
A Ruby não tem vontade própria, ela faz o que seu criador deseja. Assim ele projeta nela tudo aquilo que esperaria de uma namorada perfeita mas esse tipo de coisa logo se revela um desastre para Calvin e os outros ao redor. Infelizmente o enredo parte dessa premissa absurda e se o espectador não comprar a idéia do filme então tudo vai por água abaixo. O tom mais sério da trama também pode afastar um pouco seu público alvo, que seria as adolescentes. De qualquer modo o resultado final não é ruim, apenas previsível. O argumento não explica porque uma personagem de ficção se materializou na vida real e os demais personagens do filme assumem isso com absurda naturalidade. O ator que faz o escritor Calvin, Paul Dano, é pouco carismático, para não dizer chato. Quem acaba segurando o filme nas costas é mesmo sua parceira de cena, Zoe Kazan, que também assina o roteiro. Ela é neta do grande cineasta e autor Elia Kazan. Fazendo a fofinha Ruby Sparks ela foi a responsável direta por eu ter ido até o fim do filme. Ela manteve meu interesse. Em suma, Ruby Sparks não é nenhuma maravilha da sétima arte. Embora colocado no nicho das comédias românticas procura ser um pouco mais inteligente do que habitualmente se faz nesse gênero. Não vai agradar a todo mundo mas se você não for muito exigente pode até servir como passatempo para um domingo à noite.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita (Ruby Sparks, Estados Unidos, 2012) Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris / Roteiro Zoe Kazan / Elenco: Zoe Kazan, Antonio Banderas, Paul Dano, Alia Shawkat, Deborah Ann Woll, Annette Bening, Steve Coogan, Chris Messina, Elliott Gould, Aasif Mandvi / Sinopse: Escritor em crise de criatividade resolve criar uma personagem de ficção que atendesse a tudo aquilo que ele desejaria numa verdadeira "namorada perfeita". O problema é que sua personagem ganha vida no mundo real, levando muitos problemas para o pacato escritor.
Pablo Aluísio.
Ruby Sparks
ResponderExcluirPablo Aluísio.