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sábado, 19 de abril de 2014

Closer - Perto Demais

Título no Brasil: Closer - Perto Demais
Título Original: Closer
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Clive Owen, Julia Roberts 

Sinopse:
O complicado relacionamento envolvendo dois casais em uma cidade moderna dos Estados Unidos nos dias atuais. O que parecia algo estável se torna explosivo quando o interesse entre eles ultrapassa as fronteiras das relações da cada casal.

Comentários:
Closer é muito bom porque mostra o natural desgaste que sofre relacionamentos amorosos com o tempo. A mulher já não é tão mais atraente como antes, os homens revelam pequenas manias que enfurecem elas e por aí vai. O destaque no elenco vai obviamente para a personagem de Natalie Portman, uma garota bonita que ganha a vida explorando seus dotes femininos. Sua imagem com a peruca rosa de stripper já entrou para a galeria de figurinos inesquecíveis da cultura pop. Junte-se a isso a excelente trilha sonora e o roteiro, muito bem escrito por sinal, e você entenderá porque Closer é considerado um dos melhores filmes sobre relacionamentos amorosos lançados nos últimos anos Além disso esse filme é basicamente sobre relacionamentos. Por isso ele é mais indicado para as mulheres porque as mulheres adoram discutir sobre seus relacionamentos (os seus e os dos outros também!). Homens gostam mesmo é de assistir TV tomando cerveja e ficar falando mal do técnico de seu time de futebol! Provavelmente 99% dos homens não gostarão de Closer porque esse filme, como eu disse, é sobre o envolvimento de duas pessoas, coisa que geralmente só interessa a uma delas, a mulher! Mesmo assim, com essa visão um pouco sarcástica demais, eu acho o filme acima da média. Claro que ajuda muito as generosas cenas de nudez parcial da Portman mas ignore isso e assista pelas qualidades cinematográficas de Closer, afinal isso é apenas a opinião de mais um homem

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Marte Ataca!

Título no Brasil: Marte Ataca!
Título Original: Mars Attacks!
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: Len Brown, Woody Gelman
Elenco: Jack Nicholson, Pierce Brosnan, Sarah Jessica Parker, Glenn Close, Annette Bening, Danny DeVito, Martin Short, Michael J. Fox, Rod Steiger, Natalie Portman

Sinopse:
É um dia normal para todos, até que o presidente dos Estados Unidos anuncia que marcianos foram vistos circulando a Terra. O país se prepara então para receber os marcianos da melhor forma possível e um encontro é organizado, mas nem tudo sai como planejado, pois os visitantes parecem ter outros planos para a Terra. Eles são apenas seres mal interpretados em suas intenções ou será que eles realmente querem destruir toda a humanidade?

Comentários:
Outra bizarrice assinada por Tim Burton. Curiosamente nunca consegui gostar desse filme. Também pudera, é um produto muito específico, baseado em uma série de figurinhas dos anos 50 que contava a história da invasão da Terra por marcianos (velho conceito que apesar dos anos continua tão presente em nossa cultura pop). Bom, costumam dizer que um dos problemas de filmes baseados em histórias em quadrinhos é a dificuldade dos roteiristas em criar bons roteiros, até porque o material original provém de outro tipo de linguagem, bem mais simples do que o cinema. Agora imagine construir todo um filme em cima de meras figurinhas de álbum! Coisa de louco não é mesmo? Tim Burton tinha uma ligação sentimental com essas figurinhas pois as colecionou quando era um garoto. Ok, tudo bem você ter uma nostalgia dessas, algo até poético, mas adaptar todo um filme em cima disso?! Me soa meio exagerado e fora de propósito. O mais curioso é ver quanta gente de alto nível resolveu aderir ao projeto. Atores conceituados como Jack Nicholson entraram na brincadeira, só para mostrar a força do cacife que Burton tinha na época - fruto, é claro, do enorme sucesso comercial de "Batman". O resultado é bem irregular. Tecnicamente é um show, com efeitos de encher os olhos mas como cinema em si o que se vê é algo bem decepcionante. Nem as piadas funcionam e nem o clima de trash forçado dá certo. Uma bobagem sem tamanho criada para satisfazer única e exclusivamente o ego de Burton, que pelo visto não tem limites.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Entre Irmãos

Remake de um filme da Dinamarca que inclusive seguiu as regras do movimento Dogma, chamado “Brødre" com roteiro e direção de Susanne Bier. O enredo é praticamente o mesmo, com pequenas variações e mudanças (a personagem de Natalie Portman no original tinha mais importância, por exemplo). Aqui acompanhamos os efeitos causados em uma família americana quando um dos irmãos (interpretado por Tobey Maguire, o ex-Homem-Aranha) é dado como desaparecido em combate na guerra do Afeganistão. Para trás ele deixa uma jovem viúva (Portman) e filhos. O problema é que seu irmão (Jake Gyllenhaal) acaba se envolvendo com ela, o que dará origem a um grande conflito emocional pois depois Tobey é resgatado e volta para os Estados Unidos, encontrando a delicada situação, com seu irmão dando em cima de sua esposa! "Entre Irmãos" foi dirigido pelo cineasta Jim Sheridan que foi acusado pela crítica de ter realizado um filme frio e impessoal demais. De fato Sheridan parece ter deixado sua fase mais inspirada para trás pois atualmente tem realmente asssinado filmes que não causam mais impacto, nem entre a crítica e nem entre o público.

