Título no Brasil: Os Garotos Perdidos
Título Original: The Lost Boys
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Jan Fischer, James Jeremias
Elenco: Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Dianne Wiest
Sinopse:
Depois de se mudarem de sua cidade dois irmãos começam a suspeitar que a região para onde foram morar está na verdade infestada de vampiros pelas redondezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror. Também indicado nas categorias de Melhor Maquiagem, Figurino, Ator (Corey Haim) e Melhor Ator Coadjuvante (Barnard Hughes).
Comentários:
Muitos dizem que Joel Schumacher é um cineasta que só realiza porcarias. Bobagem, ele certamente é um diretor de altos e baixos, mas também acerta o alvo quando lhe convém. Esse "The Lost Boys" é um exemplo. Pense bem, esse filme já adentrou a esfera dos cult movies, sendo considerado hoje em dia um dos melhores filmes de terror dos anos 80 - o que não deixa de ser um título pra lá de honroso. O roteiro não esconde suas pretensões. Foi uma forma de revitalizar a figura do vampiro para as novas gerações. Não no sentido do que hoje isso significa (transformando vampiros em adolescentes bobos e apaixonados), mas sim em resgatar o monstro do passado para lhe dar uma nova roupagem, mas de acordo com os jovens daquela época. O resultado se mostra desde o começo muito acertado. Há ótimas decisões de linguagem, como a câmera sobrevoando a cidade como se fosse o ponto de vista de um vampiro e uma trilha sonora muito bem escolhida, com alguns clássicos do rock. Além disso o uso bem bolado do visual Heavy Metal dos jovens dos anos 80 acabou, vejam só, se encaixando muito bem na proposta. Enfim, "The Lost Boys" é realmente um achado para quem curte vampiros adolescentes assassinos em geral. Uma ótima diversão que resistiu até mesmo ao tempo, mostrando que tal como seus personagens também se mostra forte candidato a se tornar também imortal. Quem diria...
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 31 de março de 2016
Need for Speed - O Filme
Título no Brasil: Need for Speed - O Filme
Título Original: Need for Speed
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Scott Waugh
Roteiro: George Gatins
Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots
Sinopse:
As coisas não andam muito bem para Tobey Marshall (Aaron Paul). Tudo o que sempre sonhou foi ser um grande piloto de corridas, mas a realidade é bem diferente disso. Após a morte de seu pai, ele herdou uma oficina praticamente falida que toca ao lado de seus amigos de longa data. Para escapar do tédio resolve participar de perigosos rachas com carros possantes nas ruas da cidade onde mora. Esse seu hobby ilegal porém o colocará em muito problemas, inclusive com a lei.
Comentários:
Adaptação para o cinema do game "Need for Speed", um dos mais populares de seu nicho de mercado. Bom, só o fato de ser baseado em um game já jogaria as expectativas lá para baixo, uma vez que até hoje essa transição nunca deu muito certo - aliás legou à sétima arte grandes bombas cinematográficas. Curiosamente esse aqui não é tão ruim, na verdade até diverte bastante, se o espectador se concentrar basicamente nas cenas de velocidade e corridas. O filme tecnicamente é muito bem realizado, com ótima edição e impressionantes efeitos sonoros, o que era de se esperar pois os carrões exigem esse tipo de tecnologia. Outro ponto forte do filme vem com a presença do carismático Aaron Paul, sim, ele mesmo, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Livre das amarras contratuais da série ele agora tenta fazer a (sempre complicada) transição para o mundo do cinema, deixando o mundo da TV para trás. Seu filme anterior, "Uma Longa Queda", que inclusive já comentei aqui pelo blog, não era grande coisa, mas esse pode ser um novo recomeço para o ator nas salas de cinema, uma vez que o filme acabou sendo bem sucedido em termos de bilheteria. Os fãs dos games provavelmente vão preferir seus jogos, já que são linguagens diferentes, mas os fãs de filmes de ação e carros possantes certamente gostarão do resultado, pois de uma certa forma o filme chega até mesmo a ser melhor do que a franquia "Velozes e Furiosos", o que não deixa de ser uma boa notícia para os aficionados nesse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Need for Speed
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Scott Waugh
Roteiro: George Gatins
Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots
Sinopse:
As coisas não andam muito bem para Tobey Marshall (Aaron Paul). Tudo o que sempre sonhou foi ser um grande piloto de corridas, mas a realidade é bem diferente disso. Após a morte de seu pai, ele herdou uma oficina praticamente falida que toca ao lado de seus amigos de longa data. Para escapar do tédio resolve participar de perigosos rachas com carros possantes nas ruas da cidade onde mora. Esse seu hobby ilegal porém o colocará em muito problemas, inclusive com a lei.
Comentários:
Adaptação para o cinema do game "Need for Speed", um dos mais populares de seu nicho de mercado. Bom, só o fato de ser baseado em um game já jogaria as expectativas lá para baixo, uma vez que até hoje essa transição nunca deu muito certo - aliás legou à sétima arte grandes bombas cinematográficas. Curiosamente esse aqui não é tão ruim, na verdade até diverte bastante, se o espectador se concentrar basicamente nas cenas de velocidade e corridas. O filme tecnicamente é muito bem realizado, com ótima edição e impressionantes efeitos sonoros, o que era de se esperar pois os carrões exigem esse tipo de tecnologia. Outro ponto forte do filme vem com a presença do carismático Aaron Paul, sim, ele mesmo, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Livre das amarras contratuais da série ele agora tenta fazer a (sempre complicada) transição para o mundo do cinema, deixando o mundo da TV para trás. Seu filme anterior, "Uma Longa Queda", que inclusive já comentei aqui pelo blog, não era grande coisa, mas esse pode ser um novo recomeço para o ator nas salas de cinema, uma vez que o filme acabou sendo bem sucedido em termos de bilheteria. Os fãs dos games provavelmente vão preferir seus jogos, já que são linguagens diferentes, mas os fãs de filmes de ação e carros possantes certamente gostarão do resultado, pois de uma certa forma o filme chega até mesmo a ser melhor do que a franquia "Velozes e Furiosos", o que não deixa de ser uma boa notícia para os aficionados nesse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 30 de março de 2016
Imensidão Azul
Título no Brasil: Imensidão Azul
Título Original: Le grand bleu
Ano de Produção: 1988
País: França, Estados Unidos, Itália
Estúdio: Gaumont, Les Films du Loup
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Garland
Elenco: Jean-Marc Barr, Jean Reno, Rosanna Arquette
Sinopse:
Dois amigos de longa data, um francês e um italiano, entram numa disputa sem limites. Grandes mergulhadores, eles resolvem competir entre si para saber quem seria o maior mergulhador em águas profundas. A rivalidade entre ambos porém não fica apenas nas competições esportivas mas na disputa pelo coração de uma bela americana também. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme assinado por Luc Besson que tive o privilégio de assistir. A ocasião não poderia ser melhor, um festival de cinema cult, onde se fazia um panorama do novo cinema francês. A primeira impressão que "Le grand bleu" causa no espectador é de extrema beleza. Não há outra forma de definir. O cineasta fez questão de que cada tomada tentasse de alguma forma fazer jus à beleza do mar, seu infinito azul e seus mistérios. O roteiro certamente explora a obstinação do ser humano, na figura do mergulhador que deseja bater o recorde mundial a todo custo, sempre tentando superar os outros e a si mesmo. Apesar dessa linha narrativa o grande protagonista não é o homem mas a natureza, o mar. Esse é o tipo de filme que fica para sempre em sua mente por causa da beleza das imagens. O elenco não era marcante (para falar a verdade apenas Rosanna Arquette tinha algum nome pois Jean Reno não era tão famoso como agora) e o diretor pouco conhecido fora da França. Assim o que fez o filme se destacar, ganhando vários prêmios mundo afora foi mesmo sua maravilhosa fotografia. Um dos mais bonitos retratos das profundezas do oceano e dos limites do homem jamais feito.
Pablo Aluísio.
Título Original: Le grand bleu
Ano de Produção: 1988
País: França, Estados Unidos, Itália
Estúdio: Gaumont, Les Films du Loup
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Garland
Elenco: Jean-Marc Barr, Jean Reno, Rosanna Arquette
Sinopse:
Dois amigos de longa data, um francês e um italiano, entram numa disputa sem limites. Grandes mergulhadores, eles resolvem competir entre si para saber quem seria o maior mergulhador em águas profundas. A rivalidade entre ambos porém não fica apenas nas competições esportivas mas na disputa pelo coração de uma bela americana também. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme assinado por Luc Besson que tive o privilégio de assistir. A ocasião não poderia ser melhor, um festival de cinema cult, onde se fazia um panorama do novo cinema francês. A primeira impressão que "Le grand bleu" causa no espectador é de extrema beleza. Não há outra forma de definir. O cineasta fez questão de que cada tomada tentasse de alguma forma fazer jus à beleza do mar, seu infinito azul e seus mistérios. O roteiro certamente explora a obstinação do ser humano, na figura do mergulhador que deseja bater o recorde mundial a todo custo, sempre tentando superar os outros e a si mesmo. Apesar dessa linha narrativa o grande protagonista não é o homem mas a natureza, o mar. Esse é o tipo de filme que fica para sempre em sua mente por causa da beleza das imagens. O elenco não era marcante (para falar a verdade apenas Rosanna Arquette tinha algum nome pois Jean Reno não era tão famoso como agora) e o diretor pouco conhecido fora da França. Assim o que fez o filme se destacar, ganhando vários prêmios mundo afora foi mesmo sua maravilhosa fotografia. Um dos mais bonitos retratos das profundezas do oceano e dos limites do homem jamais feito.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 29 de março de 2016
Tennessee
Esse é um pequeno filme independente (custou meros quatro milhões de dólares apenas) que conta em seu elenco com uma estrela pop da música americana, a cantora Mariah Carey. Ela interpreta Krystal, uma garçonete infeliz que cruza o caminho de dois irmãos em busca de redenção. Eles estão voltando para a sua cidade natal no Tennessee em busca de seu pai, um sujeito violento e abusivo, que foi largado pela esposa por causa da violência. Os dois irmãos também sofreram muito na infância, mas agora retornam com um motivo forte: o pai pode ser o doador de medula óssea que irá salvar a vida de um dos irmãos que está morrendo de leucemia. Como a vida de Krystal também não é o que se pode qualificar de feliz, ela resolve pegar a estrada junto com eles. Seu objetivo é chegar em Nashville pois ela tem um sonho de se tornar cantora. O problema é que seu marido vai atrás, pois não admite o fim de seu casamento.
O sonho de Mariah Carey sempre foi emplacar uma carreira de atriz. Infelizmente ela começou mal com o fracasso de "Glitter: O Brilho de uma Estrela". Agora ela caminha por ares mais independentes, diria até mesmo indie. O filme é modesto, de baixo orçamento, mas tem qualidade. A fotografia é muito bonita e se o roteiro não chega a ser brilhante pelo menos não decepciona. A trama é convencional, nada do que ainda não se viu em centenas de filmes ao estilo "road movie", porém agrada no final das contas. Também proporciona ao espectador uma visão da América menos glamorosa, com seus motéis baratos de beira de estrada e uma galeria imensa de personagens que apenas vagam pela vida, sem muitas esperanças ou sonhos de grandeza. Assim o público acaba atravessando estados americanos do Texas, Arkansas, Alabama, chegando até o distante Tennessee onde finalmente acontece o clímax da história. Uma boa visão de uma América mais realista e menos idealizada.
Tennessee (Tennessee, Estados Unidos, 2008) Direção: Aaron Woodley / Roteiro: Russell Schaumburg / Elenco: Adam Rothenberg, Ethan Peck, Mariah Carey, Lance Reddick / Sinopse: Krystal (Carey) é uma garçonete que ao lado de dois irmãos cruza o sul dos Estados Unidos em direção ao estado do Tennessee. Ela quer se tornar cantora em Nashville e eles procuram pelo pai para que ele se torne doador de medula para o filho que está morrendo de leucemia. Algo que o marido de Krystal, um policial violento e abusivo, tentará impedir de todas as maneiras.
Pablo Aluísio.
O sonho de Mariah Carey sempre foi emplacar uma carreira de atriz. Infelizmente ela começou mal com o fracasso de "Glitter: O Brilho de uma Estrela". Agora ela caminha por ares mais independentes, diria até mesmo indie. O filme é modesto, de baixo orçamento, mas tem qualidade. A fotografia é muito bonita e se o roteiro não chega a ser brilhante pelo menos não decepciona. A trama é convencional, nada do que ainda não se viu em centenas de filmes ao estilo "road movie", porém agrada no final das contas. Também proporciona ao espectador uma visão da América menos glamorosa, com seus motéis baratos de beira de estrada e uma galeria imensa de personagens que apenas vagam pela vida, sem muitas esperanças ou sonhos de grandeza. Assim o público acaba atravessando estados americanos do Texas, Arkansas, Alabama, chegando até o distante Tennessee onde finalmente acontece o clímax da história. Uma boa visão de uma América mais realista e menos idealizada.
Tennessee (Tennessee, Estados Unidos, 2008) Direção: Aaron Woodley / Roteiro: Russell Schaumburg / Elenco: Adam Rothenberg, Ethan Peck, Mariah Carey, Lance Reddick / Sinopse: Krystal (Carey) é uma garçonete que ao lado de dois irmãos cruza o sul dos Estados Unidos em direção ao estado do Tennessee. Ela quer se tornar cantora em Nashville e eles procuram pelo pai para que ele se torne doador de medula para o filho que está morrendo de leucemia. Algo que o marido de Krystal, um policial violento e abusivo, tentará impedir de todas as maneiras.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de março de 2016
Fuga de Absolom
Título no Brasil: Fuga de Absolom
Título Original: No Escape
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Michael Gaylin
Elenco: Ray Liotta, Lance Henriksen, Stuart Wilson
Sinopse:
O filme conta a estória do capitão J.T. Robbins (Ray Liotta). Acusado e condenado pela morte de um general ele é levado para uma prisão de segurança máxima localizada numa ilha distante e isolada. O Estado envia para lá os piores elementos da sociedade, para que morram esquecidos. Nesse lugar esquecido por Deus acaba sendo criada uma sociedade entre os prisioneiros onde impera o barbarismo e a violência. Não existem normas, apenas imposições implantadas por força bruta e violência insana. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eu nunca fui particularmente muito fã desse tipo de ficção. Você certamente conhece esse tipo de argumento, passado em um futuro não muito distante, onde a tecnologia high-tech convive com uma sociedade doentia, prestes a entrar em colapso social. Nesse roteiro em especial temos uma prisão do futuro, um lugar simplesmente hostil e violento onde presos de grande periculosidade vivem isolados, numa ilha que foi transformada em presídio, onde o que impera mesmo é a lei do mais forte. Por essa razão não adianta se iludir pois não existem regras ou perdão dentro daqueles muros. Quando vi pela primeira vez até curti o estilo, mas hoje em dia vejo que não há mais espaço para produções como essa em minha vida de cinéfilo. Curioso porque o diretor Martin Campbell iria ser escalado logo depois para dirigir "007 Contra GoldenEye", demonstrando que o estúdio havia gostado do resultado final, principalmente por causa das boas cenas de ação que dirigiu (já que o roteiro definitivamente não era grande coisa). Dois filmes de Zorro depois (A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro) e mais um bom filme da franquia James Bond (007 - Cassino Royale) e a carreira do diretor seria praticamente destruída pelo desastre comercial do péssimo "Lanterna Verde". Pelo visto por essa nem seu mais persistente pessimismo futurista esperava.
