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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Êxodo: Deuses e Reis

Êxodo: Deuses e Reis
Mais uma versão para o cinema da história de Moisés e a saída do povo judeu do Egito Antigo. Ridley Scott fez o filme em homenagem ao irmão que havia se suicidado. Era uma mensagem sentimental, mas acabou que não agradou a quase ninguém. Religiosos torceram o nariz, pessoas que apenas queriam ver um bom épico antigo também não gostaram e a crítica, de maneira em geral, não avaliou bem ao filme. O que deu errado? Antes de qualquer coisa é bom deixar claro que é sim um filme bem produzido. Tem opções de direção de arte bem cuidadosas e acertadas. O elenco também faz o possível, mesmo que alguns atores não estejam muito bem adequados para seus personagens. Enfim, o filme não é, em minha opinião, o desastre todo que pintam por aí. 

O problema desse roteiro é conceitual. A história dos dez mandamentos, de Moisés e tudo o mais desse pacote todo, é de uma mitologia religiosa de fé. Não tem como fazer um filme racional desse enredo. O problema de Ridley Scott foi esse, ele quis fazer um filme racional. Não dá. O Exodus é um desbunde religioso, que pede mesmo exageros irracionais e pensamento mágico. Para funcionar tem que acreditar que tudo aconteceu mesmo, que o mar abriu e o resto todo. O Moisés é uma mistura de mago, profeta e líder messiânico. Não tem com contar essa história com o pé no chão da realidade, tem que afundar o pé na jaca da religião como fez Cecil B. De Mille no passado.

Essa coisa de tentar trazer explicações racionais para o que aconteceu na trama, simplesmente não cola. Não é documentário do canal Discovery ou do History. Não agrada ao fundamentalista religioso e nem ao espectador mais racionalista e progressista que não vai curtir também. Aliás acredito que esse tipo nem foi ao cinema ver ao filme. O simples tema já o deixou fora das salas. Quem não acredita, não vai ver filme de Moisés e Velho Testamento. É demais para eles. 

O fato é que os historiadores nunca acharam uma prova arqueológica da existência de Moisés e nem de uma multidão de judeus atravessando o deserto. Então academicamente o Êxodo é tratado como uma mitologia de fundação do povo de Israel e nada mais, inclusive reutilizando partes de mitologias de outros povos antigos, de mitos estrangeiros praticamente iguais ao de Moisés.

Então ou se mostra tudo sob o ponto de vista religioso ou não se faz filme nenhum, porque para a história, para a Academia, Moisés é meramente um personagem de literatura antiga. Nada mais do que isso. Ele nunca existiu de verdade! De qualquer forma, mesmo com esse erro de conceito, eu gostei do filme. Eu queria ver apenas bom cinema. Já sabia que não era um grande filme, mas esperei por algo ao menos digno de Ridley Scott. E nesse ponto tudo está bem OK. Poderia ser muito melhor, mas não deu. Só não adianta fazer filme de mitologia religiosa como algo racional, porque não vai dar certo, mas fora isso podemos tentar ver ao filme ao menos como mero entretenimento bem produzido. 

Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings, Estados Unidos, 2014) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine / Elenco: Christian Bale, Joel Edgerton, Ben Kingsley, Sigourney Weaver, John Turturro, Aaron Paul / Sinopse: Filme que entrou recentemente na grade de programação do Netflix contando a história de Moisés, os dez mandamentos e a saída do povo judeu escravizado das mãos do faraó Ramsés II. Baseado no Velho Testamento da Bíblia. 

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de julho de 2023

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada 
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Westworld - Quarta Temporada (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis, entre outros / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright. / Sinopse: Quarta temporada exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2022

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada
Essa temporada foi exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios. A produção continua sendo realizada pela HBO. Segue basicamente a mesma linha narrativa da temporada anterior, com poucas mudanças. Conforme for assistindo aos episódios irei comentar abaixo. Segue os reviews de cada episódio em detalhes.

Westworld 4.01 - The Auguries
Aqui vai uma pequena dose de sinceridade. Eu quase não retornei para ver essa nova temporada de tão fraca que achei a anterior. A série começou muito bem. As duas temporadas iniciais são praticamente perfeitas, primorosas. Infelizmente, os roteiristas foram perdendo a mão. Os roteiros se perderam na criação de um universo muito amplo e com essa ampliação, tudo ficou fora de foco e sem maior direção. Esse primeiro episódio se passa 7 anos depois do último episódio da temporada anterior. Velhos aliados e velhos inimigos voltam a se encontrar em eventos que parecem ser aleatórios. Eu só espero que a série consiga retomar o nível de qualidade das primeiras temporadas. Não é impossível, mas confesso que pode ser improvável. Vamos esperar pelo melhor. / Westworld 4.01 - The Auguries (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.02 - Well Enough Alone
Os anfitriões estão espalhados por toda a sociedade humana. Inclusive o personagem interpretado pelo ator Ed Harris, não passa de uma anfitrião. O verdadeiro empresário está preso em uma instalação de alta segurança, sendo submetido a torturas diárias. Um aspecto interessante do roteiro desse episódio vem no final, quando eles são transportados para um novo parque de diversões. Ao invés do velho Oeste, esse aqui recria o mundo dos gangsters na década de 1920. Pelo visto, os próximos episódios vão explorar justamente esses tempos de Al Capone para manter o interesse do espectador na série que vem caindo de audiência a cada episódio exibido. Definitivamente não é fácil manter uma série como Westworld nas primeiras posições entre os programas mais vistos. Pelos últimos números tímidos de audiência, provavelmente essa seja a última temporada. Vamos ver no que tudo isso vai resultar. / Westworld 4.02 - Well Enough Alone (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig William Macneill / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.03 - Années Folles
Westworld 4.04 - Generation Loss
Em minha opinião, as coisas não andam muito bem nesta quarta temporada. Os roteiristas andam batendo cabeça em busca de um fio narrativo para seguir. Histórias vão acontecendo de forma aleatória, sem muito foco. Mas ainda se salvam algumas poucas coisas realmente boas, como o pistoleiro, interpretado pelo ator Ed Harris. Ele está de volta e como sempre, pronto para uma boa briga. Já o personagem Caleb Nichols do ator Aaron Paul descobre que entrou em um hiato temporal. No quinto episódio, ele descobre que já se passaram décadas desde que ele tinha consciência do que realmente estava acontecendo. Sua amada família, inclusive, já está toda morta. É um choque para ele, que tenta se reencontrar no meio de tanta confusão. O espectador, não se enganem sobre isso, também anda meio perdido nessa série que parece que perdeu o rumo dos bons roteiros. / Westworld 4.03 - Années Folles / Westworld 4.04 - Generation Loss (Estados Unidos, 2022) Direção: Paul Cameron. 

Westworld 4.06 - Fidelity
Roteiro ainda confuso, mas tentando se encontrar, pena que está nos últimos episódios. Aqui o personagem do Aaron Paul descobre, entre outras coisas, que ele é apenas um das dezenas de cópias que foram feitas dele mesmo. Ele tenta pular de uma altura grande e desccobre que tem duas outras cópias dele lá no chão. Tentaram a mesma saída! Tenso! No final todas as suas cópias são devidamente incineradas, o que nos leva a crer que esse é ponto final de seu personagem na série, afinal só restariam dois episódios para o fim definitivo da história. O resto do episódio achei fraco, sem foco e disperso. Bem cansativo aliás. /  Westworld 4.06 - Fidelity (Estados Unidos, 2022) Direção: Andrew Seklir / Elenco: Aaron Paul, Jeffrey Wright

Westworld - Quarta Temporada - Conclusão Final
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Pablo Aluísio. 

domingo, 17 de outubro de 2021

The Path - Terceira Temporada

The Path - Terceira Temporada
Essa é a terceira e última temporada da série The Path que no Brasil recebeu o sugestivo título de "O Caminho". Nessa última temporada Eddie Lane se conscientiza que realmente seria o portador da luz. O fundador da seita está morto, depois de ficar anos em coma. Ele tem um sonho com ele e decide tomar a frente do movimento. Só que sempre haverá a sombra de Cal Roberts, o último líder. Após cair em desgraça com os membros do grupo ele retorna. Na verdade volta através de uma chantagem. Se não o aceitarem de volta ele estaria disposto a revelar que havia sido molestado quando criança pelo fundador dessa nova religião. Essa terceira temporada contou com 13 episódios que foram exibidos nos Estados Unidos entre os meses de janeiro a março de 2018. Segue abaixo comentários sobre cada episódio assistido.