Fato que se confirmou nesse "Brothers" que fracassou nas bilheterias americanas (pelo visto o povo de lá já está tão cansado e farto de guerras que não quer mais nem saber de ver filmes com essa temática). De minha parte tenho uma visão um pouco menos ácida sobre essa produção. A verdade é que esse filme não é ruim, muito longe disso, mas a crítica de uma maneira em geral caiu de porrada em cima (principalmente nos EUA). Atribuo toda essa má vontade ao trio central de atores. Como eles são figurinhas fáceis em blockbusters ultimamente quando tentaram fazer algo com mais conteúdo tiveram que sofrer uma avalanche de críticas pesadas. Depois de assistir não pude deixar de constatar que muitas delas são simplesmente injustas e revanchistas. O filme vale a pena ser descoberto e por mais incrível que isso possa parecer todo o elenco está bem, principalmente Jake Gyllenhaal, Natalie Portman e Tobey Maguire. Por isso recomendo sem receios.

Entre Irmãos (Brothers, Estados Unidos, 2009) Direção: Jim Sheridan / Roteiro: Jim Sheridan, baseado no filme original dirigido por Susanne Bier / Elenco: Jake Gyllenhaal, Natalie Portman, Tobey Maguire e Sam Shepard / Sinopse: Após ser dado como morto a viúva de um militar acaba se envolvendo com o irmão dele. O problema é que ele está vivo e volta para os Estados Unidos criando um sério problema emocional com todos os envolvidos nesse complicado triângulo amoroso.

Pablo Aluísio.          

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith

Terceiro e último filme da segunda trilogia de Star Wars. Aqui George Lucas teve um desafio e tanto: mostrar em pouco mais de duas horas a transformação do Jedi Anakin Skywalker (Hayden Christensen) em Darth Vader, o terrível vilão da franquia original de Guerra nas Estrelas. Além disso a trama explora a gravidez de Padmé (Natalie Portman). A produção, como sempre, é de primeira linha. O roteiro também não decepciona pois consegue mesclar várias boas cenas de ação (com destaque para o resgate do chanceler Palpatine, logo na abertura do filme) com uma intrigada trama política, que ao final das contas irá transformar a República e o Senado em um Império controlado por um dos mais destacados Lordes Sith (uma ordem rival aos Jedis). Esse aspecto é bem interessante pois fica óbvio que George Lucas usou a história do Império Romano como base para a transformação política pelo qual passa a República. Além disso temos em cena todas as origens de personagens que se tornaram ícones como Luke Skywalker e a Princesa Leia. Junte a isso toda a parafernália técnica que só a Lucasfilm seria capaz de disponibilizar em um filme e você terá de fato o melhor episódio dessa nova trilogia.

"Star Wars - A Vingança dos Sith" também marca a despedida de George Lucas de sua maior criação. Recentemente ele vendeu todos os direitos autorais da saga para os estúdios Disney, dando adeus ao universo de Star Wars. Ao que parece Lucas guardou grande ressentimento das inúmeras críticas que sofreu no lançamento desses novos filmes. Assim resolveu pendurar o sabre de luz. No começo dessa nova franquia ele ainda havia deixado uma certa dúvida se iria filmar algum dia os noves episódios prometidos que havia escrito ainda na década de 1970. Depois que levou bordoadas de todos os lados (inclusive dos mais fanáticos fãs da série) ele anunciou juntamente com o lançamento dessa produção que não iria mais seguir em frente. O próprio Lucas disse que não tinha mais idade e nem saúde para enfrentar  mais uma maratona de trabalho como a que esse tipo de filme exigia. No fundo foi uma sábia decisão passar a bola adiante. Agora Star Wars segue em novo projeto, planejado para chegar nas telas em dois anos. Novos roteiristas, novo diretor, novos produtores e até mesmo um novo estúdio. Particularmente estou bem ansioso para saber o que virá daqui em diante, torcendo para que os Jedis voltem a ocupar a posição que sempre tiveram na história do cinema. Que a força esteja com todos os envolvidos na nova trilogia que vem por aí.