Pablo Aluísio.
Título Original: No Escape
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Michael Gaylin
Elenco: Ray Liotta, Lance Henriksen, Stuart Wilson
Sinopse:
O filme conta a estória do capitão J.T. Robbins (Ray Liotta). Acusado e condenado pela morte de um general ele é levado para uma prisão de segurança máxima localizada numa ilha distante e isolada. O Estado envia para lá os piores elementos da sociedade, para que morram esquecidos. Nesse lugar esquecido por Deus acaba sendo criada uma sociedade entre os prisioneiros onde impera o barbarismo e a violência. Não existem normas, apenas imposições implantadas por força bruta e violência insana. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eu nunca fui particularmente muito fã desse tipo de ficção. Você certamente conhece esse tipo de argumento, passado em um futuro não muito distante, onde a tecnologia high-tech convive com uma sociedade doentia, prestes a entrar em colapso social. Nesse roteiro em especial temos uma prisão do futuro, um lugar simplesmente hostil e violento onde presos de grande periculosidade vivem isolados, numa ilha que foi transformada em presídio, onde o que impera mesmo é a lei do mais forte. Por essa razão não adianta se iludir pois não existem regras ou perdão dentro daqueles muros. Quando vi pela primeira vez até curti o estilo, mas hoje em dia vejo que não há mais espaço para produções como essa em minha vida de cinéfilo. Curioso porque o diretor Martin Campbell iria ser escalado logo depois para dirigir "007 Contra GoldenEye", demonstrando que o estúdio havia gostado do resultado final, principalmente por causa das boas cenas de ação que dirigiu (já que o roteiro definitivamente não era grande coisa). Dois filmes de Zorro depois (A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro) e mais um bom filme da franquia James Bond (007 - Cassino Royale) e a carreira do diretor seria praticamente destruída pelo desastre comercial do péssimo "Lanterna Verde". Pelo visto por essa nem seu mais persistente pessimismo futurista esperava.
Pablo Aluísio.
Resgate Suicida
Título no Brasil: Resgate Suicida
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
Fim de Caso
Título no Brasil: Fim de Caso
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.
Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.
Pablo Aluísio.
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.
Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de março de 2016
47 Ronins
Título no Brasil: 47 Ronins
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: H2F Entertainment, Mid Atlantic Films
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é um mestiço, filho de um inglês e uma japonesa que por essa razão é abandonado ainda criança em uma floresta. Resgatado por um senhor feudal acaba trabalhando e vivendo para seu mestre praticamente por toda a sua vida. Quando esse sofre um ataque de um rival que tenciona rebaixar todos à meros Ronins (Samurais sem mestres), Kai entende ter chegado a hora de provar sua lealdade a quem lhe ajudou no passado.
Comentários:
Um bom filme de ação e aventura, com bastante fantasia e magia, tudo sob o ponto de vista da cultura oriental. "47 Ronins" tenta mesclar essa dualidade de culturas para criar um filme que no final das contas servirá como bom passatempo. Não é de hoje que os ocidentais possuem essa atração pelos antigos samurais. Obviamente que muita coisa não passa de lenda e por essa razão não há muito rigor do ponto de vista histórico nessa produção (nem era a intenção de seus realizadores fazer algo nesse sentido, para falar a verdade). Assim o que temos é realmente diversão à toda prova, inclusive com um roteiro que se não chega a ser excepcional cumpre seus objetivos. Keanu Reeves continua o mesmo. Ele nunca foi visto como um bom ator, pois na maioria das vezes sua expressividade é quase nula. Como seu papel ajuda nesse modo de "entrar mudo e sair calado" não há muitos problemas decorrentes dessa sua forma de atuar. O filme foi bem criticado, muitos não gostaram, mas se você souber abaixar um pouco as expectativas certamente se divertirá. O segredo é saber o que vai se encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: H2F Entertainment, Mid Atlantic Films
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é um mestiço, filho de um inglês e uma japonesa que por essa razão é abandonado ainda criança em uma floresta. Resgatado por um senhor feudal acaba trabalhando e vivendo para seu mestre praticamente por toda a sua vida. Quando esse sofre um ataque de um rival que tenciona rebaixar todos à meros Ronins (Samurais sem mestres), Kai entende ter chegado a hora de provar sua lealdade a quem lhe ajudou no passado.
Comentários:
Um bom filme de ação e aventura, com bastante fantasia e magia, tudo sob o ponto de vista da cultura oriental. "47 Ronins" tenta mesclar essa dualidade de culturas para criar um filme que no final das contas servirá como bom passatempo. Não é de hoje que os ocidentais possuem essa atração pelos antigos samurais. Obviamente que muita coisa não passa de lenda e por essa razão não há muito rigor do ponto de vista histórico nessa produção (nem era a intenção de seus realizadores fazer algo nesse sentido, para falar a verdade). Assim o que temos é realmente diversão à toda prova, inclusive com um roteiro que se não chega a ser excepcional cumpre seus objetivos. Keanu Reeves continua o mesmo. Ele nunca foi visto como um bom ator, pois na maioria das vezes sua expressividade é quase nula. Como seu papel ajuda nesse modo de "entrar mudo e sair calado" não há muitos problemas decorrentes dessa sua forma de atuar. O filme foi bem criticado, muitos não gostaram, mas se você souber abaixar um pouco as expectativas certamente se divertirá. O segredo é saber o que vai se encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
Orgulho & Preconceito
Título no Brasil: Orgulho & Preconceito
Título Original: Pride & Prejudice
Ano de Produção: 2005
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Focus Features, Universal Pictures, StudioCanal
Direção: Joe Wright
Roteiro: Deborah Moggach
Elenco: Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Brenda Blethyn, Carey Mulligan, Donald Sutherland
Sinopse:
Baseado na obra imortal escrita por Jane Austen, "Pride & Prejudice" conta uma história de amor em um momento particularmente complicado na vida de personagens que se vêem tragados por eventos de proporções mundiais. O enredo mostra a vida de cinco irmãs inglesas - Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia Bennet - que sonham em se casar com o homem perfeito. O problema será superar todas as dificuldades que irão surgir pela frente. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Figurino, Música e Atriz (Keira Knightley).
Comentários:
Ainda demorará alguns anos para que outras cinematografias alcancem o nível de sofisticação e classe do cinema inglês. Há toda uma preocupação em adaptar obras literárias importantes (como as de autoria da genial Jane Austen) e um cuidado todo especial em realizar pesquisas históricas para se chegar com máxima fidelidade possível nos modos de ser e se vestir das pessoas que viveram na época em que se passam os enredos narrados por essa escritora. O resultado é simplesmente impecável, valorizado por personagens extremamente humanos e bem desenvolvidos do ponto de vista psicológico e emocional. O filme foi mal qualificado e classificado no Globo de Ouro concorrendo na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Essa gafe acabou virando uma chacota entre a imprensa britânica. Obviamente que a graça está presente em muitas das obras de Austen, mas considerar um filme como esse como uma mera "comédia" só deixa exposto uma certa falta de sofisticação intelectual por parte dos americanos. Ignore isso e se delicie com as maravilhosas observações, ora cínicas, ora críticas, de Jane Austen sobre as convenções sociais de seu tempo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pride & Prejudice
Ano de Produção: 2005
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Focus Features, Universal Pictures, StudioCanal
Direção: Joe Wright
Roteiro: Deborah Moggach
Elenco: Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Brenda Blethyn, Carey Mulligan, Donald Sutherland
Sinopse:
Baseado na obra imortal escrita por Jane Austen, "Pride & Prejudice" conta uma história de amor em um momento particularmente complicado na vida de personagens que se vêem tragados por eventos de proporções mundiais. O enredo mostra a vida de cinco irmãs inglesas - Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia Bennet - que sonham em se casar com o homem perfeito. O problema será superar todas as dificuldades que irão surgir pela frente. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Figurino, Música e Atriz (Keira Knightley).
Comentários:
Ainda demorará alguns anos para que outras cinematografias alcancem o nível de sofisticação e classe do cinema inglês. Há toda uma preocupação em adaptar obras literárias importantes (como as de autoria da genial Jane Austen) e um cuidado todo especial em realizar pesquisas históricas para se chegar com máxima fidelidade possível nos modos de ser e se vestir das pessoas que viveram na época em que se passam os enredos narrados por essa escritora. O resultado é simplesmente impecável, valorizado por personagens extremamente humanos e bem desenvolvidos do ponto de vista psicológico e emocional. O filme foi mal qualificado e classificado no Globo de Ouro concorrendo na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Essa gafe acabou virando uma chacota entre a imprensa britânica. Obviamente que a graça está presente em muitas das obras de Austen, mas considerar um filme como esse como uma mera "comédia" só deixa exposto uma certa falta de sofisticação intelectual por parte dos americanos. Ignore isso e se delicie com as maravilhosas observações, ora cínicas, ora críticas, de Jane Austen sobre as convenções sociais de seu tempo.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de março de 2016
Velozes & Furiosos 7
Título no Brasil: Velozes & Furiosos 7
Título Original: Furious 7
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Kurt Russell
Sinopse:
Dominic Torretto (Vin Diesel) e sua gangue decidem deixar o mundo do crime. Na realidade após sua última incursão criminosa percebem que chegou mesmo a hora de parar com suas atividades mercenárias. Cada um membro de sua antiga equipe precisa seguir em frente, trilhando caminhos próprios. O problema é que o passado muitas vezes deixa rastros e deles surgem pessoas e organizações do mundo do crime empenhadas em acertar contas com algo que ficou para trás. Um lição que Torretto entenderá muito bem em breve.
Comentários:
Eu acredito que nem o mais otimista produtor de cinema poderia imaginar que essa franquia ainda poderia render tanto. " Velozes & Furiosos 7" chegou nos cinemas americanos nesse fim de semana de forma arrasadora, faturando quase 150 milhões de dólares, se tornando a nona melhor estreia de um filme na indústria. Qual é o grande segredo nessa equação de sucesso comercial? Em minha opinião tudo isso foi gerado pelo morte trágica do ator Paul Walker em 2013. Ele morreu em um terrível acidente bem no meio das filmagens. Muitas de suas cenas ficaram assim no meio do caminho, inacabadas ou não realizadas. Muitos pensaram que o projeto seria arquivado definitivamente, deixado de lado, até como uma homenagem a Walker. Ledo engano. O estúdio não iria perder milhões de dólares em investimentos assim, da noite para o dia. Dessa maneira e usando da tecnologia atual, Walker foi parcialmente recriado digitalmente, inserido em sequências e reaproveitado usando-se da magia do cinema. Claro que algo nesse estilo chamaria a atenção do público. Dito isso, devo confessar que essas serão algumas das poucas qualidades de "Velozes & Furiosos 7" que você conseguirá encontrar ao assistir o filme. O roteiro é básico, muito básico mesmo, e o filme só se sustenta pelas excelentes tomadas de ação desenfreadas. Com o sucesso espetacular não tenho a menor dúvida que a fórmula será levada em frente nos anos que virão, até seu completo esgotamento. É cinema fast food, descartável, sem profundidade e derivativo, mas se o público adora, o que se pode fazer? Nada, os executivos dos estúdios agradecem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Furious 7
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Kurt Russell
Sinopse:
Dominic Torretto (Vin Diesel) e sua gangue decidem deixar o mundo do crime. Na realidade após sua última incursão criminosa percebem que chegou mesmo a hora de parar com suas atividades mercenárias. Cada um membro de sua antiga equipe precisa seguir em frente, trilhando caminhos próprios. O problema é que o passado muitas vezes deixa rastros e deles surgem pessoas e organizações do mundo do crime empenhadas em acertar contas com algo que ficou para trás. Um lição que Torretto entenderá muito bem em breve.
Comentários:
Eu acredito que nem o mais otimista produtor de cinema poderia imaginar que essa franquia ainda poderia render tanto. " Velozes & Furiosos 7" chegou nos cinemas americanos nesse fim de semana de forma arrasadora, faturando quase 150 milhões de dólares, se tornando a nona melhor estreia de um filme na indústria. Qual é o grande segredo nessa equação de sucesso comercial? Em minha opinião tudo isso foi gerado pelo morte trágica do ator Paul Walker em 2013. Ele morreu em um terrível acidente bem no meio das filmagens. Muitas de suas cenas ficaram assim no meio do caminho, inacabadas ou não realizadas. Muitos pensaram que o projeto seria arquivado definitivamente, deixado de lado, até como uma homenagem a Walker. Ledo engano. O estúdio não iria perder milhões de dólares em investimentos assim, da noite para o dia. Dessa maneira e usando da tecnologia atual, Walker foi parcialmente recriado digitalmente, inserido em sequências e reaproveitado usando-se da magia do cinema. Claro que algo nesse estilo chamaria a atenção do público. Dito isso, devo confessar que essas serão algumas das poucas qualidades de "Velozes & Furiosos 7" que você conseguirá encontrar ao assistir o filme. O roteiro é básico, muito básico mesmo, e o filme só se sustenta pelas excelentes tomadas de ação desenfreadas. Com o sucesso espetacular não tenho a menor dúvida que a fórmula será levada em frente nos anos que virão, até seu completo esgotamento. É cinema fast food, descartável, sem profundidade e derivativo, mas se o público adora, o que se pode fazer? Nada, os executivos dos estúdios agradecem.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de março de 2016
Victor Frankenstein
O texto a seguir contém alguns spoilers. Por isso se ainda não viu o filme pare por aqui a leitura. Pois bem, assisti recentemente a essa nova versão do livro de Mary Shelley. Pouca gente sabe, mas ela escreveu o livro para tentar ganhar uma aposta com outros escritores, amigos dela, que toparam vencer a disputa de quem iria escrever o livro com a trama mais aterrorizante. Shelley apenas pegou o que havia em sua volta - um incrível sentimento de otimismo e medo sobre os avanços da ciência de seu tempo - e acabou criando uma obra realmente imortal (e lá se vão quase duzentos anos da publicação original de Frankenstein!). Na essência é um conto de monstro, mas tudo tão genialmente criado que não é de se admirar que o enredo tenha sobrevivido a todas essas gerações. Dois séculos depois de ser escrito a estória ainda mostra força. É algo para poucos.
