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domingo, 8 de janeiro de 2023

Diário de um Adolescente

Título no Brasil: Diário de um Adolescente
Título Original: The Basketball Diaries
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Scott Kalvert
Roteiro: Bryan Goluboff
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Wahlberg, Lorraine Bracco, Marilyn Sokol, James Madio, Patrick McGaw

Sinopse:
Adaptação cinematográfica do livro escrito por Jim Carroll. Durante a década de 1960, esse escritor, ainda adolescente, afundou no mundo das drogas. Para manter o vício em heroína, passou a cometer crimes como furtos e roubos. E acabou entrando no submundo de Nova Iorque.

Comentários:
Muitos anos antes de Titanic, o ator Leonardo DiCaprio já estrelava filmes excelentes. Quer um exemplo dessa fase de sua carreira? Temos aqui um exemplo perfeito. O filme não foi um sucesso de bilheteria na época em que foi lançado. Na realidade, era praticamente um filme independente, feito com pouco mais de 2 milhões de dólares. Mesmo assim, se destacava porque a história que contava era extremamente importante. Era uma mensagem para os adolescentes que poderiam cair no mundo das drogas pesadas. Tudo o que se vê no filme é autobiográfico e realmente aconteceu de fato com o escritor que escreveu o livro original que deu origem ao roteiro desse filme. A cidade de Nova Iorque surge aqui como um lugar sujo e cheio de criminalidade. E o protagonista transita entre o mundo do basquete colegial, onde ele se dava muito bem e o mundo das drogas, onde ele afundava cada vez mais. É seguramente um dos melhores filmes da carreira de Leonardo DiCaprio. E isso em uma época em que ele era apenas uma adolescente promissor no mundo do cinema!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de julho de 2022

Luta pela Fé

O filme conta a história de um padre norte-americano chamado Stuart Long, que na Juventude foi lutador de boxe. Após uma luta particularmente violenta, ele acabou sendo afastado dos ringues por problemas de saúde. Nunca mais poderia lutar novamente. Em busca de um novo rumo na vida, ele partiu para a Califórnia com o sonho de se tornar ator, mas acabou indo trabalhar em um pequeno supermercado de bairro. Nesse mercado ele conheceu uma jovem latina bonita. Acabou se apaixonando por ela. Tentando ficar próximo acabou indo na mesma igreja católica que ela frequentava e aos poucos foi se interessando cada vez mais pelo catolicismo, ao ponto de decidir se tornar padre, para espanto de todos os seus familiares e amigos. Todos demoraram a acreditar que ele iria levar mesmo essa história de ser padre à sério. Assim entrou no seminário, mal sabendo o que o destino estava lhe reservando em seu futuro.

O filme como obra cinematográfica em si é muito interessante, diria até muito satisfatório, só que algumas observações são necessárias em relação à história real. O padre Stuart não era tão rude e tosco como nós vemos do filme. Na realidade ele frequentou a universidade de filosofia e teologia, ou seja, era um homem culto, estudado. Tampouco ele só veio a conhecer o catolicismo por causa da garota Latina pelo qual ele se apaixonou, nada disso. Na verdade ele estudou em escola católica desde a Juventude, desde o colegial. Conhecia muito bem a doutrina católica, nada foi por mero acaso como o roteiro pode levar a crer. Assim temos um filme que passa longe de ser historicamente preciso. Ainda assim se salva por causa da boa mensagem que passa adiante. Foi salvo pelas boas intenções.

Luta pela Fé - A História do Padre Stu (Father Stu, Estados Unidos, 2022) Direção: Rosalind Ross / Roteiro: Rosalind Ross / Elenco: Mark Wahlberg, Mel Gibson, Jacki Weaver, Teresa Ruiz / Sinopse: O filme conta a história de um padre norte-americano cuja vida se tornou um exemplo de fé e coragem diante dos problemas de nossa existência terrena.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de maio de 2022

Joe Bell

O filme conta a história de um pai devastado pela morte do filho, um adolescente que se matou. O rapaz estava na idade colegial e sofria muito preconceito e Bullying por ser homossexual. Após a morte trágica de seu filho, Joe Bell (Mark Wahlberg) decide fazer alguma coisa. Ele poderia passar o resto de sua vida lamentando essa tragédia familiar, mas decide agir da maneira que seria possível. Ele começa então uma jornada pelos Estados Unidos para conscientizar os jovens e seus pais dos efeitos perigosos e danosos de atitudes preconceituosas e de Bullying nas escolas. Para isso contava sua própria história pessoal como pai. E o mais inusitado de tudo é que ele decide fazer essa jornada de maneira fora do comum, andando a pé pelas estradas dos Estados Unidos. Seu objetivo era chegar até Nova Iorque onde seu filho sonhava morar.

Eu não conhecia essa história. O que mais me surpreendeu foi saber que se trata de uma história real. Um homem atravessando os Estados Unidos andando sozinho pelas estradas é algo mesmo muito surreal. Além de ser perigoso era algo inédito até então. Ele usava isso como fonte de atração para sua história. A imprensa ficou interessada e nesse processo ele falava em escolas e conselhos de pais por onde passava. Mark Wahlberg interpreta o protagonista, um pai comum que precisou lidar com uma tragédia familiar com a morte de seu filho. O curioso é que ele era um tipo de trabalhador meio rude que precisou também vencer seus próprios preconceitos ao saber que seu filho era gay. Um bom homem que precisou rever velhos conceitos. Então é isso, temos aqui um bom filme. Não é um filme com final feliz, longe disso, mas tem uma bela mensagem para passar em frente.

