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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Back to Black

Título no Brasil: Back to Black
Título Original: Back to Black
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: StudioCanal UK
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Matt Greenhalgh
Elenco: Marisa Abela, Eddie Marsan, Jack O'Connell

Sinopse:
O filme conta a história da cantora Amy Winehouse, desde seus primeiros passos em sua carreira, quando era apenas uma cantora desconhecida em Londres, passando por seus momentos de sucesso mundial, chegando até seu trágico e precoce fim, quando morreu com apenas 27 anos de idade. 

Comentários:
Não me entenda mal, o filme é bom, mas preciso fazer algumas ressalvas. A personagem Amy Winehouse que surge nesse filme é apenas uma versão muito suavizada e romanceada da verdadeira Amy Winehouse. A cantora real era muito talentosa, disso ninguém tem dúvidas, mas era igualmente muito bagaceira. Ela se envolveu com um cara errado e junto a ele afundou no mundo das drogas pesadas. Ela era vista usando crack nas ruas mais conhecidas de viciados em Londres. De pés descalços, andando pelas ruas totalmente drogada, parecia mais um zumbi. Infelizmente as drogas transformaram ela numa mulher de sarjeta mesmo, sem exagerar em nada. Amy ficou desdentada, suja, maltrapilha, mal cheirosa, tomando drogas pelas ruas, um verdadeiro horror! No filme tudo isso é jogado para debaixo do tapete. Igualmente não é mostrado quase nada de suas apresentações desastrosas, onde caindo de drogada, mal conseguia cantar um verso no microfone. No Youtube você assiste a milhares de registros desse tipo feito por pessoas da plateia. Então é isso. O que temos aqui é até um bom filme, mas uma versão muito adocicada, suavizada e romanceada da história real. A Amy desse filme é um doce de pessoa, praticamente uma patricinha. Assim não dá para levar à sério! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Cinquenta Tons de Cinza

Título no Brasil: Cinquenta Tons de Cinza
Título Original: Fifty Shades of Grey
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Jennifer Ehle
  
Sinopse:
Com roteiro baseado no romance escrito por E.L. James, o filme "Cinquenta Tons de Cinza" conta a história de Christian Grey (Jamie Dornan), um milionário americano que acaba se interessante pela jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson), após a conhecer casualmente, quando ela é enviada para fazer uma pequena entrevista no lugar de sua amiga. Desde o começo Grey fica fascinado pela singeleza e simplicidade da garota e resolve investir em um relacionamento diferente com ela, algo completamente fora do comum que testará os limites de Anastasia em relação ao que sente por seu novo "namorado". Filme indicado ao prêmio Golden Trailer Awards na categoria "Best Romance".

Comentários:
Muito barulho por nada! Assim poderíamos rotular o sucesso comercial tanto do livro como do filme "Fifty Shades of Grey". Como se tornou mesmo um fenômeno de vendas a obra original que deu origem ao filme sofreu todos os tipos de críticas. O conteúdo foi acusado de ser ofensivo para as mulheres, abusivo e fora de proporção. A história envolvendo um milionário, Christian Grey (Jamie Dornan) e uma jovem comum, Anastasia Steele (Dakota Johnson), poderia passar completamente despercebido se não fosse um ingrediente incomum que o ricaço considera indispensável em um relacionamento amoroso, a violência física. Assim ele deixa claro desde o começo que não sente prazer ou atração da forma usual, como todas as pessoas, mas sim que para chegar ao prazer precisa também infringir dor, muita dor, em sua companheira. Após o susto inicial ao ser informada desse estranho modo de ser, a jovem acaba aceitando os termos, não sem antes ser coagida a assinar uma espécie de contrato que isenta Grey de qualquer responsabilidade legal do que venha a acontecer entre eles. Muitos disseram que qualquer mulher sensata e com o juízo no lugar simplesmente iria embora ao tomar conhecimento de algo assim, mas se formos pensar bem, no mundo atual em que tudo ou praticamente tudo é permitido, tenho sérias dúvidas se as coisas seriam decididas assim mesmo, de maneira tão fácil. Outro prato cheio para misóginos e cafajestes em geral veio do fato do personagem masculino ser um milionário. Para esses a jovem Anastasia toparia tudo por causa do dinheiro dele. 