Aqui, para fugir um pouco do que já se viu nos vários filmes anteriores, os roteiristas resolveram se debruçar mais na vida de Igor, o corcunda assistente do Dr. Frankenstein. Nas adaptações anteriores ele era apenas um ser grotesco com uma séria deformidade física. Aqui criaram uma personalidade, emoções e sentimentos para ele. Isso se explica porque o ator que o interpreta é o astro juvenil Daniel Radcliffe da franquia "Harry Potter". Não cairia bem escalar um ator tão popular para interpretar um personagem tão raso e repugnante. Para não deixá-lo com aspecto asqueroso durante todo o filme os roteiristas inventaram moda, fazendo com que ele não fosse corcunda de verdade, tendo apenas um abscesso de líquidos, algo que o Dr. Frankenstein logo resolve com uma seringa e um método de drenagem nada ortodoxo. O encontro entre Igor e o seu mestre (o ponto central da narrativa) se dá em um circo. O médico está lá em busca de partes de animais para suas experiências. Ao ver que Igor (nome esse que só se dará a ele depois) tem muito conhecimento de anatomia e medicina (algo que adquiriu de forma autodidata) resolve lhe libertar da companhia circense (onde é praticamente um escravo do dono do circo). A partir daí começam as experiências que Frankenstein sonha realizar - trazer restos de corpos humanos de volta à vida com o uso de energia elétrica. Isso era uma crença na época em que o livro foi escrito, simplesmente porque ao se aplicarem choques elétricos em órgãos humanos mortos eles mostravam reação - obviamente causado pela passagem da carga elétrica que se deslocava pelos tecidos. Como a eletricidade ainda era algo novo na ciência criou-se esse mito que foi explorado pela escritora.
James McAvoy está bem como Victor Frankenstein. O sujeito tem traumas por causa da morte de seu irmão Henry. Ele se torna um ateu e resolve provar que a ciência teria todas as respostas, o que obviamente se tornaria uma heresia sob o ponto de vista religioso. Para ele religião não passaria de meras superstições de mentes primitivas. Essas discussões teológicas porém são superficiais (mas convenhamos, não deixam de ser interessantes). Para quem vai ao cinema ver um filme de Frankenstein o que importa mesmo é ver como a criatura vai surgir dessa vez em cena. Fizeram um design bem interessante para o monstro, algo que lembra até mesmo o visual clássico do antigo filme da Universal (mas claro tirando todas as devidas proporções). Para falar a verdade o macaco que Victor consegue ressuscitar é mais aterrorizante do que o grandalhão movido a fúria que vemos na cena final. O diretor escocês Paul McGuigan criou um cenário muito evocativo das clássicas adaptações, mas não foi muito além disso. Faltou maior ousadia, talvez pelo fato desse ter sido o primeiro filme de grande orçamento de sua carreira - ele antes se limitou a trabalhar em séries de TV como a popular "Sherlock" e nada muito além disso. Assim essa nova versão não escapa muito da pecha de blockbuster de cinema comercial, mas mesmo assim há coisas boas para se curtir no filme como um todo. Até porque vamos ser sinceros, qualquer filme que traga o livro de Sheller de volta à tona sempre será no mínimo interessante para os fãs de filmes de terror.
Pablo Aluísio.
Aqui, para fugir um pouco do que já se viu nos vários filmes anteriores, os roteiristas resolveram se debruçar mais na vida de Igor, o corcunda assistente do Dr. Frankenstein. Nas adaptações anteriores ele era apenas um ser grotesco com uma séria deformidade física. Aqui criaram uma personalidade, emoções e sentimentos para ele. Isso se explica porque o ator que o interpreta é o astro juvenil Daniel Radcliffe da franquia "Harry Potter". Não cairia bem escalar um ator tão popular para interpretar um personagem tão raso e repugnante. Para não deixá-lo com aspecto asqueroso durante todo o filme os roteiristas inventaram moda, fazendo com que ele não fosse corcunda de verdade, tendo apenas um abscesso de líquidos, algo que o Dr. Frankenstein logo resolve com uma seringa e um método de drenagem nada ortodoxo. O encontro entre Igor e o seu mestre (o ponto central da narrativa) se dá em um circo. O médico está lá em busca de partes de animais para suas experiências. Ao ver que Igor (nome esse que só se dará a ele depois) tem muito conhecimento de anatomia e medicina (algo que adquiriu de forma autodidata) resolve lhe libertar da companhia circense (onde é praticamente um escravo do dono do circo). A partir daí começam as experiências que Frankenstein sonha realizar - trazer restos de corpos humanos de volta à vida com o uso de energia elétrica. Isso era uma crença na época em que o livro foi escrito, simplesmente porque ao se aplicarem choques elétricos em órgãos humanos mortos eles mostravam reação - obviamente causado pela passagem da carga elétrica que se deslocava pelos tecidos. Como a eletricidade ainda era algo novo na ciência criou-se esse mito que foi explorado pela escritora.
James McAvoy está bem como Victor Frankenstein. O sujeito tem traumas por causa da morte de seu irmão Henry. Ele se torna um ateu e resolve provar que a ciência teria todas as respostas, o que obviamente se tornaria uma heresia sob o ponto de vista religioso. Para ele religião não passaria de meras superstições de mentes primitivas. Essas discussões teológicas porém são superficiais (mas convenhamos, não deixam de ser interessantes). Para quem vai ao cinema ver um filme de Frankenstein o que importa mesmo é ver como a criatura vai surgir dessa vez em cena. Fizeram um design bem interessante para o monstro, algo que lembra até mesmo o visual clássico do antigo filme da Universal (mas claro tirando todas as devidas proporções). Para falar a verdade o macaco que Victor consegue ressuscitar é mais aterrorizante do que o grandalhão movido a fúria que vemos na cena final. O diretor escocês Paul McGuigan criou um cenário muito evocativo das clássicas adaptações, mas não foi muito além disso. Faltou maior ousadia, talvez pelo fato desse ter sido o primeiro filme de grande orçamento de sua carreira - ele antes se limitou a trabalhar em séries de TV como a popular "Sherlock" e nada muito além disso. Assim essa nova versão não escapa muito da pecha de blockbuster de cinema comercial, mas mesmo assim há coisas boas para se curtir no filme como um todo. Até porque vamos ser sinceros, qualquer filme que traga o livro de Sheller de volta à tona sempre será no mínimo interessante para os fãs de filmes de terror.
Pablo Aluísio.
O Benfeitor
O ator Richard Gere interpreta um milionário, dono de hospitais, que sofre um sério acidente de carro. Um casal amigo morre na tragédia e ele começa a se sentir culpado por tudo. Com o tratamento para se recuperar dos ferimentos acaba se viciando em morfina. As coisas começam a ir de mal a pior até que cinco anos após o acontecimento ele é convidado por Olivia (Fanning), a única filha do casal morto, para ser seu padrinho de casamento. A partir daí ele tenta de todas as formas aliviar sua culpa, começando a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, comprando uma bela casa para ambos, providenciando um emprego para o marido em seu próprio hospital e se tornando alguém próximo com quem eles podem sempre contar. A aproximação porém se torna excessiva e ele se torna assim uma pessoa invasiva demais para a intimidade de Olivia e seu marido.
Esse é o novo filme de Richard Gere. Galã no passado, ele vai finalmente, aos poucos, assumindo a idade que tem. Aos 60 anos, Gere parece não estar mais disposto a fazer o tipo sedutor. Aqui ele interpreta um homem rico que ao longo da vida sempre priorizou sua liberdade, por isso nunca se casou e nem constituiu família. Na verdade ele só era próximo mesmo de um casal de amigos que morre em um acidente onde ele indiretamente teve sua parcela de culpa. Arrasado psicologicamente por tudo o que aconteceu e com problemas de vício em drogas e bebidas, ele tenta se redimir, ajudando exageradamente a filha de seus velhos amigos. O papel ajuda Gere a ter boas cenas onde ele atua muito bem. Ele parece estar sempre no limite, desenvolvendo uma personalidade bipolar, com picos de euforia e depressão. É um bom drama, embora não seja excepcional em nenhum momento. É um filme curto que se contenta em contar uma boa história. O final talvez seja um pouco otimista além da conta, não resolvendo seus momentos mais dramáticos de forma satisfatória. Mesmo assim se trata de um bom filme, valorizado ainda mais pela boa atuação de Gere.
O Benfeitor (Ihe Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film BFestival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
Esse é o novo filme de Richard Gere. Galã no passado, ele vai finalmente, aos poucos, assumindo a idade que tem. Aos 60 anos, Gere parece não estar mais disposto a fazer o tipo sedutor. Aqui ele interpreta um homem rico que ao longo da vida sempre priorizou sua liberdade, por isso nunca se casou e nem constituiu família. Na verdade ele só era próximo mesmo de um casal de amigos que morre em um acidente onde ele indiretamente teve sua parcela de culpa. Arrasado psicologicamente por tudo o que aconteceu e com problemas de vício em drogas e bebidas, ele tenta se redimir, ajudando exageradamente a filha de seus velhos amigos. O papel ajuda Gere a ter boas cenas onde ele atua muito bem. Ele parece estar sempre no limite, desenvolvendo uma personalidade bipolar, com picos de euforia e depressão. É um bom drama, embora não seja excepcional em nenhum momento. É um filme curto que se contenta em contar uma boa história. O final talvez seja um pouco otimista além da conta, não resolvendo seus momentos mais dramáticos de forma satisfatória. Mesmo assim se trata de um bom filme, valorizado ainda mais pela boa atuação de Gere.
O Benfeitor (Ihe Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film BFestival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de março de 2016
Victor Frankenstein
Mais uma versão cinematográfica do famoso livro escrito por Mary Shelley em 1818 (a obra, como se pode perceber, está prestes a celebrar 200 anos de sua edição original). Pois bem, depois de tantos filmes é de se perguntar se ainda há algo de novo a explorar dentro desse universo literário. Para fugir do lugar comum os roteiristas inovaram em dois aspectos básicos. No primeiro procuraram valorizar a figura do personagem Igor. Para quem não se lembra ele era o assistente corcunda do Dr. Frankenstein, sempre se arrastando pelas sombras de seu laboratório sinistro. Na grande maioria das versões sua importância era bem secundária. Aqui ele ganha quase o foco principal, até porque é interpretado pelo ator Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter). O outro ponto que merece destaque é a batalha intelectual e de fé que se trava entre o Dr. Victor Frankenstein (James McAvoy) e o inspetor da Scotland Yard, Turpin (Andrew Scott). O primeiro não acredita em Deus e está plenamente convencido de que irá criar vida a partir de restos de corpos de pessoas mortas. Seu ateísmo vibra com essa possibilidade, pois seria o triunfo da ciência sobre a religião. O segundo é um policial com bastante religiosidade, que acredita sinceramente que o Dr. Frankenstein está infringindo as leis de Deus, criando por suas próprias mãos a vida humana.
A produção é excelente, com maravilhosa direção de arte. É importante chamar a atenção para o fato de que tentou-se recriar todos os cenários e reconstituições históricas dos filmes clássicos da Universal (inclusive no que diz respeito ao design da criatura). Assim Londres surge mais vitoriana (e sombria) do que nunca. De forma em geral gostei do filme. Reconheço que há exageros, principalmente nas cenas de maior movimentação e ação, claramente para satisfazer o gosto do público mais jovem que frequenta os cinemas atualmente, mas nem esse pequeno deslize desmerece o filme como um todo. O fato de Igor ter tanta visibilidade também não me aborreceu em absolutamente nada. Acredito que velhas estórias de terror como essa (e até mesmo Drácula) merecem passar por remodelações de vez em quando, desde que a essência principal do enredo original seja preservada. Foi o que aconteceu nessa produção. Manteve-se todo o background histórico com algumas pontuais modificações (como por exemplo o passado dramático e traumático do Dr. Frankenstein e a morte precoce de seu irmão, Henry). Releve tudo isso. O importante é que se trata de uma boa versão, com eventuais pequenas falhas que não atrapalham em nada. Vale o ingresso.
Victor Frankenstein (Victor Frankenstein, Estados Unidos, 2015) Direção: Paul McGuigan / Roteiro: Max Landis, baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Daniel Radcliffe, James McAvoy, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott / Sinopse: Victor Frankenstein (McAvoy) é o filho de um renomado médico britânico. Estudante de medicina, ele resolve fazer experiências com pedaços de corpos de animais, tentando trazê-los de volta à vida com o uso de eletricidade. Depois de uma experiência bem sucedida envolvendo um macaco ele parte para a maior criação de sua carreira: a criação de vida humana através de corpos de pessoas mortas.
Pablo Aluísio.
A produção é excelente, com maravilhosa direção de arte. É importante chamar a atenção para o fato de que tentou-se recriar todos os cenários e reconstituições históricas dos filmes clássicos da Universal (inclusive no que diz respeito ao design da criatura). Assim Londres surge mais vitoriana (e sombria) do que nunca. De forma em geral gostei do filme. Reconheço que há exageros, principalmente nas cenas de maior movimentação e ação, claramente para satisfazer o gosto do público mais jovem que frequenta os cinemas atualmente, mas nem esse pequeno deslize desmerece o filme como um todo. O fato de Igor ter tanta visibilidade também não me aborreceu em absolutamente nada. Acredito que velhas estórias de terror como essa (e até mesmo Drácula) merecem passar por remodelações de vez em quando, desde que a essência principal do enredo original seja preservada. Foi o que aconteceu nessa produção. Manteve-se todo o background histórico com algumas pontuais modificações (como por exemplo o passado dramático e traumático do Dr. Frankenstein e a morte precoce de seu irmão, Henry). Releve tudo isso. O importante é que se trata de uma boa versão, com eventuais pequenas falhas que não atrapalham em nada. Vale o ingresso.
Victor Frankenstein (Victor Frankenstein, Estados Unidos, 2015) Direção: Paul McGuigan / Roteiro: Max Landis, baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Daniel Radcliffe, James McAvoy, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott / Sinopse: Victor Frankenstein (McAvoy) é o filho de um renomado médico britânico. Estudante de medicina, ele resolve fazer experiências com pedaços de corpos de animais, tentando trazê-los de volta à vida com o uso de eletricidade. Depois de uma experiência bem sucedida envolvendo um macaco ele parte para a maior criação de sua carreira: a criação de vida humana através de corpos de pessoas mortas.
Pablo Aluísio.
Começar de Novo
Título no Brasil: Começar de Novo
Título Original: Backwards
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: 13th Night Productions
Direção: Ben Hickernell
Roteiro: Sarah Megan Thomas
Elenco: Sarah Megan Thomas, James Van Der Beek, Glenn Morshower
Sinopse:
O sonho de Abi Brooks (Sarah Megan Thomas) sempre foi se tornar campeã olímpica de remo. Quando é selecionada para a equipe de Remo dos Estados Unidos ela fica extremamente empolgada e feliz, mas logo após se decepciona ao saber que apenas ficará no banco durante a competição. Decepcionada com as escolhas do treinador, decide abandonar tudo, resolvendo voltar para a casa da mãe. Com trinta anos e desempregada, ela pede ajuda ao treinador da escola local, Geoff (James Van Der Beek), que foi seu namorado nos tempos de adolescente. Ele lhe arranja um emprego e assim Abi começa a treinar um grupo de garotas colegiais que aos poucos vão se tornando bastante promissoras no esporte.
