Título no Brasil: Totalmente Selvagem
Título Original: Something Wild
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: E. Max Frye
Elenco: Jeff Daniels, Melanie Griffith, Ray Liotta, Margaret Colin, Tracey Walter, Robert Ridgely
Sinopse:
Uma mulher de espírito livre "sequestra" um yuppie para um fim de semana de aventura. Mas a diversão rapidamente toma um rumo perigoso quando seu marido ex-presidiário aparece. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor atriz (Melanie Griffith) e melhor ator (Jeff Daniels).
Comentários:
Poucos filmes trazem tantas marcas dos anos 80 como esse "Totalmente Selvagem". E não estou me referindo apenas aos figurinos, à trilha sonora, ao estilo daquela década, mas também em relação ao roteiro e à direção do cineasta Jonathan Demme. Ele merecia mesmo um prêmio por ter capturado tão bem a essência de uma época como vemos aqui, nessa película. E como todos sabemos um bom filme também passa necessariamente por um bom elenco. O casal protagonista está realmente ótimo. Jeff Daniels interpreta o engomadinho de Wall Street, todo certinho. Melanie Griffith, jovem e muito bonita, com peruca Chanel, é a garota que em termos de personalidade é o extremo oposto dele. E como se sabe, os opostos se atraem. No quadro geral é um filme simpático, divertido, com a cara dos anos 80. Nesse quesito provavelmente é o maior exemplo do cinema produzido naqueles anos.
Pablo Aluísio.
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sábado, 12 de junho de 2021
domingo, 14 de junho de 2020
De Caso com a Máfia
Título no Brasil: De Caso com a Máfia
Título Original: Married to the Mob
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Barry Strugatz, Mark R. Burns
Elenco: Michelle Pfeiffer, Alec Baldwin, Dean Stockwell, Joan Cusack, Charles Napier, Paul Lazar
Sinopse:
Após a morte do marido mafioso, sua viúva Angela de Marco (Michelle Pfeiffer), vê a oportunidade de cair fora, de se desligar e se livrar dos amigos e familiares mafiosos dele. Só que isso não vai ser muito fácil, pois esse tipo de saída pode ser muito perigosa.
Comentários:
Uma comédia meramente regular dos anos 80. O que salvou aqui foi mesmo o elenco. A começar por Michelle Pfeiffer. Sempre foi uma atriz carismática que mantinha o interesse mesmo nos filmes mais banais. Seu visual está bem diferente nesse filme. Ao invés de surgir com aquele estilo loira bombhell, ela aqui surge com os cabelos curtinhos e de tonalidade mais escuro. O talento porém segue o mesmo. E o que dizer de um jovem Alec Baldwin, ainda em sua fase inicial de carreira, dando uma de galã? Revisto hoje em dia soa engraçado. Porém no elenco de apoio quem se destaca pra valer mesmo é Dean Stockwell. Ele interpreta o "Padrinho", o chefe da "Famiglia", termo usado geralmente para designar as castas mafiosas e sua organização. Stockwell conseguiu ser indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante. Uma surpresa e tanto. E o elenco parecia estar bem inspirado, tanto que Michelle Pfeiffer também foi indicada, mas ao Globo de Ouro de melhor atriz! Quem poderia imaginar? Atores atuando em uma comédia com tantas indicações em prêmios importantes como esse? Realmente foi um feito e tanto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Married to the Mob
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Barry Strugatz, Mark R. Burns
Elenco: Michelle Pfeiffer, Alec Baldwin, Dean Stockwell, Joan Cusack, Charles Napier, Paul Lazar
Sinopse:
Após a morte do marido mafioso, sua viúva Angela de Marco (Michelle Pfeiffer), vê a oportunidade de cair fora, de se desligar e se livrar dos amigos e familiares mafiosos dele. Só que isso não vai ser muito fácil, pois esse tipo de saída pode ser muito perigosa.
