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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Assassino Sem Rastro

Esse bom filme traz o ator Liam Neeson interpretando um assassino profissional. Ele já está com uma determinada idade e pensa em se aposentar, principalmente depois que começam a surgir os primeiros sinais do mal de Alzheimer, uma doença que já atingiu seu irmão que se encontra praticamente em estado vegetal em um hospital. Depois de fazer um execução no México, ele retorna aos Estados Unidos com um novo "serviço". Na cidade de El Passo no Texas ele precisa eliminar alguns alvos e no meio do serviço descobre que uma das pessoas a serem mortas é uma garota de 13 anos de idade, uma Imigrante ilegal mexicana, praticamente uma criança. Algo que para ele é inconcebível. Assim deixa ela viva. De assassino profissional para um cartel do México ele passa a ser o novo foco a ser apagado e aí precisa sobreviver sendo perseguido não apenas pelos criminosos, mas também pelo FBI e por uma polícia estadual do Texas altamente corrompida, cheia de policiais corruptos.

Não se pode dizer que Liam Neeson não seja um trabalhador padrão no mundo do cinema, atualmente acredito que seja o ator que mais lança filmes ao ano em Hollywood. Quem acompanhar sua carreira pode ficar tranquilo pois esse aqui é um bom filme policial com roteiro bem escrito, excelente trama e um bom desenvolvimento e desfecho da história. O realismo vai surpreender muita gente, principalmente no clímax do filme, onde vai se discutir que forma subliminar as falhas no sistema jurídico norte americano. O elenco é muito bom, além de Liam Neeson, temos Guy Pearce como um honesto agente do FBI e uma Vilã interpretada pela bela Monica Bellucci, dando vida a uma personagem interessante, uma magnata do ramo de imóveis envolvida no mundo do crime organizado. Filme muito bem produzido e dirigido, realmente acima da média, sendo um dos melhores de Liam Neeson nesses últimos anos. Recomendo sem restrições.

Assassino Sem Rastro (Memory, Estados Unidos, 2022) Direção: Martin Campbell / Roteiro: Dario Scardapane / Elenco: Liam Neeson, Guy Pearce, Monica Bellucci / Sinopse: Assassino profissional passa a ser alvo de um violento cartel do México após se recusar a eliminar uma garota de 13 anos. Além dos criminosos, ele precisa também escapar do FBI e de uma polícia estadual do Texas cheia de policiais corruptos e comprados por uma rica e poderosa empresária de El Passo.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O Estrangeiro

Título no Brasil: O Estrangeiro
Título Original: The Foreigner
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra, China
Estúdio: STX Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: David Marconi, Stephen Leather
Elenco: Jackie Chan, Pierce Brosnan, Orla Brady, Michael McElhatton, David Pearse, Rufus Jones

Sinopse:
Com roteiro baseado no romance policial "The Chinaman", o filme "O Estrangeiro" conta a história de um pai, Quan Ngoc Minh (Jackie Chan) que vê sua filha ser morta em um atentado terrorista em Londres, promovido pelo IRA. Obcecado em descobrir os nomes dos autores do crime ele vai até o gabinete do primeiro ministro da Irlanda do Norte m busca de respostas e vingança.

Comentários:
Via de regra eu não sou grande fã dos filmes do Jackie Chan, mas esse aqui me surpreendeu positivamente. Há um tom mais sóbrio, mais sério. O roteiro é bem cuidadoso em desenvolver os personagens e as situações e o filme passa longe de ser uma daquelas fitas meio bobocas do Chan. Ele luta aqui, mas de maneira mais contida. Não há acrobacias e nem exageros. E o filme tem um ótimo vilão interpretado pelo ex-James Bond Pierce Brosnan. Seu papel é importante dentro da trama. Um sujeito com passado ligado ao IRA dos velhos tempos, das bombas, dos atentados terroristas contra ingleses. Agora, já bem envelhecido, ele se diz ser apenas um político, porém é um daqueles personagens dúbios, que levam o espectador ora a crer que ele estaria por trás dos atos terroristas, ora a pensar que na verdade ele é um elo de ligação do IRA atual com a civilidade, deixando o campo dos crimes para atuar apenas no complexo tabuleiro da política da região. No quadro geral é um filme bem realizado, que mantém o interesse até o final. E resgata o IRA para as telas de cinema novamente. Desde que deixou a luta armada de lado, o grupo irlândes nunca mais havia sido foco em filmes de ação. Agora eles estão de volta... mais violentos do que nunca. Assista ao filme sem receios.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