Comentários:
Um bom draminha que foca seu enredo nessa protagonista Abi (Thomas), que direcionou toda a sua vida para se tornar uma campeã olímpica. Os anos passaram e agora, aos 30 anos, ela vê seu sonho ruir ao ser deixada de lado pelo treinador da equipe americana de remo. Depois da decepção precisa recomeçar sua vida, até porque sua mãe agora está em seu pé para que arranje logo um emprego e tome um rumo definitivo na vida. A questão é que Abi ama o que faz, sempre quis ser atleta e não consegue se ver fazendo outra coisa na vida. Tentando se manter enquanto pensa em alguma outra coisa para fazer na vida ela reencontra casualmente um velho amor do passado, Geoff (Van Der Beek), que pode ser a resposta para todos os seus problemas, tanto profissionais como emocionais. Ele foi seu namoradinho na época da escola e agora reencontrá-lo mexe com ela que afinal de contas está meio perdida na vida, morando com a mãe e sem nenhum relacionamento amoroso mais sério pela frente. Não há nenhum nome mais conhecido no elenco a não ser o do ator James Van Der Beek que você vai imediatamente reconhecer da série popular nos anos 90 "Dawson's Creek" onde ele interpretava justamente o personagem principal Dawson Leery. A atriz Sarah Megan Thomas que interpreta Abi Brooks é também a autora do roteiro, já que a ideia do filme foi um projeto bem pessoal dela. O roteiro assim se concentra no remo, um esporte até que bem conhecido e praticado no Brasil, mas não muito popular entre o povão em geral. Não existe nenhuma cena mais marcante, o filme é na média e se contenta em contar uma boa história de superação e perseverança pois Abi acaba conquistando seus sonhos mesmo que por caminhos tortuosos e indiretos. Aliás uma das frases do filme resume muito bem todo o caminho percorrido por ela, ao aconselhar sempre seguir o seu coração nas escolhas da vida. Essa boa mensagem acaba sendo o grande triunfo do filme como um todo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Backwards
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: 13th Night Productions
Direção: Ben Hickernell
Roteiro: Sarah Megan Thomas
Elenco: Sarah Megan Thomas, James Van Der Beek, Glenn Morshower
Sinopse:
O sonho de Abi Brooks (Sarah Megan Thomas) sempre foi se tornar campeã olímpica de remo. Quando é selecionada para a equipe de Remo dos Estados Unidos ela fica extremamente empolgada e feliz, mas logo após se decepciona ao saber que apenas ficará no banco durante a competição. Decepcionada com as escolhas do treinador, decide abandonar tudo, resolvendo voltar para a casa da mãe. Com trinta anos e desempregada, ela pede ajuda ao treinador da escola local, Geoff (James Van Der Beek), que foi seu namorado nos tempos de adolescente. Ele lhe arranja um emprego e assim Abi começa a treinar um grupo de garotas colegiais que aos poucos vão se tornando bastante promissoras no esporte.
Comentários:
Um bom draminha que foca seu enredo nessa protagonista Abi (Thomas), que direcionou toda a sua vida para se tornar uma campeã olímpica. Os anos passaram e agora, aos 30 anos, ela vê seu sonho ruir ao ser deixada de lado pelo treinador da equipe americana de remo. Depois da decepção precisa recomeçar sua vida, até porque sua mãe agora está em seu pé para que arranje logo um emprego e tome um rumo definitivo na vida. A questão é que Abi ama o que faz, sempre quis ser atleta e não consegue se ver fazendo outra coisa na vida. Tentando se manter enquanto pensa em alguma outra coisa para fazer na vida ela reencontra casualmente um velho amor do passado, Geoff (Van Der Beek), que pode ser a resposta para todos os seus problemas, tanto profissionais como emocionais. Ele foi seu namoradinho na época da escola e agora reencontrá-lo mexe com ela que afinal de contas está meio perdida na vida, morando com a mãe e sem nenhum relacionamento amoroso mais sério pela frente. Não há nenhum nome mais conhecido no elenco a não ser o do ator James Van Der Beek que você vai imediatamente reconhecer da série popular nos anos 90 "Dawson's Creek" onde ele interpretava justamente o personagem principal Dawson Leery. A atriz Sarah Megan Thomas que interpreta Abi Brooks é também a autora do roteiro, já que a ideia do filme foi um projeto bem pessoal dela. O roteiro assim se concentra no remo, um esporte até que bem conhecido e praticado no Brasil, mas não muito popular entre o povão em geral. Não existe nenhuma cena mais marcante, o filme é na média e se contenta em contar uma boa história de superação e perseverança pois Abi acaba conquistando seus sonhos mesmo que por caminhos tortuosos e indiretos. Aliás uma das frases do filme resume muito bem todo o caminho percorrido por ela, ao aconselhar sempre seguir o seu coração nas escolhas da vida. Essa boa mensagem acaba sendo o grande triunfo do filme como um todo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Olhos Famintos
Título no Brasil: Olhos Famintos
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.
Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.
Pablo Aluísio
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.
Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.
Pablo Aluísio
Nova York - Terra de Ninguém
Título no Brasil: Nova York - Terra de Ninguém
Título Original: The Park Is Mine
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS / Fox / Home Box Office (HBO)
Direção: Steven Hilliard Stern
Roteiro: Lyle Gorch, Stephen Peters
Elenco: Tommy Lee Jones, Helen Shaver, Yaphet Kotto
Sinopse:
Um veterano da Guerra do Vietnã resolve tomar literalmente de assalto o Central Park em Nova Iorque, como um ato de revolta e protesto contra a forma como os veteranos são tratados pela sociedade após seu retorno do campo de batalha para casa. Arma-se então uma verdadeira operação de guerra para tirar o ex-combatente do local. Apenas os fortes conseguirão sobreviver.
Comentários:
Sempre achei curioso esse filme, principalmente agora depois que Tommy Lee Jones teve uma carreira tão produtiva e bem sucedida, trabalhando bem em diversos gêneros cinematográficos. Na época em que esse filme foi produzido havia uma tentativa de enquadrá-lo em filmes de ação, tal como se fosse uma versão com menos músculos e mais capacidade de atuar do que o ídolo máximo do estilo Arnold Schwarzenegger. O tempo provaria que não era bem por aí. "The Park Is Mine" (literalmente "O Parque é Meu") é um telefilme produzido por Fox e CBS que trazia mais uma vez um enredo versando sobre um veterano do Vietnã que literalmente perde o controle sobre seus atos e ações, assumindo uma posição ameaçadora para a sociedade americana - de certa forma o alto número de ex-soldados que voltavam do front de guerra com problemas psicológicos e mentais acabava corroborando esse tipo de reação de medo do povo americano em geral. Um dos maiores atrativos do filme vem da presença do sempre competente Tommy Lee Jones, encarnando toda a paranoia e patriotismo ufanista dos anos Reagan. Considero uma produção muito bem feita, apesar de ter sido realizada originalmente para a TV. Talvez por isso tenha sido lançada no mercado de vídeo no Brasil pelo selo Abril Vídeo. Uma produção tão bem realizada que ninguém nota que se trata de um telefilme no final das contas.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Park Is Mine
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS / Fox / Home Box Office (HBO)
Direção: Steven Hilliard Stern
Roteiro: Lyle Gorch, Stephen Peters
Elenco: Tommy Lee Jones, Helen Shaver, Yaphet Kotto
Sinopse:
Um veterano da Guerra do Vietnã resolve tomar literalmente de assalto o Central Park em Nova Iorque, como um ato de revolta e protesto contra a forma como os veteranos são tratados pela sociedade após seu retorno do campo de batalha para casa. Arma-se então uma verdadeira operação de guerra para tirar o ex-combatente do local. Apenas os fortes conseguirão sobreviver.
Comentários:
Sempre achei curioso esse filme, principalmente agora depois que Tommy Lee Jones teve uma carreira tão produtiva e bem sucedida, trabalhando bem em diversos gêneros cinematográficos. Na época em que esse filme foi produzido havia uma tentativa de enquadrá-lo em filmes de ação, tal como se fosse uma versão com menos músculos e mais capacidade de atuar do que o ídolo máximo do estilo Arnold Schwarzenegger. O tempo provaria que não era bem por aí. "The Park Is Mine" (literalmente "O Parque é Meu") é um telefilme produzido por Fox e CBS que trazia mais uma vez um enredo versando sobre um veterano do Vietnã que literalmente perde o controle sobre seus atos e ações, assumindo uma posição ameaçadora para a sociedade americana - de certa forma o alto número de ex-soldados que voltavam do front de guerra com problemas psicológicos e mentais acabava corroborando esse tipo de reação de medo do povo americano em geral. Um dos maiores atrativos do filme vem da presença do sempre competente Tommy Lee Jones, encarnando toda a paranoia e patriotismo ufanista dos anos Reagan. Considero uma produção muito bem feita, apesar de ter sido realizada originalmente para a TV. Talvez por isso tenha sido lançada no mercado de vídeo no Brasil pelo selo Abril Vídeo. Uma produção tão bem realizada que ninguém nota que se trata de um telefilme no final das contas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de março de 2016
O Retorno de Arquivo X
Eu nunca acreditei em Aliens, mas sempre gostei muito da série "Arquivo X". Eu acompanhei religiosamente "The X-Files" desde os seus primeiros episódios nos anos 90, onde era exibida pela Rede Record. Estou falando de um tempo em que ainda não havia TV a cabo no Brasil e acompanhar uma série dessas não era algo tão fácil. O primeiro episódio chegou nas telas em 1993, saindo de cena em 2002 quando foi finalmente cancelada. As quatro primeiras temporadas são um primor. Alguns episódios são melhores do que muitos filmes sci-fi que são exibidos por aí nos cinemas. O sucesso trouxe uma febre e uma legião de fãs de fazer inveja a "Star Trek". Aliás ambas as séries trilharam caminhos bem semelhantes.
O problema é que depois de um certo tempo houve desavenças entre o ator David Duchovny e os produtores. Ele estava cansado de viajar ao Canadá todas as semanas (onde a série era filmada). Além disso ele tinha esperanças e ambições de emplacar uma carreira de sucesso nos cinemas (algo que nunca aconteceu). De uma forma ou outra ele abandonou o barco. Depois de sua saída novos agentes entraram, mas as coisas nunca mais emplacaram. "Arquivo X" foi declinando a cada temporada, perdendo audiência até ser cancelada após um episódio final realmente péssimo. Se tivesse sido encerrada na quinta temporada, por exemplo, teria sido um dos maiores fenômenos televisivos da história, tanto em termos de sucesso como em aspectos de qualidade.
Quatorze anos depois eis que a série retorna com praticamente a mesma equipe técnica e a dupla central formada pelos agentes Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson). Ela ainda trabalha como cirurgiã, mas sem ligação com o FBI. Ele se tornou uma espécie de ermitão obcecado, sempre buscando a verdade sobre os OVNIs e o governo americano. Eles são reunidos novamente por um político conservador que tem um programa de TV onde explora o mundo das conspirações governamentais. Transitando por esse mundo ele obviamente descobre sobre o projeto Arquivo X (agora desativado). Novamente juntos após tantos anos vão então atrás de uma jovem garota que afirma ter sido abduzida anos antes por aliens. Eles teriam implantado um processo que a deixou grávida, mas antes que os seres híbridos nascessem foram retirados pelos mesmos alienigenas.
Eu gostei desse primeiro episódio, porém sou suspeito para avaliar. Isso porque como eu disse sou grande fã da série. Assim minha visão obviamente ficou turva pelo sentimento de nostalgia. Agora, não há como negar que o roteiro não é tão bom (pelo menos nesse primeiro episódio). Existe uma correria desnecessária para tentar tornar tudo muito explicado para essa nova geração de fãs de séries. Há até um epílogo narrativo por parte de Mulder para explicar tudo o que se passou nas temporadas anteriores (como se fosse possível explicar a trama enrolada de "X-Files" em poucos minutos!). Os elementos estão lá, tudo pode vir a funcionar novamente, mas ainda é cedo para qualquer previsão segura. Tem tudo para dar muito certo. Torço para que seja muito melhor do que sua última temporada que definitivamente não deixou saudades. De qualquer forma não deixa de ser um belo presente para os velhos fãs de Mulder e Scully.
Pablo Aluísio.
O problema é que depois de um certo tempo houve desavenças entre o ator David Duchovny e os produtores. Ele estava cansado de viajar ao Canadá todas as semanas (onde a série era filmada). Além disso ele tinha esperanças e ambições de emplacar uma carreira de sucesso nos cinemas (algo que nunca aconteceu). De uma forma ou outra ele abandonou o barco. Depois de sua saída novos agentes entraram, mas as coisas nunca mais emplacaram. "Arquivo X" foi declinando a cada temporada, perdendo audiência até ser cancelada após um episódio final realmente péssimo. Se tivesse sido encerrada na quinta temporada, por exemplo, teria sido um dos maiores fenômenos televisivos da história, tanto em termos de sucesso como em aspectos de qualidade.
Quatorze anos depois eis que a série retorna com praticamente a mesma equipe técnica e a dupla central formada pelos agentes Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson). Ela ainda trabalha como cirurgiã, mas sem ligação com o FBI. Ele se tornou uma espécie de ermitão obcecado, sempre buscando a verdade sobre os OVNIs e o governo americano. Eles são reunidos novamente por um político conservador que tem um programa de TV onde explora o mundo das conspirações governamentais. Transitando por esse mundo ele obviamente descobre sobre o projeto Arquivo X (agora desativado). Novamente juntos após tantos anos vão então atrás de uma jovem garota que afirma ter sido abduzida anos antes por aliens. Eles teriam implantado um processo que a deixou grávida, mas antes que os seres híbridos nascessem foram retirados pelos mesmos alienigenas.
Eu gostei desse primeiro episódio, porém sou suspeito para avaliar. Isso porque como eu disse sou grande fã da série. Assim minha visão obviamente ficou turva pelo sentimento de nostalgia. Agora, não há como negar que o roteiro não é tão bom (pelo menos nesse primeiro episódio). Existe uma correria desnecessária para tentar tornar tudo muito explicado para essa nova geração de fãs de séries. Há até um epílogo narrativo por parte de Mulder para explicar tudo o que se passou nas temporadas anteriores (como se fosse possível explicar a trama enrolada de "X-Files" em poucos minutos!). Os elementos estão lá, tudo pode vir a funcionar novamente, mas ainda é cedo para qualquer previsão segura. Tem tudo para dar muito certo. Torço para que seja muito melhor do que sua última temporada que definitivamente não deixou saudades. De qualquer forma não deixa de ser um belo presente para os velhos fãs de Mulder e Scully.
Pablo Aluísio.
Os Últimos Sobreviventes
Título no Brasil: Os Últimos Sobreviventes
Título Original: The Last Survivors
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Federighi Films
Direção: Thomas S. Hammock
Roteiro: Jacob Forman, Thomas S. Hammock
Elenco: Haley Lu Richardson, Booboo Stewart, Max Charles
Sinopse:
Em um mundo pós-apocalíptico, dois jovens, Dean (Booboo Stewart) e Kendal (Haley Lu Richardson), tentam sobreviver no sotão de uma velha fazenda abandonada. O mundo está completamente deserto e não chove há décadas, assim o bem mais precioso do planeta passa a ser a água. No lugar onde se escondem existe um poço que ainda tem o precioso elemento, por isso eles tentam viver naquela desolada região por algumas semanas. Tudo muda porém quando um grupo de criminosos liderado por Carson (Jon Gries), um falso padre, chega para procurar por sobreviventes. Eles executam todos os que encontram pela frente, sempre em busca de novas nascentes de água potável para explorar em proveito próprio. Assim começa um verdadeiro jogo de vida ou morte. Filme indicado ao prêmio Fantasporto e ao Chicago International Film Festival.
