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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Adão Negro

Esse filme foi a grande aposta da Warner e da DC nesta temporada no cinema. Como estamos em uma época de retomada das bilheterias das salas de cinema pelo mundo, as empresas apostavam alto na bilheteria desse Adão Negro. Estimativas otimistas esperavam que o filme irrompesse a marca do bilhão de dólares arrecadados. Não aconteceu. O filme não chegou a necessariamente dar prejuízo, mas tampouco chegou a lucrar aquilo do que era esperado. Com isso, os planos das novas adaptações dos personagens da DC ficaram agora em um momento de replanejamento geral. Talvez isso indique também que os filmes de super-heróis estão saturando. Penso assim, porque esse filme tem todos os ingredientes que foram usados de forma exaustiva por outras adaptações de quadrinhos. Dentro desse tipo de filme, ele definitivamente não é ruim. É apenas, de certa forma, repetitivo. 

Esse personagem, que eu pouco conhecia, pois não sou leitor de quadrinhos, vem do universo do Capitão Marvel. Assim como o conhecido herói, ele também se transforma em um ser com muitos poderes, ao gritar a palavra "Shazam!". E seus poderes também vem de um tipo de conselho de magos da antiguidade. A diferença básica é que ele, tecnicamente, não é um herói como o Capitão Marvel. Ele tem uma tonalidade de personalidade que poderia estar mais ligada aos vilões das histórias em quadrinhos. Curiosamente, há um encontro dele com Superman, na última cena. Pelo visto, a Warner e a DC decidiram deixar o Capitão Marvel em um lugar próprio e isolado dentro das adaptações de cinema. Seu humor não iria cair bem aqui.

O filme é inegavelmente bem realizado e bem produzido. Eu até gostei desse roteiro que explora esse personagem, que teria 5 mil anos de existência. E quando você investe na antiguidade e na tradição, esse tipo de fantasia funciona melhor. O grupo de super-heróis reunido na chamada Sociedade da Justiça também funciona bem. De forma em geral o que temos durante o filme é uma grande pancadaria entre todos os personagens das comics. Não há nada de errado nisso, pois geralmente as histórias em quadrinhos muitas vezes se resumem apenas a isso mesmo. Fica complicado entender porque o filme não caiu no gosto do público. Talvez o personagem não seja tão conhecido fora do mundo dos leitores de gibis. Ou talvez os cinéfilos já estejam mesmo cansados desses filmes de super-heróis.

Adão Negro (Black Adam, Estados Unidos, 2022) Direção: Jaume Collet-Serra / Roteiro: Adam Sztykiel, Rory Haines / Elenco: Dwayne Johnson, Pierce Brosnan, Aldis Hodge, Noah Centineo / Sinopse: Um ser com 5 mil anos de existência retorna ao nosso mundo para recuperar uma antiga coroa, que dará poderes especiais para quem a ostentar. Essa peça milenar não pode cair nas mãos erradas.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de outubro de 2022

Os Renegados

Um famoso ladrão de jóias é contratado por um grupo de jovens para executar um plano ousado. Ele teria que participar do roubo de 20 milhões de dólares em barras de ouro. E isso não é tudo. O ouro pertenceria a um grupo terrorista do Oriente médio. Toda essa fortuna estaria escondida dentro de uma prisão de segurança máxima localizada em um país árabe controlado por uma ditadura sanguinária. Esse ladrão de casaca é interpretado pelo ator Pierce Brosnan. O filme começa até muito bem. Eu costumo dizer que filmes sobre planos de roubos geralmente são bons. Infelizmente, essa é a exceção que confirma a regra. Um filme que começa interessante, mas que rapidamente desaba e afunda. E é bem fácil entender por que isso acontece. 

Em determinado momento o roteiro deixou a execução do plano de roubo em segundo plano, optando por um humor sem graça. Piadinhas constrangedoras surgem a todo momento. E o próprio plano é mal editado. Nunca vi sequências tão ruins de roubo como aqui. Que edição pavorosa! O final também não é nada interessante, muito mal escrito. E essa falta de qualidade vai se expressar até mesmo na atuação de Pierce Brosnan. No começo do filme ele parece empenhado em atuar bem. Algo que depois se transforma em desânimo. Isso vai ficando bem claro para quem assiste. Em suma, temos aqui algo que era potencialmente interessante, mas que foi desperdiçado. Um filme que pode ser definido como ruim no final das contas.

Os Renegados (The Misfits, Estados Unidos, 2021) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Pierce Brosnan, Tim Roth, Nick Cannon / Sinopse: Grupo contrata um famoso ladrão Internacional de joias para executar um ousado plano de roubo no Oriente Médio. O objetivo é colocar as mãos em 20 milhões de dólares em ouro, que pertence a terroristas fundamentalistas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

A Filha do Rei

Eu me enganei. Quando fui assistir a esse filme pensei que iria ver um drama histórico sobre alguma peculiaridade ou curiosidade da vida do Rei Luís XIV, o Rei Sol. Nada disso. O filme na verdade se revelou ser uma fábula cinematográfica, um conto de fadas, onde a corte de Versalhes é apenas um pano de fundo interessante e nada mais. Na história temos uma filha de Luís XIV (Pierce Brosnan) que ficou por anos isolada e escondida em um convento. Quando fica adulta o Rei, tentando superar os erros de seu passado, manda trazer ela para Versalhes, onde possa conviver com a nobreza e arranjar um belo casamento com algum nobre francês. Ela é uma jovem com muita personalidade, decidida, que não vai aceitar tão facilmente um daqueles casamentos arranjados que eram tão comuns nas monarquias da Europa.

Agora, a parte da fábula. O Rei manda capturar uma sereia nos mares mais distantes. Ele está convencido que apenas a força vital de uma verdadeira sereia iria lhe proporcionar vida eterna. E seus marinheiros se lançam ao mar e são bem sucedidos em sua missão. Eles capturam mesmo uma sereia e levam ela para Versalhes, só que a filha do Rei se aproxima da mitológica criatura e decide que vai levar ela de volta ao mar, de volta à liberdade. Claro, temos aqui no roteiro a pura fantasia, assumida, sem ter vergonha de sua alma de fábula sonhadora. Assim temos um filme romântico narrado em tom de contos de fadas, indicado principalmente para as adolescentes. Para os cinéfilos ficam dois atrativos. Ver o ex-James Bond Pierce Brosnan interpretando o monarca mais exagerado da história e um sempre eficiente William Hurt em um de seus últimos trabalhos. Ele faleceu recentemente. Enfim, se você gosta de filmes nesse estilo, então aproveite. Não era bem o meu caso quando assisti a esse "A Filha do Rei".