Joe Bell (Good Joe Bell, Estados Unidos, 2020) Direção: Reinaldo Marcus Green / Roteiro: Diana Ossana, Larry McMurtry / Elenco: Mark Wahlberg, Reid Miller, Connie Britton, Gary Sinise / Sinopse: Após a morte trágica de seu filho, um pai decide cruzar os Estados Unidos a pé para conscientizar as pessoas do perigo do preconceito e do Bullying nas escolas por todo o país.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Quatro Irmãos

Título no Brasil: Quatro Irmãos
Título Original: Four Brothers
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Singleton
Roteiro: David Elliot, Paul Lovett
Elenco: Mark Wahlberg, Tyrese Gibson, André 3000, Garrett Hedlund, Terrence Howard, Josh Charles

Sinopse:
A mãe adotiva de quatro irmãos é morta em um assalto numa loja. O crime parece sem solução para o departamento de polícia. Então os irmãos liderados por Bobby Mercer (Mark Wahlberg) decidem investigar por conta própria. E também estão dispostos a fazer justiça pelas próprias mãos.

Comentários:
Considerei um bom filme. O roteiro me lembrou até mesmo de um velho faroeste chamado "Os Filhos de Katie Elder", aquele mesmo com John Wayne e Dean Martin. A premissa é completamente semelhante, com quatro irmãos se unindo novamente para ir atrás dos assassinos de sua mãe. Só que aqui saem os cavalos e o velho oeste e entra os subúrbios ao estilo barra pesada das grandes cidades americanas. Uma das coisas boas desse filme é que ele coloca irmãos brancos e negros no mesmo objetivo. Como todos eles foram órfãos e como elo em comum tinham apenas a mãe adotiva, ficou fácil para o roteiro trabalhar as diferenças entre eles, embora sempre tenha um elo de fraternidade e irmandade embaixo de toda aquela marra dos personagens. E para quem estiver em busca basicamente de boas cenas de ação também não haverá do que reclamar. Bem movimentado e bem produzido, esse "Quatro Irmãos" também vai satisfazer os fãs de filmes de ação.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Infinito

Em um futuro próximo surge uma nova espécie de seres humanos que possuem a capacidade de se lembrar de vidas passadas. Um grupo deles, conhecido como "Os Crentes" querem usar esse poder para o bem da humanidade. Outro, chamado de "Os Niilistas", desejam destruir tudo, pois acreditam que a humanidade é um projeto que deu errado, que deve ser erradicada da face da Terra. Do choque desses dois grupos surge uma guerra entre eles, cujo maior prêmio é tomar posse de um artefato mecânico capaz de destruir todas as formas de vida do Planeta. Evan McCauley (Mark Wahlberg) não sabe, mas ele está bem no meio desse conflito, por ser a reencarnação de um importante líder dos Crentes.

Eu sinceramente já estou perdendo as esperanças de assistir a um bom filme de ação e ficção produzido em 2021. A falta de criatividade dos roteiristas é desanimadora. Todos os filmes parecem seguir a mesma fórmula batida e cansativa, com dois grupos rivais brigando para tomar posse de um objeto (um totem) que vai salvar a humanidade. E nessa fórmula tem sempre uma grande perseguição com carros velozes e cenas impossíveis. Nesse filme aqui o personagem de Mark Wahlberg pula de motocicleta em cima da asa de um grande avião cargueiro, em pleno voo. Ele não cai, como era de se esperar, ficando na fuselagem. E nada acontece com ele. Foi impossível não lembrar daqueles pobres afegãos que tentaram fugir de seu país subindo no teto de um avião, tentando ficar vivos. Claro, morreram todos. No filme, tudo de boa. Esse tipo de coisa realmente estraga qualquer pretensão de um filme como esse ser levado à sério. Em suma, mais do mesmo.

Infinito (Infinite, Estados Unidos, 2021) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Ian Shorr, Todd Stein / Elenco: Mark Wahlberg, Chiwetel Ejiofor, Sophie Cookson, Dylan O'Brien / Sinopse: Dois grupos de seres humanos especiais, que lembram de suas vidas passadas, lutam entre si na busca de um artefato mecânico, em forma de ovo da Páscoa, que pode significar o fim da humanidade.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O Corruptor

Embora Hollywood sempre faça bons filmes com artes marcais, lutas orientais, etc, apenas os realizadores de Hong-Kong dominam completamente a arte de fazer filmes assim. Obviamente que parte desse know-how foi importado para a indústria de cinema dos Estados Unidos, afinal os dólares dos produtores dos grandes estúdios americanos sempre falam mais alto. De qualquer maneira temos aqui um remake Made in USA de um filme feito em Hong-Kong. Obviamente as produções feitas na indústria cinematográfica norte-americana são mais bem cuidadas, com melhores cenários, figurinos, roteiros, etc. Entretanto o diretor James Foley tentou pelo menos em parte reproduzir o espírito dos filmes rodados no outro lado do mundo.

O enredo do filme junta dois policiais, um americano e um chinês. Eles estão em busca de membros de uma poderosa quadrilha de traficantes que agindo dentro das fronteiras americanas também tentam corromper autoridades na terra do Tio Sam. Assim os dois tiras precisam lidar não apenas com os criminosos internacionais, mas igualmente com políticos corruptos e asseclas corrompidos. No saldo geral temos um bom filme, movimentado, com edição rápida e boas cenas de ação. Até mesmo o ator Mark Wahlberg consegue escapar, com suas imitações de golpes de Kung-Fu. Ficou bem feita a coreografia. Quem diria, logo ele...