Comentários:
Mais um filme derivativo da mitologia Mad Max. Não adianta, praticamente todo filme passado em um mundo pós-apocalíptico será, em maior ou menor grau, apenas uma derivação sobre o que se vê (ou já se viu) na famosa franquia de George Miller. Esse aqui não foge à regra. O mundo está destruído? Confere. O bem mais valioso que existe é a água? Confere. Os poucos seres humanos sobreviventes de uma hecatombe nuclear lutam por ela? Confere. Banhos de sangue recorrentes vão determinar quem colocará finalmente as mãos nos reservatórios de água? Confere. O único diferencial é que sai Max e entra uma adolescente no lugar dele. A personagem Kendal é interpretada por uma ex-estrelinha da Disney, a bonitinha Haley Lu Richardson. Como ela ainda é muito jovem não existe maiores referências em sua carreira. A mocinha até que se esforça bastante para dar crédito ao filme, chegando inclusive a protagonizar cenas verdadeiramente nojentas quando, por exemplo, entra dentro de um poço de piche!
Título Original: The Last Survivors
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Federighi Films
Direção: Thomas S. Hammock
Roteiro: Jacob Forman, Thomas S. Hammock
Elenco: Haley Lu Richardson, Booboo Stewart, Max Charles
Sinopse:
Em um mundo pós-apocalíptico, dois jovens, Dean (Booboo Stewart) e Kendal (Haley Lu Richardson), tentam sobreviver no sotão de uma velha fazenda abandonada. O mundo está completamente deserto e não chove há décadas, assim o bem mais precioso do planeta passa a ser a água. No lugar onde se escondem existe um poço que ainda tem o precioso elemento, por isso eles tentam viver naquela desolada região por algumas semanas. Tudo muda porém quando um grupo de criminosos liderado por Carson (Jon Gries), um falso padre, chega para procurar por sobreviventes. Eles executam todos os que encontram pela frente, sempre em busca de novas nascentes de água potável para explorar em proveito próprio. Assim começa um verdadeiro jogo de vida ou morte. Filme indicado ao prêmio Fantasporto e ao Chicago International Film Festival.
Comentários:
Mais um filme derivativo da mitologia Mad Max. Não adianta, praticamente todo filme passado em um mundo pós-apocalíptico será, em maior ou menor grau, apenas uma derivação sobre o que se vê (ou já se viu) na famosa franquia de George Miller. Esse aqui não foge à regra. O mundo está destruído? Confere. O bem mais valioso que existe é a água? Confere. Os poucos seres humanos sobreviventes de uma hecatombe nuclear lutam por ela? Confere. Banhos de sangue recorrentes vão determinar quem colocará finalmente as mãos nos reservatórios de água? Confere. O único diferencial é que sai Max e entra uma adolescente no lugar dele. A personagem Kendal é interpretada por uma ex-estrelinha da Disney, a bonitinha Haley Lu Richardson. Como ela ainda é muito jovem não existe maiores referências em sua carreira. A mocinha até que se esforça bastante para dar crédito ao filme, chegando inclusive a protagonizar cenas verdadeiramente nojentas quando, por exemplo, entra dentro de um poço de piche!
Também acaba se revelando uma ótima lutadora com espadas ninjas... imagine só você! Tudo isso para sobreviver em um mundo dominado por seres asquerosos e infames. O interessante é que ela precisa cuidar de um outro jovem, Dean, que está muito doente, com um sério problema nos rins, o que o impede de ser o herói da fita. Haley então assume essa função e inverte o que geralmente ocorre nesse tipo de produção onde geralmente os rapazes são os heróis. Para falar a verdade seu esforço em desempenhar bem seu papel acaba sendo o único motivo para se assistir o filme até o final. Em pouco tempo porém você chegará na conclusão que o filme definitivamente não traz nada de novo sobre esse tema já tão saturado. Muito provavelmente os adolescentes curtirão mais, até porque as chances de se identificarem com a mocinha serão bem maiores. Já aos veteranos, que conhecem Mad Max há décadas, só restará mesmo o tédio.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
Grizzly
Título no Brasil: Grizzly
Título Original: Grizzly
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos. Canadá
Estúdio: Sony Pictures
Direção: David Hackl
Roteiro: Guy Moshe, J.R. Reher
Elenco: James Marsden, Billy Bob Thornton, Scott Glenn, Thomas Jane
Sinopse:
A história desse filme se passa todo numa região denominada de "Labirinto dos Ursos", onde poucos se arriscam a ir, pois além de ser de complicado acesso também é o nicho onde vivem ursos selvagens e... assassinos! Após a morte de vários madeireiros na região, o jovem Rowan (James Marsden) decide sair em busca de um amigo que foi para lá e não deu mais notícias. Seu irmão, Beckett (Thomas Jane), também decide sair ir em busca de sua esposa, uma ambientalista que se encontra na floresta realizando pesquisas.
Comentários:
O Alaska continua sendo um dos lugares mais bonitos do mundo. O enredo desse filme se passa justamente nessa região, mas os produtores desse filme resolveram filmar tudo em uma reserva florestal perto de Vancouver, no Canadá. Por essa razão o filme tem uma bonita fotografia. A imagem poderia ser menos escura, mas de qualquer forma a natureza exuberante nas cenas agrada aos olhos. Grande parte do elenco vem das séries da TV americana, inclusive Thomas Jane de "Hung". A fita é protagonizada por James Marsden, o Cyclops da franquia "X-Men". Ele não tem muito o que fazer, a não ser escapar vivo das garras de um urso feroz e assassino no meio da mata. O único ator de cinema mais famoso do elenco é realmente Billy Bob Thornton, que interpreta um caçador de ursos hostilizado pelos demais membros da expedição por causa de sua profissão. Não diria que seu personagem é um cínico completo, mas sim um sujeito realista que entende que os ursos são predadores vorazes, ao contrário do pensam alguns membros daquela expedição de salvamento.
Título Original: Grizzly
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos. Canadá
Estúdio: Sony Pictures
Direção: David Hackl
Roteiro: Guy Moshe, J.R. Reher
Elenco: James Marsden, Billy Bob Thornton, Scott Glenn, Thomas Jane
Sinopse:
A história desse filme se passa todo numa região denominada de "Labirinto dos Ursos", onde poucos se arriscam a ir, pois além de ser de complicado acesso também é o nicho onde vivem ursos selvagens e... assassinos! Após a morte de vários madeireiros na região, o jovem Rowan (James Marsden) decide sair em busca de um amigo que foi para lá e não deu mais notícias. Seu irmão, Beckett (Thomas Jane), também decide sair ir em busca de sua esposa, uma ambientalista que se encontra na floresta realizando pesquisas.
Comentários:
O Alaska continua sendo um dos lugares mais bonitos do mundo. O enredo desse filme se passa justamente nessa região, mas os produtores desse filme resolveram filmar tudo em uma reserva florestal perto de Vancouver, no Canadá. Por essa razão o filme tem uma bonita fotografia. A imagem poderia ser menos escura, mas de qualquer forma a natureza exuberante nas cenas agrada aos olhos. Grande parte do elenco vem das séries da TV americana, inclusive Thomas Jane de "Hung". A fita é protagonizada por James Marsden, o Cyclops da franquia "X-Men". Ele não tem muito o que fazer, a não ser escapar vivo das garras de um urso feroz e assassino no meio da mata. O único ator de cinema mais famoso do elenco é realmente Billy Bob Thornton, que interpreta um caçador de ursos hostilizado pelos demais membros da expedição por causa de sua profissão. Não diria que seu personagem é um cínico completo, mas sim um sujeito realista que entende que os ursos são predadores vorazes, ao contrário do pensam alguns membros daquela expedição de salvamento.
Em termos de trama o roteiro procura explorar um pouco as diferenças entre os dois irmãos que adentram a floresta em busca de sobreviventes. Esse relacionamento mais complicado entre eles poderia ter sido melhor explorado, mas não foi. Nada surge de muito profundo nesse aspecto, ficando bem na superfície mesmo. O que move esse filme é realmente o embate entre o homem e a natureza selvagem. As cenas de ataques do urso são até convincentes, mas nada excepcionais. O filme só perde muito nessa questão na cena final, à beira do lago, quando os últimos sobreviventes tentam fugir das garras de um furioso urso cinzento. Há uma mescla de cenas reais editadas e computação gráfica de baixa qualidade que não funciona muito bem (reparem na artificialidade do fogo que é usado para parar os ataques da fera, algo pouco convincente). Quem merece mesmo aplausos é o editor da produção que conseguiu imprimir um bom timing nesses momentos. Então basicamente é isso, seis pessoas tentando sobreviver de uma besta sedenta por sangue humano bem no meio de uma das regiões mais inóspitas do planeta. Nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de março de 2016
Faces do Medo
Título no Brasil: Faces do Medo
Título Original: Torment
Ano de Produção: 2013
País: Canadá
Estúdio: Gearshift Films
Direção: Jordan Barker
Roteiro: Michael Foster, Thomas Pound
Elenco: Katharine Isabelle, Robin Dunne, Peter DaCunha
Sinopse:
Um jovem casal decide ir passar alguns dias em uma casa localizada bem no meio da floresta, em uma região remota. Uma vez lá começam a desconfiar que há alguém a mais andando pelas redondezas, principalmente depois que descobrem um buraco feito, indo diretamente para seu porão. Depois de alguns eventos inexplicáveis eles descobrem que há uma família de psicopatas vivendo perto de onde estão, aterrorizando todos os moradores das fazendas locais. Não demora muito para logo virarem também vítimas desses insanos sanguinários.
Comentários:
Filme de terror canadense que mais parece um filme feito nos Estados Unidos na década de 1980. No enredo há essa jovem família formada por um casal recém casado. O garoto é filho da primeira mulher de Corin (Robin Dunne), o que cria um certo confronto e desconforto entre ele e sua nova esposa, Sarah (Katharine Isabelle). Para amenizar um pouco o clima ruim eles resolvem passar algum tempo numa casa situada na zona rural, bem distante dos grandes centros. Querem criar maior intimidade e amizade. Uma péssima ideia. Acontece que por lá também vive uma família de assassinos e doentes mentais! Imagine aqueles caipiras americanos bem sinistros... pois é, bem isso mesmo. Não demora muito e eles sequestram o garotinho, depois começam a usar as cabeças arrancadas de seus bichinhos de pelúcia como máscaras assustadoras (o que dá origem ao primeiro psicopata com orelhas do Mickey Mouse que já vi em um filme de horror até hoje!). Com facões, cutelos e todos os tipos de artefatos cortantes começam a matança insana. Isso porém não deve animar muito os fãs de fitas Slasher porque embora "Torment" seja violento nada é muito explicitamente explorado nesse aspecto. Não há tripas voando por todos os lados e nem sangue em profusão. Em certo sentido o filme acaba sendo até mesmo muito comportado, o que irá decepcionar muita gente. No mais é isso, um grupo de psicopatas cercando uma família comum numa casa isolada. O roteiro não sai muito disso, por isso no final das contas tudo soa realmente bem previsível e sem surpresas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Torment
Ano de Produção: 2013
País: Canadá
Estúdio: Gearshift Films
Direção: Jordan Barker
Roteiro: Michael Foster, Thomas Pound
Elenco: Katharine Isabelle, Robin Dunne, Peter DaCunha
Sinopse:
Um jovem casal decide ir passar alguns dias em uma casa localizada bem no meio da floresta, em uma região remota. Uma vez lá começam a desconfiar que há alguém a mais andando pelas redondezas, principalmente depois que descobrem um buraco feito, indo diretamente para seu porão. Depois de alguns eventos inexplicáveis eles descobrem que há uma família de psicopatas vivendo perto de onde estão, aterrorizando todos os moradores das fazendas locais. Não demora muito para logo virarem também vítimas desses insanos sanguinários.
Comentários:
Filme de terror canadense que mais parece um filme feito nos Estados Unidos na década de 1980. No enredo há essa jovem família formada por um casal recém casado. O garoto é filho da primeira mulher de Corin (Robin Dunne), o que cria um certo confronto e desconforto entre ele e sua nova esposa, Sarah (Katharine Isabelle). Para amenizar um pouco o clima ruim eles resolvem passar algum tempo numa casa situada na zona rural, bem distante dos grandes centros. Querem criar maior intimidade e amizade. Uma péssima ideia. Acontece que por lá também vive uma família de assassinos e doentes mentais! Imagine aqueles caipiras americanos bem sinistros... pois é, bem isso mesmo. Não demora muito e eles sequestram o garotinho, depois começam a usar as cabeças arrancadas de seus bichinhos de pelúcia como máscaras assustadoras (o que dá origem ao primeiro psicopata com orelhas do Mickey Mouse que já vi em um filme de horror até hoje!). Com facões, cutelos e todos os tipos de artefatos cortantes começam a matança insana. Isso porém não deve animar muito os fãs de fitas Slasher porque embora "Torment" seja violento nada é muito explicitamente explorado nesse aspecto. Não há tripas voando por todos os lados e nem sangue em profusão. Em certo sentido o filme acaba sendo até mesmo muito comportado, o que irá decepcionar muita gente. No mais é isso, um grupo de psicopatas cercando uma família comum numa casa isolada. O roteiro não sai muito disso, por isso no final das contas tudo soa realmente bem previsível e sem surpresas.
Pablo Aluísio.
Espada da Vingança
Título no Brasil: Espada da Vingança
Título Original: Sword of Vengeance
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: Vertigo Films
Direção: Jim Weedon
Roteiro: Matthew Read, Julian Unthank
Elenco: Stanley Weber, Annabelle Wallis, Edward Akrout, Misa Beric
Sinopse:
Em uma Inglaterra medieval, dominada por Saxões e Normandos em guerra, um estranho chega em um dos feudos do Reino. Ele está sozinho, mas assim que encontra forças miliares que exigem tributos por estar naquela terra começa seu plano de vingança. Munido apenas de sua espada e de uma incrível habilidade de combate, ele começa a trucidar todos os seus inimigos que encontra pela frente. Ajudado por um pequeno grupo de Saxões que tentam viver naquele império de medo e violência, ele logo se torna líder de um numeroso grupo de resistência contra o tirano Artus (Gianni Giardinelli).
