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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Sobrenatural: A Porta Vermelha

Sobrenatural: A Porta Vermelha
Uma boa novidade para os fãs de terror que apreciam essa franquia "Sobrenatural". Foi lançado um novo filme e ele é bom, nada mal. Aliás a série de filmes "Insidious" não decaiu ao longo de todos esses anos. O primeiro filme é de 2010 e de lá pra cá não houve nenhum filme realmente muito ruim, daqueles que dão arrependimento de ter assistido. Ao contrário disso, os filmes dessa marca vão mantendo um certo padrão de qualidade, que se não chega a entrar na categoria de filmes excelentes, pelo menos se mantém ali na faixa de bons filmes de terror da atualidade. Nesse novo filme temos uma novidade, o ator Patrick Wilson assumiu a direção e entregou um filme bem redondinho, praticamente sem falhas. Pelo visto ele assumirá a responsabilidade e o controle artistíco da franquia daqui em diante. 

Ele interpreta o mesmo personagem, o pai daquela família que foi vítima de eventos sobrenaturais no passado. Lembram do filho dele, no primeiro filme? Pois é, o garoto cresceu e agora está entrando na universidade. É bom desenhista e entra numa escola de artes bem prestigiada. Só que a nova vida de universitário começa mal, com ele tendo alucinações, visões e pesadelos. Algo que logo começa a interferir em sua arte. Ele não lembra do que lhe aconteceu aos 10 anos de idade, mas sua família, obviamente, lembra de tudo o que sofreram. O pai assim se torna um guardião de proteção contra novos ataques vindos do além. É de se elogiar a tentativa do roteiro de sempre abraçar um certo tipo de suspense psicológico. Em tempois atuais onde filmes de terror estão sempre exagerando na dose de efeitos visuais gratuitos e desnecessários, não deixa de ser algo muito bem-vindo. 

Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious: The Red Door, Estados Unidos, 2023) Direção: Patrick Wilson / Roteiro: Leigh Whannell, Scott Teems / Elenco: Ty Simpkins, Patrick Wilson, Rose Byrne / Sinopse: O garoto de 10 anos de idade do primeiro filme que sofreu todos aqueles ataques sobrenaturais cresceu. Está entrando na universidade, mas pelo visto os antigos demônios do passado estão de volta na sua vida. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Sunshine - Alerta Solar

Título no Brasil: Sunshine - Alerta Solar
Título Original: Sunshine
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Alex Garland
Elenco: Cillian Murphy, Rose Byrne, Chris Evans, Michelle Yeoh, Mark Strong, Troy Garity

Sinopse:
O Sol, como estrela, está chegando ao fim de sua existência cósmica. Isso cria uma situação de completo desespero na Terra pois sem a presença do astro a vida em nosso pequeno planeta se torna simplesmente impossível. Após o envio de uma expedição rumo ao Sol e seu misterioso desaparecimento uma nova equipe é enviada para entender o que de fato aconteceu. A missão porém terá consequências trágicas.

Comentários:
Apesar de ter sofrido inúmeras críticas em seu lançamento gosto bastante dessa boa ficção, "Sunshine - Alerta Solar". Há um clima de desesperança e agonia no ar com a proximidade do fim que me fisgou completamente. O mais interessante é que o roteiro, muito bem escrito, analisa uma situação que acontecerá de fato com o Sol daqui alguns milhões de anos. Como toda estrela do universo um dia ele entrará em um estado chamado Nova, em um processo da natureza onde destruirá tudo por perto - inclusive o nosso frágil planeta Terra. Esse é um fato já amplamente previsto por cientistas de todas as áreas, então o filme mostra realmente de fato o futuro sinistro de toda a humanidade. Além disso é um filme bem diferenciado da carreira do cineasta Danny Boyle, a única ficção científica que dirigiu no cinema até hoje. O resultado se mostra tão bom que ele deveria enveredar mais nesse estilo de filme. Por fim vale também ressaltar a presença de um elenco muito bom, com vários atores que são importantes dentro do universo Sci-fi como Cillian Murphy (o Scarecrow de "Batman - O Cavaleiro das Trevas") e  Chris Evans (que interpreta atualmente o Capitão América na franquia de grande sucesso comercial). Um filme que enfim merece ser redescoberto.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

X-Men: Apocalypse

Acabei indo ao cinema conferir "X-Men: Apocalypse". Eu já estou um tanto farto de adaptações de quadrinhos. Em temos de cinema americano não se fala de outra coisa ultimamente. Alguns filmes são bons, outros bem chatinhos. Esse novo "X-Men" porém me deixou bastante satisfeito. O roteiro é básico, o que não significa que seja ruim, mas sim eficiente. Um mutante chamado En Sabah Nur surge no Antigo Egito. Como possui poderes inexplicáveis para aquele povo e aquela cultura passa a ser adorado como a um Deus. Isso porém não convence a todos. Durante uma rebelião o estranho ser é finalmente soterrado por toneladas de pedra em sua grande pirâmide cerimonial.

