Sempre que a indústria de brinquedos nos Estados Unidos lança uma nova linha, uma nova coleção dos bonecos Transformers, um novo filme dessa franquia chega aos cinemas. Os filmes assim se tornaram peças de promoção dos brinquedos e esses, por sua vez, ajudam a vender entradas de cinema. Uma indústria ajuda à outra nesse processo de publicidade cruzada. Até aí tudo bem, faz parte do jogo capitalista de vendas. Só que dessa vez o incansável Michael Bay jogou a toalha e decidiu que não iria mais dirigir esse novo filme, algo que pegou muita gente de surpresa em Hollywood porque ele topa qualquer parada. Steven Spielberg continua como produtor executivo, mas sem muito envolvimento pessoal. O velhinho está quase aposentado.
E o que sobra depois de tudo isso? Um filme de rotina, banal, dessa franquia. O roteiro é duplamente convencional, naquela coisa de seres robóticos chegando ao planeta Terra para destruir tudo. Como se a humanidade precisasse de ajuda externa para fazer isso que promove todos os dias com guerras, aquecimento global, poluição industrial, etc. De novo mesmo apenas a presença da cultura woke no filme, pois o protagonista é um jovem latino de periferia. A outra garota é negra e assim por diante. Só faltou a representatividade trans. E claro, não podemos esquecer, agora os robôs do espaço se transformam em bestas selvagens, como gorilas, aves de rapina e até mesmo rinocerontes brancos. Aquela coisa toda de vender novos brinquedos no verão. Boas vendas, enfim...
Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts, Estados Unidos, 2023) Direção: Steven Caple Jr / Roteiro: / Elenco: Joby Harold, Darnell Metayer / Sinopse: Um novo grupo de transformers chega ao Planeta Terra. Eles veneram um ser que consideram um deus e que só se satisfaz com a destruição de planetas no universo. Caberá aos transformers que vivem na Terra defender nosso planeta da destruição completa.
Pablo Aluísio.