca) para dar cabo do caçador de recompensas. Ele sobrevive com a ajuda de uma gangue de jovens que ele recrutou por ali mesmo. Eles estavam envolvidos com brigas em relaçao a um comerciante de água. Agora passam a trabalhar para Fett - até porque naquele planeta deserto não existem mesmo muitas opções de trabalho. E logo no primeiro "Serviço" eles se saem bem, perseguindo pelas ruas do vilarejo um empregado do prefeito que se virou de vez contra Boba Fett. / O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa (Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry.

O Livro de Boba Fett 1.04 - Chapter 4: The Gathering Storm
Enquanto tenta se recuperar, o mercenário acaba indo atrás de duas coisas vitais para ele. Uma é sua espaçonave que está em posse de seres controlados pelo Império. Não é uma tarefa fácil recuperar aquela nave, mas é possível e ele fará de tudo para isso. Complicado mesmo é ir atrás de sua armadura que caiu dentro de uns buraco de verme gigante do deserto, cena aliás que vemos nos filmes clássicos da trilogia original de Guerra nas Estrelas. De Posse desses dois instrumentos ele enfim pode desafiar os Huts que dominam o pequeno planeta deserto onde tudo começou. / O Livro de Boba Fett 1.04 - Chapter 4: The Gathering Storm(Estados Unidos, 2022) Direção: Kevin Tancharoen / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Thundercat.

O Livro de Boba Fett 1.05 - Chapter 5: Return of the Mandalorian
Esse é um dos melhores episódios da série e demonstra bem que algo está errado. Isso porque é o melhor episódio da série do Boba Fett em que ele não aparece. O episódio traz de volta o Mandaloriano. Quem poderia pensar que algo assim iria acontecer? Os episódios anteriores foram bem criticados, principalmente pelos fãs da franquia Star Wars. Então, para tentar salvar algo, perante seus próprios fâs, os roteiristas resolveram criar uma ligação direta com a série do Mandaloriano. Esse sim de grande sucesso de público e crítica. De minha parte foi muito bom ver esse personagem de volta, Ele que era inicialmente até mesmo uma imitação do Boba Fett agora toma o protagonismo para si. Em minha opinião, se as duas séries vão se fundir a partir de agora, é seguramente uma boa notícia para os fãs que assistem aos episódios. Vamos ver no que isso tudo vai dar. / O Livro de Boba Fett 1.05 - Chapter 5: Return of the Mandalorian (Estados Unidos, 2022) Direção: Bryce Dallas Howard / Elenco: Pedro Pascal. Ming-Na Wen.

O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger
Mais um episódio da série que coloca o protagonista de escanteio. Parece que os produtores entenderam que esse Boba Fett não consegue mesmo levar uma série sozinho nas costas. Então, trouxeram novos personagens e ressuscitaram outros. Aqui temos um festival de retornos. Retorna o baby Yoda, para Alegria das crianças. Retorna o Mandaloriano para ver se salva a audiência da série que vinha meio capenga. E retorna até mesmo Luke Skywalker. Aqui ele surge numa versão diferente, totalmente computadorizada. O ator Mark Hamill, que atualmente é praticamente um idoso, é rejuvenescido pela computação gráfica. Fico até imaginando um tempo em que não haverá mais espaço para os atores de carne e osso. Basta apenas recriar os personagens por computação gráfica e pronto. Se eu fosse um ator em Hollywood, estaria realmente preocupado com a situação. / O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger (Estados Unidos, 2022) Direção: Dave Filoni / Elenco: Pedro Pascal, Mark Hamill.

