quinta-feira, 13 de julho de 2017
Shrek Terceiro
Título Original: Shrek the Third
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Chris Miller, Raman Hui
Roteiro: William Steig, Andrew Adamson
Elenco: Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy, Antonio Banderas, Julie Andrews, Justin Timberlake, John Cleese
Sinopse:
Com a morte do Rei, pai de Fiona, Shrek deve assumir o trono e se tornar o novo Rei, só que ele não quer ser coroado, pois jamais pensou em sentar no trono real. Assim ele parte ao lado do burro e do Gato de Botas em busca de alguém para ser o novo Rei daquelas terras...
Comentários:
Essa franquia de animação do ogro verde Shrek rendeu um filme até bacaninha (o original) e uma sequência bem fraca. Essa terceira parte só existe mesmo por motivos comerciais pois os filmes anteriores renderam muita bilheteria. A DreamWorks não iria perder mais uma chance de faturar bem nos cinemas pela terceira vez. O problema é que não havia mais estorinha para contar, pois o livro original já tinha sido explorado ao máximo. Assim o estúdio criou essa estorinha praticamente do nada, apelando mesmo por razões financeiras. O filme é claro bem feito, bem realizado do ponto de vista técnico. Só não tem mesmo um roteiro muito convincente. Obviamente as crianças que adoram o Shrek não queriam nem saber disso, só se divertir nos cinemas. Com custo de 160 milhões de dólares essa terceira parte rendeu incríveis 440 milhões de dólares no mercado americano e internacional! Uma cifra incrível para uma animação tão fraquinha. É no final das contas a força do personagem entre a criançada, nada mais do que isso. Já os adultos vão mesmo torcer o nariz, uma vez que não há muito o que curtir aqui. Para os negócios em Hollywood porém o filme foi maravilhoso, enchendo os cofres mais uma vez dos estúdios de Spielberg. Business is business! Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Animação. Também indicado ao Annie Awards na categoria de Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de junho de 2017
Cavaleiro de Copas
E há uma variedade delas. Desde a stripper que ele conhece em um bar, passando por uma elegante e charmosa médica (interpretada por Cate Blanchett), indo até uma mulher que ele chega a pensar ser o verdadeiro amor que ele há muito vinha esperando (aqui em presença carismática de Natalie Portman, que só tem algumas poucas linhas de diálogo em cena). Bale por sua vez passa o filme todo de forma bem passiva, olhar perdido, com as mãos no bolso, como se olhasse para a vida sem se importar muito com o que acontece ao seu redor. Como se trata de uma quase obsessão de Terrence Malick, seu personagem principal também tem problemas de relacionamento com o pai, um sujeito abusivo e verbalmente violento, sempre passando lições de moral aos filhos. Uma pessoa insuportável, mesmo na velhice.
Não vá esperando por um enredo linear e nem por uma linguagem convencional. Tudo é diferente, como convém aos filmes assinados por Terrence Malick. Ela vai construindo seu filme não através de diálogos, mas sim de imagens. Algumas fazem sentido, outras não. É um tipo de cinema, que como escrevi, vai mais pela vertente sensorial, de suas emoções. Muitos gostam de seu estilo (me incluo nesse grupo), mas não condeno quem acha tudo uma grande chatice sem fim. Vai pela opinião e gosto de cada um. Por outro lado, caso você goste do cinema de Terrence Malick não deixe de conferir, embora esse não possa ser considerado um de seus melhores trabalhos no cinema.
Cavaleiro de Copas (Knight of Cups, Estados Unidos, 2015) Direção: Terrence Malick / Roteiro: Terrence Malick / Elenco: Christian Bale, Cate Blanchett, Natalie Portman, Brian Dennehy, Antonio Banderas, Ben Kingsley, Ryan O'Neal / Sinopse: Em plena crise existencial e com sintomas depressivos, Rick (Bale) não parece mais se importar com o que acontece em sua vida. Imerso em lembranças envolvendo seu pai e as mulheres de sua vida, ele vai vivendo um dia de cada vez, sem muita empolgação por sua própria vida. Filme indicado no Berlin International Film Festival.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
O 13º Guerreiro
Título Original: The 13th Warrior
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John McTiernan
Roteiro: Michael Crichton, William Wisher Jr
Elenco: Antonio Banderas, Diane Venora, Dennis Storhø
Sinopse:
No século VIII o poeta Ahmed Ibn Fahdlan (Antonio Banderas) é enviado para terras distantes após se envolver com uma mulher errada, devidamente comprometida com outro homem, poderoso e influente. Nessa terra do norte acaba entrando em contato com os povos de origem Viking. Lá acaba sendo arrastado por uma velha profecia que dizia haver 13 homens guerreiros escolhidos para vencer um terrível mal que se abate sobre aquela comunidade. Filme indicado ao International Film Music Critics Award na categoria de Melhor Trilha Sonora incidental (Jerry Goldsmith).