A Filha do Rei (The King's Daughter, Estados Unidos, 2022) Direção: Sean McNamara / Roteiro: Barry Berman / Elenco: Pierce Brosnan, Kaya Scodelario, William Hurt, Benjamin Walker, Pablo Schreiber / Sinopse: Na corte do Rei francês Luís XIV (Brosnan), sua filha tenta salvar uma sereia capturada. Roteiro baseado no romance "The Moon and the Sun" de autoria de Vonda N. McIntyre.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Ladrão de Diamantes

Título no Brasil: Ladrão de Diamantes
Título Original: After the Sunset
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Paul Zbyszewski, Craig Rosenberg
Elenco: Pierce Brosnan, Woody Harrelson, Salma Hayek, Don Cheadle, Naomie Harris, Chris Penn

Sinopse:
Max Burdett (Pierce Brosnan) é um ladrão internacional de diamantes. Prestes a se aposentar, ele decide colocar em frente seu último grande plano. Um diamante extremamente raro e valioso estará em exposição em um cruzeiro. Ele está decidido a colocar as mãos no precioso objeto, mas antes vai ter que se livrar do agente do FBI Stan Lloyd (Woody Harrelson) que está há anos tentando lhe prender.

Comentários:
Filme muito bom! Como costumo dizer filmes sobre planos elaborados de roubos costumam ser bons. Esse aqui tem um charme a mais. Além da boa produção, com ótima trama se desenvolvendo dentro de um navio de luxo, há uma dupla central de atores que funcionou muito bem juntos. Pierce Brosnan é o ladrão. Depois de ficar anos contratualmente preso ao personagem James Bond, o ator finalmente conseguiu abraçar outros projetos, outros filmes. Esse aqui pode ser considerado facilmente um dos melhores de sua carreira. Ele encontrou o estilo certo para seu personagem. Sofisticado e elegante, ninguém poderia à primeira vista dizer que ele seria um criminoso internacional. Woody Harrelson é o agente do FBI. Enquanto o personagem de Brosnan e o símbolo do sujeito elegante, esse homem da lei é bem bronco. O que o diferencia é sua determinação em prender o homem que persegue a tantos anos. E também não devo esquecer que o cineasta Brett Ratner dirigiu "Dragão Vermelho", o meu preferido com o psicopata Hannibal no cinema. Enfim, uma boa aventura com o charme dos antigos filmes de roubos. Em vários momentos me lembrei de "Ladrão de Casaca" de Alfred Hitchcock! Nada mal mesmo. Fica a recomendação.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Thomas Crown - A Arte do Crime

Em 1968 o ator Steve McQueen estrelou um dos maiores sucessos de sua carreira, "Crown, o Magnífico" (The Thomas Crown Affair). O estilo mais refinado, a preocupação em ter uma trama mais bem elaborada e pequenos detalhes da produção, como uma elegante trilha sonora, fizeram com que a produção se destacasse entre os demais filmes de ação daquela década. Trinta anos depois foi realizado esse remake, ou quase isso, já que várias inovações foram acrescentadas no roteiro. Pierce Brosnan interpreta Thomas Crown. Ele é um sujeito rico, refinado e charmoso que mantém um aspecto obscuro em sua vida que para muitos parece perfeita. Na sombras, Crown parece estar envolvido com roubo de obras de arte. Quando um famoso quadro de Monet, avaliado em mais de cem milhões de dólares, é roubado da galeria onde estava exposto, ele acaba caindo na mira da investigadora Catherine Banning (Rene Russo) que é contratada justamente para recuperar a valiosa pintura. 

Começa assim um jogo de sedução e traição entre os dois personagens, tudo valorizado por uma produção bem requintada, com ótima fotografia e direção de arte. A direção dessa refilmagem moderna foi entregue ao especialista em filmes de ação John McTiernan (de "Caçada ao Outubro Vermelho", "O Predador" e "Duro de Matar"). Talvez por não ser exatamente sua especialidade o filme apresente uma dualidade bem nítida, funcionando bem nas cenas de ação, o que era de se esperar, mas apresentando pequenas falhas na parte mais sofisticada de seu roteiro (já que isso nunca foi o forte do cineasta). No geral não é ruim, longe disso, mas tampouco pode ser comparado à versão de McQueen, hoje reconhecida como clássica. Definitivamente alguns filmes jamais deveriam sofrer uma revisão como essa. O original já estava de bom tamanho. 

Thomas Crown - A Arte do Crime (The Thomas Crown Affair, Estados Unidos, 1999) Direção: John McTiernan / Roteiro: Alan Trustman, Leslie Dixon / Elenco: Pierce Brosnan, Rene Russo, Denis Leary, Ben Gazzara / Sinopse: Um charmoso ladrão de obras de arte se envolve com uma sedutora mulher que está atrás dele justamente por essa razão.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

007 - O Mundo Não é o Bastante

Eu sempre gostei muito de Pierce Brosnan como o agente James Bond. Muitos dizem que os roteiros dos filmes que estrelou não eram lá grande coisa e talvez possa existir algum fundo de verdade nisso, mas a despeito de tudo o feeling do Bond original foi bem captado por Brosnan (mais até do que o atual Bond, o carrancudo e nada charmoso Daniel Craig). Na era de Brosnan como Bond o estúdio priorizou mesmo a ação, com cenas extremamente bem elaboradas, algumas inclusive entre as mais bem realizadas de toda a franquia. Esse foi o terceiro filme estrelado pelo ator, logo após os grandes sucessos de "007 Contra GoldenEye" de 1995 e "007 - O Amanhã Nunca Morre" de 1997. Seu contrato inicial determinava a realização de uma trilogia que chegaria ao final aqui. Se a produção fizesse o mesmo sucesso ele poderia renovar um novo contrato, caso contrário o estúdio iria atrás de outro ator.

Assim que chegou nas telas a fita logo se revelou outro grande êxito de bilheteria, o que abriu as portas para um quarto filme, "007 - Um Novo Dia Para Morrer" em 2002, o último que faria na pele de Bond. Curiosamente o estúdio ofereceu a Brosnan um novo contrato para a realização de mais três filmes, mas ele preferiu assinar para a produção de apenas mais um filme. Parecia preocupado em ser marcado para sempre por apenas um papel, algo que havia atingido outros atores que passaram pela série como no caso de Roger Moore. "The World Is Not Enough" fica na média de sua passagem pela franquia. É bem movimentado, tem uma trama que lembra os primeiros livros de Ian Fleming e conta com um vilão bacana. Em poucas palavras tem tudo o que fez da fórmula Bond uma das mais bem sucedidas da história do cinema. É divertido, movimentado e tem um bom ator no papel principal. Sinceramente não vejo como ter algo a mais do que isso em um filme da série do mais famoso agente secreto do cinema. Está realmente de bom tamanho.

