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domingo, 14 de setembro de 2025

aka Charlie Sheen

aka Charlie Sheen
Essa história eu acompanhei de perto, ao vivo, na época. A primeira vez que ouvi falar em Charlie Sheen foi quando ele surgiu como protagonista do filme "Platoon" de Oliver Stone. Esse foi o grande filme daquele ano (1987), vencendo o Oscar de melhor filme. Depois ele emplacaria em outro grande filme, "Wall Street" ao lado de Michael Douglas, novamente dirigido por Oliver Stone. Parecia ser o começo de uma grande história de sucesso em Hollywood, mas... não aconteceu! Já naquela época se ouvia falar dos excessos de Sheen. Ele rapidamente se tornou um ator "não confiável" pelos estúdios. Estava envolvido com abusos de drogas, mercado de prostituição e mais um monte de escândalos pessoais. O resultado foi que no cinema sua carreira entrou pelo cano. Ele nunca iria se tornar o astro que todos acreditavam quando seus primeiros filmes chegaram ao topo. 

Foram anos e anos de bebedeiras, vício em drogas, escândalos sexuais dos mais diversos. Esse documentário da Netflix (em dois episódios) mostra a trajetória desse ator que se tornou mais um nome na extensa lista dos atores que tinham tudo para dar certo na carreira, mas que no final deram errado. A sorte de Sheen, pelo menos, foi que, após ver sua carreira afundar no cinema, ele ainda conseguiu emplacar uma série de sucesso da Warner. Isso o ajudou a superar, pelo menos, as adversidades financeiras que viriam nos anos seguintes. Só que seu comportamento errático continuou e até mesmo da televisão ele acabou levando um cartão vermelho após algum tempo. 

Ao assistir a esse documentário, fiquei surpreso em ver como o ator está envelhecido, o que era algo até natural de acontecer, já que sua vida foi, como já escrevi, de muitos excessos. Quando chegou ao final, mostrando o velho Charlie pelos corredores de sua casa, com os filhos, ainda em busca de um sentido em sua vida, fiquei com um sentimento de compaixão e empatia por ele. A nostalgia, para quem viveu aquela época, estará presente no resgate das cenas de seus filmes do passado, muitos deles icônicos. Só que a parte dos fracassos e deslizes, tanto na vida pessoal como profissional, me deixou com aquela sensação de potencial perdido de um ator que era de fato talentoso. Uma pena que tudo isso tenha acontecido ao longo de sua vida. Eu lamento, acima de tudo. 

aka Charlie Sheen (aka Charlie Sheen, Estados Unidos, 2025) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Charlie Sheen, Sean Penn, Denise Richards, Chris Tucker, Martin Sheen, Emilio Estevez, Jon Cryer / Sinopse: Documentário que resgata a história pessoal e profissional do ator Charlie Sheen, mostrando sua escalada ao sucesso e a queda que veio após anos de vício em drogas, prostitutas e escândalos pessoais dos mais diversos. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O Benfeitor

O eterno galã de cabelos grisalhos Richard Gere interpreta um magnata do ramo hospitalar que corroído pela culpa de um acidente de carro, onde morreu um casal de amigos, decide fazer de tudo para ajudar a única filha deles. Como é um milionário que não sabe mais onde enfiar tanto dinheiro, decide assim fazer de tudo para ajudar a jovem que está se casando. Interpretada por Dakota Fanning, ela também vai percebendo que a boa vontade de seu benfeitor começa a ficar um pouquinho além da conta, excessiva. Afinal o ricaço decide comprar uma bela casal para ela, carros, tudo do bom e do melhor. E ele deveria ser apenas o padrinho do casal, nada mais. Não precisava ser alguém que viesse a dar tudo para ela e seu noivo.

O filme tem uma narrativa bem leve, nada de muito dramático. Temos que reconhecer que você precisará gostar um tantinho do Richard Gere para considerar o filme realmente bom. Isso porque não há nada de muito dramático em sua estória, nada muito relevante realmente acontecendo nas cenas. O milionário interpretado por Gere tem problemas com drogas (é viciado em morfina) e bebidas, mas nada fica muito sério nesse aspecto. Não é um filme do tipo "Christiane F", nada disso. Até os problemas do personagem são amenizados. Diria que é um roteiro feito sob encomenda para o astro de outrora, onde ele tem oportunidade de ter uma boa atuação numa cena aqui e outra acolá, mas tudo feito mesmo na base da superficialidade. É em suma um filme leve, que nunca tem coragem de tocar fundo na ferida.

O Benfeitor (The Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film Festival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Benfeitor

O ator Richard Gere interpreta um milionário, dono de hospitais, que sofre um sério acidente de carro. Um casal amigo morre na tragédia e ele começa a se sentir culpado por tudo. Com o tratamento para se recuperar dos ferimentos acaba se viciando em morfina. As coisas começam a ir de mal a pior até que cinco anos após o acontecimento ele é convidado por Olivia (Fanning), a única filha do casal morto, para ser seu padrinho de casamento. A partir daí ele tenta de todas as formas aliviar sua culpa, começando a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, comprando uma bela casa para ambos, providenciando um emprego para o marido em seu próprio hospital e se tornando alguém próximo com quem eles podem sempre contar. A aproximação porém se torna excessiva e ele se torna assim uma pessoa invasiva demais para a intimidade de Olivia e seu marido.

Esse é o novo filme de Richard Gere. Galã no passado, ele vai finalmente, aos poucos, assumindo a idade que tem. Aos 60 anos, Gere parece não estar mais disposto a fazer o tipo sedutor. Aqui ele interpreta um homem rico que ao longo da vida sempre priorizou sua liberdade, por isso nunca se casou e nem constituiu família. Na verdade ele só era próximo mesmo de um casal de amigos que morre em um acidente onde ele indiretamente teve sua parcela de culpa. Arrasado psicologicamente por tudo o que aconteceu e com problemas de vício em drogas e bebidas, ele tenta se redimir, ajudando exageradamente a filha de seus velhos amigos. O papel ajuda Gere a ter boas cenas onde ele atua muito bem. Ele parece estar sempre no limite, desenvolvendo uma personalidade bipolar, com picos de euforia e depressão. É um bom drama, embora não seja excepcional em nenhum momento. É um filme curto que se contenta em contar uma boa história. O final talvez seja um pouco otimista além da conta, não resolvendo seus momentos mais dramáticos de forma satisfatória. Mesmo assim se trata de um bom filme, valorizado ainda mais pela boa atuação de Gere.

O Benfeitor (Ihe Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film BFestival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Pablo Aluísio.