domingo, 3 de agosto de 2014

Hulk

Título no Brasil: Hulk
Título Original: Hulk
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Marvel Enterprises
Direção: Ang Lee
Roteiro: John Turman, baseado na obra de Stan Lee
Elenco: Eric Bana, Jennifer Connelly, Sam Elliott, Nick Nolte

Sinopse:
O cientista Bruce Banner (Eric Bana) é exposto a uma forte carga de radiação gama que acaba modificando molecularmente seu organismo, fazendo com que se transforme em um monstro verde, com força bruta descomunal, que passa a ser conhecido como Hulk. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção, Atriz (Jennifer Connelly), Música e Efeitos Especiais.

Comentários:
Filme que foi muito aguardado desde o anúncio do projeto mas que acabou decepcionando os fãs de adaptações de heróis da Marvel. Muitos criticaram o roteiro, que deixou de lado o aspecto mais movimentado do personagem para desenvolver uma trama arrastada, chata e metida a intelectual. Na realidade o que aconteceu com "Hulk" foi um erro na escolha do diretor. Ang Lee nunca foi o tipo ideal de cineasta para dirigir um filme como esse. Suas pretensões existenciais estão fora do lugar e o filme, que deveria abraçar a pura porrada sem culpas, acabou errando o alvo, deixando os leitores de quadrinhos a ver navios. Tecnicamente "Hulk" é extremamente bem realizado, mas seu roteiro realmente não combina em nada com o tipo de produção que todos estavam esperando. De bom mesmo apenas o elenco vale a pena pois todos estão bem - até mesmo o Nick Nolte que mais parece ter saído de algum manicômio! No final das contas o filme não foi bem nem de crítica e nem de público e a Marvel decidiu que era hora de recomeçar tudo do zero no que dizia respeito ao personagem no cinema. Esse aqui ficou com fama apenas de ter sido uma tentativa mal sucedida de trazer o monstro verde para as telas de cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Homem Sem Sombra

Título no Brasil: O Homem Sem Sombra
Título Original: Hollow Man
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Gary Scott Thompson, Andrew W. Marlowe
Elenco: Kevin Bacon, Elisabeth Shue, Josh Brolin

Sinopse:
Sebastian Caine (Kevin Bacon) é o arrogante líder de um grupo de pesquisadores que consegue chegar na fórmula de um soro capaz de deixar qualquer um invisível. Empolgado pela descoberta Caine não se contém e resolve tomar a substância, ignorando os efeitos danosos que podem lhe causar no futuro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
A tecnologia em efeitos digitais chegou em um ponto na indústria americana de cinema que não há mais como avançar em frente. Provavelmente o ápice já foi atingido. Digo isso me embasando em filmes como esse, que foi realizado há 14 anos e ainda se mantém em evidência por causa dos excelentes efeitos produzidos em softwares de última geração já naquela época. Aliás os efeitos formam juntos a principal razão da existência dessa película. O enredo é antigo - basta lembrar do clássico "O Homem Invisível" de 1933 para entender isso - e o que justifica o remake é realmente as possibilidades de se contar a mesma estória embalada com a tecnologia de ponta com que conta os estúdios na modernidade. Com um elenco carismático - em especial Bacon e a ex-aluna de Harvard Shue - o filme ainda mantém o interesse. Pena que o talentoso diretor Paul Verhoeven tenha entrado numa maré de azar após esse filme, pois sempre o considerei um dos mais interessantes cineastas do mundo Sci-fi, bastando lembrar de "RoboCop - O Policial do Futuro", "O Vingador do Futuro", "Instinto Selvagem" e até mesmo "Tropas Estelares" para entender bem isso. Espero que um dia dê a volta por cima.

Pablo Aluísio.

Condução Perigosa

Título no Brasil: Condução Perigosa
Título Original: Drive Hard
Ano de Produção: 2014
País: Canadá
Estúdio: Odyssey Media
Direção: Brian Trenchard-Smith
Roteiro: Chad Law, Evan Law
Elenco: John Cusack, Thomas Jane, Zoe Ventoura

Sinopse:
Peter Roberts (Thomas Jane) é um ex-piloto de corridas que agora ganha a vida dando aulas em auto-escolas. Seu casamento anda complicado e o que ganha não dá para cobrir todas as despesas de sua família. As coisas mudam completamente em sua vida quando ele conhece seu novo aluno, Simon Keller (John Cusack), um sujeito que parece conhecer tudo de sua vida passada como piloto. As aparências enganam e Keller é na realidade um ladrão de bancos que está prestes a colocar Roberts na maior enrascada de sua vida.

Comentários:
Pelo visto a carreira do ator John Cusack está chegando prematuramente ao fim. Cheguei nessa conclusão após assistir a esse fraquíssimo "Drive Hard", um filme completamente irrelevante, com produção capenga e roteiro ridículo! Tudo bem que o espectador deve ficar com um pé atrás, até porque faz um bom tempo que Cusack vem estrelando filmes de pouca qualidade, mas nada o deixará preparado para encarar algo tão ruim! Parece que o diretor e os roteiristas são fãs daqueles filmes B dos anos 80, onde se procurava misturar um pouco de ação com piadinhas sem graça. É mais ou menos o que se vê por aqui. O problema é que esse tipo de filme além de ser ultrapassado e fora de moda, ainda é completamente constrangedor. Assistir o bom John Cusack em algo assim tão fraco chega a dar tristeza. Embora seja todo filmado na Austrália se trata mesmo de uma produção canadense que procura imitar o pior do cinema americano (aliás os produtores de Hollywood nem mais investem nesse tipo de coisa). Enfim, passe longe dessa fitinha mequetrefe.

Pablo Aluísio.

Um Dia Especial

Título no Brasil: Um Dia Especial
Título Original: One Fine Day
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Terrel Seltzer, Ellen Simon
Elenco: Michelle Pfeiffer, George Clooney, Mae Whitman

Sinopse:
Melanie Parker (Michelle Pfeiffer) é uma arquiteta divorciada que precisa conciliar sua vida profissional com a pessoal, cuidando de seu filho. Jack Taylor (George Clooney) está em uma situação semelhante. É pai, divorciado e jornalista. Em um dia caótico ambos acabam se encontrando, um encontro casual que mudará completamente suas vidas. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (For the First Time).

Comentários:
Outro interessante filme romântico que foca sua atenção em um grupo mais adulto de personagens. Saem os adolescentes apaixonados dispostos a morrerem por seu amor idealizado e entram em cena duas pessoas com a vida já estabilizada, profissionais separados, com filhos e cheios de problemas para adequar a vida corrida com a criação das crianças, ao mesmo tempo em que tentam reconstruir de alguma forma suas vidas amorosas. Depois de passar anos interpretando o médico Dr. Doug Ross em "Plantão Médico" o ator George Clooney estava disposto a emplacar uma carreira no cinema, algo que ele viria logo a entender que não seria nada fácil. Entre tentativas e erros ele acabou entrando no elenco dessa boa produção. Curiosamente o bom resultado de bilheteria desse filme menor acabou convencendo os executivos da Warner que Clooney seria o ator ideal para estrelar "Batman & Robin" que viria a ser o seu filme seguinte. Como todos sabemos foi um desastre. Não era a praia mesmo dele, que se dava bem melhor em dramas românticos como esse. Vivendo e aprendendo.

Pablo Aluísio.

Resgate Abaixo de Zero

Título no Brasil: Resgate Abaixo de Zero
Título Original: Eight Below
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Frank Marshall
Roteiro: David DiGilio, Toshirô Ishidô
Elenco: Paul Walker, Jason Biggs, Bruce Greenwood

Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme mostra o complicado cotidiano de um grupo de pesquisadores na Antártica. Usando bem treinados cães de trenó eles cruzam o continente gelado. Tudo corre relativamente bem até que uma enorme tempestade coloca em ameaça a sobrevivência dos membros daquela base avançada.

Comentários:
Esse é um remake americano de um filme japonês chamado "Nankyoku Monogatari" que foi dirigido pelo cineasta Koreyoshi Kurahara. Em um primeiro momento o espectador pode ser levado a pensar que se trata de uma movimentada aventura no continente da Antártica, mas na realidade é um sentimental roteiro sobre a causa animal. O personagem de Paul Walker acaba tendo que deixar os cães de seu trenó em uma região distante e isolada e depois que retorna para a segurança de sua base começa a organizar uma expedição de resgate antes que a tempestade mate seus animais. Isso mostra a simbiose que deve existir entre homem e animal que precisam cooperar para sobreviver naquela região hostil. Como se trata de uma produção com a assinatura Walt Disney Pictures o espectador pode ficar tranquilo em termos de qualidade cinematográfica pois tudo é muito bem realizado, com ótima fotografia. Além disso a trágica morte do ator Paul Walker (1973 - 2013) renova naturalmente o interesse por esse filme que se não chega a ser uma obra prima certamente é um bom divertimento.