007 - O Mundo Não é o Bastante (The World Is Not Enough, Inglaterra, Estados Unidos, 1999) Direção: Michael Apted / Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade / Elenco: Pierce Brosnan, Sophie Marceau, Robert Carlyle, Denise Richards, Judi Dench, John Cleese / Sinopse: O agente James Bond (Brosnan) enfrenta um novo vilão, um estranho sujeito que parece ser imune à dor física. Ao mesmo tempo ele precisa proteger uma rica herdeira do mundo do petróleo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

007 - Um Novo Dia Para Morrer

Esse foi o último filme de Pierce Brosnan no papel de James Bond. Depois da era Roger Moore, Brosnan foi o mais bem sucedido ator a interpretar o famoso agente inglês, a tal ponto que a MGM não queria descartá-lo da franquia, havendo ainda a possibilidade dele realizar mais dois ou até mesmo três filmes com o personagem! Infelizmente as negociações não foram em frente e o ator deu adeus a Bond pelo menos no cinema (no mundo dos games ele ainda iria emprestar sua voz uma última vez no jogo "James Bond 007: Everything or Nothing", um ano depois). Pois bem, esse "Die Another Day" é um dos que mais se aproximam do velho espírito dos primeiros filmes com Bond, com direito até mesmo a uma fortaleza na neve que poderia ter saído diretamente de produções como "O Satânico Dr. No". Os vilões são os norte-coreanos (o que não ficou datado, haja visto as insanidades do ditador Kim Jong-Un quando o filme foi lançado).

Há uma ótima Bond Girl no filme. Ao lado de James Bond surge uma agente americana chamada Jinx Johnson interpretada pela atriz Halle Berry (na época em grande fase na carreira). Como convém em todo filme com 007 há muita ação, perseguições mirabolantes, pirotecnia e invenções tecnológicas de última geração, com direito até mesmo a um Aston Martin com uma camuflagem inovadora que o deixava completamente invísivel! Numa das cenas mais bem elaboradas o agente inglês usa justamente esse veículo especial para liquidar um assassino norte-coreano em uma fortaleza de gelo no hemisfério norte - vamos convir que nada poderia ser mais James Bond do que isso, não é mesmo?

007 - Um Novo Dia Para Morrer (Die Another Day, Inglaterra, Estados Unidos, 2002) Direção: Lee Tamahori / Roteiro: Neal Purvis, baseado nos personagens criados por Ian Fleming / Elenco: Pierce Brosnan, Halle Berry, Judi Dench, John Cleese, Michael Madsen / Sinopse: O agente britânico James Bond (Pierce Brosnan) precisa deter um general da Coreia do Norte que deseja colocar as mãos em uma arma nuclear que pode destruir o mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("Die Another Day" de Madonna).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

O Alfaiate do Panamá

O problema de interpretar um personagem tão famoso como James Bond é que você acaba ficando prisioneiro dele. É o que aconteceu com Roger Moore e de certa maneira com Pierce Brosnan também. O roteiro desse filme não tem nada a ver com Bond, na verdade foi inspirado em um best-seller escrito por John le Carré, mas mesmo assim todos fizeram a associação com o famoso agente secreto justamente por causa da presença do ator no elenco. Uma pena já que o filme tem identidade própria e pode ser considerado um bom suspense de espionagem. Além disso foi dirigido por John Boorman, cineasta de obras requintadas e sofisticadas como "Esperança e Glória", "Muito Além de Rangum" e "Amargo Pesadelo".

O enredo, como convém a toda história criada por John le Carré, se passa no mundo da espionagem e das conspirações internacionais. Andrew 'Andy' Osnard (Pierce Brosnan) é um agente inglês que é enviado ao Panamá para descobrir a extensa e complexa rede de corrupção que se forma após o famoso canal ser devolvido ao país da América Central. Nesse processo ele acaba também revelando algo maior, envolvendo figurões do governo e de organismos internacionais. Considero, como já escrevi, um bom filme, muito embora os fãs do livro tenham reclamado e muito da adaptação. Subtramas foram omitidas e sequências inteiras desapareceram, algo que temos que convir é até normal de acontecer já que cinema e literatura definitivamente são expressões culturais bem diferentes. Mesmo assim é um bom programa para o fim de noite.

O Alfaiate do Panamá (The Tailor of Panama, Estados Unidos, 2001) Direção: John Boorman / Roteiro: Andrew Davies, baseado no livro escrito por John le Carré / Elenco: Pierce Brosnan, Geoffrey Rush, Jamie Lee Curtis, Daniel Radcliffe / Sinopse: Um alfaiate trabalhando no Panamá acaba se tornando um agente, um espião para a Inglaterra na região. Filme indicado ao Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Oceanos

Eu até demorei algum tempo para assistir a esse premiado documentário. Eu já sabia que era um filme de extrema qualidade porque foi muito elogiado pela crítica em seu lançamento. Trata-se de uma produção entre França e Estados Unidos, sendo que o investimento americano partiu da Disney Nature, braço do império Disney para documentários sobre o mundo natural. E como o próprio título já deixa antever, esse filme tem como protagonista os oceanos ao redor do planeta, com toda a sua exuberância e força que só a natureza possuem. As imagens são lindas, pois os produtores só escolheram o melhor do que foi filmado para fazer parte do documentário.

O texto narrado pelo ator Pierce Brosnan também é excelente. Ele mostra como a vida na Terra surgiu nos oceanos, pois há bilhões de anos foi justamente no meio aquático que surgiram as primeiras e rudimentares formas de vida. Depois com o passar do tempo alguns animais se aventuraram na Terra, dando origem a toda a fauna que conhecemos. O lado ecológico também se faz presente, como não poderia deixar de ser. Mostra através de imagens capturadas do espaço os estragos causados pelos esgotos despejados no mar. Uma lástima. Enfim, grande documentário. Maravilhoso de se assistir e uma grande lição sobre o mundo que nos cerca.

Oceanos (Océans, Estados Unidos, França, 2009) Direção: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud / Roteiro: Christophe Cheysson, Jacques Cluzaud, Laurent Debas / Elenco: Pierce Brosnan, Pedro Armendáriz Jr, )Jacques Perrin / Sinopse: Documentário premiado que explora e mostra a grandiosidade e a importância dos grandes oceanos do planeta Terra, únicos no universo. Filme vencedor do César Awards, na categoria de melhor documentário.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O Espelho tem Duas Faces

Título no Brasil: O Espelho tem Duas Faces
Título Original: The Mirror Has Two Faces
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Barbra Streisand
Roteiro: André Cayatte, Gérard Oury
Elenco: Barbra Streisand, Jeff Bridges, Lauren Bacall, Pierce Brosnan, Mimi Rogers, George Segal

Sinopse:
Gregory Larkin (Jeff Bridges) é um professor universitário de matemática que tem uma vida sentimenal cheia de problemas. Rose Morgan (Barbra Streisand) também é uma professora universitária, mas da area de psicologia. Quando os dois se conhecem algo acontece. Mas quem disse que esse seria um relacionamento fácil? Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Lauren Bacall) e melhor música original ('ve Finally Found Someone).