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith, Estados Unidos, 2005) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Ewan McGregor, Natalie Portman, Hayden Christensen,  Ian McDiarmid, Samuel L. Jackson, Jimmy Smits, Frank Oz, Anthony Daniels, Christopher Lee / Sinopse: Uma luta de poder se instala dentro da República. De um lado um chanceler com poderes ilimitados, do outro a ordem Jedi e no meio um jogo político entre democracia e ditadura, república ou império.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones

Dez anos depois dos acontecimentos mostrados no Episódio I a estória de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) continua. Ele agora é o jovem aprendiz do Jedi Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor). Após a senadora Amidala (Natalie Portman) sofrer uma tentativa de assassinato os dois são designados para cuidar de sua segurança pessoal. A República sofre uma séria crise, principalmente por causa da formação de uma liga separatista que deseja se desligar da federação interplanetária. O voto da senadora se torna assim um ponto vital naquilo que pode significar o colapso republicano. Enquanto Obi-Wan Kenobi procura descobrir quem realmente deseja matar a jovem senadora, Anakin acaba se envolvendo romanticamente com sua protegida, começando um romance que terá sérias consequências para o futuro do universo. Começa assim "Star Wars - Episódio II - O Ataque dos Clones". Pelo visto George Lucas absorveu todas as criticas que lhe foram feitas no Episódio I e resolveu fazer uma sequência mais redonda, mais eficaz e com menos enrolação e chatice. Infelizmente o que começa de certa forma até promissor logo desanda pois Lucas parece perder o fio da meada da estória que está contando, resolvendo a partir de determinado momento apostar todas as suas fichas em ação incessante e toneladas de efeitos digitais!

Mesmo assim há bons momentos, não há como negar. E como não poderia deixar de ser eles surgem em dois momentos de duelos Jedi: a luta entre Obi-Wan Kenobi e o caçador de recompensas Jango Fett (Temuera Morrison) e a cena final em que o Mestre Yoda enfrenta o Conde Dooku (interpretado pelo sempre ótimo Christopher Lee), um Jedi traidor que começa a jogar politicamente para dar inicio a chamada Guerra dos Clones (o exército separatista é todo formado por clones criados em um distante e isolado planeta que foi devidamente riscado dos arquivos e mapas do universo). Revisto hoje em dia, exatos onze anos depois de seu lançamento, podemos perceber que muitos dos efeitos especiais que deixaram admiradas as plateias da época envelheceram bastante. Alguns personagens são completamente digitais, obviamente muito bem feitos, mas a tecnologia avança a um ritmo tão frenético que eles já não causam mais tanto impacto como antes (para falar a verdade qualquer game mais avançado dos dias atuais consegue rivalizar com o que é visto nesse filme). Já entre os momentos fracos é impossível não citar a quebra de ritmo que surge quando Lucas tenta colocar romance na tela (de forma pouco convincente aliás). O elenco é um pouco irregular. O ator Hayden Christensen, por exemplo, deixa bastante a desejar. A salvação acaba vindo na presença carismática de Natalie Portman. Enfim, é um filme não tão decepcionante quanto o Episódio I mas ainda assim com alguns problemas. Ah e antes que me esqueça: E o Jar Jar Binks?! Sim, ele ainda está lá, como um birra pessoal de Lucas! Vai entender...

Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II - Attack of the Clones, Estados Unidos, 2002) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Ewan McGregor, Natalie Portman, Hayden Christensen,  Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Frank Oz, Ian McDiarmid / Sinopse: Um exército de Clones é criado para destruir as forças da República por separatistas rebeldes. Para deter o avanço deles um grupo de Jedis tenta manter a República a salvo de ataques.

Pablo Aluísio. 

sábado, 27 de julho de 2013

Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma

Provavelmente tenha sido o filme mais esperado da história recente do cinema americano. Não é para menos, pois era a volta do universo Star Wars que tanto sucesso fez com a trilogia original. George Lucas agora tinha que lidar com uma nova realidade, a da Internet, onde fãs extremamente bem organizados acompanharam cada passo que o diretor deu nessa nova produção. O roteiro voltava no tempo para contar o começo da vida de Anakin Skywalker que iria com os anos se transformar no terrível Darth Vader. Para quem não sabe ele era um verdadeiro cavaleiro Jedi que acabou indo para o lado negro da força. Lida assim a ideia realmente soava ótima já que todo mundo queria saber como um Jedi tão poderoso teria se perdido no meio do caminho. O problema é que George Lucas, muito provavelmente encantado com as novas possibilidades tecnológicas do cinema, esqueceu de escrever uma boa trama, se concentrando apenas nos avanços digitais à sua disposição.