O Corruptor (The Corruptor, Estados Unidos, China, 1999) Direção: James Foley / Roteiro: Robert Pucci / Elenco: Mark Wahlberg, Chow Yun-Fat, Ric Young / Sinopse: Com a ajuda de um policial da cidade de Nova York, um importante policial chinês tenta desbaratar uma quadrilha chinesa de tráfico de drogas e corrupção que passa a agir dentro dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de julho de 2021

Scooby! O Filme

A Warner Bros decidiu fazer uma animação digital do Scooby-Doo e sua turma para ser lançada nos cinemas. Ideia certa na época errada. Programada para chegar no mercado em maio de 2020 o filme foi pego em cheio pela pandemia. Com isso a Warner teve diversos problemas para recuperar o investimento. Isso porque não foi uma animação barata, pelo contrário. A boa notícia é que os saudosistas dos desenhos animados da Hanna-Barbera não vão ter do que reclamar. Na tela desfilam diversos personagens que ficaram famosos nas décadas de 1960 e 1970, na era de ouro desse estúdio de animação. O público brasileiro certamente vai adorar rever essas figuras do passado revitalizados pela moderna tecnologia do presente.

Assim essa filme apresenta não apenas os personagens do desenho clássico do Scooby-Doo, que está aí fazendo sucesso desde os anos 60 quando seu primeiro desenho animado chegou nas telas de TV. Aqui temos também o Dick Vigarista (vilão do desenho "Corrida Maluca"), muito bem aproveitado, o Falcão Azul (Da galeria de super-heróis da HB), seu fiel companheiro o Bionicão e até mesmo o Capitão Caverna (quem foi criança e assistia seus desenhos certamente vai lembrar dele). Até criaram uma série de robozinhos, o equivalente aos minions de "Meu Malvado Favorito". Enfim, quem gosta desses personagens certamente não terá do que reclamar.

Scooby! O Filme (Scoob!, Estados Unidos, 2020) Direção: Tony Cervone / Roteiro: Adam Sztykiel, Jack C. Donaldson / Elenco: Will Forte, Mark Wahlberg, Zac Efron, Amanda Seyfried, Jason Isaacs, Gina Rodriguez  / Sinopse: Salsicha e Scooby se tornam os melhores amigos na adolescência. Depois se unem a Velma, Freddie e Daphne para enfrentar o vilão Dick Vigarista que está prestes a abrir um portal para outra dimensão.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Uma Saída de Mestre

Título no Brasil: Uma Saída de Mestre
Título Original: The Italian Job
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Troy Kennedy-Martin, Donna Powers
Elenco: Mark Wahlberg, Jason Statham, Donald Sutherland, Edward Norton, Charlize Theron, Fausto Callegarini

Sinopse:

Depois de ser traído e deixado para morrer na Itália, Charlie Croker (Mark Wahlberg) e sua equipe planejam um elaborado assalto, com o objetivo de roubar uma grande fortuna em ouro. O alvo passa a ser justamente aquele que o traiu, seu ex-aliado. Filme premiado no World Stunt Awards.

Comentários:
Esse filme de ação reuniu um elenco e tanto! Realmente admirável. Penso inclusive que se fosse produzido nos dias de hoje não iriam conseguir reunir tantos astros e estrelas famosos do cinema atual. Afinal o cachê de todos eles inflacionou bastante desde 2003, quando o filme foi feito. Outro ponto positivo é que se trata de um filme sobre assalto. Esse é aquele tipo de filme que precisa ter um roteiro muito ruim para não dar certo. O natural mesmo é que acabe rendendo pelo menos um bom enredo, com doses de ação e suspense. A intenção dos ladrões é roubar um enorme carregamento em barras de ouro. O sonho de todo criminoso desse tipo. E para isso eles reúnem um tipo de "experts", cada um na sua area de atuação. Recentemente assistindo ao novo "Velozes e Furiosos" há uma pequena menção a essa produção quando Jason Statham mostra ao The Rock um pequeno carro italiano, um daqueles mini veículos, populares entre os consumidores da Itália. E esses carrinhos acabam sendo também uma das estrelas desse filme, em ótimas cenas de perseguição. Enfim, se você curte esse tipo de action movie, pode assistir sem medo. Vai gostar, seja de uma maneira ou outra.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de novembro de 2018

22 Milhas

Mais um filme de ação que foi lançado recentemente nos cinemas. É um thriller movimentado, com edição nervosa, daquele tipo em que cada quadro dura apenas alguns segundos. Chega a ser alucinante em certos momentos. A trama é das mais simples: algumas cápsulas contendo Césio 139 (um material altamente radioativo) desapareceram. O serviço de inteligência do governo americano acredita que elas serão usadas por terroristas nas chamadas bombas sujas. Poucas gramas desse elemento químico poderiam matar centenas de milhares de pessoas numa grande cidade. O agente especial James Silva (Mark Wahlberg) está no grupo que precisa encontrar o Césio. Um policial diz saber onde estão as cápsulas. Só que ele exige duas condições para entregar sua localização: primeiro embarcar em um avião militar americano rumo aos Estados Unidos. Segundo ganhar asilo político. O problema é levar o tal delator para a pista de pouso. São 22 milhas até lá. Claro que muitos vão querer matá-lo antes que chegue em seu destino. O desafio é ficar vivo até chegar na pista de pouso. Basicamente é isso.