Os séculos passam e eis que o tal mutante milenar retorna à vida. Seu grande poder é conseguir transferir sua consciência para outros corpos, o que o praticamente lhe torna imortal. Aliás ele próprio acredita ser uma divindade. A humanidade dos tempos modernos (na verdade o enredo do filme se passa na década de 1980) porém o deixa completamente enojado em seu retorno. Em sua mente doentia só há um caminho a seguir: a destruição dos fracos para que os seres ditos superiores promovam um novo recomeço para o planeta. Claro que em seus caminhos de megalomania - ele literalmente deseja dar início a um apocalipse - surgem os X-Men.

Como se trata de um filme ao estilo Prequel (onde o passado da franquia anterior é contado), todos os mutantes estão jovens e ainda inexperientes, com exceção de Wolverine (em rápida sequência com o ator Hugh Jackman, ainda se recuperando de um câncer de pele que quase acabou com sua vida e carreira). Com excelentes efeitos visuais e produção o destaque em minha opinião vai para o roteiro escrito por Bryan Singer. A estória é redondinha, sem firulas e eficiente. Quem não assistiu ao filme anterior nem precisa se preocupar (algo que não acontece, por exemplo, com os filmes dos Vingadores). Tudo tem começo, meio e fim e não há nenhum sinal de pontas soltas e a finalizar. Singer é mestre nesse tipo de adaptação.

Por fim um fato que merece pelo menos algumas observações. O vilão Apocalypse (a tal falsa divindade do Egito antigo que retorna) tem muitas similaridades com o próprio livro bíblico do apocalipse. Aliás fica óbvio desde o começo que a principal fonte desse enredo vem justamente da escritura, muito embora tudo sob um enfoque puramente pop. Ao lado de Magneto ele promove um verdadeiro caos para varrer tudo aquilo que ele considera impuro e não merecedor de continuar com sua existência. Um destruidor de mundos, literalmente. Como porém ele não é Deus, apenas pensa que é, acaba encontrando uma adversário à altura, a mutante Jean Gray (Sophie Turner) que diga-se de passagem sempre resolve no final das contas quando tudo parece estar perdido. Em suma, "X-Men: Apocalypse" é pura diversão pop. Muito competente por sinal.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de junho de 2016

X-Men: Apocalipse

Título no Brasil: X-Men: Apocalipse
Título Original: X-Men: Apocalypse
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Rose Byrne, Hugh Jackman, Sophie Turner, Oscar Isaac
  
Sinopse:
Década de 1980. O professor Charles Xavier (James McAvoy) finalmente está realizando seu sonho. Ele está reunindo jovens mutantes em uma escola para que todos possam aprender, sem traumas, como lidar com seus próprios poderes. Seus planos acabam sofrendo um revés quando um mutante milenar chamado En Sabah Nur (Oscar Isaac) desperta de seu sono profundo. Adorado como um Deus no Egito Antigo ele está de volta para "purificar" a humanidade, eliminando tudo aquilo que vai contra seus planos de dominação. Seu objetivo é reconstruir a sociedade perfeita. Para isso ele está disposto a iniciar um verdadeiro apocalipse na Terra. 

Comentários:
De todos os filmes adaptados de quadrinhos esse seguramente foi o melhor que vi nesse ano de 2016. O roteiro é muito bem escrito (Bryan Singer acertou novamente) e a produção é das melhores. Fazendo um paralelo com "Capitão América: Guerra Civil", tudo o que havia de truncado naquele roteiro aqui surge com extrema fluidez. Eu sempre gosto de dizer que adaptações de super-heróis precisam ser simples, sem enrolação ou detalhes demais que só atrapalham o desenrolar da estória. Singer provavelmente sabe muito bem disso. Essa nova franquia dos X-Men na realidade é um grande prequel que conta o passado do surgimento desse grupo de seres mutantes. O primeiro filme já havia me agradado e esse aqui me deixou ainda mais satisfeito. É a tal coisa, todo grande filme inspirado em quadrinhos tem que ter como premissa básica um bom vilão para dar certo. Aqui há um que certamente é dos mais interessantes que já vi. En Sabah Nur foi provavelmente o primeiro mutante da história. No Egito Antigo ele desenvolveu a capacidade de transferir sua consciência para outro corpo. 

Isso praticamente o tornou imortal, sendo considerado um verdadeiro Deus para os egípcios da antiguidade. Soterrado durante séculos ele retorna para o mundo moderno e fica horrorizado com o que vê. A única maneira de colocar as coisas em seu devido lugar é promovendo literalmente um apocalipse para varrer da Terra tudo aquilo que ele considera errado. Para isso ele acaba se aliando com outro mutantes, entre eles o poderoso Magneto (Fassbender) que está emocionalmente destruído após a morte de sua esposa e filha. Além da trama bacana o filme ainda conta com ótimos efeitos visuais e a beleza sempre bem-vinda da atriz Jennifer Lawrence, aqui um pouquinho rechonchuda, mas ainda assim maravilhosa. Depois de tantos pontos positivos já está na hora da DC Comics pensar seriamente em contratar o sempre eficiente Bryan Singer para suas futuras adaptações para o cinema. O sujeito parece acertar sempre nas adaptações que dirige. Assim deixamos a recomendação desse divertido filme. Pode conferir sem receios, vale o ingresso certamente.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones (2002)