The Path 3.01 - The Beginning
A título de informação é bom saber que finalmente essa série ganhou título no Brasil. Por aqui vai se chamar "O Caminho". Enquanto a terceira temporada chega nos Estados Unidos, nossos canais a cabo passam a exibir a primeira. Pois bem, se você nunca assistiu é interessante saber que se trata de uma seita, até bem comum, que surge na Califórnia. Eles misturam crenças tradicionais com filosofia new age e pedaços da cultura hippie. Tudo isso dá origem a esse novo movimento religioso. Desde a temporada anterior há uma disputa para saber quem vai liderar o grupo. O criador da seita morreu há muito e não deixou um herdeiro oficial. Quem acaba assumindo posto de líder agora é      Eddie Lane (Aaron Paul). Ele havia perdido a fé e virado até mesmo um dissidente. Agora está de volta como um dos iluminados. Nesse episódio ela consegue sair de um prédio em chamas, o que faz com que seus seguidores acreditem que ele realizou um milagre!A partir daí o caminho para o fanatismo vai ficando cada vez maior. Só que Lane precisa se cuidar porque há gente dentro da seita que quer derrubar o novo "messias" o mais rapidamente possível. E nesse jogo vale tudo, até mesmo sua eliminação definitiva. / The Path 3.01 - The Beginning (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Lucid Road Productions / Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto, Kyle Allen, Hugh Dancy, Aimee Laurence.

The Path 3.02 - A Beast, No More  
Essa série recebeu o nome de "O Caminho" no Brasil. Já não era sem tempo. Nesse segundo episódio  Eddie Lane (Aaron Paul) já é o novo líder da seita. Ele porém não agrada a todos. Seu próprio filho o confronta quando esse expulsa uma jovem imigrante da comunidade religiosa. Ela teria rompido com os pais e esses em revanche colocaram panfletos de difamação e injúria por toda a escola da filha de Eddie. Uma situação constrangedora e delicada. Eddie também procura mais recursos para sua religião, chegando inclusive a vender um tal suco que antes era considerado sagrado por todos os membros. Capitalismo, eis tudo. Por outro lado Cal Roberts começa a ter acessos de ansiedade. Ele agora trabalha como consultor de atletas ricos e estúpidos, um tipo de "conselheiro de bem estar" como ele próprio define. Não chega a ser um emprego para se ter orgulho. / The Path 3.02 - A Beast, No More (Estados Unidos, 2018) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.03 - Locusts
Há um novo jovem dentro da comunidade. Ele estava caçando coelhos nas vizinhanças quando foi encontrado por Eddie Lane. Os outros membros não ficam satisfeitos com sua presença. O jovem é de origem desconhecida, tem uma suástica nazista tatuada no braço e não desperta muito confiança. Ela faz um teste para ver se poderia ficar dentro da comunidade e é reprovado. Mesmo assim, contra todas as opiniões, Eddie Lane ainda insiste em manter ele dentro da comunidade religiosa. E pelo visto não vai demorar muito em se arrepender sobre essa decisão. / The Path 3.03 - Locusts  (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.04 - De Rerum Natura
Esse episódio tem uma revelação terrível. Quando criança, Cal Roberts foi abusado sexualmente por Steve Meyer, o fundador e líder da comunidade. Isso demonstrava claramente que ele não era elevado espiritualmente coisa nenhuma. Era um homem doente, um pedófilo. E Cal, de volta ao grupo, usa essa informação devastadora como chantagem. Ele vai até a uma das executivas do Meyerismo e abre o jogo. Se eles não o aceitarem com certos privilégios, ele falará sobre tudo e isso certamente será o fim dessa religião. Eddie Lane fica sem saber da verdade, mas pelo que conheço do personagem, no dia que ele souber de tudo, a coisa toda vai para o brejo, merecidamente aliás. / The Path 3.04 - De Rerum Natura (Estados Unidos, 2018) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.05 - Pageantry
Qual é a sensação de ser enterrado vivo? Ora, desesperadora, claro! É justamente isso que sente Eddie Lane (Aaron Paul) quando ele é enterrado vivo por um caipira atrás de vingança. Inicialmente ele chega como um pai que perdeu sua filha e precisa de conselhos. Só que era tudo uma armadilha. O velho homem amargurado culpa o movimento  pela morte de sua filha, anos atrás. Agora quer matar seu líder. Um lobo em pele de cordeiro. Quem acaba salvando sua vida é Cal Roberts, que desconfia do velho insano e decide ir atrás do "chefe" Eddie Lane para saber o que estaria acontecendo. E tudo isso depois de um certo atrito entre os dois durante uma longa turnê pelo sul dos Estados Unidos. Cal Roberts estaria se destacando demais nas palestras. Com ciúmes, Eddie havia determinado que ele estaria fora das próximas cidades. /  The Path 3.05 - Pageantry (Estados Unidos, 2018) Direção: Stacie Passon / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.06 - Messiah
A esposa de Eddie Lane tem uma crise de fé. Algo normal já que ela descobre várias mentiras surgidas no nascimento do movimento. O fundador não era nada do que ela pensava. E ela descobre mais e mais com um professor de estudos religiosos da universidade. É algo natural de acontecer, afinal muitas religiões e seitas são fundadas sobre grandes mentiras, contos inventados e muita maluquice. Ela parece ter entrado em uma cirando de dúvidas sobre isso. E o quadro só piora quando seu pai morre. E o que faz Eddie Lane sobre tudo isso? Toma a pior decisão. Decide visitar o tal professor e sem maiores delongas o ameaça. A pose de santidade vai pelo ralo em questão de minutos.  Farsas e mais farsas no horizonte. / The Path 3.06 - Messiah (Estados Unidos, 2018) Direção: Stacie Passon / Roteiro: Jessica Goldb / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.07 - The Gardens at Giverny
Quando o episódio começa está todo mundo numa boa, curtindo uma linda mansão na França. Acontece que um ricaço francês adorou a doutrina religiosa criada pelo Meyer e assim decidiu aderir ao caminho. Então ele chamou todos para irem até a França para abrir um núcleo do grupo na Europa. Só que toda a beleza do lugar não esconde os conflitos internos de todos os membros da religião. E isso piora ainda mais quando o nome da escolhida para liderar o braço francês da seita é anunciada. Ciúmes, raiva e ódio explodem em todos os lugares. Ninguém é perfeito. E a coisa só piora.  Pena que toda aquela festa acaba em um clima ruim, principalmente depois que Eddie Lane é praticamente desafiado a subir em uma escada em chamas para supostamente provar seus dons espirituais. A coisa toda se torna bem constrangedora. Coisa horrível de se fazer. Uma "bad trip" sem dúvida.  / The Path 3.07 - The Gardens at Givern(Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Sollett / Roteiro:     Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul. Michelle Monaghan. Freida Pinto. 

The Path 3.08 - The Door
Esse episódio vai concluindo a série que foi cencelada no começo da pandemia. Pois bem, nesse episódio há mudanças significativas na vida de Eddie Lane e o culto que dirige. Ele é visitado por um pastor protestante que vem para lhe dar uma notícia que ele nem tinha ideia. Seu filho é gay e está namorando o filho do pastor. Eddie nem desconfiava. Ele depois pede para o filho abrir o jogo quando eles estão construindo uma casa na árvore, mas a conversa não toma bons rumos (não por culpa de Eddie que se mostra bem compreensivo com a situação). Uma boa maneira de mostrar a questão do homossexualismo envolvendo meios muito religiosos. Só que há mais problemas familiares. Eddie decide confrontar sua esposa. Ela tem um amante e está procurando pelas origens da igreja. Obviamente está desconfiada de tudo, perdeu sua fé. Eddie pede a ela que abandone o grupo. Ele é um líder que não consegue nem convencer a mulher de sua própria doutrina religiosa? É melhor ela ir embora. / O Caminho - The Path 3.08 - The Door (Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Sollett / Roteiro: Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan. 