Comentários:
Barbra Streisand dirigiu esse belo filme na década de 90 com a intenção de reviver os antigos clássicos românticos de Hollywood, so que com um viés mais moderno. Visualmente o filme realmente parece um daqueles dramas românticos estrelados por Rock Hudson, mas os problemas de relacionamentos explorados pelos personagens era algo bem familiar em 1996, quando o filme chegou aos cinemas. Quando revejo filmes elegantes, charmosos e sofisticados como esse, fico me perguntando o que aconteceu com a carreira de Barbra Streisand no cinema? Veja como ela tinha potencial para fazer ótimos filmes e depois de um tempo sua carreira cinematográfica simplesmente parou! Que grande pena! É algo a se lamentar. E perceba também como ela tinha prestígio nessa época, com cacife de contratar o próprio "James Bond" Pierce Brosnan para um papel secundário! E o que dizer de um dos mitos da Hollywood em seus tempos de ouro, a atriz Lauren Bacall? Todos contribuindo para um filme realmente saboroso de se assistir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

À Procura da Vingança

Título no Brasil: À Procura da Vingança
Título Original: Seraphim Falls
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Icon Productions
Direção: David Von Ancken
Roteiro:  David Von Ancken, Abby Everett Jaques
Elenco: Liam Neeson, Pierce Brosnan, Michael Wincott, Xander Berkeley

Sinopse:
Durante o fim de um dos conflitos mais sangrentos da história dos Estados Unidos, a Guerra Civil entre estados do sul e do norte, no século XIX, um militar, o coronel Carver (Liam Neeson) parte em busca de vingança contra Gideon (Pierce Brosnan). Apenas os fortes sobreviverão.

Comentários:
"O filme A Procura da Vingança é uma verdadeira jóia cinematográfica onde tudo funciona. A começar pelas ótimas atuações de Neeson e Brosnan, o longa vai se desenrolando num duelo pessoal entre os dois astros, já no final da Guerra Civil Americana. O "tour de force" de Liam Neeson e Pierce Brosnan, além de um ótimo roteiro, tem como pano de fundo paisagens deslumbrantes que se inicia numa floresta nevada, e passa por desertos de calor escaldante e bandidos de ocasião. O diretor ainda joga com imagens oníricas de um suposto dono de um poço (Wes Studie) e uma vendedora de elixir (Angélica Huston) que aparece do nada e no meio do deserto. O final é surpreendente e a direção é espetacular de um diretor que eu não conhecia. Aplausos de pé. Nota 9"

Telmo Vilela Jr.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O Estrangeiro

Título no Brasil: O Estrangeiro
Título Original: The Foreigner
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra, China
Estúdio: STX Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: David Marconi, Stephen Leather
Elenco: Jackie Chan, Pierce Brosnan, Orla Brady, Michael McElhatton, David Pearse, Rufus Jones

Sinopse:
Com roteiro baseado no romance policial "The Chinaman", o filme "O Estrangeiro" conta a história de um pai, Quan Ngoc Minh (Jackie Chan) que vê sua filha ser morta em um atentado terrorista em Londres, promovido pelo IRA. Obcecado em descobrir os nomes dos autores do crime ele vai até o gabinete do primeiro ministro da Irlanda do Norte m busca de respostas e vingança.

Comentários:
Via de regra eu não sou grande fã dos filmes do Jackie Chan, mas esse aqui me surpreendeu positivamente. Há um tom mais sóbrio, mais sério. O roteiro é bem cuidadoso em desenvolver os personagens e as situações e o filme passa longe de ser uma daquelas fitas meio bobocas do Chan. Ele luta aqui, mas de maneira mais contida. Não há acrobacias e nem exageros. E o filme tem um ótimo vilão interpretado pelo ex-James Bond Pierce Brosnan. Seu papel é importante dentro da trama. Um sujeito com passado ligado ao IRA dos velhos tempos, das bombas, dos atentados terroristas contra ingleses. Agora, já bem envelhecido, ele se diz ser apenas um político, porém é um daqueles personagens dúbios, que levam o espectador ora a crer que ele estaria por trás dos atos terroristas, ora a pensar que na verdade ele é um elo de ligação do IRA atual com a civilidade, deixando o campo dos crimes para atuar apenas no complexo tabuleiro da política da região. No quadro geral é um filme bem realizado, que mantém o interesse até o final. E resgata o IRA para as telas de cinema novamente. Desde que deixou a luta armada de lado, o grupo irlândes nunca mais havia sido foco em filmes de ação. Agora eles estão de volta... mais violentos do que nunca. Assista ao filme sem receios.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

The Son - Segunda Temporada

The Son - Segunda Temporada
Com o sucesso da primeira temporada, o canal AMC decidiu produzir mais uma leva de episódios. Essa foi composta de 10 episódios. Foram exibidos originalmente entre abril a junho de 2019. Basicamente temos aqui uma continuação da história do rico proprietário de terras Eli McCullough (Pierce Brosnan) e sua família, em fins do século XIX e começo do século XX. Em jogo terras com muito petróleo, uma matéria-prima que seria muito importante para a nascente indústria automobilística. Quem detivesse o controle sobre aquelas reservas naturais seguramente se tornaria um homem muito, muito rico. Uma riqueza que atravessaria gerações. Segue abaixo comentários sobre cada episódio, conforme forem assistidos.

The Son 2.01 - Numunuu 
Nesse primeiro episódio da segunda temporada, Eli McCullough (Brosnan) vai até o México, junto de suas homens de confiança, para resgatar seu filho que está cumprindo pena numa prisão daquele país. Condenado, ele só poderia sair através de corrupção, suborno e propina. E uma vez pago o dinheiro, Eli vai até uma estrada onde os prisioneiros trabalham, para pegar seu filho de volta para os Estados Unidos. Nesse episódio também há um longo flashback mostrando Eli quando jovem. Ele está ao  lado de um grupo de guerreiros nativos que entram numa fazenda de brancos, matam todos que encontram e roubam seus bens e pertences. Depois queimam tudo por onde passam. É uma ligação direta com o presente do episódio, onde Eli tenta colocar as mãos (na verdade roubar) as terras ricas em petróleo que fazem divisas com suas terras. Pelo visto ele continua mesmo sendo na essência um ladrão, tal como era no passado. / The Son 2.01 - Numunuu (Estados Unidos, 2019) Direção: Kevin Dowling / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett.

