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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Minha Mãe é uma Peça

Título no Brasil: Minha Mãe é uma Peça
Título Original: Minha Mãe é uma Peça
Ano de Lançamento: 2012
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: André Pellenz
Roteiro: Paulo Gustavo, Fil Braz
Elenco:  Paulo Gustavo, Herson Capri, Ingrid Guimarães, Suely Franco, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier

Sinopse:
Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma típica mãe carioca, que mora em Niterói. Separada do marido, ela se empenha em criar os filhos, mas nunca é reconhecida em seus esforços por eles. Então um dia resolve ir embora, indo passar alguns dias na casa de sua tia. E isso vai dar origem a muitas confusões. 

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que se justifica e se sustenta basicamente pelo trabalho de um ator. No caso aqui do Paulo Gustavo. Ele leva o filme todo nas costas, isso sem desmerecer o trabalho do resto do elenco que no fundo está ali trabalhando como escada para sua atuação. É realmente uma pena que tenha falecido tão precocemente, vítima da pandemia de Covid-19. Era realmente um profissional muito talentoso dentro de seu nicho, no caso a comédia. E o mais interessante de tudo é que ele teve como inspiração para seu trabalho a própria mãe. No fundo a personagem de Dona Hermínia é a mãe do Paulo Gustavo, como bem fica claro na última cena do filme quando ela surge em um vídeo amador feito pelo próprio Paulo Gustavo em sua casa, em Niterói. Realmente merece todos os nossos aplausos pelo talento e pela inspiração. É um profissional que fará falta ao cinema brasileiro. Já o filme em si, bem esse pode assistir sem receios. É muito divertido e captou bem a alma do brasileiro de classe média, com suas contradições e visões do mundo, sempre priorizando o lado familiar e cômico de suas vidas cotidianas. Tem lá seus exageros, mas isso faz parte do jogo nesse tipo de produção. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Marighella

Marighella
Lançado bem no meio do furor da polarização política, esse filme despertou ódios e paixões na mesma medida. Quem era de esquerda, adorou. Quem era de direita, odiou. Algo normal de acontecer pois esse tipo de filme desperta mesmo esse tipo de sentimento mais exarcebado. As cores da ideologia que cada espectador certamente influenciaram na percepção individual sobre o filme, não tem jeito. Há muito viés político envolvido. Tentando deixar tudo isso de lado, devo dizer que considerei o filme mais duro, seco e árido do que podeia imaginar. É um filme que vai direto ao ponto e não perde tempo com firulas, nem mesmo com a busca de narrativas cinematográficas mais bem elaboradas. O personagem principal é posto em cena e a luta começa. Assim mesmo, sem rodeios. 

Do ponto de vista histórico o filme perde por não ter o cuidado de explicar direito ao público mais jovem a história de seu protagonista ou de suas motivações. Quando o filme começa ele já está totalmente imerso na luta contra o regime militar no Brasil. E o uso da violência e de práticas criminosas, como roubo de bancos, por exemplo, não são questionados ou descartados pelo guerrilheiro urbano e seu grupo. O filme é tão duro e seco que praticamente não tem trilha sonora e isso me surpreendeu. Afinal, os anos 60 foram mais do que ricos em termos musicais. No final de tudo há pouca humanização da figura de Marighella. A impressão que tive foi que esse filme foi produzido com sangue nos olhos por parte de seus realizadores. E isso obviamente passou para a tela. Em certos aspectos esse filme tem mesmo muita raiva incontida em sua natureza cinematográfica. 

Marighella (Brasil, 2019) Direção: Wagner Moura / Roteiro: Felipe Braga, Wagner Moura, Mário Magalhães / Elenco: Seu Jorge, Bruno Gagliasso, Herson Capri, Bella Camero, Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos / Sinopse: O filme mostra a luta do guerrilheiro urbano Marighella contra as forças de repressão do regime militar brasileiro durante a década de 1960. Baseado em fatos históricos reais. 

Pablo Aluísio.