Pablo Aluísio.

Íntimo & Pessoal

Título no Brasil: Íntimo & Pessoal
Título Original: Up Close & Personal
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Joan Didion, John Gregory Dunne
Elenco: Robert Redford, Michelle Pfeiffer, Stockard Channing

Sinopse:
Sally 'Tally' Atwater (Michelle Pfeiffer) é uma ambiciosa jovem jornalista que acaba se apaixonando por seu chefe, o experiente e veterano Warren Justice (Robert Redford). Duas personalidades diferentes, com histórias de vida tão diversas, poderiam se envolver em um ardoroso caso de amor?Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Canção Original ("Because You Loved Me" de Diane Warren).

Comentários:
Um bom filme romântico dos anos 1990 que hoje em dia se tornou um pouco esquecido. É aquele tipo de drama bem sofisticado, com excelente trilha sonora (que inclusive teve uma das canções indicada ao Oscar) e contando com o carisma da ótima dupla central de atores. Há tempos que Redford queria trabalhar com o cineasta Jon Avnet que havia dirigido dois de seus filmes preferidos, "Tomates Verdes Fritos" e "A Árvore dos Sonhos". Quando o roteiro caiu em suas mãos o ator e produtor achou por bem convidar Avnet para dirigir esse filme. Sábia decisão pois Avnet conseguiu trazer uma sofisticação e um charme que tornaram o romance irresistível. Michelle Pfeiffer exibe uma sensualidade à flor da pele e a química com Redford funciona plenamente - o que é essencial para uma película romântica como essa. Assim deixo a dica para quem estiver em busca de um filme sobre relacionamentos adultos com um bom enredo e direção inspirada.

Pablo Aluísio.

Transformers - A Era da Extinção

Título no Brasil: Transformers - A Era da Extinção
Título Original: Transformers - Age of Extinction
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Mark Wahlberg, Stanley Tucci, Nicola Peltz, Jack Reynor

Sinopse:
Depois da destruição do filme anterior a humanidade decide colocar um fim no acordo de cooperação com os Autobots. Para se defender de uma nova invasão novos Transformers são construídos na Terra, com tecnologia retirada de restos de Decepticons destruídos. Uma má ideia já que a essência do mal ainda continua a existir naqueles pedaços de metais retorcidos. Enquanto isso, no distante Texas, um inventor frustrado acaba comprando um caminhão velho, caindo aos pedaços. Mal sabe ele que na verdade adquiriu o próprio líder dos Autobots, o invencível Optimus Prime. 

Comentários:
Penso que alguém deveria internar logo Michael Bay em um centro de tratamento para pessoas com desordem mental. Esse quarto filme da franquia "Transformers" é a prova que ele enlouqueceu de uma vez por todas. Nunca assisti a um filme tão longo e tão vazio ao mesmo tempo. São duas horas e meia de explosões, carros voando para todos os lados, destruição de cidades, brigas de robôs gigantes e um enredo que é pura lorota - e que tem mais furos do que um queijo suíço. Supostamente foram gastos mais de 200 milhões de dólares nessa produção e a sensação que temos ao sair do cinema é que nunca se viu tanto dinheiro jogado fora como aqui. Não há mais roteiro nenhum, apenas um fiapinho de trama onde alguns "atores" (sim, com aspas) como Mark Wahlberg tentam trazer alguma personalidade para seus personagens rasos e vazios. Com 90 minutos de duração sua cabeça já estará doendo depois de seus ouvidos serem bombardeados sem misericórdia e sem interrupções. No meio das toneladas de efeitos digitais tudo o que se vê de humanidade são os pobres humanos correndo pra lá e pra cá. Nada mais do que isso. Assim "Transformers - Age of Extinction" consegue se superar, sendo o pior exemplar de uma franquia que nunca foi conhecida por suas qualidades cinematográficas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Duro de Matar 4.0

Título no Brasil: Duro de Matar 4.0
Título Original: Live Free or Die Hard
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Mark Bomback
Elenco: Bruce Willis, Justin Long, Timothy Olyphant

Sinopse:
John McClane (Bruce Willis) e um jovem hacker resolvem unir forças para combater um cyber terrorista que planeja colocar no caos completo o complexo sistema de segurança nacional localizado em Washington D.C. Quarto filme da série "Duro de Matar". Filme indicado aos prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Ação e Melhor Ator Coadjuvante (Justin Long).

Comentários:
Quarto filme da franquia "Die Hard", bem mais turbinado com efeitos digitais de última geração e extremamente exagerado em tudo. Eu particularmente não gostei muito dessa guinada em relação aos filmes anteriores, que eram bem realizados também, mas que não perdiam muito o foco na personalidade do policial John McClane, que parecia muito mais humano do que os demais personagens de filmes de ação. Curiosamente agora ele virou um herói de action movie dos mais genéricos, sem personalidade, sem carisma, apenas um monte de músculos indestrutível, tal como acontecia nos mais rasos filmes dos anos 80. O fato de tudo girar agora apenas em torno dos efeitos e das cenas de ação mais absurdas, estraga ainda mais o resultado final. Ao sair do cinema a impressão que temos é que assistimos a um videogame e não a um filme com roteiro, atuação, direção, etc. Se for tudo apenas para isso, é bem melhor ficar em casa jogando mesmo.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de julho de 2014

Horror Em Amityville

Título no Brasil: Horror Em Amityville
Título Original: The Amityville Horror
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Andrew Douglas
Roteiro: Scott Kosar, Jay Anson
Elenco: Ryan Reynolds, Melissa George, Jimmy Bennett

Sinopse:
George e Kathy Lutz e seus três filhos resolvem se mudar para uma casa que no passado foi o local de um assassinato horrível de toda uma família. O local ficou infame depois da chacina, com fama de ser mal assombrado, mas os Lutz não acreditam nesse tipo de coisa. Com o tempo porém a casa começa a emitir estranhas vibrações, mudando inclusive o comportamento de George. O que segue depois são 28 dias de puro terror para aquela família.

Comentários:
A intenção não era apenas realizar um remake com o conhecido enredo que foi explorado exaustivamente na franquia original Amityville, mas sim tentar realizar um novo filme, independente dos demais. Se era esse o objetivo a ser alcançado só o foi em termos. Na realidade fica impossível tentar um recomeço após tantos filmes. De qualquer maneira não é de todo mal, na verdade pode ser até mesmo uma produção válida e não uma oportunidade completamente perdida de revitalizar esse mito da sombria casa onde toda aquela família foi morta naquela terrível chacina. Se a direção de arte e o roteiro são bons o mesmo não se pode dizer do elenco. Infelizmente Ryan Reynolds continua muito fraco. Em seus momentos cruciais na trama, quando tem que realmente mostrar serviço, ele falha a olhos vistos. No geral não deixa de ser um bom filme de horror, embora deixe a desejar em determinados aspectos como esse citado. Como não fez sucesso suficiente, possa ser que não haja mais produções explorando Amityville. Curiosamente a história que deu origem a tudo - com a morte da família e seus desdobramentos - ainda não foi devidamente explorada pelo cinema.

Pablo Aluísio.

Na Cama Com Madonna

Título no Brasil: Na Cama Com Madonna
Título Original: Madonna - Truth or Dare
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Alek Keshishian
Roteiro: Alek Keshishian, Madonna
Elenco: Madonna, Donna DeLory, Niki Harris

Sinopse:
Musical em forma de documentário que acompanha a popstar Madonna em sua turnê mundial 'Blond Ambition' durante os anos 1990. O filme capta Madonna nos palcos, nos bastidores, ensaios e toda a comoção causada por sua presença nos principais estádios por onde passou nessa sua vitoriosa excursão internacional. Filme indicado ao prêmio da National Society of Film Critics Awards na categoria de Melhor Documentário.