O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger
Assisti aos dois últimos episódios da série. Essa série vinha mal. Criticada ferozmente tanto pelos fãs de Guerra nas Estrelas, como também pela crítica especializada nos Estados Unidos. Não eram críticas em vão. Realmente estava bem ruim. Eu mesmo pensei em abandonar a série no meio. Ouvindo todas as reclamações, a Disney resolveu intervir. Contratou uma nova equipe de roteiristas. E fez mudanças. A mais notória delas foi a mais apelativa. Trouxeram personagens queridos do universo de Star Wars. Tudo para revitalizar a audiência dessa série. Assim trouxeram de volta o Mandaloriano, Luke Skywalker e como não poderia deixar de ser, o Baby Yoda. O Baby Yoda é um dos produtos mais lucrativos da Disney atualmente. É um produto realmente perfeito. Vende bonecos, vende brinquedos e se tornou uma febre entre as crianças. Tudo o que a Disney queria. Esse penúltima desódio segue nessa toada. Sumiram até mesmo com Boba Fett, que deveria ser o personagem principal de sua série. Como ele teve pouco carisma e não criou um vínculo com o público, ele foi deixado meio de escanteio. Na realidade, esse penúltimo episódio (Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger) é uma verdadeira revitalização do Mandaloriano. Tudo para trazer audiência e salvar a série do Boba Fett do ostracismo e do fracasso comercial. / O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger (Estados Unidos, 2022) Direção: Dave Filoni / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Pedro Pascal.

O Livro de Boba Fett 1.07 - Chapter 7: In the Name of Honor
O último episódio (Chapter 7: In the Name of Honor) segue na mesma linha. Só que aqui investiram pesado em efeitos especiais. Há uma grande Batalha envolvendo o grupo de Boba Fett e os vilões. Uma briga brutal envolvendo até mesmo monstros da areia. Em termos de efeitos especiais, porém, o que mais vale a pena são os estranhos equipamentos de guerra que mais se assemelham a escorpiões e aranhas. Pura diversão, ficou muito legal. E para quem gosta de referências cinematográficas, que tal aquele mostrengo alienígena que tem a cara do Clint Eastwood? Ele também é rápido no gatilho e faz duelos ao estilo faroeste. Enfim, nesses dois últimos episódios, acertaram na mosca, finalmente. Não haverá, prevejo, uma segunda temporada de Boba Fett. A Disney vai investir em uma nova temporada do Mandaloriano que deu muito certo. As coisas assim vão se adaptando ao gosto do público. / O Livro de Boba Fett 1.07 - Chapter 7: In the Name of Honor (Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Rodriguez / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Pedro Pascal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Pequenos Espiões 3

Título no Brasil: Pequenos Espiões 3 - Game Over
Título Original: Spy Kids 3 - Game Over
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Daryl Sabara, Alexa PenaVega, Antonio Banderas, Sylvester Stallone, Ricardo Montalban, Carla Gugino

Sinopse:
Carmen está presa em um jogo de realidade virtual projetado pelo novo inimigo dos Kids, o Toymaker. Cabe a Juni salvar sua irmã e, em última instância, o mundo. Terceiro filme da franquia de filmes juvenis Spy Kids.

Comentários:
Esse filme é uma porcaria, mas não totalmente destituído de interesse para quem gosta de cinema, mesmo que pelas razões menos corretas. O interesse virá pela presença de dois grandes nomes da Hollywood do passado. O ator Ricardo Montalban nunca foi um astro de primeiro time, isso é verdade, entretanto já desfrutou de um certo prestígio dentro da indústria cinematográfica, atuando inclusive em sucessos do cinema e da televisão. Aqui ele perdeu a linha. E o que dizer de Sylvester Stallone? De ator mais bem pago do cinema americano nos anos 80 ele passou a essa triste condição de coadjuvante em um filme como esse? É quase inacreditável para quem chegou a ganhar 20 milhões de dólares por um único filme! Algumas vezes fico me perguntando como um ator pode ganhar tanto dinheiro (e ficar rico nesse processo) e ainda assim ter qeu pagar um mico desses! Será que o Stallone acabou com toda a sua fortuna? É inacreditável pensar que sim...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de março de 2021

Era Uma Vez no México

Título no Brasil: Era Uma Vez no México
Título Original: Once Upon a Time in Mexico
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures, Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo

