segunda-feira, 29 de julho de 2024
Aquaman 2: O Reino Perdido
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
Maligno
E a historia até começa de forma convencional. Uma série de assassinatos surgem no horizonte. As vítimas tem algo em comum. São médicos de um antigo hospital onde experiências bizarras teriam sido feitas. Corte no tempo. O espectador acompanha a história de uma mulher grávida que sofre abusos físicos e mentais do marido. Após mais uma agressão ele é brutalmente morto. Qual seria a ligação entre as duas linhas narrativas do filme? Obviamente não vou aqui estragar as surpresas do roteiro, mas pode ficar certo que vem bizarrice pela frente. Eu considero James Wan um bom diretor de filmes de terror. Seus filmes anteriores como "Sobrenatural" e "Invocação do Mal" atestam isso. Só que aqui não tem jeito. Ele errou a mão... e errou feio! Um filme de terror que impressiona mais pelo lado bizarro de sua história do que propriamente pelas boas ideias.
Maligno (Malignant, Estados Unidos, 2021) Direção: James Wan / Roteiro: James Wan / Elenco: Annabelle Wallis, Maddie Hasson, George Young / Sinopse: O filme conta a história de uma mulher que tem um passado obscuro. Ela não se lembra nada do orfanato onde cresceu e até ser adotada, aos oito anos de idade, não se recorda de absolutamente nada. Nem que teve um irmão gêmeo. Só que tudo parece retornar de forma violenta e insana em sua vida.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Aquaman
Só que isso nem é o grande problema do filme. Em minha opinião o grande erro foi escalar o grandalhão brutalizado Jason Momoa para interpretar Aquaman. Nos quadrinhos ele é um sujeito forte, tudo bem, mas também é um loiro com cara de galã e até bons modos. Com Momoa ele virou quase um bárbaro (quem lembrou do Conan?) que prefere sair no braço do que ter uma boa conversa. Além disso, não vamos deixar de dizer, não tem nada a ver com a beleza sofisticada de Nicole Kidman, sua mãe no filme. Ficou forçado. Porém como é um filme de pura ação e fantasia, poucos vão reclamar. O que vai valer no final das contas são os cenários exagerados (diria alguns até mesmo meio bregas) que desfilam pela tela. Nesse aspecto o filme até que funciona muito bem. É uma aventura colorida e escapista. Não espere nada muito além disso.
Aquaman (Estados Unidos, 2018) Direção: James Wan / Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick, Will Beall / Elenco: Jason Momoa, Patrick Wilson, Nicole Kidman, Amber Heard, Willem Dafoe, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II / Sinopse: Adaptação para o cinema das aventuras do personagem Aquaman, criado em 1941 por Paul Norris e Mort Weisinger, cuja primeira aparição nos quadrinhos se deu na revista More Fun Comics #73.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Invocação do Mal
Além disso havia personagens mais do que interessantes, todos baseados em pessoas reais. O casal Ed e Lorraine Warren já era famoso nos Estados Unidos antes do filme ser lançado. Foram anos dedicados aos casos sobrenaturais, contando inclusive com a ajuda e apoio logístico da Igreja Católica. Isso trouxe bastante veracidade aos eventos que são explorados no filme. A história do casal que se muda para um velho casarão aconteceu de fato. Depois de algum tempo eles percebem que o lugar apresentava alguns problemas. O cão havia morrido de forma inexplicável, os filhos conseguia ver vultos nas sombras, sentindo a presença de espíritos. O clima de suspense vai sendo montado aos poucos, sem apelar para efeitos especiais gratuitos e vazios. É como eu afirmei, temos aqui uma volta à estética dos filmes de terror da década de 70. Por essa razão fez tanto sucesso. Além disso Lorraine é interpretada por Vera Farmiga, uma das minhas atrizes preferidas. Quem acompanha seu trabalho em "Bates Motel", por exemplo, vai adorar seu trabalho aqui no filme. Enfim, com todos os elementos colocados no lugar certo, não é de se admirar que essa produção tenha feito tanto sucesso, dando origem a uma nova linha de produções de terror. Aqui qualidade e sucesso comercial realmente andaram de mãos dadas. Se ainda não viu, não deixe de conferir onde tudo começou.
