segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Perfeita é a Mãe!
Embora a personagem de Mila Kunis seja uma mãe insatisfeita com a vida, o roteiro tem medo de romper certas barreiras. Ela faz festa, arranja um novo namorado bonitão, mas no fundo continua sendo a mesma mulher quadradinha de sempre. Ela é chatinha, eis a verdade. Não tenta coisas novas, não tenta realmente se libertar. Coisa de filme açucarado demais que até tenta colocar algo interessante na mesa, mas tem medo de discutir o tema. OK, o filme é um bobeirinha, uma comédia de dois neurônios, mas bem que poderia ser um pouco mais ousado. Como a personagem é uma mãe, o roteiro tem medo de libertar ela totalmente. E fica nisso. Do jeito que ficou é totalmente descartável e medíocre, tal como a personagem principal. Tem gente que nasceu mesmo para a mediocridade.
Perfeita é a Mãe! (Bad Moms, Estados Unidos, 2016) Direção: Jon Lucas, Scott Moore / Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore / Elenco: Mila Kunis, Kathryn Hahn, Kristen Bell, Christina Applegate, Jada Pinkett Smith / Sinopse: Mãe frustrada com a vida que leva, decide mudar tudo. Larga do marido que gosta de ver pornografia na internet, arranja um novo namorado e parte para mudanças em sua vida chata de mãe e esposa.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
O Destino de Júpiter
Título no Brasil: O Destino de Júpiter
Título Original: Jupiter Ascending
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, Warner Bros
Direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Elenco: Channing Tatum, Mila Kunis, Sean Bean, Eddie Redmayne
Sinopse:
Jupiter Jones (Mila Kunis) não conheceu seu pai que foi morto em um assalto quando sua família morava na Rússia. Depois da morte dele sua mãe decide ir embora para os Estados Unidos. A nova vida não é fácil, Jupiter ganha a vida como faxineira, onde trabalha muito, mas ganha muito pouco. Ele odeia sua vida, mas vê tudo mudar radicalmente da noite para o dia quando descobre que estranhas criaturas estão atrás dela. Para salvá-la do perigo surge Caine Wise (Channing Tatum) que lhe explica que ela está bem no meio de uma disputa espacial envolvendo um dos clãs mais poderosos do universo. Ela seria a reencarnação de uma das mais poderosas imperatrizes de todas as galáxias.
Comentários:
É outro produto pop feito para o público adolescente. Outro que também não tem muita originalidade. Logo no começo você percebe que as semelhanças com "Star Wars" beiram o plágio. Se na saga de George Lucas tínhamos um jovem comum (Luke Skywalker) jogado bem no meio da guerra espacial entre rebeldes e o império, aqui temos uma humana também bem comum que de repente se vê herdeira de um dos maiores impérios do universo e tudo isso acontecendo praticamente da noite para o dia. Essa produção custou quase 200 milhões de dólares e seu maior problema, além da falta de originalidade, é o excesso de informações que é jogado em cima do espectador. De repente ele descobre que não apenas existe vida fora da Terra como também eles são "donos" do nosso planeta, criaram a raça humana e basicamente nos usam como adubos. Os seres alienígenas também vivem milênios (e não apenas poucos anos como todos nós) e acreditam na reencarnação, mas em uma versão científica, baseada em traços genéticos! E tudo isso você ficará sabendo em menos de vinte minutos de filme!
No meio de tudo isso muita ação desenfreada e, temos que admitir, ótimos efeitos especiais, como convém a qualquer filme assinado por Andy Wachowski (um dos irmãos Wachowski, que criaram o universo de "Matrix"). Curiosamente ele assina o filme ao lado de uma tal de Lana Wachowski! Muitos pensaram que seria a esposa de Andy, mas não, é o próprio irmão dele, Laurence Wachowski, que agora assina como Lana depois que resolveu assumir sua identidade GLS. Pintou o cabelo de vermelho, começou a usar roupas femininas e não aceita mais ser chamado por seu nome masculino! Bizarrices à parte, o fato é que o filme tem excesso de ação, efeitos digitais e visual inovador, pena que não tenha também ideias novas e originais. Do jeito que está só ficou excessivo, algumas vezes confuso e nada interessante - com menos de 60 minutos de duração você deixa de se importar com o que está acontecendo. O filme foi considerado um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, o que talvez só venha confirmar que os irmãos Wachowski só consigam se dar bem mesmo com a franquia "Matrix". São criadores de um universo só! Fora disso até hoje só colecionaram mesmo fracassos comerciais e filmes exagerados. Pior para o público que adora um chicletinho pop nas telas.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de novembro de 2012
Ted
Ted é um dos trabalhos mais quadrados que já vi de MacFarlane! Quando o filme acabou eu fiquei perplexo em constatar como ele ficou careta em Hollywood! Claro que há palavrões, humor grosseiro e até desrespeitoso com certos grupos sociais mas isso já se encontra em "Family Guy" em doses generosas há anos. Ted em essência é muito convencional em sua estrutura. A estorinha de amor entre o casalzinho é muito água com açúcar - e o própria narrativa ao estilo conto de fadas é de doer de tão bobinho e forçado. Certo que o ursinho bebe, fuma maconha e sai com prostitutas mas e daí? Isso já se encontra na série de TV Wilfred onde um advogado fuma maconha com seu cãozinho de pelúcia no porão de sua casa. Então não vi nada de original nisso. De certa forma se salvam algumas piadinhas aqui e acolá - em especial as com o filme Flash Gordon que são bem divertidas- mas é pouco. Eu me decepcionei até com a voz que MacFarlane criou para Ted, uma variação pouco inspirada na voz que ele criou para o cachorro Brian de "Family Guy". Logo ele que é um brilhante dublador não teve nem o cuidado de criar algo novo para Ted? Aliás o próprio personagem Ted tem muita coisa de Brian, quase uma cópia fiel. Não houve surpresas então quando apareceu em cena. Em conclusão Ted deixa a desejar. Passa longe da metralhadora criativa de seus trabalhos na TV e derrapa feio no romancezinho sem graça do casal central. Quem diria que esse filme seria tão formulaico hein?! Sorte na próxima vez no cinema Seth, porque nessa sinceramente não deu.