Comentários:
Produção inglesa que vai direto ao ponto. O roteiro é simples, nada mais do que aquela velha história de vingança contra a morte de seus pais. O personagem principal é um sujeito com cara de poucos amigos que deseja vingar a morte de seu pai ocorrida muitos anos antes. Para complicar ainda mais a situação o assassino que ele procura é o seu próprio tio, que tirou a vida do irmão para dominar completamente a região. Após a morte de seu pai ele foi vendido como escravo, quando ainda era apenas uma criança. Agora está de volta! Conhecido apenas como Shadow Walker sua filosofia de vida parece se resumir em uma frase que diz "A vingança é a minha única crença". O protagonista é interpretado pelo ator francês Stanley Weber, que apesar de não ser um sujeito alto e forte, como era de esperar nesse tipo de aventura medieval, consegue dar conta do recado. Já sua partner romântica em cena (se é que podemos pensar naquilo como um relacionamento amoroso) é interpretada pela atriz Annabelle Wallis que esteve em filmes como "Annabelle" e "X-Men: Primeira Classe", além de emprestar sua beleza loira para séries tão diversas como "The Tudors", "Pan Am" e "Peaky Blinders".
Título Original: Sword of Vengeance
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: Vertigo Films
Direção: Jim Weedon
Roteiro: Matthew Read, Julian Unthank
Elenco: Stanley Weber, Annabelle Wallis, Edward Akrout, Misa Beric
Sinopse:
Em uma Inglaterra medieval, dominada por Saxões e Normandos em guerra, um estranho chega em um dos feudos do Reino. Ele está sozinho, mas assim que encontra forças miliares que exigem tributos por estar naquela terra começa seu plano de vingança. Munido apenas de sua espada e de uma incrível habilidade de combate, ele começa a trucidar todos os seus inimigos que encontra pela frente. Ajudado por um pequeno grupo de Saxões que tentam viver naquele império de medo e violência, ele logo se torna líder de um numeroso grupo de resistência contra o tirano Artus (Gianni Giardinelli).
Comentários:
Produção inglesa que vai direto ao ponto. O roteiro é simples, nada mais do que aquela velha história de vingança contra a morte de seus pais. O personagem principal é um sujeito com cara de poucos amigos que deseja vingar a morte de seu pai ocorrida muitos anos antes. Para complicar ainda mais a situação o assassino que ele procura é o seu próprio tio, que tirou a vida do irmão para dominar completamente a região. Após a morte de seu pai ele foi vendido como escravo, quando ainda era apenas uma criança. Agora está de volta! Conhecido apenas como Shadow Walker sua filosofia de vida parece se resumir em uma frase que diz "A vingança é a minha única crença". O protagonista é interpretado pelo ator francês Stanley Weber, que apesar de não ser um sujeito alto e forte, como era de esperar nesse tipo de aventura medieval, consegue dar conta do recado. Já sua partner romântica em cena (se é que podemos pensar naquilo como um relacionamento amoroso) é interpretada pela atriz Annabelle Wallis que esteve em filmes como "Annabelle" e "X-Men: Primeira Classe", além de emprestar sua beleza loira para séries tão diversas como "The Tudors", "Pan Am" e "Peaky Blinders".
Pelo visto tomou gosto por esse tipo de filme pois em breve estará em outra atuação no mesmo estilo em "Knights of the Roundtable: King Arthur". O diretor Jim Weedon em seu primeiro filme criou um clima muito bom em cima desse enredo relativamente simples. A fotografia é toda saturada nas cores branco, preto e cinza, o que traz uma sensação de estar realmente vivendo em um mundo devastado, sem esperanças. A produção, embora modesta, consegue suprir todos os problemas de forma bem inventiva, valorizando momentos de tensão e criando um cerco de terror com sua trilha sonora marcante. No geral é uma boa amostra do que vem por aí nessa nova geração de cineastas britânicos. São jovens diretores que valorizam mais o estilo e o visual cinematográficos do que propriamente enredos mais complexos e bem elaborados. Esses cineastas assim preferem dar mais atenção à forma do que ao conteúdo. Não deixa de ser uma experiência válida e pode ser o começo de um novo jeito de fazer cinema no Reino Unido.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
Na Natureza Selvagem
Título no Brasil: Na Natureza Selvagem
Título Original: Into the Wild
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Vantage
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn, Jon Krakauer
Elenco: Emile Hirsch, Vince Vaughn, William Hurt, Marcia Gay Harden, Catherine Keener
Sinopse:
O personagem principal Chris McCandless (Emile Hirsch) é um jovem que após terminar o ensino médio resolve ganhar o mundo. Pega estrada e sai pelos Estados Unidos desfrutando de uma liberdade sem limites. Seu sonho é ir para o Alasca viver de forma completamente livre na natureza selvagem. No caminho até lá ele conhece pessoas, faz amizades e se apaixona. Filme baseado em uma história real. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Música (Eddie Vedder). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Hal Holbrook).
Comentários:
Grande filme, um dos melhores que assisti nos últimos anos. O livro no qual o roteiro foi baseado, escrito por Jon Krakauer, foi baseado em fatos reais (embora inicialmente o espectador acabe duvidando disso, já que a história é bem incomum realmente). Chris McCandless tinha ideias bem próprias sobre a vida e o mundo. Não se sabe até hoje qual foi a razão que o fez sair pelos Estados Unidos em busca de aventuras, mas o fato é que ele foi. Sua parada final seria o Alasca, região do qual ele tinha uma visão bem especial - na verdade um pouco fora da realidade também, utópica mesmo. O fato é que ele registrou tudo em fotos e em um pequeno diário onde contou parte de sua saga de auto descobrimento. Não irei antecipar nada em termos de desfecho, mesmo sendo um filme já com mais de sete anos de seu lançamento. O que posso dizer é que Sean Penn fez um trabalho maravilhoso, sólido e muito bem desenvolvido. O final, embora trágico, veio de certa maneira coroar uma visão de vida muito singular desse rapaz americano que ousou romper com as convenções sociais em busca da sua felicidade. Por sua coragem mereceu um filme tão fantástico como esse. Obra prima.
Pablo Aluísio.
Título Original: Into the Wild
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Vantage
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn, Jon Krakauer
Elenco: Emile Hirsch, Vince Vaughn, William Hurt, Marcia Gay Harden, Catherine Keener
Sinopse:
O personagem principal Chris McCandless (Emile Hirsch) é um jovem que após terminar o ensino médio resolve ganhar o mundo. Pega estrada e sai pelos Estados Unidos desfrutando de uma liberdade sem limites. Seu sonho é ir para o Alasca viver de forma completamente livre na natureza selvagem. No caminho até lá ele conhece pessoas, faz amizades e se apaixona. Filme baseado em uma história real. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Música (Eddie Vedder). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Hal Holbrook).
Comentários:
Grande filme, um dos melhores que assisti nos últimos anos. O livro no qual o roteiro foi baseado, escrito por Jon Krakauer, foi baseado em fatos reais (embora inicialmente o espectador acabe duvidando disso, já que a história é bem incomum realmente). Chris McCandless tinha ideias bem próprias sobre a vida e o mundo. Não se sabe até hoje qual foi a razão que o fez sair pelos Estados Unidos em busca de aventuras, mas o fato é que ele foi. Sua parada final seria o Alasca, região do qual ele tinha uma visão bem especial - na verdade um pouco fora da realidade também, utópica mesmo. O fato é que ele registrou tudo em fotos e em um pequeno diário onde contou parte de sua saga de auto descobrimento. Não irei antecipar nada em termos de desfecho, mesmo sendo um filme já com mais de sete anos de seu lançamento. O que posso dizer é que Sean Penn fez um trabalho maravilhoso, sólido e muito bem desenvolvido. O final, embora trágico, veio de certa maneira coroar uma visão de vida muito singular desse rapaz americano que ousou romper com as convenções sociais em busca da sua felicidade. Por sua coragem mereceu um filme tão fantástico como esse. Obra prima.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de março de 2016
Don Juan DeMarco
Título no Brasil: Don Juan DeMarco
Título Original: Don Juan DeMarco
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jeremy Leven
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Johnny Depp, Marlon Brando, Faye Dunaway
Sinopse:
Baseado no famoso personagem criado por Lord Byron, o filme Don Juan DeMarco conta a história de um jovem que está convencido de que é na realidade o mítico Don Juan, conquistador de centenas de corações femininos em um passado distante. Para tratar essa verdadeira obsessão ele é enviado para sessões de psicanálise no consultório do renomado Dr. Jack Mickler (Marlon Brando, soberbo). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora Original ("Have You Ever Really Loved" a "Woman" de Bryan Adams). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Música Original e Melhor Trilha Sonora Incidental.
Comentários:
Da fase final da carreira de Marlon Brando é certamente um dos seus filmes mais cativantes. O roteiro conseguiu pegar uma estorinha relativamente simples e a partir daí se construiu um dos filmes românticos mais interessantes dos últimos tempos. Palmas para Brando, sempre excepcional e seu pupilo mais constante, Johnny Depp, que anos depois diria que faria de tudo para trabalhar ao lado de um dos atores mais icônicos de todos os tempos. O resultado desse encontro de gerações resultou um filme deliciosamente leve a romântico, onde sonho, fantasia e realidade se mesclaram com raro talento. Brando, sempre tão expansivo, resolveu trilhar o caminho oposto e se conteve para dar vida ao seu personagem o Dr. Jack Mickler, um psicanalista de Los Angeles. Esse papel lhe serviu muito bem pois o próprio Brando conhecia muito bem esse mundo. Por décadas ele fez psicanálise e como confessou em sua autobiografia era fascinado por esse tipo de profissional. Johnny Depp também caiu como uma luva na pele do jovem atormentado que está convencido que é o próprio Don Juan, preferindo viver em um mundo de fantasia do que encarar a dura realidade da vida real. Charmoso, com ótima trilha sonora, esse é um daqueles filmes que valem a pena ter em sua coleção para ver e rever sempre que possível.
Pablo Aluísio.
Título Original: Don Juan DeMarco
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jeremy Leven
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Johnny Depp, Marlon Brando, Faye Dunaway
Sinopse:
Baseado no famoso personagem criado por Lord Byron, o filme Don Juan DeMarco conta a história de um jovem que está convencido de que é na realidade o mítico Don Juan, conquistador de centenas de corações femininos em um passado distante. Para tratar essa verdadeira obsessão ele é enviado para sessões de psicanálise no consultório do renomado Dr. Jack Mickler (Marlon Brando, soberbo). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora Original ("Have You Ever Really Loved" a "Woman" de Bryan Adams). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Música Original e Melhor Trilha Sonora Incidental.
Comentários:
Da fase final da carreira de Marlon Brando é certamente um dos seus filmes mais cativantes. O roteiro conseguiu pegar uma estorinha relativamente simples e a partir daí se construiu um dos filmes românticos mais interessantes dos últimos tempos. Palmas para Brando, sempre excepcional e seu pupilo mais constante, Johnny Depp, que anos depois diria que faria de tudo para trabalhar ao lado de um dos atores mais icônicos de todos os tempos. O resultado desse encontro de gerações resultou um filme deliciosamente leve a romântico, onde sonho, fantasia e realidade se mesclaram com raro talento. Brando, sempre tão expansivo, resolveu trilhar o caminho oposto e se conteve para dar vida ao seu personagem o Dr. Jack Mickler, um psicanalista de Los Angeles. Esse papel lhe serviu muito bem pois o próprio Brando conhecia muito bem esse mundo. Por décadas ele fez psicanálise e como confessou em sua autobiografia era fascinado por esse tipo de profissional. Johnny Depp também caiu como uma luva na pele do jovem atormentado que está convencido que é o próprio Don Juan, preferindo viver em um mundo de fantasia do que encarar a dura realidade da vida real. Charmoso, com ótima trilha sonora, esse é um daqueles filmes que valem a pena ter em sua coleção para ver e rever sempre que possível.
Pablo Aluísio.
O Garoto da Casa ao Lado
Noah Sandborn (Ryan Guzman) é um jovem que acaba se envolvendo com a vizinha Claire Peterson (Jennifer Lopez), uma mulher bem mais velha do que ele, mas ainda muito sensual e sedutora. O que começa como um casinho amoroso sem maiores pretensões acaba se revelando algo bem perigoso quando Claire começa a perceber que Noah não bate muito bem da cabeça. Ele imediatamente se torna obsessivo por ela, a ponto de se tornar completamente inconveniente em sua vida. Em pouco tempo se revela um stalker perigoso. Ela é uma professora com uma boa carreira acadêmica e não parece disposta a perder tudo apenas por se envolver com um rapaz como ele. O problema é que Noah também não parece aceitar bem a rejeição, começando a chantagear ela de forma branca, insinuando que vai contar tudo na escola onde ela trabalha - e que para tornar tudo ainda mais complicado onde ele também é aluno. Como se sabe nos Estados Unidos casos semelhantes, que envolvem professores e alunos acabam recebendo um duro tratamento na justiça, geralmente levando as professoras (ou os professores, dependendo da situação) para a cadeia.
Como se pode perceber pela leitura da sinopse a premissa de "O Garoto da Casa ao Lado" até que é boa, diria até promissora. Infelizmente não adianta se animar muito já que o filme é realmente fraco. O roteiro é básico, cheio de clichês e a atuação preguiçosa de Jennifer Lopez não ajuda muito. Ela até tenta um pouco se passar por uma mulher intelectualmente interessante, mas tudo vai por água abaixo muito rapidamente. A questão é que seu papel não lhe caiu bem, a não ser é claro nas (poucas) cenas em que o diretor tenta aproveitar sua fama de símbolo sexual. Infelizmente só existe uma cena mais ousada, mas mesmo ela não sai muito do lugar comum. Asim não espere por muita nudez e nem tomadas reveladoras do bonito corpo da atriz. No final de tudo o que acaba sobrando é apenas um suspense abaixo da média e com final muito fraco, diria até mesmo risível. O tema "vizinhos perigosos" já rendeu coisas bem melhores no passado. Esse pode se dispensado sem maiores problemas.
O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door, EUA, 2015) Direção: Rob Cohen / Roteiro: Barbara Curry / Elenco: Jennifer Lopez, Ryan Guzman, Kristin Chenoweth.
Pablo Aluísio.
Como se pode perceber pela leitura da sinopse a premissa de "O Garoto da Casa ao Lado" até que é boa, diria até promissora. Infelizmente não adianta se animar muito já que o filme é realmente fraco. O roteiro é básico, cheio de clichês e a atuação preguiçosa de Jennifer Lopez não ajuda muito. Ela até tenta um pouco se passar por uma mulher intelectualmente interessante, mas tudo vai por água abaixo muito rapidamente. A questão é que seu papel não lhe caiu bem, a não ser é claro nas (poucas) cenas em que o diretor tenta aproveitar sua fama de símbolo sexual. Infelizmente só existe uma cena mais ousada, mas mesmo ela não sai muito do lugar comum. Asim não espere por muita nudez e nem tomadas reveladoras do bonito corpo da atriz. No final de tudo o que acaba sobrando é apenas um suspense abaixo da média e com final muito fraco, diria até mesmo risível. O tema "vizinhos perigosos" já rendeu coisas bem melhores no passado. Esse pode se dispensado sem maiores problemas.