Título no Brasil: Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones
Título Original: Star Wars Episode II - Attack of the Clones
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Lucasfilm, Twentieth Century Fox
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Elenco: Hayden Christensen, Natalie Portman, Ewan McGregor, Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Frank Oz, Rose Byrne

Sinopse:
Dez anos depois dos eventos do primeiro episódio, Anakin Skywalker (Hayden Christensen) compartilha um romance proibido com Padmé (Natalie Portman), enquanto Obi-Wan (Ewan McGregor) investiga uma tentativa de assassinato contra um importante senador, descobrindo a existência de um exército de clones. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Não chega a ser tão ruim como o episódio I, mas também não é nenhuma maravilha. Na verdade colocando as cartas na mesa temos que admitir que essa segunda trilogia "Star Wars" no cinema deixou bastante a desejar. Talvez as expectativas tenham chegado nas alturas ou talvez George Lucas tenha mesmo esquecido de escrever boas estórias se confiando apenas nas maravilhas da tecnologia digital. O que podemos afirmar com certeza é que esses novos filmes muitas vezes caíram na mais pura e simples bobagem. Até mesmo personagens cativantes e marcantes como o mestre Yoda perderam a graça. Se na trilogia original ele era um velhinho sábio e cheio de boas lições, aqui ele dá saltos e rodopios no ar enquanto enfrenta seus inimigos (em cenas que muitas vezes se tornam cômicas, tamanho o absurdo das situações sem noção). De bom mesmo apenas momentos proporcionados pelo elenco que de fato é muito bom. Curiosamente muitos atores se queixaram depois da falta de uma boa direção nesse quesito por parte de Lucas. Realmente ele nunca foi um bom diretor de atuação, preferindo se dedicar apenas na sala de montagem e efeitos especiais. Mesmo sendo um omisso no set o elenco conseguiu ainda arrancar alguns dos momentos realmente bons desse filme, com destaque para a bela Natalie Portman e do esforçado Ewan McGregor que conseguiu transformar seu Obi-Wan Kenobi em um personagem mais marcante do que da trilogia original. Péssimo mesmo apenas o medíocre Hayden Christensen como Anakin Skywalker. É de se admirar que com um ator tão fraco se conseguiu levar em frente essa série. De qualquer forma a saga "Star Wars" seguirá em frente breve, esperamos que com melhores resultados.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sete Dias Sem Fim

Título no Brasil: Sete Dias Sem Fim
Título Original: This Is Where I Leave You
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Jonathan Tropper
Elenco: Jason Bateman, Tina Fey, Jane Fonda, Rose Byrne, Timothy Olyphant, Connie Britton

Sinopse:
Judd Altman (Jason Bateman) acredita estar vivendo um dos momentos mais felizes de sua vida. Ele trabalha no que gosta, numa estação de rádio de sucesso, e tem um casamento feliz e duradouro. E é justamente no dia de aniversário de seu matrimônio que ele decide chegar mais cedo em seu apartamento para fazer uma surpresa para sua querida esposa. O que ele encontra porém é sua própria mulher transando com seu chefe do trabalho! De repente tudo o que ele considerava perfeito em sua vida desmorona em questão de segundos. Como se isso não fosse horrível o suficiente, seu pai morre e ele tem que lidar novamente com sua família formada por pessoas bem complicadas de se conviver. 

Comentários:
O roteiro de "Sete Dias Sem Fim" se baseia em grande parte numa antiga tradição da religião judaica em que a família de um ente querido recentemente falecido precisa guardar sete dias de luto, onde todos os seus familiares devem conviver sob um mesmo teto durante esse período de tempo. Na teoria seria uma forma de relembrar os bons momentos do passado e entrar em reflexão sobre a própria existência e sua aproximação com Deus em uma hora triste, de perda. Nem precisa dizer que a família Altman do filme é bem disfuncional e que essa convivência por uma semana irá despertar não um sentimento religioso e reflexivo, mas velhas histórias e traumas entre todos os familiares, como aliás acontece com todas as famílias do mundo, diga-se de passagem. O roteiro é muito bom, desenvolvendo todos os personagens da melhor maneira possível. Assim temos a matriarca interpretada por Jane Fonda. Ela é uma mulher bem resolvida que inclusive se revela mais liberal do que seus próprios filhos. Depois da morte do marido resolve assumir um aspecto escondido de sua vida pessoal que vai causar imensa surpresa em todos. Tina Fey também se destaca como a irmã que não consegue ser muito feliz em seu casamento pois o tempo deixou marcas de indiferença em seu relacionamento com o marido. 