The Path 3.09 - The Veil
A esposa do líder do movimento vai atrás da pessoa que começou tudo. Quer respostas! E ela descobre coisas assustadoras. O fundador do grupo inventou muita coisa. A sua paciente que tinha visões apenas tinha alguns momentos de perda de consciência, mostrando uma região devastada, como se fosse o próprio inferno. E após uma sessão espiritual a esposa de Lane vivencia tudo, tem as mesmas visões. Algo bem aterrorizante para ela. E o movimento em si, como vai? Sendo processado por um ex-membro que perde uma bolada. Lane nem pensa muito e pede a Cal que "dê um jeito" no tal sujeito! Ora, onde foi parar a espiritualidade elevada do líder? Cadê a sua vida espiritual elevada? Vai resolver esse tipo de problema cometendo crimes? Pois é, meus caros. Santidade passou longe! / The Path 3.09 - The Veil (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, John O'Connor/ Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.10 - The Strongest Souls
Vera é na realidade a filha do fundador da seita. Sua mãe Lilith tem grandes segredos a revelar sobre o Steve Meyer, que criou toda a doutrina religiosa nos anos 70. Isso criar uma tensão dentro do movimento pois Sarah, a esposa de Eddie Lane, se envolve cada vez mais com Lilith (nome de uma entidade demôniaca dentro da tradição judaico-cristã). Ela sonha inclusive com a morte de Eddie, atingido por um tiro certeiro enquanto entra no palco, vestido todo de branco. Profecia ou puro delírio? Só saberemos nos próximos episódios. Penso que pode ser mesmo o defecho final da série. Vamos aguardar. / The Path 3.10 - The Strongest Souls (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.11 - Bad Faith
A comunidade vê uma possibilidade de expandir suas crenças para a Ásia! O convite é feito por um milionário de Bali. Só que a dúvida permanece: vale a pena ir tão longe assim? Eddie Lane tem seus próprios problemas em casa. Sua ex-esposa se tornou uma cética. O filho gay não se conforma com o fato de seu namorado ter passado por uma "cura gay" em uma igreja da região. E para piorar já existe até mesmo uma profecia de que ele seria morto em plena pregação, no palco. Será que haveria algum fundo de verdade nessa visão sobrenatural e espiritual? As questões ficam no ar. / O Caminho - The Path 3.11 - Bad Faith (Estados Unidos, 2018) Direção: Jacob Hatley / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.12 - A New American Religion
Eddie Lane resolve contar tudo sobre o passado do fundador do Meyerismo. Só que Cal acha isso um absurdo. Ele diz que se tudo vier à tona, como a pedofilia de Steve Meyer, o movimento vai acabar, chegar ao seu fim. Em sua forma de pensar o movimento não tem a robustez ou firmeza de uma Igreja Católica, por exemplo, para revelar seus segredos do passado, pedir perdão aos seus membros e seguir em frente. Para Cal será o fim do movimento religioso que ele dedicou toda a sua vida, desde quando era apenas uma criança que era abusada pelo fundador da seita. E agora, qual opinião vai prevalecer? Isso só será revelado no último episódio da série. Até lá! / The Path 3.12 - A New American Religion (Estados Unidos, 2018) Direção: Jessica Goldberg / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.13 - Blood Moon
Achei fraquinho esse episódio final da série. Como foi antecipado no episódio anterior Eddie Lane decidiu contar tudo sobre o passado, as origens dessa nova religião, só que na hora H um tiro é ouvido no meio dos seguidores. É Lilith portando uma arma. Ela tenta atirar em Eddie, mas acaba acertando na própria filha. Uma tragédia. Vera não resiste e morre. Com isso Eddie acaba não revelando os podres do caminho. E Cal suspira aliviado, até porque o que ele iria fazer da vida sem aquela comunidade religiosa? Logo ele que havia sido abusado, ainda criança, por Steve, o fundador. Um episódio morno fechou a série. Esperava por mais. De qualquer forma eu gostei dessa série que ainda segue pouco conhecida em nosso país. Uma pena. / The Path 3.13 - Blood Moon (Estados Unidos, 2018) Direção: Phil Abraham / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

Pablo Aluísio.

The Path - Segunda Temporada

The Path - Segunda Temporada
Embora tenha assistido a todos os episódios da segunda temporada da série The Path (O Caminho, no Brasil), não escrevi muito sobre os episódios. De qualquer maneira colocarei aqui os que tive a oportunidade de resenhar. Nessa segunda temporada temos a grande crise de fé de Eddie Lane (Aaron Paul). Ele descobre algumas verdades sobre o fundador do movimento e aos poucos vai perdendo sua fé na doutrina da seita. Só que ao mesmo tempo estranhos acontecimentos parecem rondar sua mente. Isso tudo sugere que ele seria o portador da luz, apesar de seu crescente ceticismo sobre tudo ao seu redor. Essa segunda temporada contou com 13 apisódios ao total que foram exibidos entre os meses de janeiro a abril de 2017. Segue abaixo os reviews sobre episódios da temporada.

The Path 2.09 - Oz
Eddie Lane (Aaron Paul) começa a se conscientizar que ele será o futuro líder do movimento. Ele sofre algumas manifestações físicas, inclusivo na mão, em sangramentos, justamente quando estava com uma medalha do grupo em mãos. Só que as coisas não são tão sagradas como ele pensa. Enquanto ele entra nessa crise existencial, sua esposa cai nos braços de Cal Roberts. O novo casal estava em uma palestra com vários outros grupos religiosos. Após a apresentação um clima pinta entre eles. A noite termina numa cama de hotel. Sarah Lane aliás está enrolada e não apenas com Cal. Ela também sabe que no passado chantageou membros da comunidade em troca de dinheiro. Todos os segredos estavam gravados em fitas, com as confissões dessas pessoas. Assim não foi nada complicado chantagear um a um. Pelo visto há algo de podre bem no meio do movimento. Bom episódio que vai aos poucos demolindo a seita retratada na série. Aliás a série se destaca justamente por essa crítica que faz a esses movimentos, que são bem populares na costa oeste da América / The Path 2.09 - Oz (Estados Unidos, 2017) Estúdio: Hulu / Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Rockmond Dunbar, Kyle Allen, Paul James

The Path 2.10 - Restitution
É a tal coisa, seitas geralmente afundam em fanatismo e desespero. Não seria diferente na seita que é retratada nessa boa série. Aqui nenhum membro da estranha religião (com ares até de movimento hippie) consegue se sobressair. A grande maioria das pessoas que convivem ali dentro da comunidade são vis. Eddie Lane (Aaron Paul) abandonou o grupo, adotando uma postura cética e crítica sobre sua doutrina. Porém após sofrer alucinações começou a duvidar de suas convicções. Nesse episódio ele está visivelmente abalado, sem saber que caminho tomar. E tudo piora em um ritual que os membros colocam em pequenos caixões seus sentimentos negativos. É uma espécie de expurgo de energias negativas. O problema mesmo é achar alguma energia positiva no meio de membros que traem, chantageiam e até cometem crimes em prol de uma suposta (e absurda) ideia de pureza espiritual! / The Path 2.10 - Restitution (Estados Unidos, 2017) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro:  Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

Pablo Aluísio.

The Path - Primeira Temporada

The Path - Primeira Temporada
Essa primeira temporada conta com 10 episódios. A série conta a história de um grupo de pessoas religiosas que seguem uma seita surgida na década de 1960.Seu fundador foi um hippie que afirmava aos seus seguidores que havia finalmente descoberto o caminho para a iluminação espiritual completa. Quando a série começa seu fundador agoniza na cama de um hospital, em coma. E dentro da seita começa as primeiras disputas para decidir quem vai sucedè-lo no caminho do movimento. Essa primeira temporada foi exibida entre os meses de março a maio de 2016. No Brasil a série recebeu o título nacional de "O Caminho". Segue abaixo comentários sobre os principais episódios dessa primeira temporada.

The Path 1.01 - What the Fire Throws  
Esse é o primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia. Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo... Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa. Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana. / The Path 1.01 - What the Fire Throws (Estados Unidos, 2016) Série criada por Jessica Goldberg / Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman / Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance.

The Path 1.02 - The Era of the Ladder
A dissidente da seita Alison Kemp (Sarah Jones, mais gata do que nunca) abre o jogo para Eddie Lane (Aaron Paul) e conta para ele que seu marido foi morto meses atrás por membros fanáticos do "caminho", simplesmente porque ele quis ir embora. Depois do assassinato ela mesma passou a ser perseguida, precisando correr de uma cidade a outra, procurando escapar. Lane fica chocado... Ele ainda não aceita que os religiosos que só falam em paz e harmonia poderiam matar um homem apenas pela decisão de abandonar o grupo. Mesmo em dúvida Lane volta atrás e volta para a comunidade. Com o casamento em crise ele aceita participar de uma "cura" de 14 dias onde é trancado em um quarto, sofrendo todo tipo de agressão física, psicológica e moral. Uma verdadeira tortura. Enquanto isso o novo CEO da seita parte para a ofensiva. Cal Roberts (Hugh Dancy) entende que só há uma forma de ter mais convertidos: usando o poder da TV. Ele quer ter um programa televisivo e para isso aceita sair da discrição que até então vinha caracterizando aquela comunidade religiosa para chamar a atenção do público em geral. A intenção é atrair mais adeptos. O que ele não ousa confessar para ninguém é que o fundador da nova religião agoniza numa cama de um quarto no Peru, em coma. O líder religioso que se afirmava quase como uma entidade superiora dos demais mortais está ligado a aparelhos, em vida vegetativa. Pelo visto sua mensagem em nada serviu para salvá-lo dessa linha que o separa da vida e da morte. / The Path 1.02 - The Era of the Ladder (EUA, 2016) Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.03 - A Homecoming
Cal Roberts (Hugh Dancy) viaja em segredo para visitar o Dr. Meyer. Ele está em coma há muitos anos e os médicos lhe informam que ele nunca mais se recuperará. Seu estado de saúde é irreversível. Assim Cal começa a cogitar assumir a liderança da seita. Antes disso porém ele resolve visitar sua mãe. Ela tem problemas com alcoolismo, uma personalidade forte e bem ofensiva com ele e se recusa a deixar sua casa. Cal quer que ela vá morar em uma casa de repouso para pessoas idosas, mas ela é durona e desbocada e resolve jogar algumas coisas desagradáveis em sua cara. O clima fica péssimo e depois de muitos anos sóbrio Cal finalmente toma um porre. Ele se sente frustrado e pressionado com tudo. Eddie Lane (Aaron Paul) por sua vez continua com o casamento em frangalhos. A situação com sua esposa parece ter entrado em um beco sem saída. As discussões voltam e nem a doutrina da seita consegue amenizar os ânimos. Para piorar o que já estava bem ruim ele precisa lidar com a presença de Alison (Sarah Jone) que insiste que ele vá embora daquela comunidade de fanáticos. Eddie diz a ele que está em busca da verdade, mas Alison insiste dizendo que tudo não passa de uma grande mentira. Por fim o episódio mostra as dificuldades de um jovem da seita que acaba se apaixonando por uma garota comum de sua escola. Ele fica entre a doutrina e a fé da seita e o amor que sente pela jovem. Um grande dilema. / The Path 1.03 - A Homecoming (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell..