A Máscara do Zorro

Título no Brasil: A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
  
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A Máscara do Zorro

Título no Brasil: A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
  
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Fuga de Absolom

Título no Brasil: Fuga de Absolom
Título Original: No Escape
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Michael Gaylin
Elenco: Ray Liotta, Lance Henriksen, Stuart Wilson
  
Sinopse:
O filme conta a estória do capitão J.T. Robbins (Ray Liotta). Acusado e condenado pela morte de um general ele é levado para uma prisão de segurança máxima localizada numa ilha distante e isolada. O Estado envia para lá os piores elementos da sociedade, para que morram esquecidos. Nesse lugar esquecido por Deus acaba sendo criada uma sociedade entre os prisioneiros onde impera o barbarismo e a violência. Não existem normas, apenas imposições implantadas por força bruta e violência insana. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção.

Comentários:
Eu nunca fui particularmente muito fã desse tipo de ficção. Você certamente conhece esse tipo de argumento, passado em um futuro não muito distante, onde a tecnologia high-tech convive com uma sociedade doentia, prestes a entrar em colapso social. Nesse roteiro em especial temos uma prisão do futuro, um lugar simplesmente hostil e violento onde presos de grande periculosidade vivem isolados, numa ilha que foi transformada em presídio, onde o que impera mesmo é a lei do mais forte. Por essa razão não adianta se iludir pois não existem regras ou perdão dentro daqueles muros. Quando vi pela primeira vez até curti o estilo, mas hoje em dia vejo que não há mais espaço para produções como essa em minha vida de cinéfilo. Curioso porque o diretor Martin Campbell iria ser escalado logo depois para dirigir "007 Contra GoldenEye", demonstrando que o estúdio havia gostado do resultado final, principalmente por causa das boas cenas de ação que dirigiu (já que o roteiro definitivamente não era grande coisa). Dois filmes de Zorro depois (A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro) e mais um bom filme da franquia James Bond (007 - Cassino Royale) e a carreira do diretor seria praticamente destruída pelo desastre comercial do péssimo "Lanterna Verde". Pelo visto por essa nem seu mais persistente pessimismo futurista esperava.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Limite Vertical

Título no Brasil: Limite Vertical
Título Original: Vertical Limit
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Robert King
Elenco: Chris O'Donnell, Bill Paxton, Scott Glenn, Robin Tunney