Sinopse:
Um pistoleiro profissional, um matador de aluguel, conhecido como "El Mariachi" envolve-se em espionagem internacional, mesmo sem querer. E ele não está só, no jogo perigoso ainda surge um agente psicótico da CIA e um general mexicano corrupto. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Comentários:
Robert Rodriguez dirigiu esse remake americano de um pequeno filme latino, com orçamento quase nulo, que chamou a atenção da crítica na época, o independente e pequeno "El Mariachi". Funcionou essa nova versão, com mais dinheiro, mais recursos e mais marketing? Em minha opinião, não! O charme do primeiro filme, do original, era justamente ser pequenino e cheio de imaginação. Nessa releitura feita por um grande estúdio de Hollywood o que era pura imaginação, virou explosão. O que era esforço coletivo dos atores quase amadores, virou uma reunião de astros do cinema americano, todos milionários, que no fundo não estavam nem aí com essa nova versão. No quadro geral o que temos é um filme fraco, sem graça, que vai para o puro tédio. Quando você mostra uma explosão a cada cinco minutos de filme a tendência é cansar rapidamente o espectador. Robert Rodriguez sempre foi dado a exageros desse tipo e aqui nessa produção não foi diferente. O bocejo vem mais cedo ou mais tarde. Com pouco tempo de filme deixamos de nos importar com os (rasos) personagens. Enfim, chato e derivativo, nada mais.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Alita

Esse filme custou 170 milhões de dólares. Foi produzido e roteirizado pelo James Cameron e bateu de frente com a "Capitã Marvel" nas bilheterias americanas. Perdeu a disputa, mas a despeito disso conseguiu ainda faturar 400 milhões de dólares, um número que não decepcionou ao estúdio. Embora seja um espécie de filme pessoal de Cameron, ele preferiu não dirigir, passando o bastão para Robert Rodriguez. A boa notícia é que o cineasta acertou a mão em todos os detalhes, fazendo um filme mesclado (meio animação gráfica, meio atores de verdade) que funcionou excepcionalmente bem no quesito diversão.

Na realidade é uma adaptação de uma obra japonesa escrita por Yukito Kishiro, Lançado na Terra do Sol Nascente com o nome de  "Gunnm" logo caiu nas graças do público que curte mangá. E isso é fácil de entender. A protagonista é uma andróide adolescente chamada Alita, Partes de seu corpo foram achados em um ferro-velho pelo Dr. Dyson Ido (Christoph Waltz) que resolve reconstrui-la. O que ele nem desconfia é que a garotinha na verdade é uma arma de guerra, usada para invadir o nosso mundo há 300 anos. Naquele passado distante quase todo o planeta foi destruído, sobrando apenas uma cidade flutuante, enquanto o resto da humanidade passou a viver no meio do caos e da violência.

O filme funciona não apenas por ter uma excelente produção onde você consegue ver cada dólar investido, mas também por apostar em um roteiro que procura tocar no sentimento do espectador. A andróide teen é realmente fenomenal nas lutas contra outros seres futuristas, mas também tem anseios e sentimentos típicos de uma adolescente apaixonada pela primeira vez. Eu não esperava grande coisa, mas acabei gostando de praticamente tudo. O design de produção procurou copiar fielmente a imagem da personagem dos quadrinhos japoneses, o que lhe vale ter aqueles grandes olhos cheios de sentimento que conhecemos bem dos mangás. No final a porta fica aberta para futuras continuações. Terá uma sequência? Bom, esse tipo de pergunta apenas o James Cameron poderia responder.