The Path 1.04 - The Future
Esse episódio se chama "O Futuro" justamente porque Cal começa a pensar sobre o futuro da comunidade. O líder está em coma no Peru, quase morto, e todos se perguntam o que acontecerá dali para frente. Para Cal as coisas são cristalinas, ele é o novo líder, aquele que levará os seis mil membros da seita para a iluminação espiritual. E isso será feito fazendo concessões cada vez maiores, como evitar de dar o alucinógeno símbolo do grupo para o filho drogado de um figurão e levar a seita para a TV, para ganhar novos membros. Os mais velhos tentam confrontar Cal, mas levam a pior. Ele deixa claro que eles vivem da seita, ganham dinheiro com ela e não devem se intrometer em seus planos. Na verdade podemos perceber que Cal é um homem pragmático, que visa levar à frente aquele grupo. No fundo ele parece saber que nenhum milagre vai salvar seu mestre e que alguém precisa tomar conta de tudo. Enquanto Cal domina tudo, Eddie tenta salvar seu casamento, que vai de mal a pior. Esse é um bom episódio, que ficará marcado pelos fãs da série por causa da constrangedora cena de Cal se masturbando ao lado de uma jovem garota da seita. Homem santo certamente ele não é! / The Path 1.04 - The Future  (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.05 - The Hole  
O nome desse episódio é literalmente em português "O Buraco". É um exercício dentro da seita em que o sujeito fica cavando um buraco no solo para ter "visões" e Eddie (Aaron Paul) as tem ao ver sua esposa nos braços de outro homem - justamente a do líder atual dos membros da comunidade. Obviamente isso logo se torna um problema. E isso é apenas um dos vários problemas que Cal (Dancy) precisa resolver. O ricaço que confiou na seita para tirar seu filho do mundo das drogas fica furioso ao saber que ele foi levado para o Peru, para tomar o chá de Ayahuasca, o poderoso alucinógeno que faz parte da crença básica dessa seita. O curioso é que esse evento também nos serve para irmos ao passado e entender como Sarah entrou no grupo. Ela estava grávida, mas os médicos perceberam que seu filho não apresentava mais batimentos cardíacos. Após uma sessão com o Ayahuasca ele voltou a viver, como em um milagre! A partir daí Sarah ficou com uma firme convicção e fé nos dogmas da estranha e exótica religião. Doutrinas essas que impedem o namoro entre membros da seita e "ignorantes" (pessoas que não fazem parte dela!). Acontece que seu filho está apaixonado por uma garota da escola e isso deve ser combatido por Sarah, de todas as maneiras. Por fim a dissidente Alison Kemp (Sarah Jones) decide falar com um agente do FBI. Ela está convencida que seu marido foi morto por membros da seita após revelar a eles que estava indo embora. Infelizmente Alison não encontra muito apoio e nem proteção por parte do agente Abe Gaines que apenas garante a ela que vai continuar as investigações. / The Path 1.05 - The Hole (Estados Unidos, 2016) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.06 - Breaking and Entering
Mentalidade de seita é isso aí. Quando alguém resolve sair dela logo começa a ser perseguida e em casos extremos acontece crimes e assassinatos. Sem saber nem direito o que está fazendo, Eddie Lane (Aaron Paul) vai ao lado do líder sua seita em um motel barato. Lá se esconde Alison Kemp (Sarah Jones). Ela é viúva de um dos ex-membros da seita que morreram em circunstâncias misteriosas. Eddie a conhece de tempos atrás e a protege nessa invasão. Ela é acusada pelo atual líder religioso de ter roubado 40 mil dólares de um escritório de San Diego, mas isso ainda é uma questão nebulosa, sem comprovação nenhuma. E outro aspecto muito presente em seitas é a velha regra de que o membro só pode se relacionar com outro membro. Pessoas de fora são consideradas nocivas à doutrina religiosa. Pior para o jovem adolescente filho de Eddie, que está apaixonado por uma garota da escola. Ele a leva na seita, ao lado de sua mãe e irmã, e a garota obviamente entende tudo o que acontece por lá. Malucos reunidos em uma crença meio sem sentido, mistura de resquícios do movimento hippie, uso de drogas alucinógenas e muito papo furado vazio sobre a "verdade" absoluta. / The Path 1.06 - Breaking and Entering (Estados Unidos, 2016) Direção:  Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.07 - Refugees
Outra série que venho acompanhando com regularidade é The Path. Se você não sabe do que se trata a história gira em torno de uma seita na Califórnia. Algo que é bem comum nos Estados Unidos. O "Messias" dessa seita está em coma, morrendo no Peru, mas todos fingem que ele está escrevendo o livro sagrado definitivo deles, sobre como encontrar o tal caminho da sabedoria. Tudo balela. Como toda seita eles escondem mentiras inconfessáveis por trás de supostas boas intenções. Nesse sétimo episódio da primeira temporada intitulado "Refugees" os membros da seita precisam decidir sobre um grupo de imigrantes ilegais que foram acolhidos por eles. É um tempo ruim para o suposto líder Cal, uma vez que ele quer dar proteção aos imigrantes, mas não conta com o apoio do conselho. Pior do que isso, ele acaba matando um velho membro que vai até ele dizer que a seita acabou, pois seu profeta está morrendo. Para piorar o que já era desastroso Cal pega Eddie em flagrante, tentando ajudar a uma dissidente, cujo marido foi morto justamente por deixar a tal seita para trás. Pois é, a velha mentalidade de seita se impõe, seja qual for a denominação que essa gente tenta seguir. / The Path 1.07 - Refugees (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.08 - The Shore
E deixando a Igreja Católica de lado e indo para o lado das seitas malucas que proliferam nos Estados Unidos, vi mais um episódio de "The Path". O personagem de Aaron Paul começa sua caminhada de descoberta, enquanto o líder da seita que ele segue precisa se livrar de um "presunto". Ele matou o sujeito depois de uma discussão sobre o controle de poder dentro da seita. Acabou abrindo seu pescoço com uma faca. Uma cena curiosa surge quando Aaron Paul na pele de seu personagem começa a recitar a oração de São Francisco em um abrigo mantido pela Igreja, onde ele passa a noite. Ao lado de um padre ele ora e momentos depois encontra a si mesmo em uma praia da Califórnia. Pelo visto sua mente finalmente está se livrando dessa mentalidade perigosa que se alastra entre seitas da nova era. Algo de fato bem perigoso. / The Path 1.08 - The Shore (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.09 - A Room of One's Own
Penúltimo episódio da primeira temporada. Pois é, estou quase chegando lá! Quem diria... Pois bem, então vamos ao resumo desse episódio. Depois da longa caminhada Eddie Lane (Aaron Paul) já chegou na conclusão que a seita é uma mentira, que seus dogmas não se sustentam e tudo não passa de fundamentalismo religioso, ou melhor dizendo, fanatismo puro mesmo! Ele quer sair de lá, mas vai ser parada dura pois sua esposa ainda é fortemente doutrinada. Ele tem dúvidas se seu casamento sobreviveria se ele caísse fora. Dureza! A seita é atualmente comandada por Cal Roberts (Hugh Dancy), mas ele é um mentiroso dizendo que o fundador e mestre vai voltar, quando na verdade ele está em coma no Peru, praticamente morto! Pior do que isso, ele se envolve nos problemas particulares dos membros, subornando uma garota que ele gosta! Ele oferece uma casa desde que ela suma da vida do jovem! Por fim, nesse episódio a gatinha Sarah Jones aparece! Ela, não vou mentir, é a principal razão que me fez acompanhar essa série. Mesmo com cabelos desarrumados e nada glamorosa, ela é certamente o ponto focal que me faz ver todos os episódios e os que virão. Sinceridade é tudo! / The Path 1.09 - A Room of One's Own (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.10 - The Miracle
Eddie Lane (Aaron Paul) está fora da seita. Ele só não assina um termo de negador da doutrina porque isso o impediria de ver sua família. Assim ele fica à distância, mas não a ponto de romper formalmente com aquelas pessoas. Essa pressão o leva a ter visões estranhas, com cobras e pássaros mortos. Ele também decide ir atrás do fundador da seita, afinal o tal sujeito ainda vive? Ele estava morrendo de câncer no Peru. Enquanto Eddie vai juntando suas provas sua esposa Sarah começa a desconfiar de Cal. Silas, um membro importante da seita está desaparecido há tempos (na verdade ele foi morto por Cal com uma facada na garganta). Aos poucos Sarah vai juntando os pedaços dessa história muito mal contada. Alison Kemp (Sarah Jones) volta aos braços da seita através de Cal, que usa até a mensagem de Jesus para que todos a perdoem. Enfim, esse foi certamente um bom episódio final da primeira temporada. Deixou pontas soltas mais do que interessantes para continuarmos a acompanhar. Por falar nisso a terceira temporada acaba de ser confirmada nos Estados Unidos, então vamos seguindo em frente. / The Path 1.10 - The Miracle (Estados Unidos, ) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco:  Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Sarah Jones.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Westworld - Terceira Temporada