The Son 2.02 - Ten Dollars and a Plucked Goose  
O coronel  Eli McCullough (Pierce Brosnan) quer mudar os rumos de sua fazenda e suas terras. Para isso ele sutilmente manda embora um de seus homens mais violentos. Ele também quer que o filho Pete assuma as negociações envolvendo os campos de petróleo Isso magoa seu outro filho, que ele planeja jogar no mundo da política. Esse episódio também traz alguns flashbacks interessantes. No primeiro deles vemos como Pete foi preso no México. No outro Eli, ainda andando com os comanches, quando jovem, diz para sua amada que não há mais volta. Os brancos chegaram para dominar o oeste, tomando todas as terras dos índios que ainda insistem em lutar contra o homem branco e sua ocupação. De fato suas palavras iriam mesmo se confirmar nos anos que viriam. / The Son 2.02 - Ten Dollars and a Plucked Goose (Estados Unidos, 2019) Direção: Kevin Dowling / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett.

The Son 2.03 - The Blind Tiger  
As melhores vacas do rancho foram mortas, na calada da noite, de forma covarde. O coronel Eli McCullough resolve agir. Pega o representante da Standart Oil, leva ele até um buraco no meio da nada e atola o tal almofadinha da cidade grande com um banho de restos podres e fedorentas das vacas mortas. O problema é que o tal sujeito não desiste, não recua e marca um encontro com Maria Garcia, algo que faz Eli ficar de tocaia. Assim que confirma tudo decide ir para Austin, para um encontro pessoal com o procurador geral. Já na linha narrativa que se passa no passado vemos duas tribos nativas se encontrando. O homem branco havia mesmo transformado todos aqueles bravos guerreiros em tristes figuras que matavam seus próprios cavalos para sobreviver. / The Son 2.03 - The Blind Tiger (Estados Unidos, 2019) Direção: Kevin Dowling / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.04 - Scalped a Dog
Maria Garcia retorna. Obviamente ela quer vingança pela morte de seus familiares. Inicialmente ela procura por Pete, o filho do Coronel Eli McCullough. Ela quer que ele testemunhe contra seu próprio pai, mas Peter recusa o convite. Sabendo disso o Coronel vai até a raiz do problema. Encontra Maria na frente da pensão onde está hospedada e lhe faz uma oferta. Parte do lucro dos poços de petróleo das terras que pertenceram ao seu pai no passado. A conversa é tensa, mas Maria deixa claro duas coisas: primeiro não fará acordos com o Coronel. Segundo, vai buscar vingança de todos os modos contra seus crimes do passado. Ela quer mesmo destruir o clá McCullough. Acabar com a raça deles no Texas. / The Son 2.04 - Scalped a Dog (Estados Unidos, 2019) Direção: Omar Madha / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.05 - Hot Oil 
A briga judicial entre Maria Garcia e o Coronel Eli McCullough ganha novos contornos. Ela consegue uma ordem judicial que impedi Eli de comercializar e extrair o petróleo das terras que pertenceram à sua família no passado. As coisas engrossam de vez. O Coronel ainda tenta levar o juiz do caso na conversa, mas encontra um homem íntegro e honesto, o que lhe atrapalhará ainda mais seus planos. Ele ainda tenta que seu filho tire o petróleo de suas terras na calada da noite, mas tudo em vão. O cerco vai se fechando cada vez mais. Na linha temporal do passado, com os nativos, a jovem branca que é feita escrava da tribo, vai tentendo seduzir um guerreiro para quem sabe escapar da morte quando descobrirem que ela matou um índio na beira do rio. / The Son 2.05 - Hot Oil (Estados Unidos, 2019) Direção: Omar Madha / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.06 - The Blue Light
Phineas McCullough, o filho mais velho do coronel é homossexual. Naquela época o homossexualismo era crime tipificado no código penal com o nome de sodomia. E ele cai em uma armadilha, sendo fotografado na cama com um outro homem. Imediatamente é alvo de chantagem. Para o coronel tudo vira um grande problema, já que seu filho também perde a chance de comandar a agência de ferrovias. Nesse episódio também temos trechos em outras linhas narrativas. No presente a neta do coronel invoca com um de seus empregados e o manda despedir. Ele é um Garcia, da mesma família que seu avô mandou matar décadas atrás. E no passado Eli é confrontado com sua própria coragem... ou covardia. Bom episódio, gostei bastante. / The Son 2.06 - The Blue Light (Estados Unidos, 2019) Direção: Ellen Kuras / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.07 - Somebody Get a Shovel 
O Coronel Eli senta-se à mesa para negociar com o engomadinho de Nova Iorque que representa a companhia de petróleo. Ao expor seus termos, vem o desrespeito. O tal sujeito o chama de insignificante, caipira do Texas. A resposta de Eli? Um tiro certeiro, dado ali mesno na mesa de negociações. Um balaço praticamente à queima roupa. Pronto, o sujeito não vai mais desrespeitar ninguém. Depois da execução, Eli, seus filhos e seus capangas precisam se livrar dos corpos. E o xerife da cidade? Aparece por lá, vê o banho de sangue e diz que vai encobrir, mas com um aumento de seu valor mensal - o sujeito é corrupto e está à venda a quem pagar mais. Pois é, nesses tempos tudo era praticamente resolvido com o cano fumegante de uma colt 45. / The Son 2.07 - Somebody Get a Shovel  (Estados Unidos, 2019) Direção: Ellen Kuras / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.08 - All Their Guilty Stains
Jeannie McCullough, a neta do coronel, pega a própria mãe transando com o professor de piano do irmão. Eles foram pegos no flagra, em um barracão atrás da casa grande do rancho. A garota fica tão chocada com o que vê que acaba indo embora, pela estrada. No caminho encontra um jovem caixeiro viajante que inicialmente se mostra bem legal, mas que na calada da noite revela sua verdadeira (e feia) personalidade. No flashback do passado, a mulher nativa de Eli é flechada no riacho por uma índia de uma tribo inimiga. Ela ainda consegue sobreviver por algumas horas, mas morre logo depois. Uma flecha sempre é uma arma bem mortal. / The Son 2.08 - All Their Guilty Stains (Estados Unidos, 2019) Direção: Jeremy Webb / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.09 - The Bear  
Penúltimo episódio da série. Aqui descobrimos como o coronel Eli McCullough morreu. Ele pegou sua arma e passou dias e mais dias dentro da floreste, indo nos rastros do maior urso da região Ao encontrá-lo, atirou. Mas só deu um tiro. Depois deixou o urso atacá-lo, para que ele morresse como um homem. Ele havia descoberto que tinha câncer e decidiu que não iria definhar em uma cama. Iria morrer como um homem, na natureza, enfrentando uma fera da floresta. Bom episódio, também mostra como Eli deixou os nativos, no passado. Eles encontraram um velho capitão da cavalaria bêbado em um riacho. Após negociarem, firmou-se o trato de trocar Eli e a garota branca por mantimentos e cavalos. E assim foi feito e assim Eli voltou para civilização do homem branco. / The Son 2.09 - The Bear (Estados Unidos, 2019) Direção: Jeremy Webb / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett. 