Não há maior desenvolvimento dos personagens principais. Até mesmo o agente Silva tem um passado explicado em poucos segundos. Ele era um jovem com alto QI que foi recrutado para participar de operações especiais, ultra secretas. O que importa no filme é desenvolver inúmeras sequências de ação. Uma mais mirabolante do que a outra. Tiros, explosões, carros voando para todos os lados. Destruição em massa.  Como o filme é curtinho, com edição alucinada, o espectador nem tem tempo de ficar entediado. Como mero filme de ação funciona muito bem, temos que admitir. Um tipo de diversão ligeira e eficiente. Até que vale o ingresso.

22 Milhas (Mile 22, Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Lea Carpenter, Graham Roland / Elenco: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais / Sinopse: O agente James Silva (Mark Wahlberg) é designado para participar de uma operação que deve levar um delator até um avião rumo aos Estados Unidos. No caminho será necessário sobreviver pois muitos querem sua morte.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de novembro de 2018

Transformers: O Último Cavaleiro

Essa franquia parece ser uma daquelas séries cinematográficas sem fim. A cada dois ou três anos um novo filme entra em cartaz. É a tal coisa, enquanto houver bilheteria, os estúdios lançarão filmes com a marca registrada Transformers. O que me deixa intrigado é que tudo começou com uma linha de brinquedos bem desengonçados, lá nos anos 80. Depois virou desenho animado (dos ruins) e agora ganhou essa bem sucedida (comercialmente falando) série interminável de filmes.

Não há muitas novidades nessa nova pancadaria de robôs que viram carros, caminhões, etc. O diretor Michael Bay repete a mesma fórmula de antes. As cenas de ação são longas e muitas vezes confusas, mas nada que a garotada vá reclamar. De novo mesmo apenas a participação de um grande ator como Anthony Hopkins. Ficou meio constrangedor ver esse excelente mestre da atuação em algo tão vazio. Fora isso o roteiro tenta puxar alguns elementos da lenda do Rei Arthur e é só. O filme ficou longo demais também, com mais de duas horas e meia de duração. Não havia a menor necessidade disso, a não ser torrar ainda mais a paciência dos pais que levaram seus filhos aos cinemas em seu lançamento.

Transformers: O Último Cavaleiro (Transformers: The Last Knight, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Bay / Roteiro: Art Marcum, Matt Holloway / Elenco: Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Josh Duhamel / Sinopse: Robôs gigantes lutam entre si para colocarem as mãos em objetos que pertenceram à lendária tábula redonda, do Rei Arthur e seus cavaleiros medievais. Quem as tiver em mãos vencerá a guerra pela dominação do planeta Terra.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de maio de 2018

Todo o Dinheiro do Mundo

Um filme que tem pouco a ver com o restante da filmografia assinada por Ridley Scott. Provavelmente seja o seu filme mais diferente, o que não quer dizer que figure entre os melhores. É um filme sobre o sequestro do neto de um bilionário americano chamado J. Paul Getty (Christopher Plummer). O rapaz passa férias em Roma quando é cercado por criminosos que o levam para dentro de uma velha Kombi. De lá ele é levado para o cativeiro. Em pouco tempo os sequestradores entram em contato com sua mãe pedindo 17 milhões de dólares de resgate. O problema é que ela não tem dinheiro. O avô que é magnata do ramo de petróleo não se dá bem com ela e nem com o marido, seu filho, por coisas que aconteceram no passado. Ai entra o pior de tudo: o velho é um sujeito duro, quase desalmado, que ama mais suas obras de arte e mansões do que seus parentes de sangue. Ele não está nem um pouco disposto a pagar resgate. E agora, o que pode acontecer com o jovem? Provavelmente será executado.

No geral é um filme frio. O único sinal de maior emoção vem da atriz Michelle Williams que interpreta a sofrida mãe do garoto sequestrado. Mais um papel de coitadinha em lágrima de Michelle! Desde que o marido dela, o ator Heath Ledger, morreu de uma overdose de drogas em 2008, os estúdios não sabem oferecer outro tipo de papel para a loira. Uma pena porque é boa atriz. Já em termos de atuação acontece o esperado. O filme é completamente roubado nesse quesito pelo veterano Christopher Plummer. Seu bilionário é um sujeito mais do que frio, é gélido, embora tente passar uma imagem simpática. O típico ricaço materialista que não está se importando em conservar muitos valores humanos. Enquanto o neto está sendo torturado em um cativeiro pelos sequestradores, que inclusive arrancam uma de suas orelhas para enviar pelo correio, o velho bilionário está se deliciando em comprar mais uma obra de arte da renascença! Essa inspirada interpretação valeu a Christopher Plummer mais uma indicação ao Oscar. Com 88 anos de idade ele acabou entrando para o Guiness Book como o ator mais velho a concorrer ao maior prêmio do cinema! Um reconhecimento merecido por seu trabalho de atuação nessa película.