Westworld - Terceira Temporada
Gostei das duas temporadas anteriores. A primeira é muito superior à segunda, que já demonstrava sinais de desgaste. Agora os produtores resolveram inovar mais. Os "anfitriões" estão fora do parque. Com isso ampliaram-se e muito as possibilidades dos roteiros dos episódios. E muita coisa mudou mesmo, a começar do design de produção (direção de arte) e também do elenco, com a entrada de novos atores, como Aaron Paul (da série "Breaking Bad"). No total para essa terceira temporada, foram produzidos 8 episódios. O primeiro foi exibido no dia 20 de março pelo canal HBO nos Estados Unidos. Segue abaixo resenhas dos episódios. Irei escrevendo conforme for assistindo aos mesmos.

Westworld 3.01 - Parce Domine
Nova temporada, novas mudanças. O massacre dentro do parque fechou a temporada anterior e agora todos os anfitriões estão à solta, no mundo. E o mundo que se apresenta nesse episódio é bem futurista, com prédios de alta tecnologia e carros voadores (lembrando até mesmo clássicos do cinema como "Blade Runner"). Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) quer chegar ao centro de tudo, ao coração do sistema que controlou por anos não apenas o parque de Westworld, mas também de outros setores da sociedade. Caleb Nichols (Aaron Paul) é um novo personagem. Um homem que tenta ser honesto, mas que não consegue arranjar emprego. Pelo visto o desemprego, tal como nos dias de hoje, também será uma chaga social em um futuro de alta tecnologia. Para sobreviver ele então passa a participar de pequenos crimes ao lado de uma quadrilha. Já o personagem Bernard Lowe (Jeffrey Wright), tão importante nas duas primeiras temporadas, também retorna. Ele tenta viver uma existência anônima em um açougue, mas acaba sendo descoberto. Enfim, todos os elementos parecem estar no lugar certo. No final desse primeiro episódio temos um encontro acidental entre Dolores e Caleb. Acredito que eles serão o casal central dessa nova temporada. Vamos aguardar. / Westworld 3.01 - Parce Domine (Estados Unidos, 2020) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Jeffrey Wright. Thandie Newton.

Westworld 3.02 - The Winter Line 
Esse segundo episódio é bem importante para quem acompanha a série porque traça basicamente o que veremos nessa terceira temporada. É a linha mestre de todos os roteiros que virão. Maeve Millay (Thandie Newton) participa de uma nova narrativa, no WarWorld, onde o cenário de um antigo filme de guerra é encenado pelos anfitriões. Tudo falso, nada acontecendo na realidade. E ela toma consciência disso. Levada ao laboratório ela descobre que tudo ao redor não passa de simulação. E isso a leva finalmente para a presença de um novo personagem, Engerraund Serac (interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel). Ele quer apenas uma coisa dela, que procure e elimine Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Claro que isso não vai ser fácil de conseguir. Na outra linha narrativa Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se convence que Dolores planeja destruir a humanidade ou pelo menos causar o maior caos possível no mundo real. Por isso ele também decide partir em busca dela. Acompanhado de um anfitrião programado para defendê-lo de todas as maneiras possíveis. Assim ele então parte para sua jornada. / Westworld 3.02 - The Winter Line (Estados Unidos, 2020) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Vincent Cassel, Rodrigo Santoro.

Westworld 3.03 - The Absence of Field
Esse episódio tem uma revelação importante: Charlotte Hale não é Charlotte Hale! Melhor explicando. A verdadeira Charlotte Hale (Tessa Thompson) morreu no massacre de Westworld. Essa que surge aqui na terceira temporada nada mais é do que uma "anfitriã" controlada por Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). E por falar em Dolores... Ela é resgatada por uma ambulância, mas não consegue chegar ao hospital. O veículo é interceptado. Ela consegue escapar, matando dois homens. De quebra ainda salva a vida de Caleb Nichols (Aaron Paul). Depois, em um momento mais calmo, explica a ele que todas as pessoas no mundo estão com o destino traçado pela companhia. Não apenas os anfitriões, mas as pessoas normais também. Tudo faz parte de um mega banco de dados. O Logaritmo digital reina absoluto! / Westworld 3.03 - The Absence of Field (Estados Unidos, 2020) Direção: Amanda Marsalis / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Tessa Thompson, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.04 - The Mother of Exiles
Em minha opinião a série vai mostrando sinais de desgaste nessa terceira temporada. Já não há muitas novidades nos roteiros. Geralmente o que vemos nos episódios é uma repetição do velho esquema do jogo de gato e rato, onde todos querem pegar Dolores e ela consegue escapar de seus perseguidores, usando inclusive de falsas identidades ou múltiplas manifestações de sua mente em anfitriões dos mais diversos. Sinceramente falando, estou achando bem cansativo. Esse episódio tem duas boas cenas de ação de lutas marciais, com as personagens femininas empoderadas dando cabo de machos tóxicos. Porém a melhor coisa é o retorno do ator Ed Harris. Pena que pelo que acontece ao seu personagem, não vejo muito futuro para ele nessa temporada. Esse é um dos melhores atores da série e poderia ser mais bem explorado, como foi nas duas temporadas anteriores. Ver seu personagem sendo internado em uma instituição para loucos não é algo muito animador para essa temporada de Westworld, vamos ser bem sinceros. / Westworld 3.04 - The Mother of Exiles (Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Cameron / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Ed Harris, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.05 - Genre  
Esse episódio tem uma referência ao Brasil. O personagem de Vincent Cassel aparece logo na primeira cena com o presidente, dizendo a ele que ou faz o que a companhia quer ou então ele deixará o poder. Pois é, o Brasil sendo retratado mais uma vez como uma republica de bananas. No mais o episódio explora o controle. Quem tem o controle nesse mundo de Westworld? O passado é revelado ao espectador, mostrando como foi construída uma grande esfera de inteligência artificial, que se propôs a controlar tudo, evitando o caos completo dentro da sociedade. Interessante e revelador, apresenta também algumas boas cenas de ação. / Westworld 3.05 - Genre (Estados Unidos, 2020) Direção: Anna Foerster / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.06 - Decoherence  
Ed Harris está definitivamente de volta à série. E isso é uma ótima notícia para quem gosta de "Westworld". Inicialmente seu personagem surge em uma espécie de hospital para doentes mentais. Lá ele precisa enfrentar uma série de "Eus", cópias de si mesmo, representando diversas fases de sua vida. E ele, para superar tudo, enfia a porrada em cada um deles. Ficou uma cena bacana. Outra que está de volta é Maeve Millay. Seu objetivo é localizar e destruir Dolores Abernathy. Não vai ser fácil. Na pele de Hale ela praticamente destrói toda a empresa, rouba seu dinheiro, seus dados e foge! A cena de sua fuga é muito boa, com direito a um robô gigante detonando todos os seus perseguidores. Enfim, parece que a série vai melhorando. Assim espero. / Westworld 3.06 - Decoherence (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Ed Harrs, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.07 - Passed Pawn
Esse episódio é importante para conhecer as origens do personagem Caleb (Aaron Paul). De onde veio? Que ligação ele tem com os anfitriões e como o universo de Westworld? O interessante é que pelo roteiro que vemos aqui, ele poderá inclusive se tornar a principal peça nesse xadrez, ou melhor explicando, o principal elemento para destruir tudo. Será que essa ideia vai vingar? Tem que esperar pelos próximos episódios. Outro ponto marcante desse episódio vem com a briga final entre Maeve Millay e Dolores Abernathy. Maeve surge com sua espada samurai (lembra dos episódios que se passavam no Japão medieval? Pois é). É uma boa luta entre elas. Por fim, outro ponto cruacial surge quando o personagem de Ed Harris sai para, segundo suas próprias palavras, matar cada anfitrião da face da Terra que encontrar pela frente! / Westworld 3.07 - Passed Pawn (Estados Unidos, 2020) Direção: Helen Shaver / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.08 - Crisis Theory  
Essa temporada começou mais ou menos, foi piorando com o tempo e terminou de maneira completamente chata. É o que eu sempre digo, algumas séries funcionam apenas por algumas temporadas. Quando tentam acrescentar coisas demais, para alongar uma história que já deu o que tinha que dar, as coisas pioram muito. Eu não gostei dessa terceira temporada, esse é o meu veredito final. Foi tudo tão aborrecido que se houver uma quarta temporada - reforço o "se houver" - eu não vou ter muito interesse em assistir. Afinal se formos espremer o que foi visto nessa temporada vamos perceber que há muito pouco em termos de conteúdo ou enredo. Tudo muito chato, derivativo, cansativo. E esse episódio final com duração de longa-metragem para cinema é ainda mais arrastado e entediante. Sinceramente falando, "Westworld" caiu demais nessa temporada 3. Eu vou parar por aqui, não tenho mais interesse. Para mim ja basta. Chega, chega... / Westworld 3.08 - Crisis Theory (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

El Camino

A série "Breaking Bad" realmente marcou época. Até hoje é considerada uma das melhores séries já produzidas. O tempo passou e agora temos um filme que procura dar uma certa continuidade nos acontecimentos. Olhando para trás um dos poucos personagens principais que conseguiram sobreviver foi justamente Jesse Pinkman (Aaron Paul). No começo da série ele foi o jovem estudante recrutado por seu professor de química para vender o produto de seus esforços, a droga Metanfetamina. Nos primeiros episódios ele era um sujeito meio bobão e inconsequente que foi crescendo ao longo da série, principalmente por causa dos perigos que foram se acumulando.