Invocação do Mal (The Conjuring, EUA, 2013) Direção: James Wan / Roteiro: Chad Hayes, Carey Hayes / Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ron Livingston / Sinopse: Um jovem casal se muda para um velho casarão. O preço estava ótima e a propriedade, grande e espaçosa, era justamente o que eles procuravam. O problema é que a velha casa parece esconder em seus cantos escuros algum tipo de manifestação sobrenatural. Para entender o que estaria acontecendo entram em cena Ed e Lorraine Warren, especialistas em acontecimentos espirituais. Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards e Empire Awards, UK na categoria de Melhor Filme de Terror.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de julho de 2016
Invocação do Mal 2
Pois bem, Ed e Lorraine Warren participaram de muitos casos, alguns bem notórios como as assombrações em Amityville (que inclusive é mostrado no começo desse filme). Um dos casos mais curiosos envolvendo o casal aconteceu na Inglaterra quando uma família começou a ser supostamente assombrada pela alma torturada de um senhor idoso que parecia fazer de tudo para expulsar os moradores de sua antiga casa. O problema é que Lorraine parecia ter ficado com um "encosto" após Amityville, uma entidade demoníaca que surgia a ela na forma e imagem de uma monstruosa freira (uma maneira de blasfemar símbolos religiosos católicos). Quando ela foi para a Inglaterra as duas atividades paranormais acabaram se fundindo, criando algo realmente fora do comum.
Claro que os casos reais foram menos espetaculares do que vemos nos filmes. Aí entra o elemento dramático e cinematográfico de cada caso sobrenatural, mas mesmo assim as premissas básicas dos acontecimentos foram mantidos pelos roteiristas. No primeiro filme, por exemplo, o casal Warren investigava fenômenos paranormais numa velha casa do sul, onde no passado tinha acontecido casos terríveis envolvendo a odiosa instituição da escravidão negra. Naquele primeiro caso não havia apenas um espírito atormentado, mas sim uma coletividade deles. Já naquela primeira produção havia gostado de tudo, da forma como o diretor James Wan havia conduzida seu enredo. Agora ele acertou de novo - e em minha opinião de forma ainda mais acertada.
O casal Warren segue sendo motivo de controvérsias dentro e fora dos Estados Unidos. A Igreja Católica nunca assumiu de forma oficial sua associação com eles (muito embora os vários exorcismos praticados por membros da Igreja provem o contrário) e não faltam acusadores contra eles, principalmente de grupos céticos que nunca acreditaram na existência de um mundo sobrenatural. Ed Warren faleceu ainda jovem, mas Lorraine ainda vive em sua casa, onde mantém até mesmo um museu de artefatos coletados nos vários casos de que participaram (a boneca Annabelle inclusive faz parte dessa coleção e está em exposição nesse lugar). Convenhamos que é no mínimo tudo muito curioso para simplesmente se ignorar.
Invocação do Mal 2 (EUA, 2016)
The Conjuring 2
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de julho de 2016
Invocação do Mal 2
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de março de 2016
Velozes & Furiosos 7
Título Original: Furious 7
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Kurt Russell
Sinopse:
Dominic Torretto (Vin Diesel) e sua gangue decidem deixar o mundo do crime. Na realidade após sua última incursão criminosa percebem que chegou mesmo a hora de parar com suas atividades mercenárias. Cada um membro de sua antiga equipe precisa seguir em frente, trilhando caminhos próprios. O problema é que o passado muitas vezes deixa rastros e deles surgem pessoas e organizações do mundo do crime empenhadas em acertar contas com algo que ficou para trás. Um lição que Torretto entenderá muito bem em breve.
Comentários:
Eu acredito que nem o mais otimista produtor de cinema poderia imaginar que essa franquia ainda poderia render tanto. " Velozes & Furiosos 7" chegou nos cinemas americanos nesse fim de semana de forma arrasadora, faturando quase 150 milhões de dólares, se tornando a nona melhor estreia de um filme na indústria. Qual é o grande segredo nessa equação de sucesso comercial? Em minha opinião tudo isso foi gerado pelo morte trágica do ator Paul Walker em 2013. Ele morreu em um terrível acidente bem no meio das filmagens. Muitas de suas cenas ficaram assim no meio do caminho, inacabadas ou não realizadas. Muitos pensaram que o projeto seria arquivado definitivamente, deixado de lado, até como uma homenagem a Walker. Ledo engano. O estúdio não iria perder milhões de dólares em investimentos assim, da noite para o dia. Dessa maneira e usando da tecnologia atual, Walker foi parcialmente recriado digitalmente, inserido em sequências e reaproveitado usando-se da magia do cinema. Claro que algo nesse estilo chamaria a atenção do público. Dito isso, devo confessar que essas serão algumas das poucas qualidades de "Velozes & Furiosos 7" que você conseguirá encontrar ao assistir o filme. O roteiro é básico, muito básico mesmo, e o filme só se sustenta pelas excelentes tomadas de ação desenfreadas. Com o sucesso espetacular não tenho a menor dúvida que a fórmula será levada em frente nos anos que virão, até seu completo esgotamento. É cinema fast food, descartável, sem profundidade e derivativo, mas se o público adora, o que se pode fazer? Nada, os executivos dos estúdios agradecem.