Comentários:
O filme foi dirigido pelo competente diretor de ação John McTiernan, a estória é baseada em livro escrito por Michael Crichton e o elenco liderado pelo carismático ator Antonio Banderas, mas nada disso ajuda. O filme simplesmente não funciona. A culpa? Talvez tenha faltado uma melhor adaptação em termos de roteiro. Falando de maneira bem simples e direta: "The 13th Warrior" é simplesmente chato! Isso mesmo, parece óbvio, mas é a verdade. O espectador fica logo aborrecido com o roteiro que surge muito truncado, sem desenvolvimento, sem atração. Com isso tudo acaba ruindo. Os figurinos são interessantes, porém a fotografia - extremamente cinzenta e escura - mais atrapalha do que ajuda. A tese que o roteiro também tenta defender - a de que os povos do oriente eram superiores aos europeus brutos e selvagens da época também soa fora do bom senso. Pura propaganda ideológica moura (para usar uma expressão antiga). Em termos de bilheteria o filme naufragou. Todo filmado em belas paisagens do Canadá com orçamento generoso de 85 milhões de dólares não conseguiu recuperar o investimento nos cinemas e nem tampouco no mercado de vídeo depois. Assim não sobrou realmente muita coisa para celebrar. O filme é no final das contas apenas mal sucedido, tanto em termos de qualidade cinematográfica como comerciais. Bola fora medieval.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de julho de 2016
Pequenos Espiões 2
Título Original: Spy Kids 2: Island of Lost Dreams
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Alexa PenaVega, Daryl Sabara, Antonio Banderas, Steve Buscemi, Ricardo Montalban
Sinopse:
Espiões juvenis se envolvem numa trama para destruir o mundo. Cientistas do mal querem usar o código genético para exterminar a humanidade, ao mesmo tempo em que usam espiões rivais para atacar os pais dos garotos. Filme vencedor do Young Artist Awards na categoria de Melhor Atriz Juvenil (Alexa PenaVega).
Comentários:
Robert Rodriguez descobriu esse nicho de mercado, com filmes juvenis, e ganhou milhões de dólares com ele. O primeiro dessa série foi realizado em 2001 e bateu recordes de bilheterias no cinema. Depois houve essa sequência e o terceiro filme "Pequenos Espiões 3-D: Game Over" (que pegava carona com a moda 3D). Finalmente a quadrilogia foi encerrada com "Pequenos Espiões 4" (que fracassou nos cinemas). É interessante dizer que Rodriguez não parece disposto a largar o osso pois em breve ele irá produzir e dirigir "Jonny Quest", adaptação para o cinema do famoso desenho animado da Hanna-Barbera. Deixando isso de lado o que podemos dizer é que "Spy Kids 2" é bem divertido para seu público alvo (crianças e adolescentes) com muitos efeitos visuais, estorinha básica e um elenco formado por toda essa garotada. O único atrativo para quem não é criança ou adolescente é a presença de um elenco de veteranos como Antonio Banderas, Steve Buscemi (ator extremamente conceituado) e principalmente Ricardo Montalban! Quem diria que ele, um dos clássicos latin lovers do cinema americano, um dia iria participar de uma produção desse tipo! Enfim, se você tiver umas duas horas do dia para jogar fora, assistindo algo bem diversão pipoca, vale a pena arriscar para dar uma olhadinha nesse filme.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Nunca Fale com Estranhos
O grande atrativo desse filme em si vem do elenco. O estúdio apostou em Rebecca De Mornay e Antonio Banderas. Ela vinha em uma boa fase na carreira, principalmente depois das boas bilheterias de filmes como "A Mão Que Balança o Berço" e "Culpado Como o Pecado". A TriStar Pictures apostou que ela poderia ser uma das futuras estrelas de Hollywood, mas isso de fato nunca aconteceu. Depois desse filme ela foi perdendo papéis importantes e meio que caiu no esquecimento. Algo mais corriqueiro de se acontecer do que se pensa. Já Banderas teve um destino mais bem sucedido, um futuro melhor. Ele conseguiu emplacar uma carreira consistente nos Estados Unidos e se também não virou um astro pelo menos conseguiu uma certa regularidade. Assim deixo a dica desse suspense dos anos 90 que anda bem esquecido.