Aqui o encontramos em fuga. Ele escapou de uma jaula (literalmente falando), e tenta ir embora para o Alaska, fugindo da polícia e de quadrilhas inimigas. Para isso precisa de dinheiro e isso desencadeia uma série de eventos impensáveis. A direção e o roteiro ficaram nas mãos do próprio criador da série original, Vince Gilligan. Isso trouxe a autenticidade e a qualidade que todos os fãs da série estavam acostumados. Alguns disseram que na verdade seria apenas um novo episódio com quase duas horas de duração. Penso diferente. É um filme realmente, tal como sugere seu subtítulo "A Breaking Bad Movie" que inclusive pode ser assistido por si mesmo, até por aqueles que nunca viram um episódio da série que lhe deu origem. É um arco narrativo completo, que não necessita de prévio conhecimento dos personagens. Já para os fãs originais há uma pequena surpresa, com o aparecimento de Walter White (Bryan Cranston) em uma única cena, em flashback. Até achei gratuita a cena, mas valeu para relembrar dos episódios antigos. Então é isso. Gostei realmente desse novo suspiro de vida de "Breaking Bad". Fica a recomendação.

El Camino (El Camino: A Breaking Bad Movie, Estados Unidos, 2019) Direção: Vince Gilligan / Roteiro: Vince Gilligan / Elenco: Aaron Paul, Jonathan Banks, Matt Jones / Sinopse: Jesse precisa escapar, fugir para fora do país. A polícia e traficantes rivais querem sua cabeça. Sua única chance de sobrevivência é se mandar para o lugar mais longe possível, o distante e frio Alaska, onde ele pretende recomeçar sua vida.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de março de 2019

Hellion

Depois que ficou viúvo, Hollis Wilson (Aaron Paul) precisa cuidar de seus dois jovens filhos, Jacob, o mais velho de 13 e Wes, o caçula de 7 anos. A vida porém não é fácil pois ele passa o dia inteiro trabalhando e os garotos geralmente ficam o dia inteiro andando pelas ruas onde acabam conhecendo pequenos delinquentes locais. Após Jacob (Josh Wiggins) colocar fogo em um carro durante uma partida de futebol ele é enviado para uma instituição de correção de menores infratores. O pior acontece com Wes que lhe é tirado de sua custódia pelo Estado que entende que ele não tem mais condições de criar uma criança daquela idade. A salvação do cinema americano parece mesmo vir das produções independentes. Veja o caso desse muito bom "Hellion". A história gira em torno dos problemas enfrentados por uma família após a morte da mãe. Hollis (Paul) é o pai que tenta criar os dois garotos sem muito sucesso. Seu filho Jacob só se envolve em problemas e logo se torna uma pária da vizinhança. O mais jovem, obviamente influenciado pelo irmão mais velho, corre o risco de ir pelo mesmo caminho. Antes que isso aconteça porém o Estado tira a guarda de seu pai e o envia para os cuidados de sua tia, Pam (Juliette Lewis).

Uma decisão certa para a educação do garoto, mas devastadora para aquela família completamente disfuncional e problemática. Logo um conflito se instala entre os parentes. Para piorar Hollis tem problemas com bebidas e sua depressão vai ficando cada vez maior conforme os problemas vão surgindo em cascata na sua vida. O clima ruim e de falta de esperanças acaba se tornado cada vez pior até que Jacob (sempre ele) resolve tomar uma decisão totalmente impensada e inconsequente, o que mudará o destino de todos para sempre. "Hellion" é um drama social acima da média mostrando uma realidade que infelizmente é bem comum dentro da sociedade. Cresce cada vez mais o número de famílias desestruturadas, sem condições de dar as mínimas condições de vida para a criação de seus filhos. O reflexo disso acaba sendo sentido dentro da comunidade em geral, com aumento da violência e destruição dos valores tradicionais. Esse filme abre margem para uma reflexão maior sobre o tema. Está mais do que recomendado.

Hellion (Hellion, Estados Unidos, 2014) Direção: Kat Candler / Roteiro: Kat Candler / Elenco: Aaron Paul, Juliette Lewis, Josh Wiggins, Deke Garner / Sinopse: Viúvo tenta criar seus dois filhos da melhor maneira que lhe é possível. Depois que seu filho mais velho comete um pequeno delito ao queimar um carro ele precisa lutar pela custódia do garoto que lhe tirado pelo Estado. Filme indicado ao Sundance Film Festival na categoria de Melhor Filme - Drama.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Decisão de Risco

Filme bem interessante, ainda mais agora que está se pensando em usar drones de ataque contra a criminalidade no Brasil. O enredo gira justamente em torno disso, quando três terroristas são localizados pela inteligência inglesa. Eles estão em uma casa, onde o ataque por drones é iminente, só que bem na hora de apertar o botão surge uma garotinha vendendo frutas na esquina da casa. Ora, se o ataque for feito ela morrerá com certeza. O que fazer então? O roteiro então levanta diversas questões éticas envolvendo o ataque. A atriz Helen Mirren é a chefe da operação. Ela quer pegar aqueles terroristas pois está na cola deles há anos. Aaron Paul (ótimo ator, por sinal) é o jovem piloto do drone que se vê diante da dureza de seu trabalho, ao mesmo tempo que tenta levar uma vida normal fora do período em que ele, como militar, mata pessoas.

Por fim há Alan Rickman, em um de seus últimos trabalhos antes de falecer. Ele interpreta um general que precisa lidar com um monte de políticos vacilantes que ficam em cima do muro na hora de autorizar o ataque mortal. Filme muito bom, com roteiro acima da média, sempre apostando no clima de suspense e apreensão, algo que passa rapidamente para o espectador. Uma boa aula de como se fazer cinema com inteligência e precisão cirúrgica. Não deixe de assistir.

Decisão de Risco (Eye in the Sky, Inglaterra, Estados Unidos, 2015) Direção: Gavin Hood / Roteiro: Guy Hibbert / Elenco: Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman / Sinopse: Após encontrar três terroristas internacionais, uma equipe de ataque fica na dúvida entre entrar em ação, com a possível morte de uma garotinha inocente que está perto do lugar de ataque, ou cancelar tudo, deixando os terroristas escaparem mais uma vez.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

The Path - O Caminho

Título Original: The Path
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Television
Direção: Michael Weaver, Mike Cahill
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell
Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Sarah Jones, Hugh Dancy, Emma Greenwell
  
Sinopse:
A série mostra um grupo de pessoas que vive em uma comunidade que segue os ensinamentos de uma seita fundada por um sujeito chamado Dr. Meyer. Na década de 1960 ele criou as bases doutrinárias dessa nova religião, onde se prega uma vida de correção e busca por uma elevada inspiração espiritual. Todos vivem nessa comunidade onde trabalham, vivem e tentam chegar em um grau elevado de espiritualidade.

Comentários:  
The Path, que no Brasil recebeu o nome de "O Caminho" é uma série muito boa. Sua história, embora meramente ficcional, compila muitas coisas que fazem parte de seitas reais nos Estados Unidos, principalmente em estados como Califórnia. Nessas regiões, durante os anos 60, surgiram diversas seitas, com doutrinas levantadas por líderes carismáticos, alguns deles vindo diretamente do movimento hippie. É justamente o que vemos aqui. Um fundador que tem visões e começa a liderar um grupo de seguidores devotos do tal caminho que levará para a luz espiritual máxima. Só que apesar da doutrina trazer toda essa espiritualidade, os membros não são assim tão evoluídos espiritualmente como era de se supor. Eles brigam por poder dentro do movimento, perseguem os que abandonam a religião e não raro cometem crimes para esconder os "podres" do tal movimento. Uma série excelente mostrando a verdadeira face dessas seitas modernas. 