Ted (Ted, Estados Unidos, 2012) Direção: Seth MacFarlane / Roteiro: Seth MacFarlane / Elenco: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Seth MacFarlane, Giovanni Ribisi, Patrick Stewart, Norah Jones / Sinopse: John Bennett é um garotinho de oito anos que ganha um ursinho no natal. Após desejar que ele fale seu pequeno brinquedo começa realmente a falar e interagir com todos, o que traz muita felicidade para o pequeno garoto em sua infância. O problema é que após se tornar adulto o urso Ted se torna um problema para ele, principalmente no que diz respeito a seu relacionamento com sua namorada.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Amizade Colorida
Hollywood até tenta ser "moderninha" e tudo mais porém eu sempre acho engraçado como eles só conseguem ir até um nível de modernidade. E quando diz respeito a relacionamentos amorosos a coisa piora ainda mais. Essa comédia romântica estrelada pelo cantor Justin Timberlake e pela atriz Mila Kunis é um exemplo disso. "Amizade Colorida" é um filme tão quadradinho por baixo de seu marketing "moderninho" que chega a ser divertido descobrir todas as suas falsas intenções. Embaixo da verniz de argumento liberal com personagens modernosos, tudo é tão careta, quadrado, antiquado. Um membro do Partido Republicano americano poderia até aplaudir seu argumento no final da exibição. O roteiro tem vergonha de ser uma comédia romântica e por isso tenta disfarçar de todas as formas possíveis mas naufraga em seus objetivos. Tudo o que você já viu em filmes assim irá encontrar novamente aqui - no final das contas são os velhos clichês de sempre.
Talvez a única diferença seja o excesso de "pegação" entre Justin e Mila. De fato eles passam quase todos os primeiros 60 minutos de filmes na cama, rolando pra lá e pra cá. Pena que tudo isso soe artificial e falso no final. O título original do filme, "Friends With Benefits" é uma expressão em inglês que significa justamente aquelas amizades que podem ter alguns benefícios extras, como por exemplo, um eventual envolvimento sexual mas sem qualquer tipo de relacionamento emocional mais sério. É justamente nesse tipo de amizade que embarcam Dylan Harper (Justin Timberlake) e Jamie Rellis (Mila Kunis). São bem sucedidos em suas carreiras e querem ter de vez em quando sexo casual entre si, mas sem qualquer tipo de comprometimento com isso. Até aí tudo bem o problema é que como acontece em 99.9% das comédias românticas americanas tudo o que começa de forma bem liberal acaba da maneira mais quadrada e conservadora possível. Eu não sei o resto do público mas sempre fico com aquele gostinho de que estou levando uma lição de moral nesse tipo de produção. A mensagem subliminar aqui é das mais reacionárias: "Não se envolva casualmente com ninguém, se apaixone, se case, tenha filhos e vá morar no subúrbio". Se você acredita que isso seja o sinônimo de felicidade para alguém então certamente gostará desse "Amizade Colorida".
Amizade Colorida (Friends With Benefits, Estados Unidos, 2011) Direção: Will Gluck / Roteiro: Will Gluck, Keith Merryman, David A. Newman, Harley Peyton / Elenco: Mila Kunis, Justin Timberlake, Emma Stone, Rashida Jones, Patricia Clarkson, Richard Jenkins, Woody Harrelson / Sinopse: Dylan Harper (Justin Timberlake) e Jamie Rellis (Mila Kunis) são dois jovens bem sucedidos em suas carreiras que querem ter de vez em quando sexo casual entre si, mas sem qualquer tipo de comprometimento com isso.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O Livro de Eli
Eu gostei em termos do filme, ele tem bons momentos mas também tem passagens bobas. O enredo e o mistério sobre o Livro são bem curiosos e bem amarrados mas não chegam a surpreender totalmente. A interpretação de Denzel não chega a causar admiração mas ele segura bem as pontas. Para pessoas religiosas o argumento vai soar melhor, já os mais céticos certamente torcerão o nariz. Oldman faz o feijão com arroz, até porque o roteiro não abre muito espaço para grandes atuações. O filme em si pode ser encarado como bom divertimento e traz uma mensagem como bônus. Quem gosta do estilo certamente não vai reclamar.
O Livro de Eli (The Book Of Eli, Estados Unidos, 2010) Direção: Albert Hughes, Allen Hughes / Roteiro: Gary Whitta / Elenco: Denzel Washington, Gary Oldman, Jennifer Beals, Mila Kunis, Ray Stevenson, Lora Martinez, Luis Bordonada, Tom Waits, Frances de la Tour / Sinopse: Em um futuro pós apocalypse, Eli (Denzel Washington) é um guerreiro que atravessa o que restou dos EUA de posse de um livro que promete reerguer a humanidade de sua destruição.
Pablo Aluísio.