Comentários:
Produção que alcançou um grande sucesso em seu lançamento no começo dos anos 1990. Madonna, no auge de sua popularidade, desfila em cena, tentando mostrando como ela se comportava nessas turnês enormes e milionárias. Usando um visual em homenagem ao mito Marilyn Monroe, ela aproveita para alimentar ainda mais polêmica, fruto de seu comportamento pouco comum para popstars da época. De ameaças sofridas no Japão até uma quase prisão por 'indecência pública' no Canadá, o filme vai captando momentos ora íntimos, ora públicos da famosa cantora e dançarina. Uma das cenas ficou especialmente conhecida quando ela tira onda de Kevin Costner que vai visitá-la no camarim. Na época a cantora ainda namorava o nada simpático Warren Beatty, que aparece rapidamente numa cena de bastidores. Todo filmado em preto e branco, sem dúvida se trata de um belo trabalho que tenta trazer ao espectador a sensação de participar de algo tão dispendioso como essa turnê. Para os que gostam da artista é sem dúvida uma peça essencial.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de julho de 2014

Acusados

Título no Brasil: Acusados
Título Original: The Accused
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Kaplan
Roteiro: Tom Topor
Elenco: Kelly McGillis, Jodie Foster, Bernie Coulson

Sinopse:
Sarah Tobias (Jodie Foster) é uma jovem vítima de estupro em um bar que resolve denunciar os autores do crime, mas acaba encontrando várias barreiras, tanto legais como culturais, seja no sistema penal como também na própria sociedade que se recusa a vê-la como uma simples vítima, se tornando alvo do preconceito de todos. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jodie Foster).

Comentários:
A melhor atuação da carreira de Jodie Foster também é um dos melhores filmes sobre o estigma que acaba acompanhando as mulheres que são vítimas de estupro. Por uma dessas coisas complicadas de explicar existe dentro da sociedade todo um sistema de preconceitos e injustos estigmas que acabam penalizando muito mais as vítimas do que os autores desse crime, tanto isso é verdade que muitas mulheres preferem silenciar a ter que passar por todo um martírio legal para ver os agressores atrás das grades. Para reforçar ainda mais o clima de denúncia, o diretor francês  Jonathan Kaplan resolveu adotar um estilo seco, quase documental, mostrando de forma clara e direta os desafios que esperam a personagem corajosa de Jodie Foster. Outro destaque do elenco, tão inspirada como ela no quesito atuação, vem da talentosa atriz Kelly McGillis, que após assumir ser gay levantou a bandeira contra outro tipo de preconceito, dirigido contra os homossexuais. Assim deixamos a indicação para os que admiram o trabalho desenvolvido pela atriz e estrela Jodie Foster. Aqui ela está simplesmente magistral em seu papel. O ponto alto de toda a sua carreira.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Salem

Título no Brasil: Salem
Título Original: Salem
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Von Ancken, Alex Zakrzewski
Roteiro: Brannon Braga, Jon Harmon
Elenco: Janet Montgomery, Shane West, Seth Gabel

Sinopse:
Na isolada e sombria Salem, os líderes da comunidade impõem uma severa moralidade baseada em preceitos religiosos para ser seguida por todos os membros. Quem não se adequar ao rígido código de comportamento corre o risco de ser queimado na fogueira, para onde são enviados todos os que se atrevem a entrar em contato com as forças do mal nas escuras florestas que cercam a cidade.

Comentários:
Tive uma boa surpresa ao assistir ao episódio piloto dessa nova série, "Salem". Como se sabe essa localidade ficou famosa na história por causa do conhecido evento histórico onde uma série de pessoas foram queimadas vivas na fogueira, após serem acusadas de bruxaria por uma jovem garota. O enredo se passa na mesma época histórica, com o lugar dominado pelo padrão moral dos puritanos, que puniam qualquer um que fosse contra suas crenças (eram protestantes fanáticos e queimavam as pessoas vivas tal como se via na inquisição na Europa). Não há o que reclamar de aspectos meramente técnicos (como figurinos, direção de arte, ambientação, reconstituição histórica, etc). O roteiro também me pareceu muito bem bolado, misturando fatos da história com realismo fantástico, isso porque as bruxas de Salem não são fruto da ignorância alheia ou do fanatismo religioso mas sim criaturas do mal, de existência concreta. No final do episódio ficamos com a sensação que vem coisa boa por aí - eis aqui uma boa aposta para acompanhar uma nova série que está chegando em sua telinha. Programe-se e se divirta!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Jacknife

Título no Brasil: Jacknife
Título Original: Jacknife
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: David Hugh Jones
Roteiro: Stephen Metcalfe
Elenco: Robert De Niro, Kathy Baker, Ed Harris

Sinopse:
Um conflito se instala entre um veterano do Vietnã e sua irmã, que resolve se envolver romanticamente com um ex-companheiro seu, dos tempos do exército. A volta da convivência entre ambos acaba despertando velhos fantasmas do passado. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris).
 
Comentários:
Um filme de Robert De Niro que poucos se lembram hoje em dia. Uma injustiça pois gosto bastante da estética mais barra pesada dessa produção. Além disso o personagem de De Niro é um achado e tanto, ótimo para um ator com tantas possibilidades como ele. Infelizmente em termos de Brasil o filme segue sendo pouco conhecido, até mesmo para quem viveu a época de seu lançamento. Aliás o filme foi extremamente mal lançado por aqui - nada de salas de exibição, indo parar direto no mercado de fitas VHS. Um absurdo em minha forma de ver, pois gosto bastante da película que hoje em dia é bem complicada de se achar. Em entrevistas de lançamento do filme nos anos 80, De Niro explicou sua intenção em fazer esse filme. Ele queria captar a alma do chamado "Working Man", ou seja, do trabalhador comum dos Estados Unidos. Sujeitos durões, mas íntegros que tinham que lidar com as durezas da vida mesmo depois de ter servido em guerras distantes e complicadas de entender, como o próprio conflito no Vietnã. Enfim, fica a dica para redescobrir esse pequeno mas interessante momento da filmografia de Robert De Niro nos anos 80.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Anjos da Vida

Título no Brasil: Anjos da Vida - Mais Bravos que o Mar
Título Original: The Guardian
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Kevin Costner, Ashton Kutcher, Sela Ward

Sinopse:
Ben Randall (Kevin Costner) é um veterano da equipe de resgate da Guarda Costeira americana que é transferido para uma base de treinamento após a morte de um membro de sua equipe. A nova vida na academia não lhe agrada muito, mas ordens são ordens e devem ser cumpridas. Lá ele começa a lidar com novos recrutas, entre eles o arrogante e confiante jovem aspirante Jake Fischer (Ashton Kutcher), que terá muito a aprender com a sua experiência.

Comentários:
Um filme bastante razoável que foi prejudicado por causa da presença do "mala sem alça" Ashton Kutcher que não acrescenta em absolutamente nada no quesito atuação. É a tal coisa, Costner, já envelhecido, não era mais garantia de farta bilheteria - fato inclusive que foi mais do que confirmado por causa de alguns fracassos comerciais de que tinha participado. Assim o jeito foi a Touchstone Pictures escalar o astro jovem da TV Ashton Kutcher (de "That´s 70´s Show", um sitcom debilóide sobre jovens maconheiros nos anos 70), numa tentativa de usá-lo como chamariz para o público mais jovem. Não deu muito certo. Lembro bem que na sessão em que fui ver o filme havia muito mais adultos, certamente fãs de Kevin Costner em seus bons tempos. Nada de adolescentes bobões de lado (graças ao bom Deus!). Por falar nisso ainda bem que não foram ao cinema pois o filme se propõe a divertir, mas também trazer um pouco mais de densidade em sua carga dramática. As cenas são muito bem editadas, com ótimo timing nos diversos resgates que vão ocorrendo no desenrolar da trama. Considero uma película muito bem realizada do ponto de vista técnico. No geral é um bom filme, mas que não marcou muito e hoje já está quase completamente esquecido.

Pablo Aluísio.

Arn - O Fim da Jornada

Título no Brasil: Arn - O Fim da Jornada
Título Original:  Arn - Riket Vid Vägens Slut
Ano de Produção: 2008
País: Suécia, Dinamarca, Alemanha
Estúdio: AMC Pictures, Arion Communications
Direção: Peter Flinth
Roteiro: Jan Guillou, Hans Gunnarsson
Elenco: Joakim Nätterqvist, Sofia Helin, Stellan Skarsgård

Sinopse:
Após anos de luta na Terra Santa o cavaleiro templário Arn (Joakim Nätterqvist) só deseja voltar para sua terra natal, no norte da Europa. Seu maior sonho é se casar com o amor de sua juventude, ter filhos e aproveitar o resto de sua vida em paz. Sua dispensa porém parece cada vez mais longe, pois sua ordem agora é liderada por um nobre arrogante e sem experiência do campo de batalha. Após os templários serem encurralados pelas forças de Saladino, Arn presencia todo o seu grupo ser dizimado. Por um milagre consegue sobreviver ao terrível combate e finalmente recebe a autorização para voltar, dando início à sua jornada final.