Todo o Dinheiro do Mundo (All the Money in the World, Estados Unidos, Itália, 2017) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Scarpa, baseado no livro escrito por John Pearson / Elenco: Christopher Plummer, Michelle Williams, Mark Wahlberg, Romain Duris, Timothy Hutton, Charlie Plummer / Sinopse: John Paul Getty III (Charlie Plummer), o neto de um magnata do petróleo americano, é sequestrado em Roma. Os criminosos passam a exigir 17 milhões de dólares por sua vida, mas o velho bilionário não parece muito empenhado em pagar o resgate. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Christopher Plummer). Igualmente indicado na mesma categoria no Globo de Ouro, além de ser indicado também nas categorias de Melhor Atriz (Michelle Williams) e Melhor Direção (Ridley Scott).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Transformers: O Último Cavaleiro

Essa franquia "Transformers" é um bom exemplo de tudo o que está errado no cinema mais comercial de Hollywood. O diretor Michael Bay, que adora explodir tudo em seus filmes, dá um passo a mais no seu conhecido exagero (algo que vamos convir não era muito fácil de superar!). Como sabemos esses filmes se sustentam completamente em uma orgia de efeitos digitais. O roteiro, quando existe, é mínimo e mixuruca. Tudo desculpa para desfilar pela tela os robôs gigantes que o Bay adora destruir. Agora Bay resolveu chutar definitivamente o balde do pouco de bom senso que ainda lhe restava, misturando as lendas que envolvem o Rei Arthur, Merlin, a espada Excalibur com... os Transformers! Que coisa mais idiota! Há uma cena ridícula em que os famosos cavaleiros estão sentados na távola redonda com os imensos robôs atrás deles! Quanta bobagem...

E então chegamos no elenco, talvez a única coisa que faça alguém com mais de 12 anos assistir a esse filme. Acompanho há muitos anos a carreira de Anthony Hopkins. Sempre vou considerá-lo um dos grandes atores da história do cinema. Dito isso, fico com a seguinte questão em minha mente: ele precisava mesmo fazer um filme como esse? O que uma produção como essa irá adicionar em sua brilhante filmografia? Acredito que em nada. Todos sabemos que Hopkins aceitou atuar aqui (em um papel patético, é bom frisar) apenas pelo vil metal, pelo dinheiro. Será que após tantos anos de carreira ele ainda precisava de um trabalho tão mercenário como esse? Não juntou uma fortuna por todos esses anos? Complicado entender... O pior de tudo no final nem é a falta de roteiro, a presença constrangedora de Anthony Hopkins nesse filme sem importância nenhuma, mas sim a duração da fita! Michael Bay não é apenas megalomaníaco nas cenas em que tritura as latas velhas de seus robôs, mas também na metragem do filme! São duas horas e meia que parecem nunca acabar... Depois de tanto quebra pau ficamos até mesmo com dor de cabeça. Enfim, tirando Hopkins nada mais se salva nessa lataria... Essa franquia já deveria estar em um ferro velho há muito, muito tempo...

Transformers: O Último Cavaleiro (Transformers: The Last Knight, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Michael Bay / Roteiro: Michael Bay, Art Marcum, Matt Holloway / Elenco: Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Josh Duhamel, Laura Haddock, Stanley Tucci / Sinopse: Transformers bonzinhos e Transformers malvadões brigam entre si para colocar as mãos em artefatos milenares (dos tempos do Rei Arthur) para com eles dominarem todo o mundo. No meio do quebra pau generalizado um nobre inglês, Sir Edmund Burton (Anthony Hopkins), tenta alcançar os cobiçados objetos antes de todos os outros. Filme indicado ao Golden Trailer Awards e ao Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de julho de 2017

O Planeta dos Macacos

Título no Brasil: O Planeta dos Macacos
Título Original: Planet of the Apes
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Tim Burton
Roteiro: Pierre Boulle, William Broyles Jr
Elenco: Mark Wahlberg, Helena Bonham Carter, Tim Roth, Michael Clarke Duncan, Paul Giamatti, Kris Kristofferson

Sinopse:
Depois de um incidente com sua missão espacial o capitão Leo Davidson (Mark Wahlberg) chega em um estranho planeta, onde os macacos falam e são mais desenvolvidos do que os seres humanos, tratados como verdadeiros animais irracionais e primitivos. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Figurino (Colleen Atwood) e Melhor Maquiagem (Rick Baker, Toni G e Kazuhiro Tsuji).

Comentários:
Muita gente não gostou desse remake de Tim Burton. Eu vou contra a corrente. Desde a primeira vez que assisti gostei desse novo "Planet of the Apes". Claro, não vou comparar com o clássico de 1968, pois esse continua imbatível (sendo melhor até do que os filmes mais recentes). Dito isso devo dizer que Tim Burton realmente fez um bom trabalho nessa produção de 2001. O filme, como era de se esperar em qualquer obra assinada por Burton, tem um design de produção excelente, uma fantástica direção de arte. Claro que muitos reclamaram de partes do roteiro, como na tão falada cena final com a estátua de Lincoln como macaco, mas o que isso no final realmente importa? É um clímax aberto a todos os tipos de interpretações e isso é algo positivo e não negativo. Filmes com finais fechadinhos demais são cansativos. Deixar a porta aberta pode trazer debates interessantes, visões diferentes, etc. A arte serve justamente para esse tipo de coisa. No mais é um filme que vale a pena ter na coleção. Há cenas realmente excelentes, como a que inspirou o próprio poster original. Até mesmo Mark Wahlberg está bem e olha que na época ele era bem mais limitado do que hoje em dia. Além disso o elenco de apoio é mais do que bacana, contando com o ótimo Paul Giamatti, o gigante simpático Michael Clarke Duncan e até o cantor country travestido de ator Kris Kristofferson. Em suma, gostei na época que chegou aos cinemas e continuo gostando hoje em dia. Esse pode ser considerado sem favor nenhum um dos bons filmes do controverso Tim Burton. Sua visão dark combinou muito bem com o universo criado por Pierre Boulle.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Título no Brasil: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo
Título Original: Deepwater Horizon
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Peter Berg
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Matthew Sand
Elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Kate Hudson, Douglas M. Griffin, Ethan Suplee

Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida de Mike Williams (Mark Wahlberg), um homem feliz, bem casado, que adora sua pequena filha de 10 anos. Ele tem um emprego numa estação de extração de petróleo no golfo da Louisiana. Durante um teste padrão algo sai errado e tudo termina em um grande desastre, quando a estação sofre um enorme incêndio.