Sinopse:
Peter Garrett (Chris O´Donnell) faz parte de uma longa linhagem de famosos alpinistas em sua família. Após a morte de seu pai em uma montanha mortal ele resolve se afastar desse meio. Para piorar seu relacionamento com a irmã se desgasta com o tempo. Três anos depois ele precisará rever seus conceitos ao saber que sua irmã está em apuros na K2. Para salvá-la da morte ele decide então organizar uma expedição de resgate de último momento. A sorte está lançada novamente. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Hollywood geralmente passa por fases de tempos em tempos. Fase de realizar filmes sobre vulcões, fase de realizar filmes sobre terremotos e por aí vai. No ano de 2000 tivemos uma modinha de filmes sobre desastres acontecendo com alpinistas em algumas das montanhas mais mortais do planeta. A maioria desses filmes se enquadravam na categoria junk food, mas alguns até que se salvaram da lata de lixo da lanchonete local do shopping center. Esse "Vertical Limit" não é nenhuma maravilha em termos de roteiro, mas possui uma qualidade técnica digna de elogios, principalmente pela coragem do diretor Martin Campbell e sua equipe em encarar locações perigosas, algumas praticamente mortais, principalmente na infame K-2, a conhecida montanha da morte, onde apenas alpinistas altamente profissionais se arriscam a colocarem os seus pés. Se foi uma ótima experiência para o diretor não se pode dizer o mesmo de seu ator principal. Chris O´Donnell, por essa época, era o queridinho da Columbia, que tinha grandes esperanças em transformar o rapaz em um astro. A carreira dele porém já estava manchada pelo fracasso comercial da bomba "Batman & Robin". Vestir o uniforme do garoto prodígio foi fatal para sua sobrevivência no cinema, o que demonstra que nem sempre interpretar super-heróis pode ser uma boa para a vida profissional de um ator. Se a coisa dançou na telona o jeito foi ir para a telinha. Desde 2009 ele vem estrelando a mediana série "NCIS: Los Angeles". Pelo menos não está desempregado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A Lenda do Zorro

Título no Brasil: A Lenda do Zorro
Título Original: The Legend of Zorro
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman
Elenco: Antonio Banderas, Catherine Zeta-Jones, Rufus Sewell

Sinopse:
Seqüência de "A Máscara do Zorro" de 1998. O enredo aqui se passa no ano de 1850. Alejandro (Antonio Banderas) assume definitivamente o personagem Zorro após essa honra ter lhe sido dada no primeiro filme pelo Zorro original, Don Diego de La Vega (Anthony Hopkins). Ao lado de Elena Murrieta (Catherine Zeta-Jones) ele terá que enfrentar um grupo de gananciosos vilões que querem boicotar a ideia da criação do Estado da Califórnia.

Comentários:
Verdade seja dita, nunca consegui gostar plenamente dessa nova franquia do Zorro. Os filmes sempre me soaram muito bobos, exagerados, caindo em todos os clichês possíveis e imagináveis que existem no cinemão mais comercial dos Estados Unidos. Tudo bem que até mesmo no Zorro original havia uma certa dose de humor, mas precisavam mesmo exagerar tanto? Em certos momentos ficamos com a impressão que estamos assistindo aos velhos filmes de "Os Três Patetas". Se o primeiro filme já era meio fora do tom, aqui tudo desanda. Eu pessoalmente acho esse Antonio Banderas um tremendo chato - ele se apoderou dos piores estereótipos que os americanos possuem dos povos latinos e os acentuou ao máximo! Nesse processo ele próprio virou uma piada ambulante. Sua caracterização caricata só nos deixa mesmo com saudades de grandes atores que interpretaram o Zorro no passado como Tyrone Power! Assim no final das contas o espectador terá que se contentar em ver uma infinidade de cenas absurdas, uma atrás da outra, numa tentativa boboca de adequar o clássico personagen às plateias de adolescentes com déficit de atenção dos dias de hoje. Melhor mesmo rever as antigas produções e esquecer completamente essa nova série de filmes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

007 Contra GoldenEye

Pierce Brosnan foi um dos melhores atores a interpretar James Bond. Isso ainda não está muito claro na mente das pessoas porque seu reinado na pele do famoso personagem foi bem recente e geralmente só após muitos anos é que o trabalho de um ator que faz Bond é finalmente reconhecido. Mesmo assim, talvez sendo cedo demais, não tenho medo de fazer essa afirmação. Pierce foi um dos que mais se aproximaram do Bond dos livros. De uma forma ou outra todos os demais atores que fizeram Bond apresentavam algum tipo de problema em cena. Sean Connery foi quase perfeito mas não tinha o perfil ideal para o Bond bonitão das páginas de Ian Fleming. Ele sempre estava lutando com problemas de calvície e Bond definitivamente não poderia ser careca. Roger Moore que o sucedeu, era muito fanfarrão, seus filmes quase viraram chanchadas cômicas ao longo dos anos. Timothy Dalton não tinha o carisma suficiente e George Lazenby teve seu tapete puxado cedo demais. Hoje temos Daniel Graig que também não considero o ideal - é carrancudo e sem charme. Não tem finesse e por essa razão seus filmes precisam de ação constante para o público não perceber essa falha. Já Brosnan era elegante, fino, boa pinta e tinha um toque de ironia ideal (sem os exageros de Roger Moore). Por isso não hesito em dizer que ele foi ótimo como James Bond.