De uma forma ou outra o roteiro se concentra mesmo na vida conturbada de Judd Altman (Jason Bateman). Ele é aquele típico cara que nunca teve coragem de assumir algum risco maior em sua vida, andando sempre na linha, pensando que agindo assim teria controle absoluto sobre ela. Quando seu casamento desmorona e ele fica desempregado da noite para o dia, acaba reencontrado por acaso com Penny Moore (Rose Byrne) que ele conhece desde a juventude. Ela sempre foi apaixonada perdidamente por ele, dando razão ao velho ditado que afirma ser inesquecível o primeiro amor de nossas vidas. Agora que Judd está à beira do divórcio ela pensa ter chegado finalmente sua grande chance de realizar aquele romance que ela idealizou por tantos anos. A trilha sonora da aproximação de ambos acaba sendo, imagine você, um velho sucesso da cantora Cyndi Lauper! (os saudosistas dos anos 80 vão sentir um aperto no peito!). Enfim, um bom drama, com pequenas nuances de humor negro que vai levar muita gente a pensar sobre a vida. Até porque o Maine não é tão distante como muitos pensam! (Quem assistir entenderá do que estamos escrevendo).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Vizinhos

Título no Brasil: Vizinhos
Título Original: Neighbors
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Nicholas Stoller
Roteiro: Andrew J. Cohen, Brendan O'Brien
Elenco: Seth Rogen, Rose Byrne, Zac Efron

Sinopse:
O casal Mac e Kelly Radner (Seth Rogen e Rose Byrne) estão vivendo os primeiros dias após o nascimento de seu pequeno bebê! A vida parece boa e tranquila, mas... da noite para o dia eles são surpreendidos pelos novos vizinhos, na verdade toda uma fraternidade universitária, com todo o barulho e algazarra que esses lugares costumam promover. Celebrando festas todas as noites, a vida na vizinhança começa a se tornar insuportável. Mac e Kelly então decidem colocar um ponto final naquela bagunça - o que obviamente não será nada fácil.

Comentários:
Assim que "Neighbors" acabou fiquei com saudades de "Clube dos Cafajestes". Até a ideia da festa da toga foi reciclada por aqui! De certa forma é uma espécie de "Animal House" mais quadradinho e inofensivo. Sim, há linguagem chula e vulgar e uma ou outra cena que extrapola o limite do bom gosto, mas no geral é uma comédia bem comportada, diria até conservadora, pois defende a ideologia do homem casado e resignado por seu destino enfadonho. O bizarro é que Seth Rogen até tentou mudar os rumos de sua carreira ao estrelar "O Besouro Verde" mas foi um fracasso tão grande que ele voltou ao seu personagem habitual, a do cara que apesar da idade ainda se comporta como um eterno adolescente da escola (e isso apesar de ser casado e pai de uma filhinha). E por falar em adolescentes, Zac Efron está no elenco como um chamariz justamente para elas - se bem que, como todo ídolo teen, o Zac já está ficando fora do prazo de validade. Já tive várias oportunidades de elogiar a atriz Rose Byrne, que é tão talentosa que se sai muito bem tanto em dramas como em comédias (e isso não é nada fácil). Aqui ela tem que passar por algumas cenas bem constrangedoras mas sai ilesa no final das contas. Bobagem por bobagem, todas precisam pagar algum mico em sua carreira algum dia. Para ela esse "Vizinhos" serviu muito bem aos seus propósitos. Assista sem maiores pretensões e tente se divertir no meio da bagunça desses universitários.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os Estagiários

Dois quarentões, vendedores de relógio, são pegos na contramão da história. Acontece que com as novas tecnologias, os celulares, a internet, ninguém mais quer comprar relógios como os que eles vendem. Após sua empresa ser fechada eles tentam uma nova chance no mercado de trabalho. O mundo porém é outro. A bola da vez é das empresas de tecnologia, informática como a famosa Google. Assim eles, apesar da idade e de não entenderem nada de computadores, entram no programa de estágios da empresa, tentando quem sabe arranjar um novo lugar ao sol. O curioso é que o Google é diferente de tudo o que eles conheciam. É uma corporação que incentiva a criatividade, a imaginação e o senso de oportunidade. As instalações são coloridas, com brinquedos e atividades esportivas, uma nova realidade, uma nova forma de ver o corporativismo moderno.

Começa assim esse simpático e divertido "Os Estagiários". Obviamente o roteiro procura fazer humor do choque de gerações envolvendo caras em seus quarenta e tantos anos e a moçada jovem, que já nasceu inserida dentro da internet e das novas tecnologias que rondam nosso mundo. O fato é que dificilmente a dupla formada por Vince Vaughn e Owen Wilson realiza filmes ruins. Mesmo quando os roteiros não são lá grande coisa eles acabam salvando as produções com seus carismas. O mesmo acontece aqui. A piada inicial de "Os Estagiários" logo cai no lugar comum das comédias do circuito comercial americano mas no final tudo é salvo por causa de Owen e Vince. Claro que o enredo é completamente inverossímil, uma vez que uma dupla como essa jamais teria chance dentro do hiper competitivo mercado de tecnologia nos EUA mas o espectador deve deixar isso um pouco de lado e se divertir. Não é das comédias mais memoráveis que foram lançadas recentemente (o roteiro tem uma tonelada de clichês, por exemplo) mas se o espectador resolver dar uma colher de chá pode certamente vir a se divertir.