Comentários:
Esse estilo de filme, chamado pelos americanos de "Disaster Movies" e de "Cinema catástrofe" por nós, brasileiros, é um velho conhecido dos cinéfilos. Muitos deles são baseados em fatos reais, grandes tragédias que marcaram época. Esse é o caso aqui. O filme foi baseado no enorme incêndio que atingiu a estação "Deepwater Horizon". Nessa trama três personagens são bem centrais. O protagonista é um técnico de manutenção, interpretado por  Mark Wahlberg. Esse é o único personagem que é mais bem desenvolvido pelo roteiro, mostrando sua vida familiar, aspectos de sua vida pessoal. O outro é o chefe de segurança Jimmy Harrell (Kurt Russell). Ele é um profissional respeitado, premiado, por ser linha dura na segurança dos lugares onde trabalhou. É o único que bate de frente com a companhia, cujos interesses são defendidos por Mark Vidrine (John Malkovich), um supervisor que quer a estação funcionando à toda, para evitar custos e perda de dinheiro. O problema é que ainda não há certeza sobre a segurança dos equipamentos. Durante um teste de pressão da broca de exploração profunda tudo sai do controle. Depois que o fogo se alastra tudo se resume na busca pela sobrevivência naquele inferno de chamas, que para piorar tudo é localizado em alto-mar. Os efeitos especiais são bons, a produção idem, porém não consegui me empolgar em nenhum momento. Acredito que em termos de dramaticidade e emoção o filme deixe a desejar. Não empolga mesmo. Em muitos momentos soa burocrático. De interessante mesmo apenas as cenas finais quando somos apresentados às pessoas reais, aos sobreviventes. Vale por registrar essa história, mas como puro cinema não chega a emocionar. Falta mesmo emoção nessa obra. Uma pena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Dia do Atentado

Inicialmente não estava com muita vontade de assistir a esse filme. Como muitas pessoas que acompanharam os fatos na época do atentado em Boston, fiquei com a sensação de que o assunto já estava saturado. Foi algo marcante, mas assistir a um filme sobre isso não me animava muito. Porém como o filme estreou no Brasil nessa semana resolvi dar um voto de confiança ao diretor Peter Berg e ao ator Mark Wahlberg e resolvi conferir o filme. Olha, devo dizer que fui completamente surpreendido (mais uma vez!). O filme é muito bom, diria até mesmo excelente.

Sem perder tempo com bobagens o roteiro vai direto ao ponto. Em poucos minutos somos apresentados ao protagonista, o oficial da polícia de Boston Tommy Saunders (Mark Wahlberg) e em trinta minutos as cartas já estão na mesa. O atentado é cometido na maratona de Boston e começam as investigações para descobrir quem seria o autor daquele crime terrível. É a tal coisa, nem considero esse tipo de informação como spoiler porque os eventos reais são amplamente conhecidos pelo público. A não ser que você more na Coreia do Norte certamente sabe do que se trata a história do filme e como se deu seus principais desdobramentos - diria até mesmo seu final, como tudo acaba. É algo notório.

Isso porém passa longe de ser o mais importante aqui. O que realmente importa é a preciosa direção do cineasta Peter Berg que deu um dinamismo acima da média ao filme. Embora tenha mais de duas horas de duração, esse é aquele tipo de filme que você nem percebe que o tempo está passando. O elenco também está muito bem escolhido. Mark Wahlberg vem crescendo bastante na carreira. De astro chocho e sem graça ele vem conquistando cada vez mais espaço com bons filmes. Ele parece saber muito bem onde atuar. Suas escolhas andam certeiras nesse aspecto. Kevin Bacon, como o agente do FBI, também acertou em cheio. Ele tem uma participação bem pontual, mas igualmente importante.

E por falar em pequenas, mas preciosas atuações, o que podemos dizer do sargento interpretado por  J.K. Simmons? Ele começa surgindo apenas em pequenos momentos até entrar pra valer na cena que considero a melhor de todo o filme, quando a polícia de Boston encurrala o carro dos terroristas numa rua residencial suburbana da cidade. Excelente sequência, com trocas de tiros face a face! Enfim, falar mais seria estragar surpresas. Tudo o que você precisa saber mesmo no final é que "O Dia do Atentado" é um dos melhores filmes de 2017. Muito, muito bom!