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2016

Decisão de Risco

Título no Brasil: Decisão de Risco
Título Original: Eye in the Sky
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: Raindog Films, Entertainment One
Direção: Gavin Hood
Roteiro: Guy Hibbert
Elenco: Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman, Phoebe Fox, Gavin Hood, Jeremy Northam

Sinopse:
Após anos de busca, o serviço de inteligência do Reino Unido localiza a presença de três dos quatro terroristas internacionais mais procurados da África Oriental. Imediatamente um drone é enviado para o lugar. Os criminosos se encontram em uma casa, nos arredores da capital da Namíbia. O mais correto seria eliminar todos os alvos imediatamente, para evitar que novos atentados suicidas fossem planejados e realizados, mas na hora de realmente decidir o ataque um grupo de políticos fica com extremo receio de autorizar a operação militar. Pior de tudo, uma jovem garotinha arma uma barraca para vender pão bem ao lado da casa que será destruída no bombardeio. E agora? O ataque por drones será realmente realizado? Filme indicado ao prêmio de melhor roteiro no Palm Springs International Film Festival.

Comentários:
Não existem guerras limpas. Todas as guerras são sujas. Essa é a grande lição deixada por esse excelente roteiro escrito por Guy Hibbert. Diante de um ataque iminente a um grupo de terroristas internacionais todos os envolvidos (militares e políticos) caem em um dilema dos mais aflitivos. Seria ético matar uma garotinha inocente que está nas proximidades do ataque vendendo pão? É a conhecida questão do dano colateral, só que aqui a menina ganha rosto e história, se tornando mais humana, desvendando toda a face da crueldade da guerra. E embora a guerra moderna seja tão absurda como a do passado não podemos deixar de ficar impressionados com os avanços tecnológicos das armas atuais, principalmente em relação aos drones, essas pequenas (e mortais) aeronaves não tripuladas que atualmente são usadas para ataques cirúrgicos em locais distantes da África e do Oriente Médio. Aliás todos os personagens do filme giram em torno dos bastidores justamente de uma ataque de drones do tipo Patriot. Helen Mirren, sempre excepcional, é a oficial encarregada de comandar as operações. Ela quer liquidar uma terrorista internacional que persegue há seis anos e não vê a hora do ataque se consumar de uma vez por todas. O jovem Aaron Paul (de "Breaking Bad") é o piloto do drone que na hora H sente o peso ético de um ataque como aquele. 

Já o grande Alan Rickman interpreta um veterano general que precisa lidar com um bando de políticos indecisos e vacilantes que não conseguem tomar a decisão final sobre o ataque. Esse foi um dos últimos filmes do ator que morreu recentemente. Aliás nos créditos finais ele é homenageado pelos produtores do filme. Sua parte é vital para entender como militares bem preparados e treinados podem ficar inoperantes por causa de uma irracional burocracia estatal. Nenhum dos agentes políticos quer a responsabilidade de dar a ordem final para uma ataque naquelas circunstâncias, tentando jogar a decisão para os outros, fazendo com que os terroristas ganhem tempo para inclusive tentarem fugir do alvo. A tensão assim se torna completa. Por fim vale uma indagação interessante: poderia ainda haver espaço para a guerra em um mundo tão politicamente correto como o atual? Os políticos britânicos presentes no filme incorporam justamente esse dilema. Um simples ataque acaba virando uma questão das mais delicadas, justamente por causa desse tipo de pensamento. Eles simplesmente não conseguem chegar a uma decisão, com medo de sofrerem alguma consequência em suas carreiras caso algo seja vazado para a imprensa. Seria justo um ataque como aquele? O roteiro, de forma inteligente, não traz a resposta, deixando a conclusão final para o próprio espectador. Sábia decisão. Assista e tire suas próprias conclusões.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de setembro de 2016

The Path

Ontem assisti ao primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia.

Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo...

Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa.

Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana.

The Path (EUA, 2016)
Série criada por Jessica Goldberg
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman
Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Need for Speed - O Filme

Título no Brasil: Need for Speed - O Filme
Título Original: Need for Speed
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Scott Waugh
Roteiro: George Gatins
Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots

Sinopse:
As coisas não andam muito bem para Tobey Marshall (Aaron Paul). Tudo o que sempre sonhou foi ser um grande piloto de corridas, mas a realidade é bem diferente disso. Após a morte de seu pai, ele herdou uma oficina praticamente falida que toca ao lado de seus amigos de longa data. Para escapar do tédio resolve participar de perigosos rachas com carros possantes nas ruas da cidade onde mora. Esse seu hobby ilegal porém o colocará em muito problemas, inclusive com a lei.

Comentários:
Adaptação para o cinema do game "Need for Speed", um dos mais populares de seu nicho de mercado. Bom, só o fato de ser baseado em um game já jogaria as expectativas lá para baixo, uma vez que até hoje essa transição nunca deu muito certo - aliás legou à sétima arte grandes bombas cinematográficas. Curiosamente esse aqui não é tão ruim, na verdade até diverte bastante, se o espectador se concentrar basicamente nas cenas de velocidade e corridas. O filme tecnicamente é muito bem realizado, com ótima edição e impressionantes efeitos sonoros, o que era de se esperar pois os carrões exigem esse tipo de tecnologia. Outro ponto forte do filme vem com a presença do carismático Aaron Paul, sim, ele mesmo, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Livre das amarras contratuais da série ele agora tenta fazer a (sempre complicada) transição para o mundo do cinema, deixando o mundo da TV para trás. Seu filme anterior, "Uma Longa Queda", que inclusive já comentei aqui pelo blog, não era grande coisa, mas esse pode ser um novo recomeço para o ator nas salas de cinema, uma vez que o filme acabou sendo bem sucedido em termos de bilheteria. Os fãs dos games provavelmente vão preferir seus jogos, já que são linguagens diferentes, mas os fãs de filmes de ação e carros possantes certamente gostarão do resultado, pois de uma certa forma o filme chega até mesmo a ser melhor do que a franquia "Velozes e Furiosos", o que não deixa de ser uma boa notícia para os aficionados nesse tipo de produção.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de agosto de 2014

Uma Longa Queda

Título no Brasil: Uma Longa Queda
Título Original: A Long Way Down
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: BBC Films
Direção: Pascal Chaumeil
Roteiro: Nick Hornby, Jack Thorne
Elenco: Pierce Brosnan, Toni Collette, Aaron Paul, Sam Neill, Imogen Poots

Sinopse:
Martin (Pierce Brosnan) é um ex-apresentador de TV que viu tudo desmoronar após se envolver com uma garota menor de idade. Com a vida pessoal e profissional despedaçada resolve acabar com sua vida, subindo em um dos maiores prédios da cidade para se suicidar. Para sua surpresa porém acaba encontrando com três outros potenciais suicidas no mesmo lugar. O encontro incomum acabará mudando os rumos de sua própria vida.

Comentários:
Convenhamos que um filme sobre um quarteto suicida não vai animar muita gente. Mesmo assim, com um pé atrás, vale até a pena encarar esse drama inglês sobre pessoas que perderam as esperanças na vida e decidiram tomar a mais radical de todas as decisões. Cada um deles tem um motivo para pular do prédio, Martin (Brosnan) não consegue mais encarar o vexame público após se envolver em um escândalo sexual. Maureen (Toni Collette) é uma mãe solteira que cuida de um filho com problemas mentais sérios. J.J. (Aaron Paul, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad") é um músico fracassado que alega estar sofrendo de um câncer cerebral e por fim temos Jess (Imogen Poots), uma jovem garota com muitos problemas emocionais, filha de um político influente que se sente completamente vazia e perdida em sua vida. De antemão é importante salientar que não se trata de um drama pesadão, apesar do tema. O roteiro tenta amenizar um pouco a situação, criando situações ora divertidas, ora mais animadoras, até porque o texto teria que optar mesmo por apostar na esperança recuperadora de todos aqueles personagens. Não é um grande filme, talvez por se render a clichês desse tipo, mas que até satisfaz o espectador, caso ele não esteja em busca de alguma obra prima. No final das contas vela principalmente pelo bom elenco e pelas boas intenções.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Breaking Bad

Outra série do canal AMC digna de menção é essa "Breaking Bad", que tive o privilégio de acompanhar do primeiro ao último episódio. No total foram cinco temporadas exibidas entre 2008 a 2012, totalizando 62 episódios. Na trama acompanhamos a estória de Walter White (Bryan Cranston, excelente), um pacato professor de química de High School que descobre estar com câncer. Desesperado, sem dinheiro e sem perspectivas de futuro ele resolve produzir a droga metanfetamina, muito popular nos Estados Unidos. Para se produzir esse tipo de substância só é necessário alguns produtos químicos e conhecimento técnico, coisa que Walter tem de sobra; Para tanto ele se alia a um jovem, seu ex-aluno e também usuário, Jesse Pinkman (Aaron Paul). No começo eles "cozinham" a droga num velho furgão no meio do deserto para depois vendê-la nas ruas de forma bem amadora. Conforme o produto se torna um sucesso nas ruas eles resolvem se aliar a um poderoso traficante e negociante de drogas, Gustavo 'Gus' Fring (Giancarlo Esposito). O que no começo parecia apenas uma parceria comercial bem sucedida logo se torna um jogo de roleta russa, com todos querendo eliminar todos pelo controle do poder dentro do narcotráfico. Para piorar ainda mais a situação Walter é cunhado do chefe local da DEA, o órgão de repressão ao tráfico de drogas nos EUA.