Esse é o problema central de “Episódio 1”. Tecnicamente o filme é perfeito, com excelentes tomadas virtuais. O problema é que um bom filme não é feito apenas de pixel. Tem que ter um bom roteiro também, coisa que o filme deixa muito a desejar. No meio de uma enfadonha trama política discutindo taxas! (veja que coisa mais chata) o enredo vai aos trancos e barrancos mostrando a infância do pouco carismático garoto Anakin (interpretado por um ator mirim completamente inexpressivo, Jake Lloyd). Para piorar o que já vinha bem ruim George Lucas resolveu criar um personagem totalmente sem graça, idiota, chato além da conta, chamado Jar Jar Binks, que virou um símbolo de tudo o que estava errado nessa nova trilogia de Star Wars. Com andar e jeito de jamaicano o tal Jar Jar era um balde de água fria para quem esperava encontrar uma nova obra prima e não um filme pra lá de boboca feito para passar em cinemas no pior estilo pipoca descartável. O saldo final? Uma enorme bilheteria (já era esperado) acompanhada de um mar de reclamações dos fãs de Star Wars. Tantas foram as criticas que George Lucas teve que reconhecer as falhas, prometendo caprichar mais no Episódio II. Jar Jar nunca mais... pelo menos era o que os fãs esperavam.

Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, Estados Unidos, 1999) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Jake Lloyd, Ian McDiarmid / Sinopse: Episódio I narra as origens de Anakin Skywalker, jovem de um planeta distante que com os anos se tornaria o terrível vilão Darth Vader.

Pablo Aluísio. 

sábado, 20 de julho de 2013

As Coisas Impossíveis do Amor

Drama familiar muito bem dirigido por Don Roos, mostrando os desafios e os anseios de um casal nova-iorquino em seu dia a dia. A esposa é a jovem advogada Emilia Greenleaf (Natalie Portman) e o marido é o também advogado Jack (Scott Cohen). Ambos se conheceram no escritório de advocacia onde trabalhavam. Ela assim que o viu pela primeira vez ficou interessada nele mas havia um sério problema a contornar: ele era casado com a médica Carolyn (Lisa Kudrow de "Friends") e tinha um pequeno filho de seis anos. Além da diferença de idade (ela é bem mais jovem que seu marido) há um drama profundo em sua relação. Após ficar grávida, Emilia acabou perdendo sua bebê com poucas semanas de vida. Ela se culpa por isso pois tem a sensação que a sufocou acidentalmente enquanto a amamentava – pegou no sono com a criança ainda em seu colo. Deprimida e desesperada ela tenta superar esse traumático evento enquanto vê lentamente seu precoce casamento desmoronar diante da crise emocional pela qual passa.

O roteiro é interessante porque explora muito bem a figura da chamada “segunda esposa”. Emilia nunca é levada à sério por ser a jovem segunda esposa do marido, geralmente sendo considerada uma biscate e destruidora de lares pelas demais amigas de Jack. Além disso tem que construir algum tipo de relacionamento com o filho de seu marido do primeiro casamento, um garotinho esperto e inteligente demais para sua idade. Já a primeira esposa, traída e abandonada, é muito bem retratada pela atriz Lisa Kudrow. Além da natural indignação por ter sido trocada por uma garota mais jovem ela ainda adota uma atitude de perfeita antipatia por sua presença – o que convenhamos é mais do que natural. As brigas se sucedem e o garoto vai ficando no meio de um fogo cruzado de acusações e ofensas entre pai, mãe e madrasta. Mas não precisa se preocupar pois tudo é mostrado com muito talento e sensibilidade. O filme merece ser conhecido por mostrar um novo paradigma familiar que vem se tornando cada vez mais comum, ainda mais nos dias de hoje onde o número de divórcios aumenta a cada dia. Já para as mulheres que estão na posição da personagem de Natalie Portman então o filme se torna ainda mais do que recomendado. 

As Coisas Impossíveis do Amor (Love and Other Impossible Pursuits, Estados Unidos, 2009) Direção: Don Roos / Roteiro: Don Roos, baseado na novela de Ayelet Waldman / Elenco: Natalie Portman, Scott Cohen, Lisa Kudrow, Charlie Tahan / Sinopse: Emilia (Natalie Portman) é a segunda esposa de um advogado de Nova Iorque. Além de nunca ser levada à sério por ser muito mais jovem que seu marido ainda tem que lidar com o filho do primeiro casamento dele e o drama de ter perdido sua única filha com poucas semanas de vida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de março de 2013

V de Vingança

No Império Britânico do futuro um governo totalitário comanda todos os aspectos da sociedade. Liberdade de expressão, artes, política, tudo é tolhido por um sistema opressivo e controlador. É nesse ambiente sufocante que surge V (Hugo Weaving) que pretende com atos e táticas terroristas minar o centralismo do poder em seu país. Durante uma de seus ataques ao sistema ele acaba resgatando a jovem Evey Hammond (Natalie Portman) de um grupo de policiais violentos e agressivos. A partir daí resolve transforma-la numa espécie de discípula a qual tentará lhe ensinar os fundamentos e princípios que movem seus atos de terror contra o governo central. “V de Vingança” é mais uma adaptação da obra do famoso autor Alan Moore. Sua associação com o cinema sempre foi problemática, pois algumas das adaptações de seus quadrinhos para a tela grande foram literalmente desastrosas. Aqui Moore ficou tão contrariado com o resultado do filme que pediu que retirassem seu nome dos créditos, o que foi injusto pois “V” é certamente muito bom.