Nunca Fale com Estranhos (Never Talk to Strangers, EUA, Canadá, Alemanha, 1995) Direção: Peter Hall / Roteiro: Lewis A. Green, Jordan Rush / Elenco: Rebecca De Mornay, Antonio Banderas, Dennis Miller / Sinopse: Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga da polícia que acaba se apaixonando pelo homem errado, Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito perturbado que não admite ser deixado para trás.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de janeiro de 2015
Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.
Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
A Balada do Pistoleiro
Título Original: Desperado
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Joaquim de Almeida
Sinopse:
El Mariachi (Antonio Banderas) cruza as estradas empoeiradas do México com seu violão a tiracolo. A todos avisa que é apenas um artista em viagem, procurando por alguém que lhe pague alguns pesos por apresentação. Na verdade ele é algo mais além disso, um pistoleiro bom de gatilho que acaba se envolvendo numa guerra de traficantes. Filme indicado ao prêmio do Chicago Film Critics Association na categoria de Melhor Revelação Feminina (Salma Hayek). Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Beijo!
Comentários:
E por falar em Antonio Banderas eis aqui o remake de "O Mariachi", filme de baixo orçamento realizado em 1992. Imagine que no filme original o diretor Robert Rodriguez contou com apenas 5 mil dólares para rodar sua produção. Isso em termos de cinema é praticamente nada, uma quantia tão irrisória que não se consegue nem ao menos cobrir o custo dos equipamentos em um filme de orçamento médio. De qualquer maneira Rodriguez conseguiu realizar seu precário filme. Três anos depois o ator Antonio Banderas decidiu que queria estrelar um remake americano do mesmo roteiro. Afinal de contas em sua opinião havia muito potencial nesse enredo de um cantor errante das estradas que trazia algo a mais em sua caixa de violão. Banderas lutou e conseguiu levantar sete milhões de dólares no mercado americano e assim o filme foi finalmente feito. Em termos de Hollywood esse valor também não significa um orçamento satisfatório, mas como todos tencionavam repetir o espírito do primeiro filme seguiram em frente. O resultado é apenas mediano. Você como espectador precisa comprar a ideia, gostar dos personagens, do cenário e da proposta mais tosca desse enredo primário. Não é um filme sofisticado e nem muito desenvolvido. Está mais para um bangue-bangue moderno, sem cowboys e nem bandoleiros. No geral vale como uma mera curiosidade realmente. Para assistir apenas uma vez, conhecer e seguir adiante.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Mel Gibson, Arnold Schwarzenegger, Harrison Ford, Jason Statham, Antonio Banderas, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Jet Li
Sinopse:
Depois de uma mal sucedida operação, o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) decide que talvez tenha chegado o momento de dispensar sua velha equipe de veteranos. Para isso ele então planeja formar um novo time de soldados e combatentes, formado por uma turma bem mais jovem, na flor da idade. Então começa a atravessar os Estados Unidos de ponta a ponta atrás de novos membros para os mercenários. Será que seu plano realmente dará certo? Terceira aventura da série de sucesso "The Expendables".