Os Estagiários (The Internship, Estados Unidos, 2013)  Direção: Shawn Levy / Roteiro: Vince Vaughn, Jared Stern / Elenco: Vince Vaughn, Owen Wilson, Rose Byrne / Sinopse: Dois quarentões resolvem se inscrever no programa de estágio do Google em busca de um novo recomeço em suas carreiras profissionais, o que dará origem a muitas confusões e choques de gerações.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de setembro de 2013

O Lugar Onde Tudo Termina

Luke (Ryan Gosling) trabalha em um parque de diversões. Ele é piloto da moto do Globo da Morte, uma atração perigosa mas que paga um péssimo salário. Viajando de cidade em cidade ele vai parar em Schenectady, New York. Lá reencontra Romina (Eva Mendes), uma garçonete com o qual teve um caso meses antes. Luke que não é de muitas palavras logo desconfia que algo está acontecendo na vida de sua garota e para sua surpresa descobre que ela tem um filho seu, um bebezinho que ela tenta em vão esconder de seu ex-namorado. O problema é que ela já mora com um outro homem que resolveu assumir a figura de pai adotivo da criança. Luke quer ser um pai presente na vida do filho mas não tem dinheiro suficiente para ajudar em sua criação. Assim resolve tomar uma decisão radical. Ao lado de um comparsa começa a realizar assaltos a banco pela região. Ótimo piloto, passa a usar de sua habilidade para fugir da polícia após seus crimes. Por um tempo as coisas até que funcionam muito bem para ele até o dia em que cruza caminho com o policial Avery Cross (Bradley Cooper). O encontro durante uma fuga mudará para sempre o destino de sua vida.

Belo filme esse "O Lugar Onde Tudo Termina". O ator Ryan Gosling novamente surpreende estrelando mais uma ótimo produção em sua filmografia. Em certos momentos lembrei de "Drive" mas esse aqui é bem mais complexo e completo. O roteiro pode ser dividido em três atos bem nítidos. No primeiro acompanhamos a dura vida do personagem de Ryan Gosling. É um sujeito que caminha numa escolha sem volta. Ao abraçar o mundo do crime ele também dá adeus a uma vida equilibrada e segura, algo aliás que nunca teve. Gosling está ótimo em seu trabalho pois ele tem esse raro talento de imprimir carisma em papéis nem sempre agradáveis. A segunda linha narrativa já mostra a conturbada vida do policial Cross (Cooper), um sujeito ambicioso e pouco ético que começa aos poucos a subir no mundo da política. Por fim acompanhamos no ato final os desdobramentos do terrível encontro entre o criminoso e o tira, algo que repercutirá inclusive no futuro de seus próprios filhos. É sem dúvida um filme extremamente bem escrito, com ótimo elenco e enredo mais do que interessante que inclusive atravessa os anos. É um filme mais longo que o habitual (quase duas horas e meia de duração) mas que em momento nenhum cansará o espectador. Esse podemos recomendar sem qualquer receio. Grande filme certamente.

O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond the Pines, Estados Unidos, 2012) Direção: Derek Cianfrance / Roteiro: Derek Cianfrance, Ben Coccio / Elenco: Ryan Gosling, Bradley Cooper, Eva Mendes, Rose Byrne, Ray Liotta, Bruce Greenwood / Sinopse: Duas gerações sofrem as consequências de um terrível acontecimento ocorrido numa pequena cidade do interior dos EUA, Schenectady, New York.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Damages

Damages é a melhor série jurídica nos últimos anos. Com roteiros extremamente bem escritos e linhas narrativas ousadas considero esse um dos melhores momentos da TV americana, talvez sofisticado até demais para o público daquele país. "Damages" surgiu em 2007 e até agora já conta com cinco temporadas totalizando 59 episódios. A proposta é ousada: mostrar o dia a dia da bem sucedida advogada de Nova Iorque Patty Hewes (Glenn Close). Dona de um dos grandes escritórios da cidade ela contrata a jovem Ellen Parsons (Rose Byrne) como sua assistente. Recém saída da faculdade Ellen terá grandes surpresas na vida prática do mundo do direito e das leis. Damages é recomendada para todos os públicos mas para quem atua na área jurídica é particularmente saborosa. Como advogado me identifiquei completamente com os dramas, anseios e conflitos mostrados nas temporadas. Quem já se envolveu em um processo judicial sabe muito bem como essa pode ser uma experiência de vida inigualável em nossas vidas. Nos tribunais desfilam dramas de vida que modificam o modo de ser e de pensar de todos os envolvidos, sejam leigos ou profissionais como advogados, juízes e promotores.