Seu primeiro filme foi esse  "007 Contra GoldenEye", uma produção muito equilibrada que tentava revitalizar o famoso espião para o novo público jovem que frequentava as salas de cinema. A franquia vinha com problemas sérios, havia processos para todos os lados - fruto da briga pelos direitos autorais - e uma sensação de que o espião poderia até nunca mais voltar às telas de cinema. Após chegarem a uma conciliação finalmente deram o pontapé inicial para trazer James Bond de volta. Pierce Brosnan era o nome mais natural já que ele deveria ter assumido o posto após a aposentadoria de Roger Moore e só não o fez porque tinha obrigações contratuais com outros projetos que o impediram de fazer "007 Marcado Para a Morte" que foi realizado com Dalton. Na metade da década de 90 finalmente surgiu uma nova oportunidade e dessa vez ele a agarrou com unhas e dentes. O enredo girava em torno de um projeto de satélites chamado GoldenEye que poderia desestabilizar o Reino Unido caso seu controle caísse em mãos erradas. Era um bom argumento, divertido, que agradou ao grande público. O filme teve ótima bilheteria superando os 300 milhões de dólares, provando que Bond ainda era um produto de apelo popular. Brosnan recebeu uma boa cota de elogios e garantiu seu lugar para uma sequência. Nada mal para uma franquia que havia sido declarada morta para a sétima arte.

007 Contra GoldenEye (GoldenEye, Estados Unidos, Inglaterra, 1995) Direção: Martin Campbell / Roteiro: Michael France baseado na obra de Ian Fleming / Elenco: Pierce Brosnan, Sean Bean, Izabella Scorupco, Famke Janssen, Gottfried John, Alan Cumming, Judi Dench / Sinopse: O agente James Bond (Pierce Brosnan) tenta evitar que a rede de satélites GoldenEye seja utilizada para desestabilizar a paz e a ordem nos países ocidentais.

Pablo Aluísio.

O Fim da Escuridão

Mel Gibson é sem sombra de dúvidas um dos ícones do cinema de ação das décadas de 80 e 90. Colecionando um sucesso atrás do outro ele até mesmo conseguiu transpor a complicada barreira que separa as profissões de ator e diretor. Hoje é reconhecido nos dois segmentos. Gibson porém estava longe dos cinemas desde 2003 e só retornou mesmo em 2010 com esse "O Fim da Escuridão". Para quem sempre foi sinônimo de ótimas bilheterias esses sete anos afastado pareceram uma eternidade. Mas afinal o que aconteceu? Bem, aconteceu de tudo na vida de Gibson. Ele se divorciou da esposa que estava junto a ele por décadas e com quem teve vários filhos, brigou com a imprensa, voltou a beber de forma descontrolada, se envolveu em acidentes, ofensas raciais, ameaças de morte e o diabo a quatro. Não me admira em nada que no meio do caos que virou sua vida tenha sido tão complicado voltar ao cinema. O pior é que após tanto tempo fora dos holofotes sua volta gerou grande expectativa. Uma pena que tudo tenha terminado em frustração.