The Son 2.10 - Legend  
Último episódio da temporada. Último episódio da série. E como termina "The Son"? Bom, antes de tudo esqueça aquela história de que o Coronel Eli McCullough (Pierce Brosnan) foi morto bravamente por um urso no meio da floresta. Essa foi apenas uma lenda inventada para encobrir o que realmente aconteceu no dia de sua morte. E o que aconteceu? O Coronel foi confrontado por Maria Garcia em sua própria casa. Uma intensa luta aconteceu, com armas de fogo e facas. E quando o Coronel estava prestes a matar Maria com sua faca, seu filho Pete o acertou pelas costas com um tiro! Isso mesmo, ele foi assassinado pelo próprio filho! Algo que seria vergonhoso demais para a família, por isso inventaram toda aquela história de urso selvagem. Um bom final de uma série que gostei muito. Essa série vale mesmo a pena acompanhar. Mais um produtor de muita qualidade do canal AMC. / The Son 2.10 - Legend (Estados Unidos, 2019) Direção: Daniel Sackheim / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett.

Pablo Aluísio.

The Son - Primeira Temporada

The Son - Primeira Temporada
"The Son" é uma nova série de western do canal AMC. Como era de se esperar é um programa excelente. No primeiro episódio temos duas linhas narrativas, uma no passado e outra no presente. Na juventude Eli McCullough presencia o rancho em que sua família vive ser atacado por índios selvagens. Eles cercam o lugar e começam a forçar a entrada na casa. Dentro dela só está Eli, seu irmão mais jovem, sua irmã e sua mãe. Pessoas indefesas contra um bando de nativos violentos. Esse acontecimento vai moldar a personalidade de Eli pelo resto de sua vida. Muitas décadas depois reencontramos Eli. Ele é um homem poderoso, dono de terras, pai de família. Um sujeito forjado na dureza do Texas. Conhecido como o coronel do sul do estado, eles quer atrair investidores para seus recém construídos poços de perfuração de petróleo, pois acredita que as terras do Texas estão cheias do ouro negro.

O problema é ter que lidar com um grupo de jovens mexicanos que acham os americanos invasores de suas terras (originalmente o Texas pertencia ao México, em um passado distante). Assim promovem sabotagens e podemos até dizer, atos de terrorismo contra os empreendimentos de Eli, que ao velho estilo texano resolve responder com violência, sem lugar para o perdão.

The Son (The Son, Estados Unidos, 2017) Direção: Brian McGreevy, Philipp Meyer, Lee Shipman / Roteiro: Kevin Dowling, Olatunde Osunsanmi, Tom Vaughan / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett / Sinopse: A série mostra a vida de Eli McCullough (Brosnan), um homem que tenta sobreviver na aridez e na selvageria do Texas, onde índios e mexicanos tentam de tudo para destruir seus planos e sonhos de ter uma vida melhor.

Episódios Comentados - Primeira Temporada:

The Son 1.01 - First Son of Texas
Já nesse primeiro episódio você sabe que "The Son" é uma excelente série. A produção é impecável e os episódios são extremamente bem produzidos, escritos e atuados. Uma novidade muito bem-vinda é a chegada do ex- James Bond Pierce Brosnan nesse novo mercado, das séries televisivas. Ele tem um personagem forte e marcante em mãos (o Eli) e pode certamente ter agora um dos melhores trabalhos de toda a sua carreira. Com duas linhas temporais, os roteiros exploram a dura vida de um Texas ainda inóspito, cheio de índios e depois recebendo as primeiras inovações de um mundo mais tecnológico que nascia, com carros e indústria petrolífera. Enfim, essa é uma série imperdível para quem gosta de história e western. / The Son 1.01 - First Son of Texas (Estados Unidos, 2017) Direção: Tom Harper / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett.

The Son 1.02 - The Plum Tree
Deixando a Inglaterra da era Vitoriana para trás conferi mais um episódio de "The Son". O segundo episódio se chama "The Plum Tree". No anterior um grupo de mexicanos (que sonham com a anexação do sul do Texas ao México) resolveram destruir uma plataforma de petróleo da propriedade do Coronel Eli McCullough (Brosnan). Capturados, agora vão precisar contar tudo no velho estilo de resolver problemas do Texas, com um bastão de beisebol usado para quebrar suas pernas. Ironicamente o filho do Coronel acha tudo aquilo bem indigno, mas acaba tendo que, digamos, sujar as mãos! Uma guerra racial então fica prestes a explodir. / The Son 1.02 - The Plum Tree (Estados Unidos, 2017) Direção: Kevin Dowling / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett.

The Son 1.10 - Scalps
Episódio final da primeira temporada. Bom, se você tinha alguma dúvida sobre a natureza e o caráter de Eli McCullough (Pierce Brosnan) depois desse episódio não haverá mais incertezas. Recapitulando, lembrando dos episódios anteriores, vimos que Eli descobriu petróleo, só que não em sua propriedade, mas sim na fazenda vizinha de Pedro Garcia (Carlos Bardem). Achar o ouro negro em suas terras sempre foi o sonho de Eli. Assim ele arma uma armadilha para Pedro. Após o incêndio de um bar na cidade, atribuída a mexicanos, ele lidera um grupo de justiceiros que vai até a sede da fazenda de Garcia. Uma vez lá a chacina se torna completa. Apenas Maria, a filha de Pedro, sai viva. Depois de um intenso tiroteio nada mais fica de pé. Pedro é morto, assim como seus filhos e seus capangas. Uma coisa monstruosa. Subornando um juiz Eli finalmente toma conta da propriedade do mexicano, a comprando por apenas 500 dólares!!! Pois é, a corrupção que pensamos ser coisa apenas do Brasil é de fato algo disseminado em todos os lugares do mundo! Um excelente episódio que fechou com chave de ouro a primeira temporada dessa série que tem sua segunda leva de novos episódios confirmada. O que virá pela frente? Vamos esperar para conferir. / The Son 1.10 - Scalps (Estados Unidos, 2017) Estúdio: AMC / Direção: Tom Vaughan / Roteiro: Philipp Meyer / Elenco: Pierce Brosnan, Jacob Lofland, Henry Garrett, Carlos Bardem, Zahn McClarnon, Jess Weixler

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Spinning Man - Em Busca da Verdade

Título no Brasil: Spinning Man - Em Busca da Verdade
Título Original: Spinning Man
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Bridge International
Direção: Simon Kaijser
Roteiro: Matthew Aldrich, George Harrar
Elenco: Guy Pearce, Pierce Brosnan, Minnie Driver, Alexandra Shipp, Odeya Rush. Jamie Kennedy

Sinopse:
Evan Birch (Pearce), um professor universitário de filosofia, passa a ser considerado suspeito da morte de uma jovem em um lago da região após o policial J. Malloy (Brosnan) encontrar algumas provas ligadas a ele. Teria sido o professor o verdadeiro assassino?