Pablo Aluísio.
sábado, 4 de julho de 2015
Velozes & Furiosos 7
Começo o texto esclarecendo que nunca fui um "especialista" dessa série de filmes. Para falar a verdade acredito que assisti no máximo a um ou dois. Puxando pela memória eu me recordo de ter visto o primeiro, mais por causa dos carrões envenenados do que pelo elenco (que sabia, era formado por brucutus canastrões) ou pelo roteiro (fala sério, quem vai atrás de roteiro em filmes como esse?). Achei o primeiro filme bem mais ou menos. Não consegui curtir. Havia um excesso de testosterona burra no ar, com aqueles caras fortões e monossilábicos. Até as atrizes eram machonas, com por exemplo a caminhoneira Michelle Rodriguez (que depois, ora vejam só, assumiu ser lésbica, o que não causou surpresa em absolutamente ninguém que acompanha cinema). Então o tempo passou e de vez em quando eu me deparava com algum poster sequência dessa série em cartaz no cinema e o ignorava completamente. Sabia que era tudo caça-níquel. Nem quando esbarrava de bobeira, zapeando na TV a cabo, com algum continuação me animava a conferir. Bastava o troglodita Vin Diesel surgir na tela com aquela marra toda para que eu imediatamente mudasse de canal. Tenho uma antipatia natural pelo seu jeito brutamontes debilóide de ser. Aquela marra, aquelas bombas... sem condições de simpatizar com o dito cujo.
Então o mundo seguiu em frente. Quando foi ontem resolvi encarar esse sétimo filme. Engoli minhas aversões de lado e fui, incentivado quase que exclusivamente pela curiosidade mórbida de saber que o Paul Walker morreu incinerado em tochas dentro de seu carrão, após um acidente terrível, o que por si só já é uma tremenda ironia de humor negro do destino. Ele assim acabou trilhando o mesmo destino de James Dean, que também adorava carros possantes, dentro e fora das telas. Claro que Walker nunca foi Dean. Ao contrário do eterno rebelde que estrelou filmes maravilhosos, o Walker deixou como legado um monte de fitinhas B de ação que serão esquecidas em tempo recorde. Mesmo assim fui, impulsionado por esse sentimento banal e em muitos aspectos também bem hipócrita.
O filme, como era de se esperar, é do tipo ação sem cérebro. Explosões para todos os lados, cenas muito mentirosas e aquela qualidade técnica que apenas os ianques são capazes de reproduzir em uma tela de cinema. Há duas sequências absurdas que valem a pena. A primeira quando os membros da equipe de Diesel pulam de paraquedas dentro seus próprios carros. Um primor de absurdo! Na outra Paul Walker tenta escapar após um ônibus inteiro ficar pendurado em um abismo! São cenas vazias, claro, porém divertidas. Por fim o carequinha invocado Jason Statham interpreta o vilão, um sujeito indigesto, hiper, mega, ultra, super treinado soldado de elite que ninguém consegue matar! Coisas de filmes de ação desse tipo. Ao se deparar com vinte homens armados até os dentes, prontos para atirar em sua fuça, tudo o que ele consegue fazer é dizer, com olhar de desprezo: "É só isso o que vocês trouxeram para me enfrentar?". Tudo para que o garoto cheio de espinhas que assistir ao filme pensar consigo mesmo "Uau! Esse cara é macho mesmo!". Depois de 2 horas e 17 minutos de duração (uma eternidade), o filme chegou ao fim com uma singela homenagem do Vin Diesel ao finado Paul Walker. Esses poucos minutos provavelmente foram a melhor coisa de uma fita que parece chiclete, você masca, masca, não sai nada de substancial e depois, sem muita cerimônia, simplesmente o cospe fora. Assista, mas claro, apenas se você gostar de chiclete!