Comentários:
Sequência de "Arn: O Cavaleiro Templário" de 2007. Como aprecio bastante história, principalmente na era das grandes cruzadas, sempre gostei dos filmes enfocando as lutas de Arn Magnusson, o personagem retratado nos livros de autoria do sueco Jan Guillou. O interessante é que Arn não foi apenas um personagem meramente ficcional, mas sim um cavaleiro real, cujo neto acabou fundando o Reino da Suécia. Assim temos enfocado nesses filmes um verdadeiro herói daquela nação. O filme, assim como o primeiro, é extremamente bem produzido. Não pense que deixa a desejar em nada em relação aos filmes americanos. As cenas de batalha, a fotografia e a reconstituição de época são perfeitas. "Arn - Riket Vid Vägens Slut" só não é superior ao primeiro porque a segunda parte do filme se concentra na volta de Arn à sua terra, onde acaba tendo que lidar com um outro tipo de guerra, envolvendo reinos rivais em disputa pelo trono real supremo do norte da Europa. Dinamarqueses, Noruegueses e Suecos, todos em pé de guerra, lutam para impor sua própria dominação. Mesmo esse conflito sendo muito bem recriado, ainda prefiro as batalhas do Templários no meio do deserto do Oriente Médio. Mas essa é uma questão menor no final das contas. Assista a saga de "Arn" e veja como é bem realizado e produzido o cinema sueco da atualidade.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Frozen - Uma Aventura Congelante

Título no Brasil: Frozen - Uma Aventura Congelante
Título Original: Frozen
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Chris Buck, Jennifer Lee
Roteiro: Jennifer Lee
Elenco: Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff

Sinopse:
Era uma vez um reino chamado Arendelle, onde viviam duas pequenas princesas. A mais velha delas nasceu com um estranho dom, o de transformar tudo o que toca em gelo. Após um acidente causado involuntariamente em sua irmã, ela resolve se tornar uma reclusa no castelo de seu pai, o monarca daquele lindo reino. Quando seus pais morrem em uma tempestade no mar, Elsa precisa assumir o trono como a nova Rainha. Sua volta ao seio de seu povo porém lhe trará inúmeros problemas por causa de seu grande segredo oculto. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Animação e Melhor Canção Original (Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez). Também vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação.

Comentários:
Nova animação dos estúdios Disney que fez um tremendo sucesso de bilheteria ao redor do mundo. Não é para menos, afinal de contas a Disney volta finalmente ao universo que a consagrou, a das princesas, príncipes e reinos encantados. A estória foi inspirada no conto "The Snow Queen" de Hans Christian Andersen, o que já garante de antemão um belo conto de fadas como fonte. Some-se a isso a excelente produção, que tira ótimo proveito das formas geométricas do gelo e você terá uma animação realmente marcante. Todos os personagens, como sempre, são muito bem trabalhados em suas personalidades e a estorinha flui de forma espontânea e livre. A ótima direção de arte procura recriar figurinos e ambientação das antigas monarquias Prussianas e austríacas, com destaque para a era dos Habsburgos, o que se torna um belo diferencial em relação a outras animações semelhantes. As princesas são bem tradicionais dentro do universo Disney, com destaque para a classe de Elsa e o espírito livre de Anna (que é a verdadeira protagonista da estorinha). O boneco de gelo Olaf funciona muito bem como alívio cômico, embora seja bem mais inocente do que o habitual para esse tipo de personagem. Ele é apenas a cereja do bolo de um mundo animado muito rico em detalhes, seguindo o padrão de qualidade Disney dos bons tempos! Como se trata também de um musical, o espectador ainda leva de brinde ótimas canções escritas originalmente para o filme (e que foram amplamente premiadas, inclusive com o Oscar). Assim não há como as crianças (e os pais também) não gostarem de todo aquele clima mágico que se vê na tela. Em suma, "Frozen" é uma animação cativante que nos faz acreditar de novo em belas estórias que terminam com todos vivendo felizes para sempre.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de julho de 2014

Rush - No Limite da Emoção

Título no Brasil: Rush - No Limite da Emoção
Título Original: Rush
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio:  Imagine Entertainment
Direção: Ron Howard
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Daniel Brühl, Chris Hemsworth, Olivia Wilde, Alexandra Maria Lara 

Sinopse:
O enredo narra a histórica rivalidade entre dois famosos pilotos de Fórmula 1, o austríaco Niki Lauda (Daniel Brühl) e o britânico James Hunt (Chris Hemsworth). Lauda, considerado um piloto frio, calculista e muito sério na busca de seus objetivos, precisa superar seu maior rival, Hunt, um bon vivant, mulherengo, ousado e arrojado, tanto dentro como fora das pistas. Do duelo entre esses dois campeões nasceu uma amizade marcada pela competição nas pistas ao redor do mundo e pela admiração mútua. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Ator Coadjuvante (Daniel Brühl). Vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Edição.

Comentários:
Gostei bastante de "Rush", um caso raro de filme sobre o circo da Fórmula 1 que é realmente bom e não apela para bobagens - como aquele terrível filme com Stallone. O fato de ter sido inspirado em uma história real certamente ajuda na beleza da produção, nos lances dramáticos dessa briga entre dois grandes e históricos astros da Fórmula 1, dois esportistas que eram completamente diferentes entre si. A única semelhança era a incrível vontade de vencer o campeonato mundial. O filme me soou particularmente próximo porque cheguei a acompanhar parte da carreira de Niki Lauda. Impossível não reparar em sua incrível força de vontade, mesmo após sofrer um terrível acidente em que ficou literalmente dentro de um carro em chamas na pista. Mesmo com várias partes do corpo com queimaduras graves e o rosto desfigurado, ainda teve a garra de voltar às pistas para disputar até o fim o marcante campeonato de 1976. É justamente durante essa competição, que ficou marcada na história pela acirrada disputa ponto a ponto, que o enredo se desenvolve. O filme tem ótima edição de imagens e prefere apostar mais nas competições em si do que exagerar no melodrama do acidente de Lauda - o que fez muito bem. O saldo final é de fato acima da média, uma produção que nos faz lembrar dos bons e velhos tempos da Fórmula 1.

Pablo Aluísio.

A Face do Mal

Título no Brasil: A Face do Mal
Título Original: Haunt
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: QED International, Revolver Pictures
Direção: Mac Carter
Roteiro: Andrew Barrer
Elenco: Jacki Weaver, Liana Liberato, Harrison Gilbertson

Sinopse:
Como a própria narração do filme explica, se trata de uma história de fantasmas e como toda história de fantasma tudo começa com uma grande e velha casa isolada. Lá ocorreu uma tragédia no passado, onde praticamente toda uma família foi morta, restante apenas a mãe, aterrorizada. Anos depois o lugar é colocado à venda. Uma nova família se decide então mudar para o casarão, o que definitivamente não será uma boa ideia.

Comentários:
O roteiro me lembrou imediatamente da franquia "Amityville". Pense, é praticamente o mesmo argumento - família sofre uma tragédia numa velha casa amaldiçoada, nova família se muda para lá e o terror recomeça. É algo que anda saturado em filmes de terror, para falar a verdade. A nota positiva é que realmente tentaram fazer um filme com esse estilo mais antigo, da velha escola. Essa escolha acaba se revelando a melhor coisa da produção. A estética e a fotografia também se destacam, dando origem a alguns bons (embora poucos) sustos verdadeiros. Como casas velhas fazem muitos ruídos (naturais e sobrenaturais) os roteiristas aproveitaram bastante esses elementos para dar arrepios no público. Só não gosto muito dessa coisa de deixar a cena em completo silêncio para depois tudo explodir em um som ensurdecedor, até porque isso não é susto real, vindo do suspense do filme, mas susto pelo susto, que pode acontecer com qualquer um, a todo momento. Já para o público mais adolescente há ainda espaço para um namorico entre dois jovens, um deles o rapaz que acaba de se mudar para aquela casa mal assombrada e uma jovem que tem problemas com seu pai e mora ali por perto. Ah, e antes que me esqueça os fãs de monstros também vão curtir pois o design das criaturas é bem feita. No geral fica um pouquinho acima da média do que se tem feito no estilo nos últimos tempos, mas só um pouquinho mesmo. De qualquer maneira ainda vale a locação ou o ingresso caso você esteja a fim de levar uns sustinhos de noite.

Pablo Aluísio.

Bad Ass 2

Título no Brasil: Bad Ass 2
Título Original: Bad Ass 2 - Bad Asses
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Craig Moss
Roteiro: Craig Moss
Elenco: Danny Trejo, Danny Glover, Andrew Divoff

Sinopse:
Três anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Frank Vega (Danny Trejo) segue levando sua vida em frente. Ele trabalha como treinador em uma academia de boxe e aposta todas as suas fichas em um jovem garoto, muito promissor no esporte. Não demora muito e Vega o transforma em seu pupilo. Os sonhos de um futuro melhor para ele porém acabam quando é encurralado à noite por uma quadrilha de traficantes. Esfaqueado, é deixado para morrer agonizante no meio da rua. Frank Vega fica desolado com a covardia do crime e resolve ir atrás dos bandidos para um acerto de contas final.