Alita: Anjo de Combate (Alita: Battle Angel, Estados Unidos, 2019) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: James Cameron, Laeta Kalogridis / Elenco: Rosa Salazar, Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali, Keean Johnson / Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, 300 anos no futuro, a andróide Alita é resgatada do ferro-velho por um especialista chamado Dyson Ido (Christoph Waltz). Ele decide remontá-la, para reativá-la e descobre que ela não é uma andróide comum, mas sim uma máquina de guerra de origem extraterrestre.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Sin City: A Dama Fatal

Quase dez anos depois do lançamento de "Sin City" eis que surge essa sequência tardia. Como era de se esperar os fãs de quadrinhos odiaram (provavelmente formam o grupo mais chato que existe dentro da cultura pop) e a crítica em geral, com receios dessa gente, acabou malhando o filme. Por isso adiei bastante o filme, só assistindo ontem, quase três anos após seu lançamento. Meu conselho é: ignorem a opinião dos leitores de quadrinhos e ignorem até mesmo os críticos de plantão. Não há nada de errado nesse "Sin City: A Dama Fatal" como tanto se falou. Pelo contrário, o filme é até muito divertido.

Dirigido pela dupla  Frank Miller e Robert Rodriguez, o filme segue os passos do primeiro. A linguagem é aquela que já conhecemos. A intenção dos realizadores é fazer com que o público tenha a sensação de que está lendo uma história em quadrinhos na tela do cinema. Poucas vezes criou-se uma simbiose tão forte em termos de linguagem ligando a sétima com a nona arte. As sequências do filme parecem desenhos das comics, com o farto uso do contraste entre o preto e o branco. É, como escrevi, basicamente o sistema que foi usado no primeiro filme. Não compreendo porque o primeiro foi tão elogiado e esse tão criticado se usam a mesma maneira de se contar o enredo. Pura rabugice dessa gente.

Tudo vai acontecendo de maneira fragmentada. Todas as estórias parecem ter apenas um ponto em comum: a presença do personagem brucutu Marv (interpretado por Mickey Rourke embaixo de forte maquiagem). Ele fica quase sempre no bar de strippers onde se apresenta sua musa, a bela Nancy (Jessica Alba), que agora passa por um momento complicado da vida. Consumida pelo desejo de vingança ela bebe além da conta. Seu alvo é um senador corrupto com quem ela quer acertar velhas dividas. A tal dama fatal do título é uma das melhores coisa do filme. Interpretada por Eva Green (em generosas cenas de nudez), ela é a principal razão para se assistir a esse filme. Como o próprio título sugere, ela é de fato uma mulher fatal, aquele tipo de beldade que parece sempre pronta a transformar todos os homens que encontra em seus capachos. Tudo com interesses escusos e imorais. Só vendo para crer. Então é isso, apesar de toda a avalanche de críticas negativas que o filme sofreu em seu lançamento, recomendo sem receios esse "Sin City 2". É violento, incisivo, mas principalmente divertido. Pode assistir sem qualquer tipo de aversão e preconceito.

Sin City: A Dama Fatal (Sin City: A Dame to Kill For, Estados Unidos, 2014) Direção: Frank Miller, Robert Rodriguez / Roteiro: Frank Miller / Elenco: Mickey Rourke, Jessica Alba, Josh Brolin, Eva Green, Joseph Gordon-Levitt, Rosario Dawson, Bruce Willis, Ray Liotta, Christopher Lloyd / Sinopse: Marv (Mickey Rourke) acaba se envolvendo em inúmeros problemas, principalmente quando é procurado por Dwight (Josh Brolin). Ele quer vingança contra uma mulher pelo qual se apaixonou e que o usou para fins ilegais e imorais. Filme indicado ao Jupiter Award e ao Women Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Pequenos Espiões 2

Título no Brasil: Pequenos Espiões 2: A Ilha dos Sonhos Perdidos
Título Original: Spy Kids 2: Island of Lost Dreams
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Alexa PenaVega, Daryl Sabara, Antonio Banderas, Steve Buscemi, Ricardo Montalban
  
Sinopse:
Espiões juvenis se envolvem numa trama para destruir o mundo. Cientistas do mal querem usar o código genético para exterminar a humanidade, ao mesmo tempo em que usam espiões rivais para atacar os pais dos garotos. Filme vencedor do Young Artist Awards na categoria de Melhor Atriz Juvenil (Alexa PenaVega).