Comentários:
Uma comédia meramente regular dos anos 80. O que salvou aqui foi mesmo o elenco. A começar por Michelle Pfeiffer. Sempre foi uma atriz carismática que mantinha o interesse mesmo nos filmes mais banais. Seu visual está bem diferente nesse filme. Ao invés de surgir com aquele estilo loira bombhell, ela aqui surge com os cabelos curtinhos e de tonalidade mais escuro. O talento porém segue o mesmo. E o que dizer de um jovem Alec Baldwin, ainda em sua fase inicial de carreira, dando uma de galã? Revisto hoje em dia soa engraçado. Porém no elenco de apoio quem se destaca pra valer mesmo é Dean Stockwell. Ele interpreta o "Padrinho", o chefe da "Famiglia", termo usado geralmente para designar as castas mafiosas e sua organização. Stockwell conseguiu ser indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante. Uma surpresa e tanto. E o elenco parecia estar bem inspirado, tanto que Michelle Pfeiffer também foi indicada, mas ao Globo de Ouro de melhor atriz! Quem poderia imaginar? Atores atuando em uma comédia com tantas indicações em prêmios importantes como esse? Realmente foi um feito e tanto.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de março de 2017
Bem-Amada
Título no Brasil: Bem-Amada
Título Original: Beloved
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Akosua Busia
Elenco: Oprah Winfrey, Danny Glover, Yada Beener
Sinopse:
Durante o ano de 1873 a ex-escrava, agora liberta, Sethe (Oprah Winfrey), reencontra um velho conhecido, ainda dos tempos da escravidão numa grande plantation conhecida ironicamente como "Doce Lar". O velho Paul (Danny Glover) que apenas um lugar sossegado e tranquilo para passar os últimos anos de sua vida. O que era apenas paz acaba se tornando misterioso com a chegada de uma jovem conhecida apenas como Beloved (Thandie Newton), que definitivamente não é uma garota normal, como todas as outras. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Colleen Atwood).
Comentários:
O povo brasileiro em geral não sabe quem é Oprah Winfrey. Isso é fácil de entender já que ela é uma estrela da TV americana, mais conhecida em seu próprio país. Pois bem, uma tentativa de Oprah em atingir outros públicos foi justamente aqui nesse filme, que tem como tema central o período da escravidão negra nos Estados Unidos durante o século XIX. É em termos gerais um bom filme, com ótima produção, bela reconstituição histórica, tudo que um espectador de bom gosto poderia exigir. O roteiro, por mais curioso que possa ser, também tenta explorar um pouco do misticismo que havia nessas grandes plantações de algodão do sul, onde a mão de obra escrava enriquecia os senhores da plantação, donos das terras a perder de vista. Talvez para não polemizar muito, talvez para não ofender certa parcela de seu público, Oprah preferiu deixar de lado os temas mais relacionados à questão racial de lado. Não é um filme com um certo rancor dos brancos, nem levanta bandeiras ideológicas, no fundo é mesmo um bom drama, passado em uma época particularmente complicada para os afro-americanos. Vale a pena conferir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Beloved
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Akosua Busia
Elenco: Oprah Winfrey, Danny Glover, Yada Beener
Sinopse:
Durante o ano de 1873 a ex-escrava, agora liberta, Sethe (Oprah Winfrey), reencontra um velho conhecido, ainda dos tempos da escravidão numa grande plantation conhecida ironicamente como "Doce Lar". O velho Paul (Danny Glover) que apenas um lugar sossegado e tranquilo para passar os últimos anos de sua vida. O que era apenas paz acaba se tornando misterioso com a chegada de uma jovem conhecida apenas como Beloved (Thandie Newton), que definitivamente não é uma garota normal, como todas as outras. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Colleen Atwood).
Comentários:
O povo brasileiro em geral não sabe quem é Oprah Winfrey. Isso é fácil de entender já que ela é uma estrela da TV americana, mais conhecida em seu próprio país. Pois bem, uma tentativa de Oprah em atingir outros públicos foi justamente aqui nesse filme, que tem como tema central o período da escravidão negra nos Estados Unidos durante o século XIX. É em termos gerais um bom filme, com ótima produção, bela reconstituição histórica, tudo que um espectador de bom gosto poderia exigir. O roteiro, por mais curioso que possa ser, também tenta explorar um pouco do misticismo que havia nessas grandes plantações de algodão do sul, onde a mão de obra escrava enriquecia os senhores da plantação, donos das terras a perder de vista. Talvez para não polemizar muito, talvez para não ofender certa parcela de seu público, Oprah preferiu deixar de lado os temas mais relacionados à questão racial de lado. Não é um filme com um certo rancor dos brancos, nem levanta bandeiras ideológicas, no fundo é mesmo um bom drama, passado em uma época particularmente complicada para os afro-americanos. Vale a pena conferir.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de novembro de 2014
Filadélfia
Título no Brasil: Filadélfia
Título Original: Philadelphia
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Ron Nyswaner
Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Roberta Maxwell
Sinopse:
Andrew Beckett (Tom Hanks) é um advogado demitido de sua firma de advocacia após se tornar portador do vírus da AIDS. Consciente que foi vítima de preconceito, ele resolve entrar na justiça para ter todos os seus direitos preservados e respeitados. Para isso contrata os serviços de um advogado negro, Joe Miller (Denzel Washington). A luta nos tribunais americanos se tornará o último grande desafio de sua vida. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Canção Original ("Streets of Philadelphia" de Bruce Springsteen).