Comentários:
Bom, se você gostou do primeiro "Bad Ass" muito provavelmente gostará desse aqui também. O mesmo vale se odiou o original - nesse caso obviamente fique o mais longe possível. Essa sequência foi lançada diretamente para o mercado de venda direta ao consumidor americano. O orçamento é enxuto (meros cinco milhões de dólares) e o roteiro formulaico. De certa forma se apóia completamente no carisma de Danny Trejo, que está aos poucos ocupando o vácuo deixado por astros de filmes de ação do passado, como se fosse um novo Charles Bronson, só que em uma versão latina. Ao seu lado temos ainda a boa participação de Danny Glover, aqui interpretando um dono de loja 24 horas que apesar da idade se revela um sujeito durão, bom de briga e de taco (sim, ele usa tacos de hockey para derrubar seus adversários). Curiosamente sobrou até para os nossos queridos hermanos pois a gangue de traficantes é na verdade um grupo que trabalha no consulado argentino em Los Angeles... quem diria! Em suma, um action movie com muita pancadaria, roteiro simples e diversão. Se as porradas de Danny Trejo lhe divertem, nem pense duas vezes e vá fundo hombre!

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de julho de 2014

Jogos Patrióticos

Título no Brasil: Jogos Patrióticos
Título Original: Patriot Games
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: W. Peter Iliff
Elenco: Harrison Ford, Sean Bean, Anne Archer

Sinopse:
Jack Ryan (Harrison Ford) acaba se envolvendo em uma complicada rede de complôs, envolvendo membros revolucionários irlandeses que planejam cometer o maior atentado terrorista da história do Reino Unido. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O personagem Jack Ryan foi criado pelo autor Tom Clancy, que resolveu adaptar alguns aspectos das fantasiosas estórias de James Bond para o mundo atual, onde sai o charmoso agente inglês e entra um agente americano envolvido em inúmeras tramas envolvendo a CIA. Ryan assim vive em um mundo bem mais pé no chão que Bond, mas mesmo tentando ser o mais realista possível ainda enfrenta grandes desafios, geralmente salvando o mundo no fim de mais um dia duro de trabalho. Como já tive a oportunidade de escrever antes, esse é um dos melhores filmes com Jack Ryan. Até mesmo Harrison Ford está bem no papel (ele voltaria a encarnar o personagem novamente em "Perigo Real e Imediato" dois anos depois). Há um ótimo enredo, uma trama muito bem bolada e ótimas cenas de suspense e ação. Mostra que o gênero filme de espionagem não morreu com o fim da guerra fria na virada dos anos 80 para os 90. O diretor australiano Phillip Noyce também conseguiu unir inteligência com movimentação de uma forma que anda cada vez mais rara em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Acima de Qualquer Suspeita

Título no Brasil: Acima de Qualquer Suspeita
Título Original: Presumed Innocent
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Frank Pierson
Elenco: Harrison Ford, Raul Julia, Greta Scacchi

Sinopse:
Quando a assistente de promotoria Carolyn Polhemus (Greta Scacchi) é violentamente assassinada, o promotor Rusty Sabich (Harrison Ford) é designado para solucionar o caso. O problema é que Rusty tinha um caso extra-conjugal com ela e isso pode se tornar um enorme escândalo caso a imprensa venha a descobrir isso. Por essa razão Rusty começa a apagar os indícios que o ligam até Carolyn, algo que depois lhe causará inúmeros problemas.

Comentários:
Existe um filme com o mesmo nome lançado em 2009 com Michael Douglas. Obviamente não é sobre ele que estamos tratando aqui, mas sim esse bom thriller de suspense, estrelado por Harrison Ford, com roteiro baseado no best seller escrito pelo autor Scott Turow. De certa maneira esse enredo sempre me lembrou de "Sem Saída" um filme dos anos 80 com Kevin Costner onde ele tinha que liderar uma investigação em que ele acabava virando o principal suspeito. Harrison Ford aqui surge com um personagem semelhante, o que garante o interesse até o fim. Ele aliás ainda estava na crista da onda, no auge de sua popularidade, colecionando sucessos de bilheteria em série. Afinal de contas ele tinha acabado de atuar no blockbuster "Indiana Jones e a Última Cruzada", o que acabou garantindo uma bilheteria muito boa para esse filme que o sucedeu no circuito comercial. O veterano Alan J. Pakula já havia dirigido coisas bem melhores como as obras primas "Todos os Homens do Presidente" e "A Escolha de Sofia", mas mesmo assim mantém um bom nível. No saldo final é uma de suas obras menores, mas que ainda merece a indicação.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Justa Causa

Título no Brasil: Justa Causa
Título Original: Just Cause
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Arne Glimcher
Roteiro: Jeb Stuart 
Elenco: Sean Connery, Laurence Fishburne, Kate Capshaw, Blair Underwood, Ed Harris, Scarlett Johansson, Ned Beatty 

Sinopse:
Bobby Earl (Underwood) é um condenado prestes a ser executado no corredor da morte quando, em desespero, pede ajuda a um conceituado professor de direito de Harvard, Paul Armstrong (Sean Connery). Após estudar o processo e todo o procedimento jurídico que levou Earl rumo em direção à cadeira elétrica, Armstrong descobre que pistas importantes foram ignoradas e provas afastadas, tudo com o objetivo de condenar e usar Earl como um conveniente bode expiatório da polícia e da justiça.

Comentários:
Baseado na obra de John Katzenbach, esse é outro interessante filme da carreira de Sean Connery que anda meio esquecido. Traz um bom roteiro que é particularmente indicado para estudantes de direito em geral. Segundo o autor, o livro que deu origem ao filme foi parcialmente inspirado em fatos reais mas ele, por motivos legais, mudou o nome dos principais personagens. O professor de Harvard inclusive é um famoso legalista no meio jurídico dos Estados Unidos. Interessante notar que a Warner apostou no inexpressivo cineasta Arne Glimcher para dirigir esse filme que prometia bastante. Diretor de apenas três outros filmes (a grande maioria bobagens como "Os Reis do Mambo" e "Prenda-me se Puder!") fica complicado entender porque um filme com Sean Connery no elenco não contou com alguém mais experiente na direção. Isso infelizmente se reflete no desenvolvimento da trama que perde o pique inúmeras vezes, causando um certo tédio e desconforto no espectador. "Just Cause" só não se torna um filme ruim por causa da sempre carismática presença de Sean Connery e da boa trama que se desenrola em seu enredo, porque se fosse depender exclusivamente de seu diretor era certo que naufragaria completamente em seus méritos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Sol Nascente

Título no Brasil: Sol Nascente
Título Original: Rising Sun
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Philip Kaufman
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Sean Connery, Wesley Snipes, Harvey Keitel

Sinopse:
Nos escritórios de uma empresa japonesa, durante uma festa, uma mulher, que é, evidentemente, uma amante profissional, é encontrada morta, aparentemente depois de algum tipo de ritual violento. Um detetive da polícia, Web Smith (Snipes), é chamado para investigar, mas antes de chegar lá, recebe um telefonema de seu superior que lhe instrui para ir acompanhado de John Connor (Connery), um ex-capitão da polícia e especialista em assuntos japoneses. Quando chegam ao lugar do crime, Web e Connor descobrem que há algo terrível por trás daquele assassinato.

Comentários:
Nos anos 1990 os japoneses desembarcaram em Hollywood com a intenção de adquirir as ações dos grandes grupos de entretenimento da costa oeste. Conseguiram mesmo tomar a direção de vários deles, alguns praticamente falidos, e fundaram a poderosa Sony Pictures, que até hoje desempenha papel de ponta dentro do circuito comercial americano de cinema. Essa verdadeira "invasão" despertou o brio patriótico de certos grupos e a consequência disso foi o lançamento de vários filmes em que os japoneses desempenhavam o papel de vilões sem alma. "Rising Sun" veio nessa onda ufanista. Baseado no livro de sucesso do autor de best sellers Michael Crichton, o filme era mais uma tentativa branca de vilanizar os habitantes da terra do sol nascente. O que mais me admirou nessa fita porém nem foi isso, mas sim o fato de ter sido dirigida pelo cineasta cult Philip Kaufman. Para quem dirigiu filmes "cabeça" como "A Insustentável Leveza do Ser" e "Henry & June - Delírios Eróticos", assinar algo assim, tão comercial, soava quase como uma heresia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Acerto de Contas

Título no Brasil: Acerto de Contas
Título Original: The Big Easy
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Jim McBride
Roteiro: Daniel Petrie Jr.
Elenco: Dennis Quaid, Ellen Barkin, Ned Beatty

Sinopse:
O detetive do departamento de homicídio de New Orleans, Remy McSwain (Dennis Quaid), precisa desvendar uma série de assassinatos violentos supostamente cometidos por uma gangue de criminosos, ao mesmo tempo em que tem que lidar com a bela, sensual mas perigosa Anne Osborne (Ellen Barkin), que trabalha na procuradoria do estado, sempre em busca de tiras corruptos da corporação.