Comentários:
Muita gente boa reclamou desse terceiro filme da franquia "Os Mercenários". Entre as críticas mais comuns estavam a falta de novidades em seu roteiro e a tentativa de lançar um novo grupo de soldados formados basicamente por atores bem mais jovens - alguns inclusive sem expressividade nenhuma, para dizer a verdade. No geral realmente não há maiores surpresas. Sylvester Stallone, que não é bobo nem nada, resolveu apenas requentar a mesma fórmula que foi utilizada nos dois filmes anteriores. A única ousadia maior foi mesmo apostar na nova geração, mas isso em si não chega a estragar o filme completamente. Já na ala dos veteranos temos as presenças de Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson. Ford não acrescenta em nada, seu personagem não tem qualquer importância e suas cenas não fariam diferença se fossem apagadas na edição final. Snipes já traz um carisma maior e tal como na vida real também interpreta um sujeito recém saído da prisão (o ator foi preso por sonegação de impostos). Dos novatos na franquia a melhor participação vem mesmo de Mel Gibson como o vilão Stonebanks! Claro que no meio de tantos atores e personagens fica mesmo complicado se destacar, mas o velho e bom Gibson consegue marcar presença, justificando sua presença em cena. Em termos de pura ação o roteiro procura se concentrar o máximo possível numa longa e destrutiva batalha envolvendo grupos rivais fortemente armados em um antigo prédio abandonado (típico da era do socialismo no leste europeu). Ali são realizadas as melhores sequências do filme, que se comparado com os anteriores realmente se revela o mais fraco, justificando o velho mito de que filmes de número 3 nunca são muito bons.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Os Mercenários 3
Título no Brasil: Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Nu Image, Millennium Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Harrison Ford, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Antonio Banderas, Jet Li
Sinopse:
Durante uma missão na costa africana o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) descobre que um antigo desafeto e inimigo, Stonebanks (Mel Gibson), está vivo e não morto, como ele pensava e para piorar o criminoso está de volta à ativa, comandando uma enorme operação de tráfico de armas usando obras de arte como disfarce para a venda dos equipamentos militares ilegais. Deter Stonebanks agora se torna uma questão de honra para Ross e seus companheiros de combate.
Comentários:
Terceiro e aguardado filme da franquia "The Expendables". A fórmula segue sendo basicamente a mesma, com Stallone à frente dessa reunião de astros de ação dos anos 80. Como aconteceu com os filmes anteriores agora temos novos astros se juntando ao elenco. A primeira novidade vem com Wesley Snipes que curiosamente surge como um recém libertado condenado da prisão (como ele próprio aliás, pois como sabemos passou algum tempo preso por sonegação de impostos). Harrison Ford é outra novidade, interpretando um supervisor da CIA. Na realidade ele não tem muito o que fazer em cena, sendo visivelmente o astro mais envelhecido de todo o elenco. Já o velho e bom Mel Gibson está bem melhor como o vilão Stonebanks! O interessante é que embora tenha sido um dos astros mais famosos e populares da década de 80, nunca havia trabalhado antes com a grande maioria do elenco. Sempre foi um lobo solitário na carreira (assim como Chuck Norris). Acaba se saindo muito bem, injetando mais uma vez seu carisma em seu personagem, mesmo sendo ele o antagonista do enredo.
Por fim no quesito resgates de estrelas do passado temos Antonio Banderas que surge como mero alívio cômico, pois seu personagem não consegue parar de falar, tagarelando o tempo todo. Ao final de "Os Mercenários 3" chegamos em algumas conclusões. A primeira é a que o estúdio tenciona levar a franquia em frente e por isso escalou todo um elenco jovem de apoio, como se fossem a nova equipe do personagem de Sly. Já que os atores originais já estão ultrapassando os 70 anos de idade é bom garantir uma sobrevida para a marca. A segunda conclusão a que chegamos é que se o roteiro não consegue ser grande coisa a diversão é certamente garantida, mostrando que todos esses heróis de ação podem estar velhos, mas não acabados, pois ainda conseguem justificar plenamente o preço de uma entrada de cinema. Assista e se divirta, já que não irá se arrepender de reencontrar todos esses antigos ídolos das telas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
A Lenda do Zorro
Título Original: The Legend of Zorro
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman
Elenco: Antonio Banderas, Catherine Zeta-Jones, Rufus Sewell
Sinopse:
Seqüência de "A Máscara do Zorro" de 1998. O enredo aqui se passa no ano de 1850. Alejandro (Antonio Banderas) assume definitivamente o personagem Zorro após essa honra ter lhe sido dada no primeiro filme pelo Zorro original, Don Diego de La Vega (Anthony Hopkins). Ao lado de Elena Murrieta (Catherine Zeta-Jones) ele terá que enfrentar um grupo de gananciosos vilões que querem boicotar a ideia da criação do Estado da Califórnia.