O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door, EUA, 2015) Direção: Rob Cohen / Roteiro: Barbara Curry / Elenco: Jennifer Lopez, Ryan Guzman, Kristin Chenoweth.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de março de 2016
Malícia
Título no Brasil: Malícia
Título Original: Malice
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Harold Becker
Roteiro: Aaron Sorkin, Jonas McCord
Elenco: Alec Baldwin, Nicole Kidman, Bill Pullman
Sinopse:
Um conto sobre um casal, há pouco tempo casado, que gostaria muito de realizar o sonho de ter filhos. A esposa Tracy (Nicole Kidman) ensina arte e Andy (Bill Pullman) está no topo de sua carreira, exercendo a função de reitor em uma bela Universidade. A vida do casal muda repentinamente quando Tracy passa mal e é levada ao hospital, onde acaba conhecendo o médico Jed (Alec Baldwin), que tem planos sombrios para o futuro daquele casal. Filme vencedor do festival Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção (Harold Becker).
Comentários:
Nicole Kidman, quando jovem, foi uma das mulheres mais bonitas do cinema. Hoje, claro, ela ainda continua charmosa e mais elegante do que nunca, naquele tipo de sensualidade que apenas a maturidade consegue trazer para o sexo feminino, mas no começo de sua carreira ela era realmente algo impressionante. Uma beleza estupenda, de fechar quarteirão. Não sei exatamente a razão (ou talvez até saiba demais), mas o fato é que sempre associei sua figura à da princesa e musa Grace Kelly. Como não tive a oportunidade de viver na época de Kelly, transportei, até de forma inconsciente, aquela imagem para a Nicole Kidman, que acabou se tornando assim em minha mente a Grace Kelly da minha vida de cinéfilo na modernidade. Dito isso não vou me alongar muitos nos supostos méritos desse filme. Ele é apenas ok em minha opinião. É um daqueles Thrillers típicos dos anos 1990. Bem feito, com roteiro redondinho. Bom para ver em casa no VHS. Sem receios de parecer vazio ou superficial escrevo que o grande atrativo de "Malice" é mesmo a presença luminosa de uma jovem Kidman, linda de morrer! Impossível não se apaixonar. Todo o resto é secundário.
Pablo Aluísio.
Título Original: Malice
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Harold Becker
Roteiro: Aaron Sorkin, Jonas McCord
Elenco: Alec Baldwin, Nicole Kidman, Bill Pullman
Sinopse:
Um conto sobre um casal, há pouco tempo casado, que gostaria muito de realizar o sonho de ter filhos. A esposa Tracy (Nicole Kidman) ensina arte e Andy (Bill Pullman) está no topo de sua carreira, exercendo a função de reitor em uma bela Universidade. A vida do casal muda repentinamente quando Tracy passa mal e é levada ao hospital, onde acaba conhecendo o médico Jed (Alec Baldwin), que tem planos sombrios para o futuro daquele casal. Filme vencedor do festival Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção (Harold Becker).
Comentários:
Nicole Kidman, quando jovem, foi uma das mulheres mais bonitas do cinema. Hoje, claro, ela ainda continua charmosa e mais elegante do que nunca, naquele tipo de sensualidade que apenas a maturidade consegue trazer para o sexo feminino, mas no começo de sua carreira ela era realmente algo impressionante. Uma beleza estupenda, de fechar quarteirão. Não sei exatamente a razão (ou talvez até saiba demais), mas o fato é que sempre associei sua figura à da princesa e musa Grace Kelly. Como não tive a oportunidade de viver na época de Kelly, transportei, até de forma inconsciente, aquela imagem para a Nicole Kidman, que acabou se tornando assim em minha mente a Grace Kelly da minha vida de cinéfilo na modernidade. Dito isso não vou me alongar muitos nos supostos méritos desse filme. Ele é apenas ok em minha opinião. É um daqueles Thrillers típicos dos anos 1990. Bem feito, com roteiro redondinho. Bom para ver em casa no VHS. Sem receios de parecer vazio ou superficial escrevo que o grande atrativo de "Malice" é mesmo a presença luminosa de uma jovem Kidman, linda de morrer! Impossível não se apaixonar. Todo o resto é secundário.
Pablo Aluísio.
A Invasão
Título no Brasil: A Invasão
Título Original: The Arrival
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Live Entertainment
Direção: David Twohy
Roteiro: David Twohy
Elenco: Charlie Sheen, Lindsay Crouse, Richard Schiff
Sinopse:
Zane Zaminsky (Charlie Sheen) é um astrônomo que acaba descobrindo a existência de vida inteligente fora da Terra. Sua descoberta fenomenal e histórica porém não pode ser revelada ao grande público pois interesses poderosos por trás não querem que a verdade seja revelada. Encurralado, só resta a Zane fugir para tentar escapar da sua morte planejada por seus inimigos. Filme premiado pelo Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Lançamento em Vídeo. Também indicado ao Sitges - Catalonian International Film Festival na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eis uma fitinha B de ficção que chegou a fazer um relativo sucesso no mercado de vídeo no Brasil. O roteiro procura dar um tom mais sério e até diria, pseudo científico, ao enredo que explora. Afinal de contas qualquer tipo de produção com esse tema envolvendo aliens e ufologia desperta a atenção do público que curte esse tema (em especial dos americanos). Hoje em dia o tema obviamente envelheceu bastante, só funcionando para esse determinado tipo de público mais específico. O grande interesse para o cinéfilo em geral que não está muito preocupado em provar a existência de ETs vem da presença do ator Charlie Sheen. Por essa época sua carreira no cinema já se encontrava numa encruzilhada. Lançado para ser uma espécie de sucessor de Tom Cruise, Sheen foi destruindo sua carreira por causa de sucessivos escândalos envolvendo drogas e mulheres. Entrando e saindo da prisão ficava muito complicado estrelar grandes filmes. Enfrentando também vários processos na justiça não lhe restou outra coisa na época a não ser aceitar estrelar o primeiro roteiro que lhe caísse em mãos, por isso ele realizou esse filme de orçamento limitado, bem abaixo dos seus antigos sucessos como "Platoon" e "Wall Street", esses sim filmes de primeira linha. Assim " The Arrival" até que consegue convencer até lá pela metade da duração, depois vira tudo uma grande bobagem. Olhando para a carreira do Sheen ainda prefiro outra ficção dele de tema semelhante, "A Aparição" de 1986. Dirigido por Mike Marvin era certamente muito mais divertida. Aqui o tom mais sério prejudicou a diversão pipoca que poderia vir do filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Arrival
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Live Entertainment
Direção: David Twohy
Roteiro: David Twohy
Elenco: Charlie Sheen, Lindsay Crouse, Richard Schiff
Sinopse:
Zane Zaminsky (Charlie Sheen) é um astrônomo que acaba descobrindo a existência de vida inteligente fora da Terra. Sua descoberta fenomenal e histórica porém não pode ser revelada ao grande público pois interesses poderosos por trás não querem que a verdade seja revelada. Encurralado, só resta a Zane fugir para tentar escapar da sua morte planejada por seus inimigos. Filme premiado pelo Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Lançamento em Vídeo. Também indicado ao Sitges - Catalonian International Film Festival na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eis uma fitinha B de ficção que chegou a fazer um relativo sucesso no mercado de vídeo no Brasil. O roteiro procura dar um tom mais sério e até diria, pseudo científico, ao enredo que explora. Afinal de contas qualquer tipo de produção com esse tema envolvendo aliens e ufologia desperta a atenção do público que curte esse tema (em especial dos americanos). Hoje em dia o tema obviamente envelheceu bastante, só funcionando para esse determinado tipo de público mais específico. O grande interesse para o cinéfilo em geral que não está muito preocupado em provar a existência de ETs vem da presença do ator Charlie Sheen. Por essa época sua carreira no cinema já se encontrava numa encruzilhada. Lançado para ser uma espécie de sucessor de Tom Cruise, Sheen foi destruindo sua carreira por causa de sucessivos escândalos envolvendo drogas e mulheres. Entrando e saindo da prisão ficava muito complicado estrelar grandes filmes. Enfrentando também vários processos na justiça não lhe restou outra coisa na época a não ser aceitar estrelar o primeiro roteiro que lhe caísse em mãos, por isso ele realizou esse filme de orçamento limitado, bem abaixo dos seus antigos sucessos como "Platoon" e "Wall Street", esses sim filmes de primeira linha. Assim " The Arrival" até que consegue convencer até lá pela metade da duração, depois vira tudo uma grande bobagem. Olhando para a carreira do Sheen ainda prefiro outra ficção dele de tema semelhante, "A Aparição" de 1986. Dirigido por Mike Marvin era certamente muito mais divertida. Aqui o tom mais sério prejudicou a diversão pipoca que poderia vir do filme.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de março de 2016
Cinquenta Tons de Cinza
Título no Brasil: Cinquenta Tons de Cinza
Título Original: Fifty Shades of Grey
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Jennifer Ehle
Sinopse:
Com roteiro baseado no romance escrito por E.L. James, o filme "Cinquenta Tons de Cinza" conta a história de Christian Grey (Jamie Dornan), um milionário americano que acaba se interessante pela jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson), após a conhecer casualmente, quando ela é enviada para fazer uma pequena entrevista no lugar de sua amiga. Desde o começo Grey fica fascinado pela singeleza e simplicidade da garota e resolve investir em um relacionamento diferente com ela, algo completamente fora do comum que testará os limites de Anastasia em relação ao que sente por seu novo "namorado". Filme indicado ao prêmio Golden Trailer Awards na categoria "Best Romance".
Comentários:
Muito barulho por nada! Assim poderíamos rotular o sucesso comercial tanto do livro como do filme "Fifty Shades of Grey". Como se tornou mesmo um fenômeno de vendas a obra original que deu origem ao filme sofreu todos os tipos de críticas. O conteúdo foi acusado de ser ofensivo para as mulheres, abusivo e fora de proporção. A história envolvendo um milionário, Christian Grey (Jamie Dornan) e uma jovem comum, Anastasia Steele (Dakota Johnson), poderia passar completamente despercebido se não fosse um ingrediente incomum que o ricaço considera indispensável em um relacionamento amoroso, a violência física. Assim ele deixa claro desde o começo que não sente prazer ou atração da forma usual, como todas as pessoas, mas sim que para chegar ao prazer precisa também infringir dor, muita dor, em sua companheira. Após o susto inicial ao ser informada desse estranho modo de ser, a jovem acaba aceitando os termos, não sem antes ser coagida a assinar uma espécie de contrato que isenta Grey de qualquer responsabilidade legal do que venha a acontecer entre eles. Muitos disseram que qualquer mulher sensata e com o juízo no lugar simplesmente iria embora ao tomar conhecimento de algo assim, mas se formos pensar bem, no mundo atual em que tudo ou praticamente tudo é permitido, tenho sérias dúvidas se as coisas seriam decididas assim mesmo, de maneira tão fácil. Outro prato cheio para misóginos e cafajestes em geral veio do fato do personagem masculino ser um milionário. Para esses a jovem Anastasia toparia tudo por causa do dinheiro dele.
Título Original: Fifty Shades of Grey
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Jennifer Ehle
Sinopse:
Com roteiro baseado no romance escrito por E.L. James, o filme "Cinquenta Tons de Cinza" conta a história de Christian Grey (Jamie Dornan), um milionário americano que acaba se interessante pela jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson), após a conhecer casualmente, quando ela é enviada para fazer uma pequena entrevista no lugar de sua amiga. Desde o começo Grey fica fascinado pela singeleza e simplicidade da garota e resolve investir em um relacionamento diferente com ela, algo completamente fora do comum que testará os limites de Anastasia em relação ao que sente por seu novo "namorado". Filme indicado ao prêmio Golden Trailer Awards na categoria "Best Romance".
Comentários:
Muito barulho por nada! Assim poderíamos rotular o sucesso comercial tanto do livro como do filme "Fifty Shades of Grey". Como se tornou mesmo um fenômeno de vendas a obra original que deu origem ao filme sofreu todos os tipos de críticas. O conteúdo foi acusado de ser ofensivo para as mulheres, abusivo e fora de proporção. A história envolvendo um milionário, Christian Grey (Jamie Dornan) e uma jovem comum, Anastasia Steele (Dakota Johnson), poderia passar completamente despercebido se não fosse um ingrediente incomum que o ricaço considera indispensável em um relacionamento amoroso, a violência física. Assim ele deixa claro desde o começo que não sente prazer ou atração da forma usual, como todas as pessoas, mas sim que para chegar ao prazer precisa também infringir dor, muita dor, em sua companheira. Após o susto inicial ao ser informada desse estranho modo de ser, a jovem acaba aceitando os termos, não sem antes ser coagida a assinar uma espécie de contrato que isenta Grey de qualquer responsabilidade legal do que venha a acontecer entre eles. Muitos disseram que qualquer mulher sensata e com o juízo no lugar simplesmente iria embora ao tomar conhecimento de algo assim, mas se formos pensar bem, no mundo atual em que tudo ou praticamente tudo é permitido, tenho sérias dúvidas se as coisas seriam decididas assim mesmo, de maneira tão fácil. Outro prato cheio para misóginos e cafajestes em geral veio do fato do personagem masculino ser um milionário. Para esses a jovem Anastasia toparia tudo por causa do dinheiro dele.
Uma maneira de rebaixar a condição feminina ao puro interesse econômico. Afinal de contas se Grey fosse um pobretão será mesmo que ela se submeteria a todas as humilhações, pancadarias e violência generalizada? Calma meus caros... A literatura erótica com toques de masoquismo não nasceu ontem e nem é fruto da nossa sociedade, considerada por muitos como completamente doente. Na verdade desde os tempos de Donatien Alphonse François de Sade, o conhecido Marquês de Sade, esse tipo de literatura está por aí, no ar! Não adianta ficar denegrindo as mulheres por causa desse tipo de história, haja visto que estamos na presença de um tipo, uma espécie literária, que já tem muita tradição. E o filme? Vale a pena? Tirando todo o preconceito que vem com o pacote no que se trata de "Fifty Shades of Grey" o filme em si pode ser considerado mediano, um passatempo que não chega a desagradar ou aborrecer. Ele conta sua história e mesmo não surpreendendo em absolutamente nada não chega a irritar. Recomendamos para que você não fique por fora dos assuntos mais polêmicos, afinal mais cedo ou mais tarde o assunto acaba vindo à tona, seja em reuniões sociais, seja em rodas de amigos. Assista nem que seja para se atualizar sobre o que anda fazendo sucesso no gosto das nossas estimadas leitoras.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de março de 2016
Sobrenatural - A Origem
Título no Brasil: Sobrenatural - A Origem
Título Original: Insidious - Chapter 3
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Leigh Whannell
Roteiro: Leigh Whannell
Elenco: Dermot Mulroney, Stefanie Scott, Angus Sampson
Sinopse:
Quinn Brenner (Stefanie Scott) é uma jovem adolescente americana que sonha em se tornar atriz. Desde a morte de sua mãe ela sente muita saudades de seu apoio e presença. Tentando superar isso ela resolve ir atrás de uma conhecida médium, Elise Rainier (Lin Shaye) que diz ter capacidade de se comunicar com os mortos. Inicialmente Elise recusa a oferta de Quinn. Ela já não é a mesma desde o suicídio de seu marido, um bom homem que resolveu acabar com sua própria vida. Elise também está com receios de voltar a se comunicar com o mundo espiritual desde que encontrou uma sinistra figura que começou a persegui-la em suas viagens espirituais. Com pena de Quinn porém ela aceita fazer uma última sessão de espiritismo em sua casa, algo que irá se arrepender profundamente por causa dos efeitos colaterais que ocasionará. Filme vencedor do Palm Springs International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Leigh Whannell).