Comentários:
Já que estamos falando do Dennis Quaid essa é uma boa oportunidade para lembrar desse filme policial estrelado pelo ator nos anos 80. Essa é a típica fitinha que fazia sucesso em locadoras de vídeo VHS. Bem realizada, com trama inteligente e esperta e muito clima ao estilo 80´s, cheio de jogo de sombras e linguagem de videoclip. Curiosamente com os anos o filme foi ganhando um imprevisto status cult que se preserva até os dias atuais. Também pudera, Dennis Quaid nunca esteve melhor do que aqui, na pele do detetive Remy McSwain! E o que falar de Ellen Barkin no auge da beleza e sensualidade? Sinceramente em seus bons tempos a Barkin foi uma das mulheres mais sensuais do cinema americano, colocando literalmente fogo nos filmes em que atuava. Ela nunca foi um símbolo de beleza perfeita, mas tinha um olhar de arrasar! A boa direção ficou com o cineasta Jim McBride, que muita gente pensa ser da Irlanda mas que nasceu mesmo em Nova Iorque. Ele voltaria a trabalhar com Quaid logo após em "A Fera do Rock", aquela cinebiografia em ritmo de histórias em quadrinhos sobre o roqueiro veterano Jerry Lee Lewis. Então é isso, o filme já não é tão fácil de achar hoje em dia, mas merece o garimpo.

Pablo Aluísio.

O Vôo da Fênix

Título no Brasil: O Vôo da Fênix
Título Original: Flight of the Phoenix
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Moore
Roteiro: Lukas Heller, Scott Frank
Elenco: Dennis Quaid, Miranda Otto, Giovanni Ribisi

Sinopse:
Um avião sofre uma pane sob o deserto da Mongólia, deixando seus tripulantes completamente isolados e sem possibilidade de serem resgatados. Para sobreviver eles precisam consertar a aeronave, algo que não será muito fácil por causa dos danos sofridos. Some-se a isso a presença de perigosos mercenários na região e você terá uma fórmula explosiva que pode levar tudo para os ares em questão de minutos.

Comentários:
Remake do clássico "The Flight of the Phoenix" de 1965 com James Stewart, Richard Attenborough e Peter Finch sob direção de Robert Aldrich. Se o primeiro filme foi muito celebrado (levando duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante - Ian Bannen - e Melhor Edição) esse aqui, como todo remake, não tem muita razão de ser. O roteiro é praticamente o mesmo, sem maiores novidades, e tudo se resume em tentar trazer aquele bom enredo sob uma verniz moderna. Não funciona muito bem pelo simples fato de que filmes assim eram ideais para uma determinada época do cinema americano, onde os valores eram outros. De qualquer maneira se você nunca assistiu ao filme original e esteja em busca de algo diferente para ver em sua programação da tv a cabo pode ser uma boa opção. O clima de aventura aliada ao bom trabalho de fotografia de Brendan Galvin (o mesmo de "Atrás das Linhas Inimigas" e "Imortais") consegue manter o mínimo de interesse do espectador.

Pablo Aluísio.

Arquivo X - Eu Quero Acreditar

Título no Brasil: Arquivo X - Eu Quero Acreditar
Título Original: The X Files - I Want to Believe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Carter
Roteiro: Frank Spotnitz, Chris Carter
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Billy Connolly

Sinopse:
Muitos anos depois do encerramento da divisão Arquivo X do FBI uma série de estranhas mortes começam a ocorrer numa região rural e isolada da Virgínia. Mulheres desaparecem e depois seus corpos são encontrados mutilados ao longo de uma rodovia. Para solucionar o caso novamente são chamados os ex-agentes Fox Mulder e Dra. Dana Scully, que não parecem muito empolgados de reviver seu passado.

Comentários:
A série "The X-Files" foi um marco da TV americana. Em seu auge alguns episódios eram bem melhores do que muitos filmes em cartaz. Além do excelente nível técnico havia o carisma dos dois protagonistas e temas de realismo fantástico que caíram imediatamente no gosto do público americano. Obviamente que em seu final a série foi perdendo qualidade gradualmente, mas antes que isso acontecesse tentaram levar os agentes mais famosos do FBI para as telas de cinema em "Arquivo X: O Filme" (1998). O resultado não foi o esperado embora o filme seja considerado interessante. Dez anos depois, já com a série cancelada, tentaram novamente com esse "Arquivo X - Eu Quero Acreditar". Embora tenha sido dirigido pelo criador da série, Chris Carter, não achei um filme digno de levar a marca "Arquivo X". Há problemas no roteiro, que não consegue tomar um rumo satisfatório, e o elenco também surge pouco compromissado. David Duchovny, que largou a série para tentar uma carreira no cinema (em vão), não parece muito empolgado em voltar para seu personagem Fox Mulder. Assim no final das contas essa produção só serviu mesmo para deixar saudades nos fãs da série, que era de fato excepcional (principalmente nas três primeiras temporadas).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Poder Absoluto

Título no Brasil: Poder Absoluto
Título Original: Absolute Power
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: David Baldacci, William Goldman
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Ed Harris, Laura Linney 

Sinopse:
Luther Whitney (Clint Eastwood) é um ladrão profissional que decide roubar a mansão de um bilionário americano em Barbados. Bem no meio do "serviço" acaba percebendo que há um casal no local, na verdade a jovem esposa do ricaço nas mãos de seu amante. Mal sabe Luther que o homem na realidade é o próprio presidente dos Estados Unidos, Allen Richmond (Gene Hackman), que fará de tudo para que todas as pistas de sua presença no lugar sejam apagadas, inclusive riscar do mapa o próprio Luther Whitney!

Comentários:
Um dos raros filmes dirigidos por Clint Eastwood que não foram bem sucedidos na bilheteria. Não chegou a ser propriamente um fracasso comercial, mas tampouco se revelou um investimento lucrativo. No geral apenas cobriu seus custos e nada mais. A primeira coisa que chama atenção aqui é a associação da produtora de Clint (Malpaso Productions) com a Castle Rock que é especializada mesmo em filmes de terror B. Uma sociedade pouco provável, no mínimo. De qualquer maneira mesmo dirigindo em uma companhia menor, Clint conseguiu reunir um elenco e tanto, só formado por feras como Gene Hackman e Ed Harris que muito provavelmente só aceitaram o convite por causa do prestígio de Clint em Hollywood. Essa conclusão é a que chegamos ao reconhecermos que o roteiro não é o forte do filme. Aliás "Absolute Power" é muito na média para um filme dirigido por Clint. Talvez por isso muitos tenham achado mesmo uma grande decepção. Não diria que chega a isso, apenas que é um policial sem surpresas, que se rende muito facilmente aos mais batidos clichês do gênero. De qualquer forma como é Clint na direção vale a pena ver pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

Marcas do Destino

Título no Brasil: Marcas do Destino
Título Original: Mask
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Bogdanovich
Roteiro: Anna Hamilton Phelan
Elenco: Cher, Eric Stoltz, Sam Elliott

Sinopse:
Roy L.'Rocky' Dennis (Eric Stoltz) é um adolescente americano que sofre de uma rara síndrome que faz com que seus ossos cresçam além do normal. Isso desfigura seu rosto e praticamente destrói sua vida social. Ao lado da sua corajosa mãe 'Rusty' Dennis (Cher) ele porém decide levar uma vida normal como a de todo rapaz de sua idade. Roteiro baseado numa história real. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Quando Cher resolveu deixar o mundo da música de lado para tentar uma carreira de atriz em Hollywood muitos criticaram. Havia certamente uma dose enorme de preconceito envolvido em muitas das críticas que lhe eram feitas. Algo visto como algo natural nos Estados Unidos já que astros da música que vão para as telas de cinema sempre são criticados, alguns até de forma severa. Pois bem, de todos os filmes que Cher realizou esse é certamente o meu preferido. Especialmente indicado para quem considera ela apenas como uma figura bizarra e sem talento dramático. Cher brilha no papel de Florence 'Rusty' Dennis, a mãe de um jovem com um sério problema de saúde que o deixa deformado. Sinceramente poucas vezes assisti a uma interpretação tão naturalmente inspirada como essa. O interessante é que ela, que até aquele momento era vista apenas como uma piada, deu um baile em seus críticos e acabou sendo indicada ao prestigiado Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz. Eric Stoltz também foi indicado, mostrando que mesmo sob pesada maquiagem ainda era possível se desenvolver um belo trabalho de atuação. Em suma, filme tocante, sincero e muito emocionante. Um dos melhores dramas da década de 1980. Para rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Quicksilver - O Prazer de Ganhar

Título no Brasil: Quicksilver - O Prazer de Ganhar
Título Original: Quicksilver
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Thomas Michael Donnelly
Roteiro: Thomas Michael Donnelly
Elenco: Kevin Bacon, Jami Gertz, Paul Rodriguez

Sinopse:
Jack Casey (Kevin Bacon) é um yuppie do mercado de ações que se considera um gênio em sua area. Depois de uma decisão equivocada sua carreira desce a ladeira (em um ambiente tão competitivo não há espaço para o perdão). Tentando refazer sua vida ele se une a uma pequena empresa de entregas, que usa bicicletas para evitar os grandes engarrafamentos da cidade de San Francisco. O sucesso do negócio logo se revela uma boa opção para se ganhar muito dinheiro na visão de Casey.