O longa foi produzido pelos irmãos Wachowski que depois de Matrix parecem ter perdido a mão para bons filmes. Aqui eles colocaram o projeto sob comando de James McTiegue, que trabalhou ao lado dos irmãos em Matrix como assistente de direção. O curioso é que o pupilo acabou superando seus mentores uma vez que “V de Vingança” se revelou um produto acima da média, muito bem roteirizado, dirigido e atuado. A trama é obviamente uma crítica ao crescimento burocrático dos governos ao redor do mundo, geralmente invadindo a esfera privada de seus cidadãos. Embora a visão futurista de uma Inglaterra fascista seja muito improvável (o berço dos direitos individuais jamais sofreria um revés dessa magnitude), o filme consegue agradar e fazer pensar, algo bem raro nos dias de hoje. O problema central de V parece ter sido que sua mensagem acabou sendo mal compreendida, principalmente pelos mais jovens, que quase sempre confundem anarquia com liberdade. Mesmo assim é uma produção digna de elogios, que merece ser redescoberta sempre que possível. Assista e tire suas próprias conclusões sobre a real mensagem que seu argumento tenta passar.

V de Vingança (V for Vendetta, Estados Unidos, 2005) Direção: James McTeigue / Roteiro: Andy Wachowski, Larry Wachowski baseados na obra de Alan Moore / Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving, Sinéad Cusack, Nicolas de Pruyssenaere, Stephen Fry / Sinopse: Na Grã-Bretanha do futuro um terrorista denominado simplesmente V (Hugo Weaving) tenta doutrinar uma jovem que resgatou em sua ideologia contra o sistema dominante.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fogo Contra Fogo

Quando "Fogo Contra Fogo" chegou nas telas a crítica especializada torceu o nariz. Afinal qual era a lógica em se reunir no mesmo elenco dois monstros sagrados como Al Pacino e Robert De Niro se o roteiro não lhes davam a oportunidade de atuar bem? O que causou estranheza foi o foco centrado na ação e violência em um roteiro que foi considerado sem sutileza ou sofisticação. Além disso muitos reclamaram da falta de uma interação maior entre os atores em cena pois era justamente isso que muitos queriam ver. Não era todo dia que o público podia pagar uma só entrada de cinema para assistir aos dois mais consagrados atores em atividade na época. De fato ninguém queria ver Pacino com metralhadoras atirando para todos os lados - já existia toda uma casta de astros de filmes de ação que faziam isso (Stallone e cia). As primeiras reações por isso foram bem negativas. Penso que houve um certo preconceito dos críticos americanos sobre essa questão. Filmes de ação não são em essência inferiores aos dramas, por exemplo. O fato é que o estúdio gastou muito na contratação dos dois atores e o retorno em bilheteria teria que vir de qualquer jeito. 

Como naquela época os grandes sucessos eram justamente no gênero ação então resolveu-se reunir ambos nesse tipo de produção. Foi um desperdício de talento? De certa forma sim, mas não podíamos também esperar que um novo "Godfather" fosse escrito para unir Pacino e De Niro nas telas. Aquele tipo de material surge uma vez na vida, não é algo corriqueiro e nem comum. É excepcional. Diante dessas circunstâncias até que "Fogo Contra Fogo" não foi tão mal. A Warner até encontrou espaço para encaixar Val Kilmer no elenco. Prestes a vestir o uniforme do Batman no novo filme da franquia seu personagem aqui nada acrescenta de muito relevante mas também não aborrece. No saldo final podemos dizer que "Fogo Contra Fogo" certamente não foi o melhor filme de ação da década de 90 mas com certeza foi o que teve o melhor elenco jamais reunido. Não é excepcional em nenhum momento mas como diversão se sai muito bem.  