Comentários:
A primeira geração de infectados com o vírus da AIDS sofreu um drama terrível. Ao receberem o diagnóstico da doença também recebiam indiretamente uma sentença de morte, isso porque não havia ainda qualquer tipo de droga capaz de deter o vírus no organismo. Esse filme acabou se tornando assim o mais representativo desse momento histórico, mostrando a tragédia que se abatia sobre a vida dessas pessoas, tudo ocorrendo praticamente da noite para o dia. O roteiro também é muito bem escrito por mostrar o outro lado da doença, talvez o mais grave, caracterizado no preconceito e no estigma que os doentes tinham que enfrentar, como no caso do personagem interpretado por Tom Hanks. Por falar nele o ator merece de fato todos os aplausos por sua atuação. A começar pelo fato de ter sido uma mudança e tanto nos rumos de sua carreira. Imagine um astro de comédias descompromissadas de repente ter que enfrentar uma carga dramática nesse nível! Ele não só superou essa barreira como demonstrou que tinha grande talento para dramas e filmes sérios. Enfim, "Philadelphia" é realmente um marco do cinema, valorizado ainda mais pela bela trilha sonora assinada pelo mito do rock Bruce Springsteen. Se você é cinéfilo e curte cinema essa é uma obra imperdível.
Pablo Aluísio.
Título Original: Philadelphia
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Ron Nyswaner
Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Roberta Maxwell
Sinopse:
Andrew Beckett (Tom Hanks) é um advogado demitido de sua firma de advocacia após se tornar portador do vírus da AIDS. Consciente que foi vítima de preconceito, ele resolve entrar na justiça para ter todos os seus direitos preservados e respeitados. Para isso contrata os serviços de um advogado negro, Joe Miller (Denzel Washington). A luta nos tribunais americanos se tornará o último grande desafio de sua vida. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Canção Original ("Streets of Philadelphia" de Bruce Springsteen).
Comentários:
A primeira geração de infectados com o vírus da AIDS sofreu um drama terrível. Ao receberem o diagnóstico da doença também recebiam indiretamente uma sentença de morte, isso porque não havia ainda qualquer tipo de droga capaz de deter o vírus no organismo. Esse filme acabou se tornando assim o mais representativo desse momento histórico, mostrando a tragédia que se abatia sobre a vida dessas pessoas, tudo ocorrendo praticamente da noite para o dia. O roteiro também é muito bem escrito por mostrar o outro lado da doença, talvez o mais grave, caracterizado no preconceito e no estigma que os doentes tinham que enfrentar, como no caso do personagem interpretado por Tom Hanks. Por falar nele o ator merece de fato todos os aplausos por sua atuação. A começar pelo fato de ter sido uma mudança e tanto nos rumos de sua carreira. Imagine um astro de comédias descompromissadas de repente ter que enfrentar uma carga dramática nesse nível! Ele não só superou essa barreira como demonstrou que tinha grande talento para dramas e filmes sérios. Enfim, "Philadelphia" é realmente um marco do cinema, valorizado ainda mais pela bela trilha sonora assinada pelo mito do rock Bruce Springsteen. Se você é cinéfilo e curte cinema essa é uma obra imperdível.
Pablo Aluísio.
sábado, 27 de abril de 2013
O Silêncio dos Inocentes
Outro filme ícone sobre serial killers foi esse excelente “O Silêncio dos Inocentes”. Aqui temos um roteiro mais cerebral que investe muito mais no choque de personalidades entre a agente do FBI Clarice Sterling (a sempre ótima Jodie Foster) e o psicopata Hannibal Lecter (Anthony Hopkins, no papel de sua vida). Um dos grandes trunfos do roteiro é o próprio desenvolvimento do personagem Hannibal. Sujeito culto, inteligente, apreciador de boa música e artes, ele aparenta ser uma pessoa de fino trato. Por baixo de sua elegância e sofisticação porém se esconde um predador frio e cruel, capaz de cometer as maiores barbaridades com suas vítimas. Hannibal assim se revela como uma síntese da personalidade de muitos psicopatas e assassinos em série da vida real pois muitos deles são exatamente como o personagem retratado no filme, pessoas acima de qualquer suspeita, educados, elegantes no trato social mas verdadeiras feras insanas quando finalmente conseguem colocar as mãos em suas presas.