Comentários:
Verdade seja dita, nunca consegui gostar plenamente dessa nova franquia do Zorro. Os filmes sempre me soaram muito bobos, exagerados, caindo em todos os clichês possíveis e imagináveis que existem no cinemão mais comercial dos Estados Unidos. Tudo bem que até mesmo no Zorro original havia uma certa dose de humor, mas precisavam mesmo exagerar tanto? Em certos momentos ficamos com a impressão que estamos assistindo aos velhos filmes de "Os Três Patetas". Se o primeiro filme já era meio fora do tom, aqui tudo desanda. Eu pessoalmente acho esse Antonio Banderas um tremendo chato - ele se apoderou dos piores estereótipos que os americanos possuem dos povos latinos e os acentuou ao máximo! Nesse processo ele próprio virou uma piada ambulante. Sua caracterização caricata só nos deixa mesmo com saudades de grandes atores que interpretaram o Zorro no passado como Tyrone Power! Assim no final das contas o espectador terá que se contentar em ver uma infinidade de cenas absurdas, uma atrás da outra, numa tentativa boboca de adequar o clássico personagen às plateias de adolescentes com déficit de atenção dos dias de hoje. Melhor mesmo rever as antigas produções e esquecer completamente essa nova série de filmes.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Gato de Botas
A trama aproveita a estória bem conhecida de João e o Pé de Feijão. Aqui o Gato de Botas tenta colocar as mãos nos famosos feijões mágicos que levará ele e seus companheiros até o castelo do gigante, onde reza a lenda existe uma ave que coloca ovos de ouro. Ao seu lado vão juntos outros bons personagens, todos bem desenvolvidos, como o “Ovo” Humpty (voz de Zach Galifianakis, o barbudinho de “Se Beber Não Case”) e uma gatinha esperta que também quer ter a chance de levar sua parte no tesouro (dublada pela atriz latina Salma Hayek). E por falar em latinidade a animação não se furta em mostrar toda a ginga e dança das mais tradicionais músicas espanholas. Outro que marca presença nos microfones de dublagem é o ator e diretor Billy Bob Thornton. Meio sumido das telas ele diverte bastante carregando no sotaque caipira do casca grossa Jack. Assim fica a recomendação de mais essa boa animação dos estúdios Dreamworks. Você certamente não se arrependerá de assistir.
Gato de Botas (Puss in Boots, Estados Unidos, 2011) Direção: Chris Miller / Roteiro: Charles Perrault, Tom Wheeler / Elenco (vozes): Antonio Banderas, Salma Hayek, Zach Galifianakis, Billy Bob Thornton / Sinopse: O Gato de Botas, seu amigo Ovo e gatinha Kitty tentam colocar as mãos no tesouro do gigante das nuvens.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
A Ruby não tem vontade própria, ela faz o que seu criador deseja. Assim ele projeta nela tudo aquilo que esperaria de uma namorada perfeita mas esse tipo de coisa logo se revela um desastre para Calvin e os outros ao redor. Infelizmente o enredo parte dessa premissa absurda e se o espectador não comprar a idéia do filme então tudo vai por água abaixo. O tom mais sério da trama também pode afastar um pouco seu público alvo, que seria as adolescentes. De qualquer modo o resultado final não é ruim, apenas previsível. O argumento não explica porque uma personagem de ficção se materializou na vida real e os demais personagens do filme assumem isso com absurda naturalidade. O ator que faz o escritor Calvin, Paul Dano, é pouco carismático, para não dizer chato. Quem acaba segurando o filme nas costas é mesmo sua parceira de cena, Zoe Kazan, que também assina o roteiro. Ela é neta do grande cineasta e autor Elia Kazan. Fazendo a fofinha Ruby Sparks ela foi a responsável direta por eu ter ido até o fim do filme. Ela manteve meu interesse. Em suma, Ruby Sparks não é nenhuma maravilha da sétima arte. Embora colocado no nicho das comédias românticas procura ser um pouco mais inteligente do que habitualmente se faz nesse gênero. Não vai agradar a todo mundo mas se você não for muito exigente pode até servir como passatempo para um domingo à noite.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita (Ruby Sparks, Estados Unidos, 2012) Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris / Roteiro Zoe Kazan / Elenco: Zoe Kazan, Antonio Banderas, Paul Dano, Alia Shawkat, Deborah Ann Woll, Annette Bening, Steve Coogan, Chris Messina, Elliott Gould, Aasif Mandvi / Sinopse: Escritor em crise de criatividade resolve criar uma personagem de ficção que atendesse a tudo aquilo que ele desejaria numa verdadeira "namorada perfeita". O problema é que sua personagem ganha vida no mundo real, levando muitos problemas para o pacato escritor.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Entrevista Com o Vampiro
No final, apesar dos problemas o filme se tornou um grande sucesso e Cruise, para surpresa de todos, recebeu diversos elogios por sua caracterização de Lestat de Lioncourt. Para coroar ainda mais o bom momento a própria Rice acabou dando o braço a torcer e se desculpou (também publicamente) por ter criticado Cruise antes mesmo de ver seu trabalho em cena. O filme também foi bem recebido pela crítica em geral que considerou a adaptação correta e em bom tom. De certa forma a produção acabaria revivendo o mito do vampiro no cinema o que iria desandar nos tempos atuais onde os seres noturnos parecem estar em todos os lugares: seriados de TV, franquias de sucesso no cinema, jogos de videogame, best sellers, etc. Anne Rice pode ser considerada a verdadeira responsável por essa onda de vampirismo na cultura pop que vivemos atualmente. Ela trouxe o velho monstro de volta à moda. Se isso foi bom ou ruim já é tema para outro tipo de discussão.