Fogo Contra Fogo (Heat, Estados Unidos, 1995) Direção: Michael Mann / Roteiro: Michael Mann / Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Val Kilmer, Jon Voight, Tom Sizemore, Diane Venora, Jeremy Piven, Begonya Plaza, Natalie Portman, Ashley Judd / Sinopse: Neil McCauley (Robert De Niro) é um refinado ladrão que começa a ser investigado e perseguido pelo policial Vincent Hanna (Al Pacino) que está decidido a acabar com a carreira do criminoso. O confronto entre os dois se tornará inevitável.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sombras de Goya

Em momento histórico particularmente delicado, com choques entre a Igreja Católica e o movimento protestante uma jovem chamada Inés (Natalie Portman) é acusada de práticas de heresia. O Frei Lorenzo (Javier Bardem) tentará de todas as formas salvar Inés de sofrer torturas e posteriormente ser condenada pelo tribunal da Santa Inquisição. Eu gostei bastante de Sombras de Goya. As razões são muitas. Pessoalmente gosto de dramas históricos e quando eles mostram grandes acontecimentos da história gosto ainda mais. A grande lição deixada por esse filme é simples: não importa quem ou qual ideologia está no poder. Seja a Igreja, seja a monarquia ou seja o poder revolucionário, todos eles, sem exceção vão em algum momento barbarizar o povo e abusar desse poder. O filme mostra bem isso. No começo temos os absurdos da chamada Santa Inquisição, onde qualquer menor suspeita já era suficiente para jogar a pessoa no pior calabouço imaginável, com direito a todas as torturas possíveis.

Depois acompanhamos a invasão francesa à Espanha. Interessante essa parte do filme pois os franceses são mostrados com bastante realismo (eles se imaginavam libertadores mas o povo espanhol os trataram apenas como invasores estrangeiros). Por fim a volta da monarquia espanhola e seu absolutismo cruel. O roteiro é bem escrito pois coloca no centro da drama o pintor Goya, a pobre Inés (interpretada aflitivamente por Natalie Portman) e o padre Lorenzo, um sujeito que faz da sua história pessoal um retrato dos acontecimentos políticos que aconteceram na época. O filme é bem interessante, achei as alegorias do argumento bem desenvolvidas e bem situadas. Enfim, recomendo bastante. É um drama histórico acima da média e no final das contas nos leva à reflexão de que não importa mesmo a ideologia dominante, todas elas mais cedo ou mais tarde vão querer a sua alma e sua cabeça numa bandeja. Se prepare...

Sombras de Goya (Goya's Ghosts, Estados Unidos, 2006) Direção: Milos Forman / Roteiro: Milos Forman, Jean-Claude Carrière / Elenco: Javier Bardem, Natalie Portman, Stellan Skarsgård, Randy Quaid, Blanca Portillo, Michael Lonsdale / Sinopse: Em momento histórico particularmente delicado, com choques entre a Igreja Católica e o movimento protestante uma jovem chamada Inés (Natalie Portman) é acusada de práticas de heresia. O Frei Lorenzo (Javier Bardem) tentará de todas as formas salvar Inés de sofrer torturas e posteriormente ser condenada pelo tribunal da Santa Inquisição.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de março de 2012

Sexo Sem Compromisso

Emma Kurtzman (Natalie Portman) é uma jovem médica que certa noite aceita fazer sexo casual com Adam Franklin (Ashton Kutcher) . Embora não queira nada mais além disso o casal acaba se aproximando para algo mais, conforme os encontros vão se sucedendo. Esse foi o primeiro filme com Natalie Portman a ser lançado nos cinemas depois do grande sucesso de "Cisne Negro". Embora tenha sido filmado antes daquele, os produtores resolveram promover seu lançamento apenas após Portman vencer o seu Oscar. Seria afinal de contas uma promoção gratuita pois o nome da atriz não sairia da mídia tão cedo. Pois bem, "Sexo Sem Compromisso" foi muito esperado por tudo isso mas no final das contas foi apenas uma grande decepção para todos - inclusive para os fãs de Portman. Apesar da boa ideia, das possibilidades de se discutir a liberdade sexual da mulher nos dias de hoje, escolhendo livremente com quem sair sem necessariamente precisar sentir culpa sobre isso, "Sexo Sem Compromisso" não consegue passar de uma mera comédia romântica bem açucarada mesmo. O que poderia ser muito instrutivo acaba caindo naquele lugar comum de roteiros melosos e sem inspiração. Bem que Ivan Reitman poderia dirigir algo melhor, com mais relevância, nesse seu retorno às telas. Ao invés disso disponibilizou ao público um produto descartável e esquecível. Uma pena.

Natalie Portman continua linda e carismática. Sua personagem não tem qualquer profundidade ou possibilidade de dar a ela alguma chance de atuar melhor. Sem material bom em mãos não a culpo por no final dar ao seu público apenas uma interpretação de rotina, no controle remoto. De fato esse papel não fará nenhum diferença em sua filmografia. Já Ashton continua o mesmo ator medíocre de sempre, repetindo até a exaustão seu tipo que vem interpretando desde o seriado "That´s 70 Show". Aliás ele só consegue interpretar esse personagem mesmo, do tipo sujeito "meninão abobado" que mesmo envelhecido na idade mais parece um adolescente boboca. Não quero afirmar nada mas me parece que o Ashton no fundo só sabe fazer ele mesmo nas telas. A sensação que tenho é que ele é mais uma celebridade vazia do que um profissional de verdade. Ator não é, pelo visto. Em suma,"Sexo Sem Compromisso" não entrega o que promete. Não é em essência uma boa comédia romântica e nem muito menos desenvolve os bons temas que estão em seu roteiro. No fundo é apenas talento desperdiçado da grande atriz Natalie Portman. Do jeito que ficou o filme é que é sem compromisso, vazio, destituído de qualquer importância. Dispense sem sentimento de culpa.