Comentários:
Robert Rodriguez descobriu esse nicho de mercado, com filmes juvenis, e ganhou milhões de dólares com ele. O primeiro dessa série foi realizado em 2001 e bateu recordes de bilheterias no cinema. Depois houve essa sequência e o terceiro filme "Pequenos Espiões 3-D: Game Over" (que pegava carona com a moda 3D). Finalmente a quadrilogia foi encerrada com "Pequenos Espiões 4" (que fracassou nos cinemas). É interessante dizer que Rodriguez não parece disposto a largar o osso pois em breve ele irá produzir e dirigir "Jonny Quest", adaptação para o cinema do famoso desenho animado da Hanna-Barbera. Deixando isso de lado o que podemos dizer é que "Spy Kids 2" é bem divertido para seu público alvo (crianças e adolescentes) com muitos efeitos visuais, estorinha básica e um elenco formado por toda essa garotada. O único atrativo para quem não é criança ou adolescente é a presença de um elenco de veteranos como Antonio Banderas, Steve Buscemi (ator extremamente conceituado) e principalmente Ricardo Montalban! Quem diria que ele, um dos clássicos latin lovers do cinema americano, um dia iria participar de uma produção desse tipo! Enfim, se você tiver umas duas horas do dia para jogar fora, assistindo algo bem diversão pipoca, vale a pena arriscar para dar uma olhadinha nesse filme.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Um Drink no Inferno

Eu gosto de Quentin Tarantino. Definitivamente gosto do cinema que ele faz. Até defendo quando o acusam de ser nerd demais ou excessivamente apelativo. São duas acusações que até possuem seu fundo de verdade, mas se pararmos para pensar bem que outro diretor nesses últimos anos conseguiu imprimir tão profundamente sua marca no cinema quanto Tarantino? Dito isso ele também realizou sua cota de bobagens indefensáveis. Um dos filmes de Tarantino que nunca consegui gostar foi justamente esse amalucado (no mal sentido da palavra) "From Dusk Till Dawn". Eu acredito que Tarantino sabia que não tinha um material muito bom em mãos e por essa razão cedeu seu roteiro para ser dirigido por Robert Rodriguez, uma espécie de pupilo do cineasta.

Com poucos minutos de filme eu já tinha percebido que se tratava de uma das piores porcarias já feitas com o universo dos vampiros (de que gosto muito!). Não há necessariamente uma história para contar, apenas muito sangue, violência gratuita (e cartunesca) além de uma infinidade de diálogos pateticamente constrangedores. Na época em que o filme chegou nas telas o ator George Clooney não era nenhum astro do cinema, apenas um ator de TV, de seriado médico, que tentava emplacar fora da telinha. O resultado é completamente descartável, quase um delírio pessoal de Tarantino que no final das contas nem faz muito sentido. É violência pela violência e nada mais. Não que os outros filmes dele saíssem muito dessa fórmula, mas aqui ele certamente exagerou no besteirol. E afinal alguma coisa ainda vale a pena citar? Basicamente nada, a não ser a bela presença de Salma Hayek como a vampira Santanico Pandemonium! Ela é uma das poucas lembranças que você terá desse filme que caiu no esquecimento (de forma justa, aliás). Uma bola fora Tarantinesca. Até porque ninguém é perfeito.

Um Drink no Inferno (From Dusk Till Dawn, EUA, 1996) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Quentin Tarantino, Robert Kurtzman / Elenco: George Clooney, Juliette Lewis, Harvey Keitel, Salma Hayek, Danny Trejo, Quentin Tarantino, John Saxon, Kelly Preston / Sinopse: Dois criminosos e seus reféns vão parar em uma espelunca perdida no meio do deserto. Eles estão tentando fugir da polícia e tencionam ficar lá por pouco tempo, mas tudo acaba em caos quando descobrem que o lugar está infestado de vampiros sedentos por sangue humano. Filme "premiado" pelo Framboesa de Ouro na categoria de Pior Ator Coadjuvante (Tarantino).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A Balada do Pistoleiro