Damages é particularmente inspirada nesse aspecto pois mostra sem receios que no mundo das leis podemos encontrar tanto enorme satisfação ao ver a justiça sendo realizada como também a frustração ao presenciar a mais absoluta injustiça sendo implantada. A melhor temporada sem dúvida foi a primeira, ousada e intrigante, mostrou de forma clara o enorme talento de Glenn Close. Sua carreira vinha em controle remoto no cinema e sua transposição para a televisão foi um achado pois ela é simplesmente brilhante e não deve ser limitada por filmes de segunda categoria. Rose Byrne, que conheci primeiramente aqui em Damages, também é excepcional. Sua Ellen Parsons é o contraponto ideal à personagem de Close. Um grande duelo de grandes atuações. Como já afirmei sempre achei Damages extremamente sofisticada e por essa razão a série sofreu problemas de audiência nos EUA, saindo de seu canal de origem para ser produzida pelo sistema DirectTV daquele país. Por essa razão não é tão fácil acompanhá-la mas o esforço certamente valerá a pena. Damages é visceral, impactante e marcante. Simplesmente não há como deixar de assistir.

Damages (Damages, Estados Unidos, 2007 - 2012) Criada por Glenn Kessler, Todd A. Kessler, Daniel Zelman / Direção: Glenn Kessler, Todd A. Kessler, entre outros / Roteiro: Glenn Kessler, Todd A. Kessler, Daniel Zelman entre outros / Elenco: Glenn Close, Rose Byrne, Tate Donovan, Ted Danson, Timothy Olyphant, William Hurt, John Goodman, Ryan Phillippe, Lily Tomlin / Sinopse: Damages mostra a vida da advogada Patty Hewes (Glenn Close), especializada em enfrentar grandes corporações e empresas nos Tribunais de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Presságio

Tudo começa quando uma garotinha começa a receber mensagens em linguagem matemática. Os números que escreve em uma folha de papel não parecem fazer qualquer sentido e todos interpretam como números simplesmente aleatórios. 50 anos depois a mensagem acaba chegando nas mãos do professor de ciências John Koestler (Nicolas Cage). Ele é cético em relação ao aspecto religioso das pessoas embora seja filho de um pastor protestante. Os números porém  lhe chamam atenção e ele acaba descobrindo uma conexão entre as datas de grandes catástrofes e as sequências numéricas que foram escritas pela colegial tantos anos atrás. Intrigado resolve investigar as origens do estranho escrito. Quando foi lançado esse "Presságio" foi impiedosamente malhado pela crítica. A fita porém conseguiu alcançar um relativo êxito comercial e aqui no Brasil, como sempre acontece com os filmes de Nicolas Cage, conseguiu se tornar um grande sucesso. "Presságio" não é ruim como algumas críticas insistem em dizer. A produção lida com muitos temas ao mesmo tempo, isso é um fato, mas o roteiro procura amarrar todas as pontas soltas que vão surgindo no desenrolar da estória.

Não é de hoje que podemos notar a obsessão dos americanos com o chamado "fim do mundo". Basta apenas ligar a tv a cabo e constatar o grande número de programas que procuram desvendar o tema. Seja sob o ponto de vista religioso, seja sob o ponto de vista científico. O roteiro de "Presságio" nesse aspecto procura abordar todas as visões de uma só vez, o que poderá desagradar a muitos espectadores. Há uma preocupação em colocar tudo no mesmo caldeirão: profecias, religião, ufologia, etc. A mistura pode soar indigesta para alguns. Atirando para todos os lados o resultado realmente torna-se sem foco mas não chega a aborrecer. Claro que um corte seria bem vindo pois o filme é excessivamente longo para o tema a que se propõe, mesmo assim poderá facilmente agradar aos que gostam desse tipo de temática. Eram os Deuses Astronautas? Há vida inteligente fora do nosso planeta? O fim está próximo? O que são profecias? Como será o dia do juízo final? Qual é o futuro da humanidade após o fim de nosso mundo? Todas essas perguntas tentam ser respondidas pelo texto do argumento desse filme. Se for de seu interesse, arrisque. 

Presságio (Knowing, Estados Unidos, 2008) Direção: Alex Proyas / Roteiro: Ryne Douglas Pearson, Juliet Snowden / Elenco: icolas Cage, Rose Byrne, Adrienne Pickering, Nadia Townsend, Ben Mendelsohn, Chandler Canterbury, Terry Camilleri, Angie Diaz, Sally Anne Arnott, Liam Hemsworth, Lara Robinson, Anna Anderson / Sinopse: Um professor de ciências tenta decifrar a linguagem matemática de um texto escrito há 50 anos por uma garotinha. O que irá descobrir é algo que o deixará estarrecido.

Pablo Aluísio. 

domingo, 26 de agosto de 2012

A Garota Morta

Tive uma grata surpresa com esse "A Garota Morta". É a tal coisa, por mais que a pessoa assista muitos filmes ao longo do ano sempre escapam uma ou outra preciosidade. É o caso desse aqui. Assisti sem maiores expectativas. Isso porque a falecida Brittany Murphy fez muitos filmes tolinhos ao longo da carreira e nunca coloquei muita fé em seu talento como atriz. Que pena, logo quando ela começava a despontar aconteceu aquela tragédia em sua vida. Interpretando a jovem prostituta Krista, Brittany dá um show de interpretação. O filme obviamente gira em torno de sua estória - a Garota Morta do título - e seu segmento, o último, joga por terra a impressão negativa que tinha dela. Em um papel muito forte Murphy mostra muito talento e controle em cena. Surpresa completa. 