Sexo Sem Compromisso (No Strings Attached, Estados Unidos, 2011) Direção Ivan Reitman / Roteiro: Elizabeth Meriwether, Michael Samonek / Elenco: Natalie Portman, Ashton Kutcher, Kevin Kline / Sinopse: Emma Kurtzman (Natalie Portman) é uma jovem médica que certa noite aceita fazer sexo casual com Adam Franklin (Ashton Kutcher) . Embora não queira nada mais além disso o casal acaba se aproximando para algo mais, conforme os encontros vão se sucedendo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Thor

Eu sempre torci o nariz para filmes de personagens em quadrinhos, todo mundo sabe disso, mas gostei desse Thor e sabem por quê? Porque Thor foi um dos poucos heróis de quadrinhos que não tiveram vergonha de aparecer no cinema como são na verdade - como um personagem de quadrinhos ora! Thor é despudorado, kitsch até o último fio de cabelos loiros e nada envergonhado de sua origem. O seu mundo é um desbunde! Poucas vezes vi uma direção de arte tão desavergonhada como essa! O mundo de Thor não é apenas over, mas totalmente over, pra falar a verdade tudo parece mais uma discoteca gay dos anos 70 do que qualquer outra coisa - a ponte que liga o nosso mundo a Asgard por exemplo mais parece uma pista de dança da época de Dancing Days! E falo isso não para criticar mas para dizer que adorei a exagerada direção artística do filme! É isso mesmo, se tem que ser kitsch, que seja até o fim. Sobrou até para Elvis Presley, sua música "I Can Help" de 1975 está na trilha, imagine você!

No elenco como sempre o grande Anthony Hopkins predomina. Ela não tem muitas cenas, é verdade, mas nas que aparece se impõe. É curioso encontrar esses grandes nomes em filmes como esse. Um personagem como esse nada vai acrescentar a uma carreira brilhante como a de Hopkins mas muitos intérpretes simplesmente não conseguem rejeitar aquela montanha de dinheiro que lhes é oferecido pelos grandes estúdios para encarnar tais tipos nas telas. Obviamente que se torna um tanto decepcionante ver um ícone como Anthony Hopkins em coisas como "Thor" mas enfim, o mundo não é apenas movido pela arte, mas pelo dinheiro também. É uma constatação da realidade. O mesmo acontece com Natalie Portman pois sua personagem é totalmente vazia de conteúdo. No fundo seu nome é apenas um luxo para abrilhantar os cartazes da produção. E o ator que interpreta "Thor"? Bom, o sujeito é dramaticamente nulo, tal como os anabolizados atores que faziam Maciste no passado. Ainda bem que não fala muito e por isso consegue surpreender não estragando o filme. Enfim, "Thor" é isso - é exagerado, é kitsch e é despudorado. Seu grande mérito é que se assume como tal e pela honestidade vale a pena ser assistido, mesmo sendo cinema chiclete que se mastiga e depois se joga fora sem culpa ou remorso.

Thor (Thor, Estados Unidos, 2011) Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Ashley Miller, Zack Stentz / Elenco: Chris Hemsworth, Anthony Hopkins, Natalie Portman / Sinopse: Thor (Chris Hemsworth) cai em desgraça no Olimpo dos deuses e tem que ir para a Terra como punição por suas falhas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cisne Negro

Nina Sayers (Natalie Portman) é uma jovem bailarina que tem que lidar com as pressões e os desgastes emocionais e psicológicos provenientes de sua escolha para participar de uma grande produção de "Cisne Branco". Eis aqui um dos melhores filmes dos últimos dez anos em Hollywood. Uma produção que consegue aliar boa arte, sofisticação e popularidade uma vez que alcançou um belo resultado nas bilheterias, o que me deixou surpreso em certo sentido pois não o considero um filme para todos os públicos. Ele não tem qualquer característica que o transforme em um produto pop de fácil consumo. Pelo contrário, "Cisne Negro" é um raro caso atual de primor cinematográfico. Seus vinte minutos finais são soberbos, um dos melhores clímax que o cinema americano conseguiu produzir em muito tempo. O filme todo aliás é um atestado do talento do cineasta Darren Aronofsky que, na minha opinião, está seguramente entre os cinco melhores diretores em atividade no momento. A fusão cinema e espetáculo transborda em cada cena, em cada momento desse filme extremamente inspirado (e inspirador). É uma aula de bom cinema!