Breaking Bad é uma série excepcional porque lida com um aspecto que poucos se dão conta. O tráfico e a comercialização de drogas nos EUA tem atraído cada vez mais gente comum para seu mercado. Não são bandidos em essência, mas pessoas ditas acima de qualquer suspeita, com família, profissão, emprego. O caso de Walter é significativo nesse ponto. Ele é um professor comum, tem uma família normal mas sucumbe ao alto poder de lucro advento do comércio de drogas. Até o traficante Gus se enquadra nesse perfil. Ele tem um estabelecimento comercial do ramo de alimentação, é inserido dentro da sociedade local, admirado e querido por seus pares. O que ninguém desconfia é que seu grande poder econômico vem justamente da venda de Meta por todo o Novo México. Diante de tal desafio podemos assim ter uma idéia de quão complicado é combater a proliferação do comércio de drogas naquele país. É a pura lei da oferta e da procura, enquanto houver demanda sempre haverá alguém disposto a comercializar o produto, mesmo que seja um crime federal. Todas as temporadas são ótimas mas destaco o final da quarta temporada, realmente marcante. Destaque também para o elenco inspirado e a galeria de personagens carismáticos, como o próprio Saul (Bob Odenkirk), um advogado picareta sempre vivendo no fio da navalha.  Em suma, não deixe de conhecer Breaking Bad, uma das melhores séries surgidas na TV americana nos últimos tempos.

Em suma, essa é uma série que adoro! Costumo brincar afirmando que "Breaking Bad" é extremamente viciante! Bobagens à parte, o fato é que se trata de um daqueles seriados que você simplesmente não consegue deixar de acompanhar. Roteiro, direção e atuação de alto nível, um primor. É uma das melhores representantes da excelente fase pelo qual passa a televisão americana nesse momento. Pois bem, na minha opinião a série teria terminado no último episódio da Mid-season quando Hank Schrader (Dean Norris) descobre no banheiro, de forma completamente casual, que seu próprio cunhado, Walter White (Bryan Cranston) é o grande traficante de metanfetamina que ele tanto procurava nos últimos anos. Pense bem, se tudo tivesse terminado naquela última cena o final seria completamente aberto! Seria fantástico e cada espectador daria asas à sua própria imaginação para tentar entender o que iria ocorrer dali para frente.

Porém, não foi essa a visão dos produtores e do criador Vince Gilligan. Como "Breaking Bad" foi uma série de sucesso fenomenal resolveu-se ir adiante, até o fim. Aqui nesse episódio as coisas já estão completamente fora do controle. Walter contrata assassinos para matar Jesse - mas esses não querem dinheiro, apenas que ele ensine a fazer a meta azul que é sucesso de mercado. Walter aceita. Ele quer encontrar Jesse (Aaron Paul) e arma uma emboscada mas dá tudo completamente errado! Há uma tentativa de se localizar onde está todo o dinheiro de Walter - e eles chegam lá, mas haverá surpresas para todos os que se encontram naquele buraco árido. Um intenso tiroteio no meio do deserto encerra o episódio, o primeiro que realmente me empolgou nessa reta final de série (os anteriores me deixaram uma sensação ruim de que estavam enchendo linguiça). Faltam apenas dois episódios para que eu termine a longa caminhada de "Breaking Bad", que desde já, posso dizer que foi uma das melhores que assisti em minha vida. Espero que tudo termine em alto nível.

Breaking Bad (EUA, 2008 - 2012) Criado por Vince Gilligan / Elenco: Bryan Cranston, Anna Gunn, Aaron Paul, Giancarlo Esposito, Bob Odenkirk / Sinopse: Pacato professor de química do ensino médio, Walter White (Bryan Cranston) resolve começar a produzir e vender drogas.

Episódios comentados:

Breaking Bad 5.13 - To'hajiilee
Outra série que adoro! Costumo brincar afirmando que "Breaking Bad" é extremamente viciante! Bobagens à parte, o fato é que se trata de um daqueles seriados que você simplesmente não consegue deixar de acompanhar. Roteiro, direção e atuação de alto nível, um primor. É uma das melhores representantes da excelente fase pelo qual passa a televisão americana nesse momento. Pois bem, na minha opinião a série teria terminado no último episódio da Mid-season quando Hank Schrader (Dean Norris) descobre no banheiro, de forma completamente casual, que seu próprio cunhado, Walter White (Bryan Cranston) é o grande traficante de metanfetamina que ele tanto procurava nos últimos anos. Pense bem, se tudo tivesse terminado naquela última cena o final seria completamente aberto! Seria fantástico e cada espectador daria asas à sua própria imaginação para tentar entender o que iria ocorrer dali para frente. Porém, não foi essa a visão dos produtores e do criador Vince Gilligan. Como "Breaking Bad" foi uma série de sucesso fenomenal resolveu-se ir adiante, até o fim. Aqui nesse episódio as coisas já estão completamente fora do controle. Walter contrata assassinos para matar Jesse - mas esses não querem dinheiro, apenas que ele ensine a fazer a meta azul que é sucesso de mercado. Walter aceita. Ele quer encontrar Jesse (Aaron Paul) e arma uma emboscada mas dá tudo completamente errado! Há uma tentativa de se localizar onde está todo o dinheiro de Walter - e eles chegam lá, mas haverá surpresas para todos os que se encontram naquele buraco árido. Um intenso tiroteio no meio do deserto encerra o episódio, o primeiro que realmente me empolgou nessa reta final de série (os anteriores me deixaram uma sensação ruim de que estavam enchendo linguiça). Faltam apenas dois episódios para que eu termine a longa caminhada de "Breaking Bad", que desde já, posso dizer que foi uma das melhores que assisti em minha vida. Espero que tudo termine em alto nível. / Breaking Bad 5.13 - To'hajiilee (Estados Unidos, 2013) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Vince Gilligan, George Mastras / Elenco: Bryan Cranston, Anna Gunn, Aaron Paul. 
 
Breaking Bad 5.15 - Granite State
Penúltimo episódio de Breaking Bad. O episódio anterior foi maravilhoso, com alta carga dramática e então tudo vai por terra nesse aqui que sinceramente falando me soou como gratuito, sem maior relevância. Walter White (Bryan Cranston) consegue escapar das garras da lei e vai parar em um lugar remoto, uma cabana no meio de uma montanha bem no meio de lugar nenhum. Um esconderijo perfeito para não ser encontrado por ninguém. O isolamento porém começa a mexer psicologicamente com White que não resiste e resolve ligar para o filho naquela que é sem dúvida a melhor cena do episódio. Do outro lado Jesse Pinkman (Aaron Paul) se torna cativo de seus algozes que procuram em essência seu talento para "cozinhar" Meta. Só ele ainda consegue fabricar a droga com alto grau de pureza, além da cor azul que tanto sucesso faz entre os drogados da região. Assim "Granite State" só serve mesmo como uma ante-sala do episódio final que espero não seja decepcionante.

Breaking Bad 5.16 - Felina
E assim, depois de cinco anos, cinco temporadas e 62 episódios, finalmente "Breaking Bad" chega ao seu final. Nos Estados Unidos a exibição desse episódio foi um evento e tanto, com ampla cobertura da mídia e excelentes pontos de audiência. Estava bem receoso, pensei que viria literalmente uma bomba pela frente, mas apesar de reconhecer que foi um pouco sem surpresas, gostei do resultado final. Escrevi a sentença "sem surpresas" porque realmente era algo esperado. O final de Walter White (brilhantemente interpretado por esse grande ator Bryan Cranston) vem bem de acordo com os padrões morais e éticos que imperam dentro da sociedade americana. Ele, seja por boas ou más razões, enveredou por esse mundo do tráfico de drogas e no final de tudo tinha que pagar por seus erros. White é seguramente um dos personagens mais fascinantes da história da TV americana. Um sujeito de uma personalidade complexa e cativante, que reflete bem o lado positivo e negativo de todas as pessoas. Uma de suas falas finais, ao reconhecer que gostava do que fazia pois o fazia se sentir vivo realmente é muito reveladora, mostrando o seu lado verdadeiro e sem retoques. Confesso que muitas vezes torci por Walter, até porque suas razões pareciam dignas em certo sentido, mas tenho que dar o braço a torcer e reconhecer que se o final não foi ousado ou surpreendente, pelo menos foi adequado e digno. Assim "Breaking Bad" deu adeus e não se enganem, deixará um enorme vácuo em seu lugar já que não visualizo nada atualmente em exibição que tenha tanta qualidade.

Pablo Aluísio.