O enredo mostra uma jovem tendo que lidar com vários problemas em sua vida. Além da destruição de seus laços familiares ela ainda tem que sobreviver na dureza das ruas onde prevalece realmente a chamada Lei da Selva, onde apenas os mais fortes sobrevivem. Como já foi dito o roteiro segue aquele esquema que tanto conhecemos: várias estórias são contadas de forma independente para no final entendermos que todas elas estão interligadas. O argumento, ótimo por sinal, não poupa o espectador das misérias humanas, das condições de dor e sofrimento que certas pessoas passam em sua vidas. A direção é da atriz e cineasta Karen Moncrieff, o que é muito bem-vindo por causa do tema do filme. Na realidade o tema central dessa produção é a vida de mulheres que vivem em situação de risco, prostitutas, adolescentes grávidas e outras situações que as deixam à mercê de sofrerem todo tipo de violência física, mental ou sexual. É um retrato cru da vida de jovens que se colocam numa posição que as deixam extremamente vulneráveis. Assim nada melhor do que uma mulher para dar sua visão feminina aos aspectos mostrados no filme. Com um elenco de apoio todo bom (Toni Collete, Rosie Byrne e até James Franco) "A Garota Morta" é uma bela obra que deve ser redescoberta pelos cinéfilos que gostam de temas fortes com interpretações edificantes. Está mais do que recomendado.  

A Garota Morta (The Dead Girl, Estados Unidos, 2006) Direção: Karen Moncrieff / Roteiro: Karen Moncrieff / Elenco: Toni Collette, Brittany Murphy, Marcia Gay Harden, Piper Laurie, Rose Byrne, Mary Steenburgen, Bruce Davison, James Franco, Giovanni Ribisi / Sinopse: O filme mostra um mosaico de momentos de várias vidas de mulheres que se encontram em situações de risco.  

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de agosto de 2012

X-Men: Primeira Classe

Certamente Hollywood não iria deixar essa franquia de lado. Embora o último filme tenha sido de certa forma definitivo, fechando inclusive a estória, não restavam dúvidas que mais cedo ou mais tarde os mutantes de Stan Lee voltariam às telas. Vivemos atualmente uma verdadeira moda de filmes baseados em personagens de quadrinhos e sendo X-Men um dos mais populares desse universo era certo que eles voltariam de um jeito ou de outro. A solução aqui foi recomeçar tudo praticamente do zero. "X-Men: Primeira Classe", como seu próprio nome sugere, é o começo de uma nova série de filmes, com novos atores e nova proposta. A boa notícia é que esse primeiro filme é divertido, tem bons efeitos, um roteiro bem bolado e bom elenco. Dito isso é interessante salientar também que não é, na minha opinião, um filme isento de falhas. 

O filme caminha bem mas não consegue fugir da fórmula dos demais da franquia X-Men. Essa inclusive foi uma das decepções que tive. Após ler sobre ele antes de assistir fiquei com a impressão que esse seria o mais singular da série, algo mais inovador, mas isso definitivamente não acontece. Claro que seu diferencial é explicar a origem de muitos dos principais personagens da série porém não foge do formulaico para isso. Um pouco mais de ousadia dos realizadores cairia bem. Assim acabamos ficando com sabor de Deja Vu. Perceba que as coisas meio que se repetem. O grupo é formado, eles se conhecem, há um período de treinamento, etc, etc. Nesse quesito mais do mesmo. O grande mérito de First Class é realmente seu elenco (com muitos atores de seriados americanos como Damages, Mad Men, etc). O destaque obviamente vai para a estrela adolescente Jennifer Lawrence. Bonita e talentosa ela rouba todas as cenas em que aparece. O vilão interpretado por Kevin Bacon é outro ponto positivo. De certa forma ele me lembrou muito os primeiros vilões da franquia 007 e como a trama do filme é passada nos anos 60 então encaixou bem. Já Magneto e Xavier são personagens tão carismáticos que funcionam por si mesmos. Então é isso. First Class é um bom filme? Certamente. É inovador dentro da franquia? Não. De qualquer forma vale a pena assistir.  

X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, Estados Unidos, 2011) Direção: Matthew Vaughn / Roteiro: Ashley Miller, Zack Stentz baseados nos personagens criados por Stan Lee para a Marvel Comics / Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Kevin Bacon, Rose Byrne, January Jones / Sinopse: Grupo de mutantes são reunidos em uma mesma instituição para ensino e treinamento liderados pelo professor Charles Xavier (James McAvoy). 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sobrenatural