O roteiro é muito bem escrito e tem subtextos bem relevantes. O primeiro é aquele que mostra um velho problema que atinge certos pais quando eles tentam compensar suas frustrações pessoais almejando de todas as formas se realizarem em seus filhos, a todo custo. Nesse aspecto Nina é apenas uma vítima nas mãos de sua mãe, uma bailarina frustrada. Outro aspecto importante é o que coloca em oposição a beleza da dança com a rudeza do mundo dos bastidores da companhia de ballet retratada no filme. É um contraste que chama muita atenção e choca pelo realismo apresentado. Nem é necessário citar também o conflito psicológico proveniente da pressão extrema pela qual passa Nina, que no fundo é apenas uma jovem meiga e terna (como o próprio Cisne Branco da peça). Por fim temos Natalie Portman. O que falar de sua interpretação? Ela está fenomenal mesmo e sua premiação com o Oscar foi uma das mais justas da história da Academia. Ela não apenas interpretou pois na minha opinião fez algo a mais, “incorporou” o papel, como nos bons tempos do Actors Studio. Simplesmente genial. Enfim, "Cisne Negro" é aquele tipo de filme que quando chega ao final não ficamos menos do que abismados. Comigo foi exatamente assim! Uma grata surpresa em um época tão carente de grandes filmes. 

Cisne Negro (Black Swan, Estados Unidos, 2010) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz / Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Winona Ryder / Sinopse: Nina Sayers (Natalie Portman) é uma jovem bailarina que tem que lidar com as pressões e os desgastes emocionais e psicológicos provenientes de sua escolha para participar de uma grande produção de "Cisne Branco". 

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de outubro de 2006

Natalie Portman - Jane Got a Gun

Natalie Portman havia dado um tempo na carreira pois ela teve um filho, estava se organizando em sua vida pessoal e por essa razão deixou um pouco o cinema de lado. Também convenhamos depois da chuva de prêmios do consagrado "Cisne Negro" era mesmo de se esperar que algo assim viesse a acontecer. Tirando algumas participações (quase) especiais em filmes e até videoclips (ela está em "My Valentine", clip de Paul McCartney, por exemplo) a atriz não fez nada de muito relevante. Parecia estar numa boa, curtindo merecidas férias, aproveitando todo o dinheiro e prestigio de uma carreira bem sucedida.

Agora em 2016 ela ressurge nesse faroeste! Quando estava assistindo a esse filme chamado "Jane Got a Gun" fiquei pensando que ela nunca havia feito nada parecido na carreira. Havia me esquecido que Natalie participou de outro western, em 2003, chamado "Cold Mountain". O esquecimento foi justificado pois ela ainda era bem jovem e seu papel não era de destaque - na verdade duas outras atrizes estrelaram aquele filme, Nicole Kidman e Renée Zellweger. Pois é, o tempo passou, ela ficou muito marcada como a princesa Padmé da segunda trilogia de "Star Wars" (filmes de que sinceramente nunca gostei muito) e depois de 13 anos voltou ao velho oeste.

Mais do que atuar Portman também produziu esse novo filme ao lado dos irmãos Weinstein, antigos fundadores e donos do estúdio Miramax. O resultado é muito bom. É curioso porque assim que vi Portman no elenco logo pensei que viria algo diferente, um faroeste com toques mais inovadores, indo para o lado do cinema de arte, cult. Estava enganado. Esse roteiro é bem tradicional, na verdade poderia até mesmo ser estrelado por John Wayne em seus bons anos. O tema da vingança é um dos mais caros e usados em faroestes dos anos 50 e 60. A única novidade que realmente vale citar é o fato de que o roteiro não traz a estória mastigada para o espectador. A narrativa foge um pouquinho do estilo mais linear, usando como ferramenta de narração o velho e bom flashback (uso de cenas do passado dos personagens).

Outro aspecto que me chamou a atenção é que a personagem de Portman, chamada Jane, não é uma mocinha tradicional de filmes desse tipo. Ela não é uma garota amedrontada, que não consegue se defender. Pelo contrário. Numa das melhores cenas do filme ela é encurralada em um beco por um pistoleiro, antigo desafeto, que não apenas a ameaça como pensa em estuprá-la. Ao invés de gritar ou ficar em desespero Jane saga seu colt e manda o criminoso para o inferno. Aliás a Jane do filme precisa mesmo ser muito forte e decidida. Com o marido baleado, agonizante em seu rancho, e um grupo de bandoleiros indo até lá para matar os dois ela precisa ser uma mulher mais do que forte. É necessário mostrar confiança e personalidade. Assim deixo a dica desse novo faroeste. Tanto os fãs mais tradicionais do gênero como os admiradores de Portman certamente vão gostar do resultado.

Pablo Aluísio.