Comentários:
"Insidious", quem diria, virou franquia. Infelizmente também temos que constatar que, como muitas outras franquias de terror, corre também o sério risco de cair no vazio. A história desse terceiro filme da série retrocede no tempo, três anos antes dos acontecimentos do primeiro "Sobrenatural". A ideia é mostrar o momento em que a porta entre o mundo dos vivos e dos mortos foi aberta pela primeira vez. O estopim de tudo surge na figura de uma jovem garota, saudosa de sua mãe falecida recentemente de um agressivo câncer de mama. Ela então procura uma médium que acaba adentrando o mundo da escuridão trazendo involuntariamente de lá um demônio poderoso e maligno para a nossa dimensão. A sinistra figura pretende transformar a menina em uma de suas pets espirituais (a denominação estranha é usada pelo próprio roteiro). O enredo não se desenvolve muito além disso. Uma vez que a criatura do mal esteja em nosso mundo começam os sustos. Pena que não houve por parte dos roteiristas maior originalidade no desenvolvimento dos acontecimentos.
Título Original: Insidious - Chapter 3
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Leigh Whannell
Roteiro: Leigh Whannell
Elenco: Dermot Mulroney, Stefanie Scott, Angus Sampson
Sinopse:
Quinn Brenner (Stefanie Scott) é uma jovem adolescente americana que sonha em se tornar atriz. Desde a morte de sua mãe ela sente muita saudades de seu apoio e presença. Tentando superar isso ela resolve ir atrás de uma conhecida médium, Elise Rainier (Lin Shaye) que diz ter capacidade de se comunicar com os mortos. Inicialmente Elise recusa a oferta de Quinn. Ela já não é a mesma desde o suicídio de seu marido, um bom homem que resolveu acabar com sua própria vida. Elise também está com receios de voltar a se comunicar com o mundo espiritual desde que encontrou uma sinistra figura que começou a persegui-la em suas viagens espirituais. Com pena de Quinn porém ela aceita fazer uma última sessão de espiritismo em sua casa, algo que irá se arrepender profundamente por causa dos efeitos colaterais que ocasionará. Filme vencedor do Palm Springs International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Leigh Whannell).
Comentários:
"Insidious", quem diria, virou franquia. Infelizmente também temos que constatar que, como muitas outras franquias de terror, corre também o sério risco de cair no vazio. A história desse terceiro filme da série retrocede no tempo, três anos antes dos acontecimentos do primeiro "Sobrenatural". A ideia é mostrar o momento em que a porta entre o mundo dos vivos e dos mortos foi aberta pela primeira vez. O estopim de tudo surge na figura de uma jovem garota, saudosa de sua mãe falecida recentemente de um agressivo câncer de mama. Ela então procura uma médium que acaba adentrando o mundo da escuridão trazendo involuntariamente de lá um demônio poderoso e maligno para a nossa dimensão. A sinistra figura pretende transformar a menina em uma de suas pets espirituais (a denominação estranha é usada pelo próprio roteiro). O enredo não se desenvolve muito além disso. Uma vez que a criatura do mal esteja em nosso mundo começam os sustos. Pena que não houve por parte dos roteiristas maior originalidade no desenvolvimento dos acontecimentos.
Uma dupla de pesquisadores modernos, verdadeiros caça-fantasmas, é contratado pelo pai (nada de novo) e ao lado da velha médium (outra presença que não é nenhuma novidade em filmes assim) vão tentar expulsar o diabo da vida da jovem. Eu esperava um pouco mais do filme porque afinal de contas ele foi dirigido e roteirizado pelo criador da franquia, o australiano Leigh Whannell. Para desapontamento dos fãs dos filmes porém ele parece demonstrar que está sem ideias novas. Para um prequel as explicações também deixam a desejar. Não se procura esclarecer, por exemplo, quem seria o estranho ser espiritual do mal com problemas respiratórios que usa uma máscara o tempo todo. Ele não tem uma história que não possa se desenvolver? É apenas um monstro vazio de filmes de terror? Se o tal personagem é o começo de todas as aflições era de se esperar que suas origens (tal como sugere o nome do filme) fossem explicadas e expostas ao espectador. Como isso nunca é levado adiante só resta mesmo ao espectador ver um desfile repetitivo dos velhos clichês de rotina de filmes de terror, que vão se sucedendo sem maiores surpresas ao longo do enredo. A conclusão final não é das melhores, pois o terceiro capítulo de "Sobrenatural" também é o mais fraco deles. Uma pena.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de março de 2016
A Grande Aposta
Durante as décadas de 80 e 90 começou a se formar uma imensa bolha imobiliária dentro da economia americana. Bancos comerciais começaram a disponibilizar crédito ilimitado e sem garantias a qualquer um, tudo embasado em títulos hipotecários podres, sem qualquer tipo de garantia ou lastro financeiro. Com tanto dinheiro voando para todos os lados de maneira tão fácil e simples era apenas uma questão de tempo para que tudo explodisse em um desastre econômico e financeiro de proporções únicas, algo que quase levou a economia americana (e de quebra, a mundial) ao caos. O filme explora justamente esse contexto para mostrar como algo tão insano passou despercebido das autoridades daquele país. O roteiro assim mostra diversos agentes independentes do setor financeiro e de seguros que descobriram antes tudo o que estava acontecendo. Antevendo uma ótima oportunidade de ganhar muito dinheiro com a crise que se aproximava eles procuraram lucrar com o desastre.
O filme "A Grande Aposta" é extremamente interessante porque mostra - muitas vezes até de maneira didática - como se deu a crise da bolha imobiliária dos Estados Unidos, algo tão grave que paralisou a economia americana até bem pouco tempo atrás, causando muitos estragos. Milhares de famílias perderam suas casas, foram despejadas e o desemprego disparou. Muito já se falou sobre essa crise, mas pouca gente realmente procurou ir a fundo na questão. O roteiro é muito inteligente nesse aspecto pois mostra todo o tecnicismo da questão de uma forma fácil e simples para que o espectador médio possa compreender bem tudo o que se passou. Os personagens que gravitam em torno de tudo isso também são destaques. Vão desde o agente de seguros meio louco interpretado por um irreconhecível Christian Bale até por um estressadíssimo executivo especulativo na pele de Steve Carell, tentando se distanciar um pouco de sua imagem de comediante. Até o astro Brad Pitt dá uma canja como um gênio aposentado do mercado financeiro, já um tanto paranoico, que resolve embarcar na jogada decisiva de sua vida profissional apostando suas fichas no estouro da bolha imobiliária. Pitt inclusive é um dos produtores do filme, mostrando que ele também tem faro para ganhar dinheiro em Hollywood. Enfim, temos aqui um bom exemplo de filme inteligente e bem realizado que conseguiu fazer de um tema bem áspero um perspicaz retrato da América corporativa e mercantilista que acreditava até mesmo em suas próprias mentiras. Wall Street nunca foi tão bem retratada nas telas.
A Grande Aposta (The Big Short, Estados Unidos, 2015) Direção: Adam McKay / Roteiro: Charles Randolph, Adam McKay / Elenco: Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling, Brad Pitt, Marisa Tomei, Melissa Leo / Sinopse: Um grupo de corretores e especuladores do mercado financeiro americano começam a perceber que a economia de seu país em breve sofreria os efeitos do estouro de uma grande bolha imobiliária no mercado. Aproveitando a tempestade econômica que estava por vir eles resolvem então apostar no mercado para ganhar muito, muito dinheiro com a crise que se avizinha. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Charles Randolph e Adam McKay). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Christian Bale), Direção (Adam McKay) e Edição (Hank Corwin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Ator (Christian Bale), Ator - Comédia ou Musical (Steve Carell) e roteiro.
Pablo Aluísio.
O filme "A Grande Aposta" é extremamente interessante porque mostra - muitas vezes até de maneira didática - como se deu a crise da bolha imobiliária dos Estados Unidos, algo tão grave que paralisou a economia americana até bem pouco tempo atrás, causando muitos estragos. Milhares de famílias perderam suas casas, foram despejadas e o desemprego disparou. Muito já se falou sobre essa crise, mas pouca gente realmente procurou ir a fundo na questão. O roteiro é muito inteligente nesse aspecto pois mostra todo o tecnicismo da questão de uma forma fácil e simples para que o espectador médio possa compreender bem tudo o que se passou. Os personagens que gravitam em torno de tudo isso também são destaques. Vão desde o agente de seguros meio louco interpretado por um irreconhecível Christian Bale até por um estressadíssimo executivo especulativo na pele de Steve Carell, tentando se distanciar um pouco de sua imagem de comediante. Até o astro Brad Pitt dá uma canja como um gênio aposentado do mercado financeiro, já um tanto paranoico, que resolve embarcar na jogada decisiva de sua vida profissional apostando suas fichas no estouro da bolha imobiliária. Pitt inclusive é um dos produtores do filme, mostrando que ele também tem faro para ganhar dinheiro em Hollywood. Enfim, temos aqui um bom exemplo de filme inteligente e bem realizado que conseguiu fazer de um tema bem áspero um perspicaz retrato da América corporativa e mercantilista que acreditava até mesmo em suas próprias mentiras. Wall Street nunca foi tão bem retratada nas telas.
A Grande Aposta (The Big Short, Estados Unidos, 2015) Direção: Adam McKay / Roteiro: Charles Randolph, Adam McKay / Elenco: Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling, Brad Pitt, Marisa Tomei, Melissa Leo / Sinopse: Um grupo de corretores e especuladores do mercado financeiro americano começam a perceber que a economia de seu país em breve sofreria os efeitos do estouro de uma grande bolha imobiliária no mercado. Aproveitando a tempestade econômica que estava por vir eles resolvem então apostar no mercado para ganhar muito, muito dinheiro com a crise que se avizinha. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Charles Randolph e Adam McKay). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Christian Bale), Direção (Adam McKay) e Edição (Hank Corwin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Ator (Christian Bale), Ator - Comédia ou Musical (Steve Carell) e roteiro.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de março de 2016
Northern Soul
Título no Brasil: Northern Soul
Título Original: Northern Soul
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: Stubborn Heart Films, Baby Cow Productions
Direção: Elaine Constantine
Roteiro: Elaine Constantine
Elenco: Rob Baker Ashton, Elliot James Langridge, Emily Aston
Sinopse:
Dois jovens ingleses, levando uma vida tediosa e sem atrativos no interior da Inglaterra, acabam descobrindo a força da Soul Music americana, com seu ritmo contagiante e a musicalidade irresistível de seus discos. Para John Clark (Elliot James Langridge) não é apenas uma questão de descobrir uma música do qual adora, mas sim a resposta para todos os problemas de sua vida pessoal e familiar. Filme indicado ao BAFTA Awards e ao London Critics Circle Film Awards.
Comentários:
Sob um ponto de vista da restrospectiva histórica "Northern Soul" se mostra muito interessante. O filme se passa na primeira metade da década de 1970. Sob uma educação rígida na escola e pressão social, um rapaz chamado John Clark (Langridge) acaba se apaixonando pela Soul Music. O estilo musical acaba virando uma válvula de escape para sua vida. Ele pertence à classe trabalhadora, tem um emprego medíocre numa empresa de alimentos, não tem namorada e muitos problemas familiares, principalmente pelo fato de seus pais enviarem seu querido avô para um asilo de pessoas idosas. Para piorar a vida escolar é frustrante. Os professores são rígidos demais, ofensivos até, tornando a vida uma verdadeira chatice com muita opressão e tédio. Os discos de vinil com artistas negros americanos desconhecidos para os ingleses em geral acaba virando a única fonte de prazer em sua vida. Com a Soul ele se torna menos tímido, mais descolado. Aprende a dançar e se divertir com uma turma de amigos, cuja maior ambição na vida é cruzar o Atlântico rumo em direção aos Estados Unidos em busca de discos novos do gênero! Para quem foi colecionador de discos na era do vinil o filme trará imediatamente uma sensação de nostalgia de uma época em que não existia internet e nem a facilidade dos dias de hoje. Para se ter um disco era necessário percorrer uma verdadeira via crucis, principalmente se você fosse amante de artistas fora do grande circuito comercial. Apesar do sacrífício o prazer de se ter um disco novo de vinil raro era uma das grandes compensações daquele tempo. O roteiro acerta em cheio nesse tipo de resgate. No geral "Northern Soul" é um filme até simples, com um enredo diria até mesmo simplório, mas pelas entrelinhas que apresenta em seu roteiro se mostra até bem relevante.
Pablo Aluísio.
Título Original: Northern Soul
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: Stubborn Heart Films, Baby Cow Productions
Direção: Elaine Constantine
Roteiro: Elaine Constantine
Elenco: Rob Baker Ashton, Elliot James Langridge, Emily Aston
Sinopse:
Dois jovens ingleses, levando uma vida tediosa e sem atrativos no interior da Inglaterra, acabam descobrindo a força da Soul Music americana, com seu ritmo contagiante e a musicalidade irresistível de seus discos. Para John Clark (Elliot James Langridge) não é apenas uma questão de descobrir uma música do qual adora, mas sim a resposta para todos os problemas de sua vida pessoal e familiar. Filme indicado ao BAFTA Awards e ao London Critics Circle Film Awards.
Comentários:
Sob um ponto de vista da restrospectiva histórica "Northern Soul" se mostra muito interessante. O filme se passa na primeira metade da década de 1970. Sob uma educação rígida na escola e pressão social, um rapaz chamado John Clark (Langridge) acaba se apaixonando pela Soul Music. O estilo musical acaba virando uma válvula de escape para sua vida. Ele pertence à classe trabalhadora, tem um emprego medíocre numa empresa de alimentos, não tem namorada e muitos problemas familiares, principalmente pelo fato de seus pais enviarem seu querido avô para um asilo de pessoas idosas. Para piorar a vida escolar é frustrante. Os professores são rígidos demais, ofensivos até, tornando a vida uma verdadeira chatice com muita opressão e tédio. Os discos de vinil com artistas negros americanos desconhecidos para os ingleses em geral acaba virando a única fonte de prazer em sua vida. Com a Soul ele se torna menos tímido, mais descolado. Aprende a dançar e se divertir com uma turma de amigos, cuja maior ambição na vida é cruzar o Atlântico rumo em direção aos Estados Unidos em busca de discos novos do gênero! Para quem foi colecionador de discos na era do vinil o filme trará imediatamente uma sensação de nostalgia de uma época em que não existia internet e nem a facilidade dos dias de hoje. Para se ter um disco era necessário percorrer uma verdadeira via crucis, principalmente se você fosse amante de artistas fora do grande circuito comercial. Apesar do sacrífício o prazer de se ter um disco novo de vinil raro era uma das grandes compensações daquele tempo. O roteiro acerta em cheio nesse tipo de resgate. No geral "Northern Soul" é um filme até simples, com um enredo diria até mesmo simplório, mas pelas entrelinhas que apresenta em seu roteiro se mostra até bem relevante.
Pablo Aluísio.
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