quinta-feira, 2 de março de 2023
A Baleia
domingo, 1 de maio de 2022
Fonte da Vida
Título Original: The Fountain
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky
Elenco: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Sean Patrick Thomas, Mark Margolis, Stephen McHattie, Donna Murphy
Sinopse:
Três linhas narrativas correm em paralelo na tela. Na primeira, durante o descobrimento das Américas, um explorador tenta achar a fonte da vida. Na outra, no presente, um homem tenta salvar a vida de sua mulher que está morrendo de câncer. Na terceira e última, no futuro, um astronauta entra em crise existencial.
Comentários:
Consultando meus arquivos pude constatar que assisti a esse filme no cinema em 2006. Não era para tanto. É um filme com muita pretensão, mas com resultados bem modestos ao meu ver. O diretor Darren Aronofsky faz um cinema para poucos, aquele tipo de filme que já é lançado com pretensões altas de se tornar um cult movie. Então os roteiros são interligados com muitos diálogos existencialistas e coisas do tipo. Para alguns soa como cinema de grande e alta cultura, mas para outros apenas torna o filme bem chato e arrastado. De minha parte apreciei em termos, muito embora tenha achado bem errado a escalação do ator Hugh Jackman para esse elenco. Nada contra, gosto de seu trabalho, mas essa não é sua praia. Já sua colega Rachel Weisz está em seu tipo habitual de filme.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Mãe!
A esposa é interpretada por Jennifer Lawrence, o marido por Javier Bardem. Tudo caminha relativamente bem até a chegada de um estranho, um médico que vai parar na residência do casal. Interpretado por Ed Harris, esse personagem parece esconder algo. Pior é quando sua esposa também chega, fazendo com que a expressão "visitantes inconvenientes" ganhe uma nova dimensão. A coisa não para por aí. Logo chegam os filhos do casal, dois sujeitos que se odeiam e vivem brigando e daí a coisa toda vai virando um caos até tudo terminar em um final simplesmente caótico e devastador. Embora você tenha a sensação de estranheza durante todo o filme, nada vai lhe preparar para a bizarrice de seu final. É tudo muito estranho, bizarro, onde Darren Aronofsky tenta transmitir uma mensagem que provavelmente nem ele saiba qual é! É aquele tipo de filme que força uma barra para ser cult, moderninho, caindo na graça do público mais descolado. Nada errado em tentar alcançar esse tipo de objetivo. O problema é a chatice que vem com tudo isso. O saldo geral me soou bem negativo. É um filme estranho para pessoas estranhas. Não adiciona em nada nas carreiras de Jennifer Lawrence, Javier Bardem ou Ed Harris, nem muito menos para Darren Aronofsky, que acabou sendo atropelado pelo seu próprio ego.
Mãe! (Mother!, Estados Unidos, 2017) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Darren Aronofsky / Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Brian Gleeson, Domhnall Gleeson / Sinopse: Esposa (Lawrence) e seu marido escritor (Bardem) vivem em uma casa no campo quando suas vidas são reviradas de cabeça para baixo após a chegada de um estranho (Ed Harris) que diz ser médico em um hospital da região. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival na categoria de Melhor Filme.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Noé
Título no Brasil: Noé
Título Original: Noah
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky, Ari Handel
Elenco: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Anthony Hopkins, Emma Watson
Sinopse:
O sangue de Caim se espalha na humanidade. A criação de Deus desaponta completamente os anseios de seu criador. Descontente resolve varrer os descendentes do assassino Caim do mundo e para isso manda seu fiel servo, Noé, construir uma grande arca para colocar todas as espécies animais do mundo, as salvando da destruição que se avizinha. Os anos mostrarão a Noé e sua família que essa certamente não será uma tarefa fácil ou destituída de muitos problemas e aflições pessoais.
Comentários:
Há duas formas de encarar "Noé". A primeira seria como um filme religioso, baseado no clássico texto bíblico. A segunda seria como um mero entretenimento do cinema mais comercial de Hollywood. Pois bem, se formos entender "Noé" como algo com alguma profundidade teológica certamente o resultado será bem decepcionante. Do ponto de vista meramente religioso a produção é de fato bem desastrosa. Não é fiel às escrituras e nem traz qualquer mensagem mais profunda nesse sentido. Na realidade já desconfiava disso bem antes de ver o filme, já que os produtores tentaram trazer para a película a benção do Papa Francisco e não conseguiram. Foram inclusive ao Vaticano mas não conseguiram uma audiência com o Papa. Não era para conseguir mesmo com esse tipo de roteiro.
Assim se você é uma pessoa religiosa e está em busca de um bom filme sobre o personagem bíblico é melhor esquecer. A outra forma de encarar "Noé" é como pura diversão, mero entretenimento. Sob esse ponto de vista não há como negar que o filme de fato até diverte. Chego a dizer que seria algo como um "Senhor dos Anéis encontra Noé". Há gigantes de pedra que se transformam em anjos, batalhas épicas e é claro muitos efeitos digitais, por todos os lados - e nem preciso dizer que são extremamente bem realizados. O elenco é muito bom e todos os atores estão bem, mesmo com os diversos furos de lógica do script (inventaram um monte de coisas que simplesmente não estão presentes na Bíblia e nem fazem muito sentido). Russel Crowe não é muito convincente do ponto de vista físico como o ancião Noé, mas mesmo assim consegue dar certa dignidade ao papel. Pena que tenham se distanciado tanto do texto original do gênesis. Se tivessem seguido mais fielmente o que está escrito na Bíblia sem dúvida poderíamos ter uma pequena obra prima em mãos. Do jeito que ficou serve apenas para uma tarde com diversão desprentesiosa, com muita pipoca e refrigerante em mãos.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
O Lutador
O filme que marcou o verdadeiro renascimento artísitco do ator Mickey Rourke. Com roteiro sensível e humano e direção do talentoso cineasta Darren Aronofsky, O Lutador se tornou um dos filmes mais badalados de 2008. Aqui Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora. O diretor tentou imprimir um tom semi-documental que dá uma carga extra de veracidade para a estória. As locações não são estilizadas, pelo contrário, tudo surge em tela de forma bem autêntica, tal como na vida real. A direção é segura e interfere o mínimo possível nos acontecimentos. Darren Aronofsky é um cineasta de filmes inteligentes e bem escritos (tais com Pi, Réquiem Para um Sonho e Cisne Negro) e respeita muito a inteligência do espectador, jamais tomando caminhos fáceis demais em seus filmes. De fato ele não manipula as emoções, apenas as apresenta de forma isenta na tela.
O argumento obviamente trazia muitas semelhanças com a própria vida de Mickey Rourke que conheceu ao longo de sua vida tanto a glória como o fracasso completo. Desprezado ousou manter sua dignidade intacta mesmo quando todos o abandonaram. A interpretação de Mickey Rourke como Randy 'The Ram' Robinson foi realmente fenomenal e valeu a ele indicações aos principais prêmios do cinema. Venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator mas perdeu o Oscar para Sean Penn apesar de ter sido apontado como o favorito. Não faz mal, O Lutador é uma obra prima que trouxe de volta ao primeiro time esse ator tão especial.
O Lutador (The Wrestler, Estados Unidos, 2008) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Robert D. Siegel / Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood / Sinopse: Em "O Lutador" Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora.
Pablo Aluísio.