Título no Brasil: A Balada do Pistoleiro
Título Original: Desperado
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Joaquim de Almeida
  
Sinopse:
El Mariachi (Antonio Banderas) cruza as estradas empoeiradas do México com seu violão a tiracolo. A todos avisa que é apenas um artista em viagem, procurando por alguém que lhe pague alguns pesos por apresentação. Na verdade ele é algo mais além disso, um pistoleiro bom de gatilho que acaba se envolvendo numa guerra de traficantes. Filme indicado ao prêmio do Chicago Film Critics Association na categoria de Melhor Revelação Feminina (Salma Hayek). Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Beijo!

Comentários:
E por falar em Antonio Banderas eis aqui o remake de "O Mariachi", filme de baixo orçamento realizado em 1992. Imagine que no filme original o diretor Robert Rodriguez contou com apenas 5 mil dólares para rodar sua produção. Isso em termos de cinema é praticamente nada, uma quantia tão irrisória que não se consegue nem ao menos cobrir o custo dos equipamentos em um filme de orçamento médio. De qualquer maneira Rodriguez conseguiu realizar seu precário filme. Três anos depois o ator Antonio Banderas decidiu que queria estrelar um remake americano do mesmo roteiro. Afinal de contas em sua opinião havia muito potencial nesse enredo de um cantor errante das estradas que trazia algo a mais em sua caixa de violão. Banderas lutou e conseguiu levantar sete milhões de dólares no mercado americano e assim o filme foi finalmente feito. Em termos de Hollywood esse valor também não significa um orçamento satisfatório, mas como todos tencionavam repetir o espírito do primeiro filme seguiram em frente. O resultado é apenas mediano. Você como espectador precisa comprar a ideia, gostar dos personagens, do cenário e da proposta mais tosca desse enredo primário. Não é um filme sofisticado e nem muito desenvolvido. Está mais para um bangue-bangue moderno, sem cowboys e nem bandoleiros. No geral vale como uma mera curiosidade realmente. Para assistir apenas uma vez, conhecer e seguir adiante.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Planeta Terror

Lá vai o enredo sem sentindo nenhum: Casal de médicos, William (Josh Brolin) e Dakota Block (Marley Shelton), em uma noite de trabalho que parecia ser rotineiro acabam tendo que atender pacientes que apresentam sinais de infestação de um novo vírus, completamente desconhecido da ciência. Como não poderia deixar de ser em um filme assim a contaminação acaba transformando seus infectados em zumbis! “Planeta Terror” é uma sátira que funciona também como homenagem aos antigos filmes Z podreiras que enchiam a programação dos cinemas poeira mundo afora. O filme é divertido, não resta dúvida. A primeira hora do filme é realmente muito engraçada, principalmente o médico com o medidor de temperatura na boca atendendo pacientes infectados. Sua esposa cheia de seringas também não deixa de ser hilária. Como já foi dito aqui, o filme é na verdade um "trash planejado". Como Tarantino e Rodriguez tem anos e anos de experiência assistindo todos os trashs imagináveis eles resolveram juntar todos os clichês, todos os diálogos toscos e todas as canastrices possíveis e resolveram colocar tudo em um filme só. É como usar uma fórmula já gasta e batida há anos justamente para parodiar esse tipo de filme.

O próprio Tarantino dá o ar de sua graça interpretando um militar maluco e tarado (duas coisas que ele tem cara de ser, sinceramente). Apesar do bom começo (inclusive o trailer de Machete que acabaria virando filme), não há como negar que “Planeta Terror” cai nos trinta minutos finais. Nessa terça parte final se sobressaem as cenas totalmente sem nexo, com muita pirotecnia e tiros. O humor negro vai sumindo aos poucos do roteiro em detrimento da ação, que até tenta ser também engraçada mas não consegue, o que é uma pena já que eu mesmo dei umas três boas gargalhadas na primeira parte do filme, algo que não se repetiu depois. De qualquer forma o espectador não perderá seu tempo ao ver essa "tosquice". Curiosamente devo confessar que apesar de ter dado boas risadas aqui gostei mais de "Death Proof" do Tarantino. Os dois são absolutamente (e deliciosamente) absurdos, mas o filme do diretor cultuado se sai melhor no final das contas. Enfim, não deixe de assistir os dois antes de comerem seus cérebros.

