Aftersun

Aftersun

Pai e a filha de 11 anos vão passar um fim de semana em um hotel na Turquia. Uma maneira deles se reaproximarem após o divórcio. A garota, que continua morando apenas com a mãe, tem pouco contato com o pai, então essa se torna uma viagem de aproximação entre os dois. Manter os laços sempre é algo importante, que deve se priorizar. No hotel ela conhece outros jovens, um pouco mais velhos do que ela. Acaba tendo o primeiro beijo e suas primeiras experiências com o sexo oposto. O pai, em dificuldades financeiras, tenta se aproximar da filha da melhor maneira possível, mas nem sempre isso é fácil, ainda mais quando se luta com seus próprios demônios interiores. 

Bom filme, bem na linha indie. Foi o representante do estilo no último Oscar. Não levou nenhuma estatueta, mas ganhou uma honrosa indicação ao Oscar na categoria de melhor ator, para o trabalho de atuação de Paul Mescal. Superficialmente, o espectador menos atento vai acabar achando tudo meio banal. Um pai e uma filha passando um fim de semana em um hotel. Nada mais do que isso. Tudo bem, mas e daí? Não acontece nada muito grandioso ou marcante. Só que esse roteiro também tem suas mensagens sutis, como a sugestão de que aquele teria sido o último encontro entre pai e filha. O que aconteceu depois? Nada é explicado, afinal para o cinema indie a sugestão muitas vezes é mais importante do que a mera explicação em detalhes. 

Aftersun (Estados Unidos, 2022) Direção: Charlotte Wells / Roteiro: Charlotte Wells / Elenco: Paul Mescal, Frankie Corio, Celia Rowlson-Hall / Sinopse: O filme mostra as memórias de uma jovem que passou um fim de semana com o pai em um hotel da Turquia, vinte anos antes. E nessa reaproximação entre pai e filha desfilam pequenas emoções perdidas no tempo. 

Pablo Aluísio.