Comentários:
Depois do grande sucesso do musical "Footloose - Ritmo Louco", Kevin Bacon realizou o bom telefilme "Mister Roberts" e então voltou ao cinema nesse "Quicksilver - O Prazer de Ganhar". Bom, quem conhece Kevin Bacon de longa data (categoria na qual me enquadro) sabe que o ator viveu duas fases em sua vida. A primeira quando era apenas um jovem dançante, que realizava produções para a juventude dos anos 80, e outra quando começou a fazer filmes e dramas bem mais relevantes. Esse faz parte da primeira etapa de sua carreira. Bacon é praticamente apenas um garotão em um enredo que explora um esporte radical e muito popular entre a galera da época, o ciclismo. O filme é muito simpático e também despretensioso ao máximo. No Brasil foi lançado diretamente no mercado de vídeo VHS (confesso que não me recordo se ganhou as telas no cinema comercial). Mesmo assim não obteve muito sucesso, nem entre suas fãs de "Footloose". Cá entre nós, uma injustiça pois é uma diversão honesta e que cumpre bem seus objetivos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Pompeia

Título no Brasil: Pompeia
Título Original: Pompeii
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Constantin Film International
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Janet Scott Batchler, Lee Batchler
Elenco: Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Emily Browning, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Após ter seu povo vencido no campo de batalha por tropas romanas, o jovem Milo (Kit Harington) se torna escravo de um rico comerciante. Como desde cedo mostra ter muito talento com a espada logo é enviado para os campos de treinamento de gladiadores. Se destacando nas arenas é então escolhido para participar dos jogos principais em Pompeia. O que poucos percebem é que o enorme vulcão Vesúvio está prestes a entrar em erupção, após séculos de hibernação. As consequencias serão trágicas para todos os moradores.

Comentários:
O contexto histórico é dos mais interessantes, a destruição da cidade romana de Pompeia no ano de 79, durante o período de reinado do imperador Tito. O problema é que os roteiristas resolveram escrever uma trama das mais bobas e derivativas que já vi, aliada a um romance absurdo do ponto de vista histórico entre um escravo e uma rica jovem da classe patrícia de Roma. Ora, não precisa ir muito longe para entender que algo assim jamais aconteceria na vida real. Na verdade esse filme acabou me lembrando de outro que comete os mesmos erros, o blockbuster "Pearl Harbor" de 2001. Sob um pano de fundo histórico marcante se cria toda uma trama de ficção sem o menor interesse ou talento. Só sobra no final das contas o evento histórico em si, com uso farto de efeitos digitais de última geração. Quem for atrás disso nessa produção vai ter que esperar um bocado, já que a destruição de Pompeia só acontece mesmo nos 25 minutos finais do filme, sendo que até chegar lá o espectador será bombardeado por um roteiro nada promissor, que procura plagiar inúmeros filmes épicos sobre Roma do passado, passando por "Spartacus" e chegando até no óbvio "Gladiador". 

Infelizmente tudo embalado para consumo rápido de adolescentes que frequentam cinemas de shopping center, ou trocando em miúdos, cinema fast food por excelência. Também pudera, não era de se esperar muito do diretor inglês Paul W.S. Anderson, já que ao longo da carreira ele se especializou mesmo em fitinhas descartáveis como essa, ou coisas piores como "Mortal Kombat" ou "Alien vs. Predador". Com um currículo desses realmente não há como levar nada muito mais a sério. Em termos de elenco apenas Kiefer Sutherland desperta algum interesse na pele do senador Corvus. O casalzinho principal é sem sal, pouco interessante, liderado pelo inexpressivo Kit Harington. Assim se você estiver em busca de algum material sobre o cataclisma que se abateu sobre Pompeia aconselho ir atrás de algum documentário do Discovery ou History. Será muito mais instrutivo e cultural.

Pablo Aluísio.

Bridget Jones - No Limite da Razão

Título no Brasil: Bridget Jones - No Limite da Razão
Título Original: Bridget Jones - The Edge of Reason
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Beeban Kidron
Roteiro: Andrew Davies
Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Jacinda Barrett

Sinopse:
Finalmente depois de longos anos Bridget Jones (Renée Zellweger) consegue firmar namoro com o advogado Mark Darcy (Colin Firth). Pelo jeito ela finalmente estaria se acertando em sua vida pessoal. A diferença de personalidade e temperamento certamente será um problema, agravado ainda mais  com a chegada da bonita Rebecca (Jacinda Barrett) que acaba abalando o relacionamento.

Comentários:
Curiosamente não consegui gostar dessa continuação de Bridget Jones! Isso foi uma surpresa e tanto pois sou fã tanto da atriz Renée Zellweger como da personagem criada pela autora Helen Fielding. Assim que deixei o cinema fiquei com a impressão de que não havia mais enredo nenhum a contar. E isso é um problema já que tudo indica que Fielding escreveu o segundo livro apenas pelo valor absurdo que lhe foi oferecido pelas editoras inglesas. Assim ela acabou enchendo linguiça mesmo. Se o livro já não era bom, o filme também não o seria. Para piorar Renée Zellweger está esquisita em cena! No primeiro filme ela estava muito simpática e com o feeling adequado para o papel. Nesse segundo ela está visivelmente no controle remoto, chegando ao ponto inclusive de deixar a desejar no sotaque britânico - o que é de se lamentar pois era um dos pontos fortes de sua interpretação. Além disso exagerou em seu aumento de peso, parecendo estar inchada em certos momentos. Assim o que temos no final das contas é um milionário pastel de vento que se arrasta do começo ao fim, chegando finalmente em lugar nenhum.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Na Mira do Chefe

Título no Brasil: Na Mira do Chefe
Título Original: In Bruges
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Elenco: Colin Farrell, Ralph Fiennes, Brendan Gleeson, Ciarán Hinds

Sinopse:
Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson) são dois assassinos profissionais que são enviados para Bruges, na Bélgica, depois de um complicado serviço em Londres. No novo país os problemas continuam e eles acabam se envolvendo em várias confusões com os moradores da região. Filme vencedor do Globo de Ouro na Categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Colin Farrell). Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Roteiro Original (Martin McDonagh).

Comentários:
Sempre considerei "In Bruges" muito superestimado! Tudo bem que o filme tem seus méritos, isso é inegável, mas o que foi dito sobre ele, principalmente em seu lançamento, é algo para se surpreender, pois acabei criando expectativas além do normal e finalmente quando o vi cheguei na conclusão que é apenas ok! Talvez Colin Farrell tenha estrelado tantas bobagens e mediocridades nos últimos anos em sua carreira que quando surgiu aqui pareceu como algo mais interessante do que realmente é. Some-se a isso a fama de cineasta cult que o diretor Martin McDonagh tem recebido e você talvez tenha uma pista da razão de terem elogiado tanto essa produção. Para falar a verdade prefiro muito mais seu filme posterior, "Sete Psicopatas e um Shih Tzu", esse realmente original e diferente. De qualquer forma como se tornou queridinho da crítica "In Bruges" acabou fazendo bonito nos festivais de cinema mundo afora! Acredite, levou mais de quarenta, eu disse quarenta, indicações a prêmios diversos, inclusive o de Melhor Roteiro Original no Oscar. Mesmo com tantos elogios não se deixe enganar, pois não é tudo o que dizem dele.

Pablo Aluísio.