Planeta Terror (Planet Terror, Estados Unidos, 2007) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Robert Rodriguez / Elenco: Freddy Rodríguez, Rose McGowan, Marley Shelton, Josh Brolin, Michael Biehn, Naveen Andrews, Michael Parks, Jerili Romeo / Sinopse: Casal de médicos, William (Josh Brolin) e Dakota Block (Marley Shelton), em uma noite de trabalho que parecia ser rotineiro acabam tendo que atender pacientes que apresentam sinais de infestação de um novo vírus, completamente desconhecido da ciência. Como não poderia deixar de ser em um filme assim a contaminação acaba transformando seus infectados em zumbis!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Machete

O ex-policial Machete (Danny Trejo) é contratado para matar um senador corrupto, interpretado por Robert De Niro. Para alcançar seu objetivo ele recruta uma série de ajudantes improváveis entre eles Luz (Michelle Rodriguez), Padre (Chech Marin) e April (Lindsay Lohan). Antes porém tem que lidar com Sartana (Jessica Alba), uma agente que está em seu encalço. "Machete" é mais um filme dirigido por Robert Rodriguez e segue basicamente um modelo que o próprio diretor já havia explorado antes em sua filmografia com "Planeta Terror" e "Grindhouse", ou seja, um filme pretensamente ruim, feito para ser ruim, baseado nas antigas fitas que passavam por meses a fio em cinemas poeira na década de 70. É uma sátira, uma forma de realizar filmes novos com a falta de qualidade dessas antigas produções. Seria algo próximo do que acontece também no cinema de terror, filmes modernos que tentam recriar o clima e o jeito de produções trash.

Aqui a sátira é em cima dos filmes de ação obtusos dos anos 70. Tudo propositalmente mal feito, absurdo, até a má qualidade das cópias é recriada durante o filme. Funciona? Depende muito de cada um. Para alguns a coisa toda logo se torna cansativa, para outros se torna divertido ver algo assim. Isso é resultado da própria formação desses cineastas. Robert Rodriguez (e também Tarantino) passaram sua juventude assistindo podreiras como essa e agora que são diretores famosos em Hollywood resolveram recriar o mesmo estilo ruim de fazer cinema. O próprio personagem "Machete" foi aproveitado de um falso trailer que o diretor havia usado em seus filmes anteriores. O resultado é irregular. Geralmente é bem divertido assistir a um antigo filme ruim de ação mas não tão divertido quanto se trata de uma cópia como esse "Machete". A ruindade deve vir naturalmente, não forçada e é justamente nesse aspecto que o filme falha. Até a escolha de um elenco classe A para um filme que deveria ser classe Z acentua esse problema. No final das contas é uma brincadeira, não das mais divertidas. Talvez fosse bem melhor se fosse real, se fosse um filme naturalmente ruim. Como está "Machete" só consegue ser uma cópia falsa e forçada.

Machete (Machete, Estados Unidos, 2010) Direção: Robert Rodriguez, Ethan Maniquis / Roteiro: Robert Rodriguez, Álvaro Rodríguez/ Elenco: Danny Trejo, Robert De Niro, Jessica Alba, Michelle Rodriguez, Steven Seagal, Lindsay Lohan, Cheech Marin, Don Johnson / Sinopse: O ex-policial Machete (Danny Trejo) é contratado para matar um senador corrupto, interpretado por Robert De Niro. Para alcançar seu objetivo ele recruta uma série de ajudantes improváveis entre eles Luz (Michelle Rodriguez), Padre (Chech Marin) e April (Lindsay Lohan). Antes porém tem que lidar com Sartana (Jessica Alba), uma agente que está em seu encalço.

Pablo Aluísio.