Comentários:
Outro bom filme que passou despercebido no Brasil. É aquele tipo de roteiro ideal para o público que gosta de desvendar mistérios envolvendo assassinatos. Aqui temos esse pacato professor universitário que se vê envolvido na morte de uma garota menor de idade. Contra ele pesam algumas provas como fios de cabelo da vítima que são encontrados em seu carro e um histórico de envolvimentos com alunas e meninas bem mais jovens do que ele. Algo que o fez ser demitido de seu último emprego, além de abalar bastante seu casamento. Até mudar de cidade ele teve que mudar, para evitar maiores escândalos dentro da comunidade onde vivia com a família. Pierce Brosnan, o ex-James Bond, aqui assumindo seus cabelos grisalhos e sua idade, vai atrás de pistas e encontra muitos elos de ligações entre o professor que passa a ser o principal suspeito e a garota que foi morta com requintes de crueldade. O roteiro manipula (e diverte) o espectador até o final. Ora somos convencidos que o suspeito é de fato o assassino, ora chegamos na conclusão contrária, a de que ele não teve nada a ver com a morte. Só no final é que o mistério é revelado. Assim se você aprecia esse tipo de filme, pode ir conferir sem receios. O resultado ficou muito bom.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Apenas um Garoto em Nova York

O filme se passa no meio editorial de Nova Iorque, mas no fundo é focado na família do jovem Thomas Webb (Callum Turner). Ele está naquela idade em que ainda não decidiu o que fazer. Ele terminou o colegial e não foi para a faculdade. Por isso passa os dias andando com a namorada Mimi pelas ruas da cidade. Durante uma noite de curtição em um restaurante ele pega seu próprio pai, Ethan Webb (Pierce Brosnan), aos beijos com uma desconhecida. Uma situação constrangedora e complicada de resolver, afinal ele deveria dizer para sua mãe da traição dele? Ou deveria varrer tudo para debaixo do tapete, evitando assim que seus pais se divorciassem?

De uma forma ou outra, Ethan começa a seguir os passos da amante do pai, Johanna (Kate Beckinsale). Descobre que ela trabalha no mercado de livros e pior do que tudo, acaba se apaixonando também por ela! Por fim fechando o círculo confuso de relacionamentos de sua vida pessoal, Ethan acaba conhecendo um escritor decadente e bêbado que mora no seu prédio, o outsider W.F. Gerald (Jeff Bridges). Autor de sucesso no passado, ele vive uma crise de criatividade, sempre procurando inspiração para sua próxima obra. Acaba encontrando na vida de Ethan o que procurava e traz a história do jovem para as páginas daquele que será seu futuro livro.

Embora tenha nuances de drama, esse filme não vai muito por esse caminho. Mesmo as situações mais dramáticas (como se apaixonar pela amante do pai) vai tendo resoluções mais ou menos brandas. O roteiro também sutilmente propõe que a cidade de Nova Iorque perdeu sua identidade nos últimos anos, deixando de ser a cidade artisticamente inspiradora do passado para se tornar apenas uma grande cidade, amorfa e sem graça. O triângulo amoroso envolvendo amante, pai e filho, curiosamente nem é a principal surpresa da trama, pois o personagem de Jeff Bridges revela ter algo a mais com Ethan do que ele jamais poderia imaginar. Em suma, um bom filme, que tenta ser sofisticado, retratando os moradores de Nova Iorque como pessoas mais intelectualizadas, mesmo sem escapar das armadilhas do destino que vão acontecendo com o passar dos anos.

Apenas um Garoto em Nova York (The Only Living Boy in New York, Estados Unidos, 2017) Direção: Marc Webb / Roteiro: Allan Loeb / Elenco: Pierce Brosnan, Jeff Bridges, Kate Beckinsale, Callum Turner, Cynthia Nixon, Kiersey Clemons / Sinopse: O jovem Thomas Webb (Callum Turner) descobre que seu pai, Ethan Webb (Pierce Brosnan), está tendo um caso amoroso fora do casamento com a bela e sensual Johanna (Kate Beckinsale). Enquanto não decide o que fazer, acaba conhecendo seu vizinho, um escritor decadente chamado W.F. Gerald (Jeff Bridges) que prontamente se coloca à sua disposição para resolver todos esses problemas em sua vida pessoal.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de março de 2017

Perseguindo Abbott

Título no Brasil: Perseguindo Abbott
Título Original: Survivor
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Lionsgate
Direção: James McTeigue
Roteiro: Philip Shelby
Elenco: Pierce Brosnan, Milla Jovovich, Angela Bassett, James D'Arcy, Dylan McDermott, Robert Forster
  
Sinopse:
A embaixada americana em Londres tem uma nova agente de imigração chamada Kate Abbott (Milla Jovovich). Assim que ela começa a trabalhar percebe que há algo errado no serviço de emissão de vistos para os Estados Unidos. Um grupo de pessoas suspeitas estão sendo claramente protegidas por algum figurão. Ela parece disposta a descobrir o que de fato estaria acontecendo, mas antes disso descobre que está na mira de um perigoso assassino profissional disposto a tudo para tirá-la do meio do caminho dos terroristas que querem entrar nos Estados Unidos de todas as maneiras possíveis.

Comentários:
O filme é de rotina. Uma fita de ação sem maiores novidades. O grande atrativo é reencontrar o ator Pierce Brosnan em um papel que lembra até mesmo seus antigos filmes como James Bond. Claro, aqui ele não é um agente secreto, mas sim um assassino profissional conhecido como "O Relojoeiro" que acaba sendo contratado por um grupo de terroristas. Seu palco de batalha são as ruas de Londres, que acabaram sendo muito bem fotografadas aqui. Brosnan ainda mantém o charme, apesar do peso da idade que vai se tornando cada vez mais óbvio. Ele sai pelas ruas da capital inglesa portando uma arma com silenciador, procurando eliminar a agente Kate Abbott, interpretada pela sempre péssima Milla Jovovich. Mesmo após tantos anos Milla não parece ter melhorado em nada, o que não deixa de ser um viés para o filme como um todo. Como o matador de Brosnan se torna bem mais interessante do que ela (e até mais carismático, apesar de ser um sujeito frio e psicopata), acabamos torcendo para o lado errado - o que demonstra que há algo de errado na escolha do elenco! Tirando a clara incapacidade da atriz principal, o que sobra é um bom thriller de ação e perseguição. Duas cenas de destacam no meio da correria e explosões: um ataque planejado e executado por Brosnan em um pequeno restaurante londrino e um tiro certeiro (e mais do que explosivo) na fachada de um prédio residencial que acaba em colapso completo. Enfim, nada demais você encontrará nessa produção, apenas diversão ligeira, o que atualmente acaba sendo até mesmo muito bem-vinda.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

O Guerreiro da Paz

Título no Brasil: O Guerreiro da Paz
Título Original: Grey Owl
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Nicholson
Elenco: Pierce Brosnan, Stewart Bick, Vlasta Vrana, Graham Greene, Gordon Masten, Neil Kroetsch

Sinopse:
O filme conta a história real de um cidadão britânico, fascinado pela cultura nativa americana, que decide se mudar para a América do Norte. Uma vez lá ele toma contato com as tribos que vivem na região e começa a combater os interesses de grandes empresas que exploram a madeira das florestas, se tornando assim um dos principais ativistas ecológicos da história, na década de 1920.