"Sobrenatural" tenta revitalizar os filmes de casas mal assombradas. É mais um produção que cria todo um clima sombrio com o único objetivo de assustar os espectadores. Para isso ele se utiliza de várias fórmulas que já são bem manjadas para os fãs do gênero. Se você já viu uma cena em que tudo está em silêncio e de repente surge um som ensurdecedor, que obviamente vai lhe dar um tremendo susto, então já sabe de antemão do que se trata "Sobrenatural". O roteiro segue bem por esse tipo de situação, não apenas uma mas várias vezes. Eu particularmente acho esse tipo de situação muito clichê e apelativa mas certamente há todo um público jovem que frequenta os cinemas atualmente que vai gostar desse tipo de coisa. Que o diga os produtores que tiveram um ótimo lucro com o filme. Produção extremamente barata e de baixo orçamento "Sobrenatural" caiu no gosto do público e rendeu mais de 100 milhões de dólares em bilheteria, um resultado fantástico para um produto tão despretensioso como esse, sem nenhum grande nome no elenco e nem um gasto excessivo em marketing e promoção. Aqui temos realmente um caso de propaganda boca a boca que levou muita gente aos cinemas, inclusive no Brasil, onde o filme também fez sucesso.

Um dos atrativos do elenco de "Sobrenatural" é a presença da simpática atriz australiana Rose Byrne do seriado "Damages" (uma das melhores coisas a surgir na TV americana nos últimos anos). A atriz que se sai muito bem em personagens dramáticos e no limite acabou curiosamente tendo seu maior sucesso nos cinemas com uma comédia leve e descompromissada, dirigida ao público feminino, "Missão Madrinha de Casamento". Aqui ela está mais adequada ao seu estilo de interpretação. Ao seu lado surge em cena o sumido Patrick Wilson. "Sobrenatural" foi dirigido pelo cineasta malaio James Wan. Embora praticamente um novato na direção ele tem no curriculum o roteiro do sucesso "Jogos Mortais". Como diretor ele demonstra saber bem as regras do jogo embora soe repetitivo na maioria das vezes. De qualquer forma esse "Sobrenatural" conseguiu lhe trazer o primeiro sucesso de bilheteria em sua carreira. Em conclusão podemos dizer que "Sobrenatural" é um terror pouco marcante, feito para fazer sucesso em salas multiplex pelo mundo afora, e que cumpriu sua meta pois, para alegria do estúdio, caiu no gosto popular. Não vai mudar sua vida mas pode vir a ser um entretenimento mediano no final da noite. Arrisque.

Sobrenatural (Insidious, Estados Unidos, 2010) Direção: James Wan / Roteiro: Leigh Whannell / Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne, Ty Simpkins / Sinopse: Uma típica família norte-americana de classe média se muda para uma nova casa sem saber que o local guarda terríveis segredos. Seu filho acaba sendo a maior vítima dos acontecimentos sobrenaturais que se manifestam no lugar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Missão Madrinha de Casamento

Pensei que fosse ser uma comédia mais ao estilo "baixaria" uma vez que a coisa que mais ouvi ultimamente é de que se tratava de uma versão feminina de "Se Beber Não Case". Sinceramente não vi maiores semelhanças. Na realidade é uma comédia romântica bem na média do que o cinema americano anda produzindo ultimamente. Musiquinhas românticas, o velho clichê da solteirona de 30 anos louca porque ainda está solteira (de onde esses caras tiram a ideia de que o casamento é a solução para a infelicidade das pessoas?) e tudo o que você já viu em muitos e muitos filmes desse tipo. Na realidade achei tão convencional que me surpreendi. Acredito que a única grande diferença das demais "água com açúcar" é o clima acentuado de humor mas fora isso, nada de novo no front. Nesse aspecto os brasileiros são obviamente alvos, como se a culinária brasileira fosse tão indigesta a ponto de dar dor de barriga imediata nos americanos (e como se a comida deles, o tal de fast food, não fosse a pior refeição que um ser humano pudesse comer na face da terra), que o diga a gordinha Melissa McCarthy que sofre de obesidade mórbida e que, falando sinceramente, não faz nada no filme que justifique sua indicação ao Oscar.

O resto do elenco é formado por atrizes competentes devo confessar. Na realidade pode-se dizer que na falta de um roteiro melhor elas realmente carregam o filme nas costas. Eu pessoalmente gosto muito da Kristen Wiig desde os tempos em que via suas performances no SNL. Ela é uma comediante de mão cheia para interpretar balzaquianas neuróticas como a personagem do filme. Outra que se destaca é a Rose Byrne, o que é curioso, pois ela é atriz dramática na realidade (vide sua ótima participação em Damages). Em conclusão é como eu disse - tudo mais do mesmo. No final fica a pergunta: até quando vamos aguentar mais comédias românticas sobre casamentos? Será que o público não se cansa nunca disso?

Operação Madrinha de Casamento (Bridesmaids, Estados Unidos, 2011) Direção: Paul Feig / Roteiro: Annie Mumolo e Kristen Wiig / Elenco: Kristen Wiig, Maya Rudolph, Rose Byrne, Wendi McLendon-Covey, Ellie Kemper, Melissa McCarthy, Chris O'Dowd, Jill Clayburgh / Sinopse: O filme mostra as diversas confusões e problemas em que se envolve um grupo de mulheres na preparação do casamento de uma delas.

Pablo Aluísio.