Anthony Hopkins já tinha muita bagagem quando foi escalado para dar vida ao psicopata Hannibal. Ator de muito talento já tinha garantido seu espaço na história do cinema com obras realmente marcantes mas foi apenas com esse personagem que ele conseguiu se tornar conhecido do grande público. A partir de “O Silêncio dos Inocentes” se tornou um astro de primeira grandeza, capaz inclusive de estrelar outros blockbusters do cinema americano. Já Jodie Foster já era bem conhecida do público. Na realidade ela cresceu na frente das câmeras, conseguindo fazer a complicada transição de atriz mirim para uma carreira adulta. Talentosa atriz e também cineasta de mão cheia ela quase não entrou no filme pois estava envolvida em tantos projetos paralelos na época que sentiu que essa personagem não traria muito para sua carreira. Apenas por amizade ao diretor Jonathan Demme resolveu aceitar o papel. A chance de contracenar com Hopkins também pesou em sua decisão de participar do filme. Curiosamente, apesar de todo o sucesso de bilheteria de “O Silêncio dos Inocentes”, Jodie nunca mudou de opinião sobre seu trabalho aqui. Em entrevistas esclareceu que achou uma experiência válida mas que não acredita que o filme tenha trazido muito para sua carreira com um todo. De uma forma ou outra fica a recomendação dessa produção que realmente marcou época e segue sendo um dos melhores retratos de criminosos seriais da história do cinema.
O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, Estados Unidos, 1991) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ted Tally, baseado no romance escrito por Thomas Harris / Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Lawrence A. Bonney, Kasi Lemmons / Sinopse: Uma agente do FBI tenta contar com a colaboração de um infame psicopata preso para tentar encontrar o rastro de um serial killer à solta na sociedade. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor (Jonathan Demme), Melhor Atriz (Jodie Foster), Melhor Ator (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro Adaptado (Ted Tally).
Pablo Aluísio.
Anthony Hopkins já tinha muita bagagem quando foi escalado para dar vida ao psicopata Hannibal. Ator de muito talento já tinha garantido seu espaço na história do cinema com obras realmente marcantes mas foi apenas com esse personagem que ele conseguiu se tornar conhecido do grande público. A partir de “O Silêncio dos Inocentes” se tornou um astro de primeira grandeza, capaz inclusive de estrelar outros blockbusters do cinema americano. Já Jodie Foster já era bem conhecida do público. Na realidade ela cresceu na frente das câmeras, conseguindo fazer a complicada transição de atriz mirim para uma carreira adulta. Talentosa atriz e também cineasta de mão cheia ela quase não entrou no filme pois estava envolvida em tantos projetos paralelos na época que sentiu que essa personagem não traria muito para sua carreira. Apenas por amizade ao diretor Jonathan Demme resolveu aceitar o papel. A chance de contracenar com Hopkins também pesou em sua decisão de participar do filme. Curiosamente, apesar de todo o sucesso de bilheteria de “O Silêncio dos Inocentes”, Jodie nunca mudou de opinião sobre seu trabalho aqui. Em entrevistas esclareceu que achou uma experiência válida mas que não acredita que o filme tenha trazido muito para sua carreira com um todo. De uma forma ou outra fica a recomendação dessa produção que realmente marcou época e segue sendo um dos melhores retratos de criminosos seriais da história do cinema.
O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, Estados Unidos, 1991) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ted Tally, baseado no romance escrito por Thomas Harris / Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Lawrence A. Bonney, Kasi Lemmons / Sinopse: Uma agente do FBI tenta contar com a colaboração de um infame psicopata preso para tentar encontrar o rastro de um serial killer à solta na sociedade. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor (Jonathan Demme), Melhor Atriz (Jodie Foster), Melhor Ator (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro Adaptado (Ted Tally).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Filadélfia
A nova doença que ficou conhecida por sua sigla, AIDS, pegou o mundo de surpresa na década de 80. Não se sabia ao certo do que se tratava nem como vencer seus terríveis efeitos. Só se sabia naquele momento que era fatal e que havia pouca chance de sobrevivência aos infectados. Milhões morreram, muitos na flor da idade, jovens e com uma vida pela frente. Philadelphia foi o primeiro filme de um grande estúdio a tratar a questão de frente, sem rodeios. Importante salientar que a AIDS trouxe consigo uma forte carga de preconceito contra os doentes. Os primeiros a ser diagnosticados eram homossexuais em sua maioria e por isso se criou todo um estigma ruim em cima desse novo mal. Hoje sabemos que a AIDS ataca a todos sem distinção, sejam heteros ou sejam gays e não há mais razão para esse modo de pensar, embora nos setores menos instruídos a idéia de ser um doença gay ainda persista. O roteiro do filme não ignorou esse aspecto e narra a estória do advogado Andrew Hackett (Tom Hanks). Jovem e bem sucedido ele é um profissional de sucesso. Os problemas começam a ocorrer quando os sinais da nova doença começam a se tornarem visíveis (manchas e feridos pelo corpo e rosto). Ao tomar conhecimento de seu estado de saúde o seu patrão o demite sem pensar duas vezes, revelando o lado mais cruel do preconceito. Sem trabalho e passando por dificuldades ele resolve buscar justiça. Contrata o advogado negro Joe Miller (Denzel Washington) e vai à luta nos tribunais.