"O Fim da Escuridão" é um filme fraco, cheio de clichês e que a despeito de ser classificado como filme de ação, nesse campo não convence, pelo contrário, faz mesmo é aborrecer o espectador. A produção tem ritmo pesado, pouco fluido e cai muitas vezes no tédio. Gibson também não colabora, está preguiçoso, com má vontade e em nenhum momento parece estar muito interessado. Talvez tenha sido pelo fato de ter sido dirigido por Martin Campbell de 007 Cassino Royale. Dizem que ator e diretor se desentenderam no set e Gibson jurou nunca mais trabalhar sob as ordens de ninguém - o que talvez justifique o fato de ter dominado seu filme posterior, esse sim muito bom, "Plano de Fuga". O clima ruim e pesadão das filmagens parece ter passado para o resultado final. Gibson parece entediado e sem garra. O roteiro fraco é a pá de cal em um filme bem decepcionante. Seu único mérito talvez tenha sido trazer o antigo astro de volta das sombras em que andava vivendo. Fora isso nada de muito digno de nota acontece.

O Fim da Escuridão  (Edge of Darkness, Estados Unidos, 2010) Direção: Martin Campbell / Roteiro: William Monahan / Elenco: Mel Gibson, Danny Huston, Shawn Roberts, Bojana Novakovic / Sinopse: Thomas Craven (Mel Gibson) é um detetive do departamento de homicídios da cidade de Boston cuja filha ativista é morta bem em frente à sua residência. Inconformado pelo crime bárbaro ele resolve ir a fundo para descobrir quem cometeu esse ato cruel e desumano.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lanterna Verde

Título no Brasil: Lanterna Verde
Título Original: Green Lantern
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio:  Warner Bros
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard
  
Sinopse:
Adaptação para o cinema do famoso personagem das histórias em quadrinhos da DC Comics: Lanterna Verde. Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um sujeito comum que acaba caindo em uma situação completamente extraordinária. Ele é escolhido para integrar a tropa dos Lanternas Verdes, seres espaciais que lutam pelo bem de todos os habitantes do universo conhecido. Filme indicado ao ASCAP Film and Television Music Awards.

Comentários:
Ok, sem mais delongas vamos aos fatos: Lanterna Verde é fraco demais. O filme tem muitos, muitos problemas. Eu acredito que uma das coisas mais importantes que devem existir em um filme de super heróis é o chamado clima! Clima é a apresentação do personagem, a introdução em sua mitologia, é fazer o espectador se sentir dentro da estória (de preferência com uma trilha sonora marcante). Pois bem, "Lanterna Verde" não tem clima nenhum. Nos sete minutos iniciais do filme a mitologia do personagem é literalmente vomitada em cima do espectador. Nada é bem explicado, tudo é jogado - em poucos minutos somos apresentados aos tais guardiões do universo e no máximo cinco minutos depois o Hal se torna o Lanterna Verde - tudo sem envolvimento, nem ambientação, mal feito, um horror! 

O filme tem um visual estranho - tudo muito kitsch e exagerado! O vilão deveria ser supostamente um dos grandes atrativos do filme mas ele é tão vazio, só não consegue mesmo ser mais sem conteúdo do que o próprio personagem principal - que praticamente não tem nenhuma história pessoal, nenhum passado, nada (no máximo o filme coloca alguns flashbacks toscos mostrando a morte de seu pai mas é só). O resto do filme é uma porcaria enorme. Ryan Reynolds é péssimo, péssimo, péssimo. Impossível crer que todo um setor do universo seria destinado a um idiota daqueles. O personagem se revela um tolo, boboca, imbecil completo, que não transmite nenhum tipo de identidade com o espectador. Além disso seus trejeitos dão uma impressão que debaixo da roupa verde existe um rapaz louco para sair dançando em boates tecno! Uma palhaçada sem tamanho! Tudo muito mal interpretado e mostrado. Enfim, poucas vezes assisti um filme de super herói tão ruim como esse. Com um canastrão em cena e uma caracterização equivocada tudo afunda de forma monumental! É seguramente uma das mais infelizes adaptações de quadrinhos que já tive o desprazer de assistir, não restam mais dúvidas que é o "lanterna" dos filmes baseados em quadrinhos. É ruim de doer... fuja para outro universo e não veja esse abacaxi cósmico!

Pablo Aluísio.