O Dia do Atentado (Patriots Day, Estados Unidos, 2016) Direção: Peter Berg / Roteiro: Peter Berg, Matt Cook / Elenco: Mark Wahlberg, Kevin Bacon,  John Godman, J.K. Simmons, Michelle Monaghan/ Sinopse: Oficial do Departamento de Polícia de Boston é designado para participar da segurança da maratona anual da cidade. Inicialmente ele fica bem contrariado de ter que trabalhar naquele dia, em um serviço que ele considera de rotina. Tudo muda dramaticamente quando um atentado é cometido bem na linha de chegada da maratona, levando Boston a entrar em um situação de segurança nacional contra atentados terroristas. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O Apostador

Jim Bennett (Mark Wahlberg) é um daqueles sujeitos que nasceu com tudo pronto para dar certo na vida. Filho de uma família tradicional e aristocrática, neto de um dos homens mais ricos da América, professor universitário culto e inteligente, tudo parece caminhar muito bem em sua existência. O que poucos sabem é que Jim também tem um lado oculto, uma vida que quase nunca vem à tona. Ele é um jogador compulsivo, um viciado em jogatinas e apostas. Quando não está dando aulas de literatura romântica em uma ótima universidade, Jim está mergulhado em mesas de cartas e roletas, geralmente no submundo de Las Vegas, onde as apostas não possuem limites e as dívidas são pagas com a própria vida. Agora, depois de se endividar absurdamente, Jim precisa pagar a um chefão da máfia coreana uma pequena fortuna proveniente de seu vício. Ele tem sete dias para quitar 260 mil dólares em dívidas provenientes das mesas de jogos ou então será executado sumariamente. Para resolver o problema ele acaba se atolando ainda mais ao procurar um perigoso agiota, um criminoso, que não está disposto a perder seu dinheiro para um apostador inveterado como ele. O cerco vai se fechando cada vez mais ao seu redor. "The Gambler" é o novo filme estrelado por Mark Wahlberg. Esse ator conseguiu ao longo dos anos escolher muito bem os filmes dos quais participa. Embora não seja um grande talento na arte de atuar ele demonstra ter um bom faro para se envolver nos projetos certos. Afinal de contas um bom roteiro faz toda a diferença do mundo.

Assim ele acerta novamente ao atuar nessa nova produção. O enredo é muito bom, envolvente até, mostrando uma pessoa que não consegue controlar seu vício em apostas. Embora seja um jogador talentoso, daqueles que conseguem ganhar altas somas em apenas algumas horas, ele tem um sério problema pois simplesmente não consegue parar na hora certa. Viciado em adrenalina também comete grandes loucuras ao apostar fortunas em apenas uma jogada decisiva. Com atitudes assim não é de se admirar que acabe invariavelmente arruinado no fim da noite. Sua salvação parece vir de onde menos se espera. Ele se surpreende pelo talento literário de uma nova aluna, Amy Phillips (interpretada pelo bonita e carismática Brie Larson), que pode ser o caminho para um recomeço em sua vida. O elenco de apoio é de primeira, a começar pela oscarizada Jessica Lange. Ela interpreta sua mãe, uma mulher que precisa salvar de tempos em tempos o seu pescoço, justamente por ele quase sempre ser ameaçado de morte por dívidas com gangsters. Lange poderia ter sido melhor aproveitada pelo roteiro, mas sua pequena presença já vale o ingresso. Outro boa participação vem com o ator John Goodman. Sempre visto como bom comediante, Goodman surpreende ao interpretar um agiota que acaba tendo os melhores diálogos de todo o filme. Sua explicação sobre o momento em que todos ganham o direito de usar a palavra "dane-se" é muito bem bolada. Então é isso, o que temos aqui é um bom filme, apoiado em um roteiro bem escrito, excelente trilha sonora com várias canções dos anos 70 e atuações inspiradas.

O Apostador (The Gambler, Estados Unidos, 2014) Direção: Rupert Wyatt / Roteiro: William Monahan, James Toback / Elenco: Mark Wahlberg, Jessica Lange, John Goodman, Michael Kenneth Williams, George Kennedy. Indicado ao Black Reel Awards na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Michael Kenneth Williams). 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Rock Star

Título no Brasil: Rock Star
Título Original: Rock Star
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Herek
Roteiro: John Stockwell
Elenco: Mark Wahlberg, Jennifer Aniston, Dominic West
  
Sinopse:
Chris Cole (Mark Wahlberg) é um jovem que está convencido que nasceu para ser um cantor de rock, uma estrela, um rockstar! A vida porém não é nada fácil, apesar de contar com o apoio de sua namorada, Emily Poule (Jennifer Aniston), que também acredita em seus sonhos de grandeza, Chris passa os dias trabalhando em um emprego medíocre, sem grana para deixar a casa dos pais. Tudo anda mal até que finalmente a grande chance bate à sua porta: ele é convidado para substituir o vocalista de uma conhecida banda de rock, a Steel Dragon. Filme indicado ao prêmio da Motion Picture Sound Editors, na categoria de Melhor Edição de Som.

Comentários:
Já não se fazem mais rockstars como antigamente. Foi essa frase a primeira que me veio à cabeça quando esse filme terminou. É curioso, o filme é de 2001, mas em minha mente tinha a impressão que ele era muito mais antigo - provavelmente porque o esqueci rapidamente, quase de forma instantânea. Esse é aquele tipo de filme que você já sabe de antemão que não é lá grande coisa. Na época das locadoras de vídeo era o tipo de fita que você pegava quando não encontrava mais nenhuma daquelas que você planejava assistir. Para não dar viagem perdida acabava levando para casa, torcendo para que fosse pelo menos bom o suficiente para chegar ao final sem desligar o aparelho de DVD. Bom, a boa notícia é que consegui chegar ao final, a má é que foi dureza! Com um visual muito pop para ser levado à sério o filme brinca (ou usa deliberadamente por falta de talento) com os clichês que povoam o mundo musical. Aquela coisa toda de carinha pobre, mas talentoso, que deseja subir na vida com o poder de sua música! Mark Wahlberg parece ter gostado muito de fazer o filme já que na vida real ele é um músico frustrado. Agora, ninguém merece o visual completamente fake de Jennifer Aniston! Será que alguém realmente achou que ela era uma groupie daquela época? Penso que não. Enfim, "Rockstar" é isso aí, se fosse um fast food seria uma batatinha frita, daquelas bem gordurosas, que só fazem mal e não alimentam em nada. The End.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os Donos da Noite