O argumento trabalha maravilhosamente bem com a dialética que existe no sistema judiciário americano. A lei é fria e abstrata mas infelizmente os homens que as aplicam não são. Nesse processo tudo se torna mais cruel, a situação dos litigantes acaba expondo o lado mais perverso da sociedade humana, onde ética, dignidade e honra são discutidas com rara beleza. Filadélfia marcou época pois tinha um tema relevante tratado com o devido respeito e seriedade. Os atores centrais brilham. Tom Hanks tem aqui a interpretação de sua vida, aquele que definiu toda sua carreira. Até aquele momento ele se limitava a interpretar personagens cômicos em comédias de verão mas a partir da coragem exibida nesse filme deu uma verdadeira guinada na carreira. Foi premiado merecidamente com o Oscar de melhor ator. O personagem de Denzel Washington também é marcante pois se trata de um advogado tubarão que busca principalmente o dinheiro e a repercussão na mídia para se auto promover. Para completar pontuando tudo a ótima trilha sonora trazia Streets of Philadelphia em momento inspirado do cantor e compositor Bruce Springsteen. Filadélfia demonstrou assim que o cinema também é um maravilhoso instrumento de conscientização social. Uma arte que quando bem utilizada serve para mudar atitudes e comportamentos arcaicos.
Filadélfia (Philadelphia, Estados Unidos, 1993) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ron Nyswaner / Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards, Mary Steenburggen, Antonio Banderas, Joanne Woodward, Robert Ridgely, Charlies Napier./ Sinopse: jovem advogado é demitido por ser homossexual e portador de AIDS. Lutando por seus direitos ele decide levar o caso ao tribunal. Vencedor do Oscar e do Globo de ouro nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Canção (Streets of Philadelphia - Bruce Springsteen)
Pablo Aluísio.
O argumento trabalha maravilhosamente bem com a dialética que existe no sistema judiciário americano. A lei é fria e abstrata mas infelizmente os homens que as aplicam não são. Nesse processo tudo se torna mais cruel, a situação dos litigantes acaba expondo o lado mais perverso da sociedade humana, onde ética, dignidade e honra são discutidas com rara beleza. Filadélfia marcou época pois tinha um tema relevante tratado com o devido respeito e seriedade. Os atores centrais brilham. Tom Hanks tem aqui a interpretação de sua vida, aquele que definiu toda sua carreira. Até aquele momento ele se limitava a interpretar personagens cômicos em comédias de verão mas a partir da coragem exibida nesse filme deu uma verdadeira guinada na carreira. Foi premiado merecidamente com o Oscar de melhor ator. O personagem de Denzel Washington também é marcante pois se trata de um advogado tubarão que busca principalmente o dinheiro e a repercussão na mídia para se auto promover. Para completar pontuando tudo a ótima trilha sonora trazia Streets of Philadelphia em momento inspirado do cantor e compositor Bruce Springsteen. Filadélfia demonstrou assim que o cinema também é um maravilhoso instrumento de conscientização social. Uma arte que quando bem utilizada serve para mudar atitudes e comportamentos arcaicos.
Filadélfia (Philadelphia, Estados Unidos, 1993) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ron Nyswaner / Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards, Mary Steenburggen, Antonio Banderas, Joanne Woodward, Robert Ridgely, Charlies Napier./ Sinopse: jovem advogado é demitido por ser homossexual e portador de AIDS. Lutando por seus direitos ele decide levar o caso ao tribunal. Vencedor do Oscar e do Globo de ouro nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Canção (Streets of Philadelphia - Bruce Springsteen)
Pablo Aluísio.
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