Comentários:
Filme historicamente interessante que conta a história verdadeira desse sujeito chamado Archibald Belaney (Pierce Brosnan) que por sua luta em prol dos povos indígenas ganhou o nome nativo de Archie "Coruja Cinzenta". É a tal coisa, muitas vezes percebemos que um fato real se torna extremamente romanceado e idealizado quando sai das páginas da literatura para as telas de cinema. É mais ou menos o que acontece aqui. O protagonista vira quase uma espécie de santo imaculado, tamanhas são suas virtudes passadas ao espectador. Como bem sabemos as coisas nem sempre aconteceram desse jeito tão idealista. Embora seja baseado em fatos reais sabemos muito bem que no mundo real nem sempre as coisas se passam tão perfeitamente como vemos nos filmes. Para os cinéfilos o que chamou a atenção do espectador mesmo foi a presença do ator Pierce Brosnan, pois na época ele era o James Bond. Qualquer filme fora da franquia acabaria mesmo chamando a atenção. Outro ponto de atração era o fato dessa fita ter sido dirigida pelo cineasta Richard Attenborough, de "Gandhi", "Chaplin" e " Um Grito de Liberdade", entre outros. Apesar de tantos nomes bons na ficha técnica o fato inegável porém é que o filme é bem fraquinho, muito embora não seja necessariamente ruim.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

I.T. Invasão de Privacidade

Título no Brasil: I.T. Invasão de Privacidade
Título Original: I.T.
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, França, Irlanda
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: John Moore
Roteiro: Dan Kay
Elenco: Pierce Brosnan, James Frecheville, Karen Moskow, Anna Friel, Stefanie Scott, Jason Barry
  
Sinopse:
O magnata da aviação Mike Regan (Pierce Brosnan) acaba simpatizando com um de seus empregos, o técnico em informática Ed Porter (James Frecheville). Quando o sistema de internet em sua casa começa a dar problemas Regan convida Porter para ir até lá resolver os defeitos da conexão. Uma vez na casa de Regan, Porter começa a se tornar inconveniente, invasivo e constrangedor, principalmente em relação à filha de Regan, a adolescente Kaitlyn. E isso é apenas o começo de um pesadelo para Regan e sua família.

Comentários:
Um bom thriller de suspense estrelado pelo ex-agente James Bond, o ator Pierce Brosnan. Ele está muito bem no papel desse milionário do ramo da aviação que precisa lidar com um sociopata, seu próprio empregado, mal sabendo que o tal sujeito é um stalker perigoso. Em pouco tempo de aproximação ele se torna obcecado pela família do patrão, aparecendo em momentos inconvenientes e inoportunos, se tornando uma pessoa que tenta a todo custo entrar naquela família, mesmo sem ter sido convidado. O roteiro desenvolve bem essa situação que vai ficando cada vez mais grave e insustentável. No Brasil o filme recebeu o título de "Invasão de Privacidade" o que poderá causar uma certa confusão com um filme dos anos 90 estrelado pela atriz Sharon Stone. Há até certas semelhanças entre as duas produções, como a presença de um criminoso voyeur e stalker que usa a tecnologia para saciar seus desejos insanos, porém esse novo filme vai por outros caminhos. Aqui temos realmente um thriller em essência, um enredo aparentemente simples que joga o tempo todo com o suspense e a tensão em que o protagonista interpretado por Brosnan é envolvido. Ele quer acima de tudo proteger sua esposa e filha desse maníaco, mas acaba caindo várias vezes em armadilhas criadas por ele. Em termos de ação há uma boa cena quando o hacker trava os freios do carro de Brosnan que segue em alta velocidade em um túnel. Em tempos atuais, onde tudo passa a ser controlado virtualmente o perigo realmente pode estar na próxima curva. Boa sequência, muito bem produzida. No mais é isso... Uma boa diversão, para testar seus nervos. Arrisque!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Robinson Crusoé

Título no Brasil: Robinson Crusoé
Título Original: Robinson Crusoe
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Rod Hardy, George Miller
Roteiro: Christopher Lofton
Elenco: Pierce Brosnan, William Takaku, Polly Walker
  
Sinopse:
Robinson Crusoé (Brosnan) é o único sobrevivente de um naufrágio. Depois que sua embarcação afunda, ele vai parar numa ilha desabitada, perdida no meio do oceano. Seu único companheiro é um cachorro que tal como ele também conseguiu sobreviver. Depois de algum tempo na ilha ele ganha a companhia de um nativo ao qual chama de Sexta-Feira (William Takaku), sobrevivente de um ataque de selvagens canibais. Juntos eles tentarão sobreviver aos desafios de se viver em um lugar tão remoto e distante da civilização.

Comentários:
A estória é clássica. Muito provavelmente seja uma das melhores adaptações, embora verdade seja dita, o material original não é lá essas coisas. O livro que deu origem ao filme, escrito por Daniel Defoe, é na verdade uma daquelas crônicas bem românticas, cheia de aventuras em mares desconhecidos, visando obviamente um público mais adolescente. Como o diretor George Miller quis mesmo realizar um filme bem fiel ao livro de que tanto gostou na juventude, o resultado acabou saindo um tanto inocente, com aqueles tipos de valores meio fora de moda, tipicamente da época em que o romance foi escrito. Dito isso, não podemos desprezar as boas qualidades dessa adaptação, como uma bela produção - a Miramax, com seu costumeiro bom gosto, estava por trás de tudo - lindos cenários naturais, bons figurinos e direção de arte que não abre margens a críticas descabidas. Eu tive a oportunidade de conferir esse filme em VHS e na época, se bem me recordo, o grande motivo que me levou a alugar a fita foi a presença do ator Pierce Brosnan. Afinal ele era o James Bond e qualquer filme com sua presença já era um bom motivo para conferir. Não me decepcionei, embora o que tenha ficado foi essa sensação de que o velho e bom Robinson Crusoé era mesmo indicado para os mais jovens, adolescentes em especial. Esse público certamente irá se divertir muito mais.

Pablo Aluísio.