Entrevista Com o Vampiro (Interview With the Vampire, Estados Unidos, 1994) Direção: Neil Jordan / Roteiro: Neil Jordan, Michael Cristofer, Anne Rice / Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater, Kirsten Dunst, Stephen Rea / Sinopse: "Entrevista Com o Vampiro" foi baaseado no famoso livro de mesmo nome da autora Anne Rice. Nele acompanhamos Louis (Brad Pitt), um vampiro secular que resolve contar sua história para um jovem repórter (Christian Slater).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Filadélfia
O argumento trabalha maravilhosamente bem com a dialética que existe no sistema judiciário americano. A lei é fria e abstrata mas infelizmente os homens que as aplicam não são. Nesse processo tudo se torna mais cruel, a situação dos litigantes acaba expondo o lado mais perverso da sociedade humana, onde ética, dignidade e honra são discutidas com rara beleza. Filadélfia marcou época pois tinha um tema relevante tratado com o devido respeito e seriedade. Os atores centrais brilham. Tom Hanks tem aqui a interpretação de sua vida, aquele que definiu toda sua carreira. Até aquele momento ele se limitava a interpretar personagens cômicos em comédias de verão mas a partir da coragem exibida nesse filme deu uma verdadeira guinada na carreira. Foi premiado merecidamente com o Oscar de melhor ator. O personagem de Denzel Washington também é marcante pois se trata de um advogado tubarão que busca principalmente o dinheiro e a repercussão na mídia para se auto promover. Para completar pontuando tudo a ótima trilha sonora trazia Streets of Philadelphia em momento inspirado do cantor e compositor Bruce Springsteen. Filadélfia demonstrou assim que o cinema também é um maravilhoso instrumento de conscientização social. Uma arte que quando bem utilizada serve para mudar atitudes e comportamentos arcaicos.
Filadélfia (Philadelphia, Estados Unidos, 1993) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ron Nyswaner / Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards, Mary Steenburggen, Antonio Banderas, Joanne Woodward, Robert Ridgely, Charlies Napier./ Sinopse: jovem advogado é demitido por ser homossexual e portador de AIDS. Lutando por seus direitos ele decide levar o caso ao tribunal. Vencedor do Oscar e do Globo de ouro nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Canção (Streets of Philadelphia - Bruce Springsteen)
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Loucos do Alabama
Título Original: Crazy in Alabama
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Antonio Banderas
Roteiro: Mark Childress
Elenco: Melanie Griffith, David Morse, Lucas Black
Sinopse:
O sonho de Lucille Vinson (Melanie Griffith) é se tornar uma estrela em Hollywood. Para isso ela resolve ir dirigindo para a ensolarada Califórnia enquanto seu sobrinho tenta desvendar um assassinato envolvendo um xerife corrupto do Alabama. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de pior atriz (Melanie Griffith).
Comentários:
Primeiro filme como diretor do ator Antonio Banderas! Pois é, quem esperava por algo a mais se deu mal. O fato é que Banderas é tão ruim como cineasta como é como ator. Ele não consegue acertar uma! O filme não tem foco nenhum, não se define em ser um drama, um filme de ação ou uma comédia. Tentando atirar para todos os lados acaba não acertando em nada, nada mesmo! Ao que parece Banderas quis acima de tudo fazer uma ode cinematográfica para sua esposa, Melanie Griffith. O problema básico é que o público não tem nada a ver com isso e acabou vendo um pastel de vento de celuloide, pois tudo é muito rasteiro e irrelevante. Para não falar que nada presta, com muito esforço ainda se salva um pouco sua trilha sonora e o figurino de época. Infelizmente são detalhes menores que não conseguem salvar "Crazy in Alabama" de ser um tremendo abacaxi sulista!
Pablo Aluísio.