Uma maneira de rebaixar a condição feminina ao puro interesse econômico. Afinal de contas se Grey fosse um pobretão será mesmo que ela se submeteria a todas as humilhações, pancadarias e violência generalizada? Calma meus caros... A literatura erótica com toques de masoquismo não nasceu ontem e nem é fruto da nossa sociedade, considerada por muitos como completamente doente. Na verdade desde os tempos de Donatien Alphonse François de Sade, o conhecido Marquês de Sade, esse tipo de literatura está por aí, no ar! Não adianta ficar denegrindo as mulheres por causa desse tipo de história, haja visto que estamos na presença de um tipo, uma espécie literária, que já tem muita tradição. E o filme? Vale a pena? Tirando todo o preconceito que vem com o pacote no que se trata de "Fifty Shades of Grey" o filme em si pode ser considerado mediano, um passatempo que não chega a desagradar ou aborrecer. Ele conta sua história e mesmo não surpreendendo em absolutamente nada não chega a irritar. Recomendamos para que você não fique por fora dos assuntos mais polêmicos, afinal mais cedo ou mais tarde o assunto acaba vindo à tona, seja em reuniões sociais, seja em rodas de amigos. Assista nem que seja para se atualizar sobre o que anda fazendo sucesso no gosto das nossas estimadas leitoras.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de março de 2015

Cinquenta Tons de Cinza

Título no Brasil: Cinquenta Tons de Cinza
Título Original: Fifty Shades of Grey
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Jennifer Ehle
  
Sinopse:
Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma jovem estudante de literatura inglesa que resolve fazer um favor para a amiga que está doente: ir realizar uma entrevista com o empresário milionário Christian Grey (Jamie Dornan). Assim que Grey conhece Anastasia surge um interesse imediato nela, apesar de tantas diferenças entre eles. Ela, por sua vez, o considera intimidante e misterioso, mas também charmoso e elegante. O que a garota nem desconfia é que Grey tem uma visão muito própria de como se relacionar com as mulheres em geral.

Comentários:
Baseado no romance de sucesso escrito por E.L. James, "Fifty Shades of Grey" explora a atração que surge entre duas pessoas que possuem muito pouco em comum. Ele é um homem de negócios milionário, frio e ousado que vê na jovem garota mais uma oportunidade de dar vazão aos seus instintos mais básicos (e selvagens). Ela é uma universitária, sem grande sofisticação, que acaba sendo atraída pelo estilo diferente de Grey. Desse choque de contrastes surge uma relação marcada por uma estranha forma de buscar e realizar prazer sem limites. Esse filme, pelo sucesso e pela repercussão que tem alcançado, acabou gerando várias polêmicas desnecessárias, tanto por parte da imprensa como nas redes sociais. Na verdade não há nada de muito novo nesse tipo de jogo de sedução. Nem mesmo as manias sádicas de Grey podem ser encaradas como novidade pois já estão por aí na sociedade há décadas. Aliás o uso de violência para alcançar o prazer sexual nem é tão bem explorado no filme, tudo ficando em um nível puramente superficial. 

A personalidade de Grey, seus traumas e motivações, poderia ser muito bem trabalhada, mas fica também em uma superfície sem grande aprofundamento psicológico. No final das contas ela se deixa levar por causa do status do rico executivo, o que demonstra uma certa superficialidade por parte de seu caráter. As manias que ele tem, como por exemplo, a aversão ao toque feminino ou as muitas reservas em compartilhar seu próprio leito com uma mulher teria levado qualquer uma a ir embora no minuto seguinte. Grey é acima de tudo um esquisitão, com ideias mórbidas e violentas. Para piorar nutre uma frieza cortante, fruto provavelmente de uma personalidade psicopata, que assustaria grande parte das mulheres (pelo menos as de bom senso). Como se trata da adaptação de um romance sem muito conteúdo tudo fica nessa zona cinzenta entre o descartável e o irrelevante. Em termos puramente cinematográficos o filme poderia ser mais enxuto, com uma duração menos excessiva. De qualquer maneira se você não se importar com a superficialidade de argumento a produção pode até mesmo a vir a se tornar um passatempo fugaz de um fim de noite entediante.

Pablo Aluísio.