Velozes & Furiosos 7 (Furious Seven, Estados Unidos, 2015) Direção: James Wan / Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson / Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Michelle Rodriguez, Jason Statham. / Sinopse: Sétimo filme da franquia dos filmes de ação "Velozes e Furioso". Carros possantes, mulheres deslumbrantes e muita ação.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Invocação do Mal
A explicação não é tão complicada de entender. O filme escolheu, de maneira bastante acertada, seguir a linha dos antigos filmes de terror, principalmente dos da década de 70. Assim o que temos aqui é uma volta ao velho estilo, das casas mal assombradas e das fitas de exorcismo que tanto sucesso fizeram naquela década. O roteiro se baseia em fatos reais o que aumenta ainda mais o interesse. Obviamente que não foge a certos clichês - facilmente reconhecidos por quem costuma assistir a esse tipo de filme - mas mesmo assim temos que reconhecer que o resultado é muito eficiente. Além disso a ausência de efeitos digitais (que sempre estragam essa linha de produções de terror) é outro ponto muito positivo. Ao invés disso o diretor joga com a surpresa, com o susto e com a própria ambientação das locações (a casa velha, escura, a árvore assustadora usada para enforcamentos no passado, o lago imundo e assustador, etc). Como resultado de todos esses fatores o que temos é realmente um dos melhores filmes de terror do ano! Se você gosta de temas assim, então "Invocação do Mal" é mais do que recomendado pois os sustos estão assegurados.
Invocação do Mal (The Conjuring, Estados Unidos, 2013) Direção: James Wan / Roteiro: Chad Hayes, Carey Hayes / Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ron Livingston / Sinopse: Casal e suas filhas se mudam para um velho casarão que começa a dar sinais da presença de entidades sobrenaturais do mal.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Jogos Mortais
Após alguns momentos eles descobrem que o cadáver tem em uma das mãos um pequeno gravador. Intrigados os dois acorrentados resolvem ouvir o que a fita tem a dizer e descobrem finalmente que estão em um verdadeiro jogo mortal, arquitetado e planejado por uma mente doentia pertencente ao serial killer Jigsaw (Tobin Bell). Não é preciso dizer que assim que “Jogos Mortais” foi bancado por um grande estúdio e ganhou lançamento nacional (e internacional) ele logo virou uma febre entre os fãs de filmes de terror. Era de fato um filme diferente, extremo, gore, que não fazia concessões. O sucesso foi espetacular. Não era para menos pois há tempos não aparecia um personagem tão marcante como Jigsaw, um assassino extremamente inteligente e ardiloso que colocava suas vitimas em situações limites, onde a chance de escapar tinha que passar por decisões horríveis por parte das vítimas. Era um jogo sádico, visceral, que expunha todas as hipocrisias das vidas dos que entravam nessa sinistra situação. Depois que “Jogos Mortais” virou um grande sucesso de bilheteria se tornou uma das franquias mais rentáveis e lucrativas do cinema americano contabilizando até o momento seis seqüências. Falaremos dessas continuações no momento oportuno. Por enquanto fica a dica de “Saw” uma das melhores produções surgidas no cinema de terror nos últimos anos.
Jogos Mortais (Saw, Estados Unidos, 2004) Direção: James Wan / Roteiro: Leigh Whannell, James Wan / Elenco: Tobin Bell, Leigh Whannell, Cary Elwes, Danny Glover / Sinopse: Dois homens caem em uma armadilha mortal montada por Jigsaw (Tobin Bell), um verdadeiro jogo mortal do qual dificilmente sairão vivos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Sobrenatural
Um dos atrativos do elenco de "Sobrenatural" é a presença da simpática atriz australiana Rose Byrne do seriado "Damages" (uma das melhores coisas a surgir na TV americana nos últimos anos). A atriz que se sai muito bem em personagens dramáticos e no limite acabou curiosamente tendo seu maior sucesso nos cinemas com uma comédia leve e descompromissada, dirigida ao público feminino, "Missão Madrinha de Casamento". Aqui ela está mais adequada ao seu estilo de interpretação. Ao seu lado surge em cena o sumido Patrick Wilson. "Sobrenatural" foi dirigido pelo cineasta malaio James Wan. Embora praticamente um novato na direção ele tem no curriculum o roteiro do sucesso "Jogos Mortais". Como diretor ele demonstra saber bem as regras do jogo embora soe repetitivo na maioria das vezes. De qualquer forma esse "Sobrenatural" conseguiu lhe trazer o primeiro sucesso de bilheteria em sua carreira. Em conclusão podemos dizer que "Sobrenatural" é um terror pouco marcante, feito para fazer sucesso em salas multiplex pelo mundo afora, e que cumpriu sua meta pois, para alegria do estúdio, caiu no gosto popular. Não vai mudar sua vida mas pode vir a ser um entretenimento mediano no final da noite. Arrisque.
Sobrenatural (Insidious, Estados Unidos, 2010) Direção: James Wan / Roteiro: Leigh Whannell / Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne, Ty Simpkins / Sinopse: Uma típica família norte-americana de classe média se muda para uma nova casa sem saber que o local guarda terríveis segredos. Seu filho acaba sendo a maior vítima dos acontecimentos sobrenaturais que se manifestam no lugar.
Pablo Aluísio.