Triplo X

Título no Brasil: Triplo X
Título Original: xXx
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Rob Cohen
Roteiro: Rich Wilkes
Elenco: Vin Diesel, Asia Argento, Marton Csokas

Sinopse:
Xander Cage (Vin Diesel) é um cara durão e sem medo que é procurado pelo governo americano para realizar uma missão secreta. Ele não poderá revelar sua identidade e em hipótese alguma revelar tudo o que lhe será revelado. Em jogo está a segurança mundial. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ação / Aventura e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Pegue o estilo truculento dos filmes de ação estrelados por Vin Diesel, adicione um pouco de espionagem ao estilo James Bond e contrate um diretor especializado, que já dirigiu sucessos como "Velozes e Furiosos" no cinema e "Miami Vice" na TV. Pronto, está completa a receita de sucesso de mais um blockbuster de ação. No caso temos aqui a primeira tentativa de transformar Vin Diesel em um astro de ação ao velho estilo. Seguindo uma fórmula que já havia dado certo com Bruce Willis no passado, o filme se concentra na mais pura ação, não deixando o espectador respirar ou pensar nos furos do roteiro. Eu sempre vi filmes como esses como meras desculpas para que o cinema americano demonstre toda a sua capacidade de realizar as mais absurdas e complicadas cenas de ação - como a que Diesel pula de dentro de um carro que por sua vez está despencando das alturas. Do ponto de vista técnico tudo é realmente muito bem realizado, embora o roteiro deixe a desejar em certos aspectos - o que convenhamos é esperado em filmes como esse.

Pablo Aluísio.

A Era da Escuridão - Mutant Chronicles

Título no Brasil: A Era da Escuridão - Mutant Chronicles
Título Original: Mutant Chronicles
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Simon Hunter
Roteiro: Philip Eisner
Elenco: Thomas Jane, Ron Perlman, Devon Aoki

Sinopse:
O planeta Terra está esgotado no distante ano de 2707. Grandes corporações destruíram o meio ambiente em busca de lucros exorbitantes. No meio do caos e da destruição dois militares, Mitch Hunter (Thomas Jane) e Nathan Rooker (Sean Pertwee), lutam contra um novo inimigo, um tipo de criatura até então desconhecida que possui um alto grau de multiplicação. Não se sabe de onde veio e qual seria seu objetivo, tudo o que importa no momento é sobreviver.

Comentários:
Esse filme chegou no mercado sem maiores pretensões e acabou caindo no gosto de um grupo mais antenado de fãs de Sci-fi. Sem nenhum nome mais conhecido no elenco (com exceção de Ron Perlman, o "Hellboy") o roteiro aposta mais uma vez na velha linha do mundo Pós-Apocalíptico. Na verdade embora seja qualificado como um filme de ficção a fita se concentra mesmo na pura ação, calibrada pela existência de um novo inimigo, monstros sanguinários que vão trucidando os humanos que encontram pela frente. Em termos de efeitos especiais temos que dar um desconto por causa do orçamento mais enxuto da fita. Claro que você não verá aqui nada parecido com o que se acostumou a ver em blockbusters milionários. Para contrabalancear um pouco essa questão o roteiro procura explorar mais o suspense e o clima de neblina e sombras, o que acaba ajudando ao filme em si, mesmo que isso tenha sido apenas indiretamente intencionado. É o tipo de Sci-fi que se encontra naquela categoria "Vale conhecer".

Pablo Aluísio.

A Lenda do Zorro

Título no Brasil: A Lenda do Zorro
Título Original: The Legend of Zorro
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman
Elenco: Antonio Banderas, Catherine Zeta-Jones, Rufus Sewell

Sinopse:
Seqüência de "A Máscara do Zorro" de 1998. O enredo aqui se passa no ano de 1850. Alejandro (Antonio Banderas) assume definitivamente o personagem Zorro após essa honra ter lhe sido dada no primeiro filme pelo Zorro original, Don Diego de La Vega (Anthony Hopkins). Ao lado de Elena Murrieta (Catherine Zeta-Jones) ele terá que enfrentar um grupo de gananciosos vilões que querem boicotar a ideia da criação do Estado da Califórnia.

Comentários:
Verdade seja dita, nunca consegui gostar plenamente dessa nova franquia do Zorro. Os filmes sempre me soaram muito bobos, exagerados, caindo em todos os clichês possíveis e imagináveis que existem no cinemão mais comercial dos Estados Unidos. Tudo bem que até mesmo no Zorro original havia uma certa dose de humor, mas precisavam mesmo exagerar tanto? Em certos momentos ficamos com a impressão que estamos assistindo aos velhos filmes de "Os Três Patetas". Se o primeiro filme já era meio fora do tom, aqui tudo desanda. Eu pessoalmente acho esse Antonio Banderas um tremendo chato - ele se apoderou dos piores estereótipos que os americanos possuem dos povos latinos e os acentuou ao máximo! Nesse processo ele próprio virou uma piada ambulante. Sua caracterização caricata só nos deixa mesmo com saudades de grandes atores que interpretaram o Zorro no passado como Tyrone Power! Assim no final das contas o espectador terá que se contentar em ver uma infinidade de cenas absurdas, uma atrás da outra, numa tentativa boboca de adequar o clássico personagen às plateias de adolescentes com déficit de atenção dos dias de hoje. Melhor mesmo rever as antigas produções e esquecer completamente essa nova série de filmes.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de julho de 2014

O Crime Que o Mundo Esqueceu

Título no Brasil: O Crime Que o Mundo Esqueceu
Título Original: Everybody Wins
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Karel Reisz
Roteiro: Arthur Miller
Elenco: Nick Nolte, Debra Winger, Will Patton, Jack Warden

Sinopse:
Tom O'Toole (Nolte) é um tira veterano que resolve se unir a Angela Crispini (Debra Winger) para reabrir um antigo caso de assassinato que levou um inocente para a prisão por longos anos. Mal visto dentro do departamento, por sempre lutar contra a corrupção entre seus colegas, Tom acaba tendo que lutar duas vezes mais para dar prosseguimento à investigação.

Comentários:
Curioso drama policial que marcou a volta do dramaturgo e escritor Arthur Miller ao cinema. Famoso não apenas por obras famosas como "A Morte do Caixeiro Viajante" e "Os Desajustados", Miller ficou muito conhecido também por ter sido o último marido da atriz Marilyn Monroe. No papel Miller escreveu uma trama das mais complexas, com muitos detalhes e sutis críticas para toda a hipócrita sociedade americana. Sua fonte de inspiração, revelou depois, veio das antigas estórias de detetives dos anos 40, com seus mistérios insolúveis e mulheres fatais por todos os lados. Infelizmente para o espectador o diretor Karel Reisz não conseguiu transpor para a tela toda a psicologia complexa idealizada por Arthur Miller. O resultado final revela um filme diferente, alguns diriam até mesmo estranho, mas sem o brilho que poderia ter. Quem acaba se destacando mesmo é a dupla central. Nick Nolte, sempre ótimo interpretando tiras cansados, anti-heróis e rudes, casa muito bem com a suposta delicadeza de Debra Winger em cena. Mesmo com a direção desperdiçando potencial ainda vale passar por uma revisão.

Pablo Aluísio.

Os Reis da Noite

Título no Brasil: Os Reis da Noite
Título Original: Pimp Bullies
Ano de Produção: 2011
País: República Dominicana
Estúdio: Antena Latina Films
Direção: Alfonso Rodríguez
Roteiro: Jose Miguel Bonetti
Elenco: Ving Rhames, Steven Bauer, Adrian Bellani

Sinopse:
Isabel (Catalina Rodriguez) é uma mãe solteira com muitos problemas financeiros que decide ir para os Estados Unidos de forma ilegal para trabalhar como prostituta no clube noturno pertencente a Miguel (Ving Rhames). Ela quer dinheiro para o tratamento de seu filho, que tem uma doença rara, cujo tratamento é muito caro. Uma vez na América acaba descobrindo que sua vida definitivamente não será nada fácil.

Comentários:
De vez em quando é bom conhecer filmes rodados fora do eixo Estados Unidos - Europa. Assim o cinéfilo acaba se aventurando por produções realizadas em países como República Dominicana! Pena que o que se acaba encontrando é apenas uma cópia mal feita dos filmes policiais americanos. Esse "Pimp Bullies" é um exemplo perfeito disso. Produção classe C, com roteiro primário e atuações canastras. O único nome mais conhecido é o de Ving Rhames (ator negro que os fãs de Tarantino conhecem muito bem por causa de seu papel de Marsellus Wallace em "Pulp Fiction: Tempo de Violência"). É um veterano com longa filmografia. Ele interpreta um cafetão que acaba sendo a única coisa mais interessante em um roteiro canhestro e cheio de clichês infantis. A colombiana Catalina Rodriguez é bonita, não resta dúvida sobre isso, mas não consegue ir muito além de seu cartunesco personagem. Enfim, tudo bem descartável. Dispense sem problemas.

Pablo Aluísio.