Título no Brasil: Os Donos da Noite
Título Original: We Own the Night
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Gray
Roteiro: James Gray
Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Eva Mendes, Robert Duvall 

Sinopse:
Bobby Green (Joaquin Phoenix) é um gerente de uma boate em Nova Iorque que pertence a um rico e influente chefão da máfia russa instalada nos Estados Unidos. O problema básico de Green é que ele é de uma família de tiras que está inclusive de olho em seu patrão. E agora, como conciliar esses dois lados completamente opostos de sua vida? Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao César Awards na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
Um belo filme que foi consagrado pela crítica francesa, a tal ponto que conseguiu uma honrosa indicação ao prêmio máximo do cinema europeu, a Palma de Ouro em Cannes. Com roteiro muito bem trabalhado e excelentes atuações (em especial Joaquin Phoenix, sempre muito talentoso e intenso), o filme resgata parte do clima nostálgico dos anos 1980, onde o enredo se passa. Para surpresa de muitos até mesmo o mediano (para não dizer sofrível) Mark Wahlberg consegue convencer. Assim a película logo se torna a mais significativa da carreira do cineasta James Gray, que havia se destacado bastante com seus dois filmes anteriores, "Fuga para Odessa" (com Tim Roth e Edward Furlong, onde também retratava uma família vivendo no submundo de Nova Iorque) e "Caminho Sem Volta" (curiosamente o primeiro que realizou em parceria com os atores Mark Wahlberg e Joaquin Phoenix). Esse "We Own the Night" inclusive pode ser considerado o desfecho de sua trilogia sobre as famílias criminosas de sua cidade do coração, a grande maçã, Nova Iorque. Um drama policial envolvente e acima da média que vale a pena conferir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Transformers - A Era da Extinção

Título no Brasil: Transformers - A Era da Extinção
Título Original: Transformers - Age of Extinction
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Mark Wahlberg, Stanley Tucci, Nicola Peltz, Jack Reynor

Sinopse:
Depois da destruição do filme anterior a humanidade decide colocar um fim no acordo de cooperação com os Autobots. Para se defender de uma nova invasão novos Transformers são construídos na Terra, com tecnologia retirada de restos de Decepticons destruídos. Uma má ideia já que a essência do mal ainda continua a existir naqueles pedaços de metais retorcidos. Enquanto isso, no distante Texas, um inventor frustrado acaba comprando um caminhão velho, caindo aos pedaços. Mal sabe ele que na verdade adquiriu o próprio líder dos Autobots, o invencível Optimus Prime. 

Comentários:
Penso que alguém deveria internar logo Michael Bay em um centro de tratamento para pessoas com desordem mental. Esse quarto filme da franquia "Transformers" é a prova que ele enlouqueceu de uma vez por todas. Nunca assisti a um filme tão longo e tão vazio ao mesmo tempo. São duas horas e meia de explosões, carros voando para todos os lados, destruição de cidades, brigas de robôs gigantes e um enredo que é pura lorota - e que tem mais furos do que um queijo suíço. Supostamente foram gastos mais de 200 milhões de dólares nessa produção e a sensação que temos ao sair do cinema é que nunca se viu tanto dinheiro jogado fora como aqui. Não há mais roteiro nenhum, apenas um fiapinho de trama onde alguns "atores" (sim, com aspas) como Mark Wahlberg tentam trazer alguma personalidade para seus personagens rasos e vazios. Com 90 minutos de duração sua cabeça já estará doendo depois de seus ouvidos serem bombardeados sem misericórdia e sem interrupções. No meio das toneladas de efeitos digitais tudo o que se vê de humanidade são os pobres humanos correndo pra lá e pra cá. Nada mais do que isso. Assim "Transformers - Age of Extinction" consegue se superar, sendo o pior exemplar de uma franquia que nunca foi conhecida por suas qualidades cinematográficas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os Infiltrados

Título no Brasil: Os Infiltrados
Título Original: The Departed
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: William Monahan, Alan Mak
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Vera Farmiga, Alec Baldwin

Sinopse:
Na violenta Boston há uma guerra surda entre o departamento de polícia local e os membros de uma gangue de traficantes de drogas de origem irlandesa! Para descobrir o que se passa no mundo do crime os policiais infiltram um de seus homens entre os criminosos. Curiosamente ao mesmo tempo a gangue também resolve implantar um de seus homens dentre os tiras. Está formada a guerra de informações. Filme vencedor do Oscar de Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Edição e Direção. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Direção.

Comentários:
É um dos filmes que menos gosto de Martin Scorsese. Olhando para produções como esse noto um certo desvirtuamento no estilo do cineasta. Ao longo dos anos ele foi ficando cada vez mais intenso, para não dizer exagerado. Nesse processo perdeu grande parte de sua classe. O elenco é fenomenal, com destaque para a presença de Jack Nicholson, mas no geral o filme não conseguiu funcionar plenamente, pelo menos em minha forma de ver. Há um uso excessivo de cenas violentas e algumas de extremo mau gosto que me fazem questionar o que estaria se passando na cabeça do velho Scorsese. Claro que nada disso fará grande diferença pois "The Departed" foi sucesso de crítica e público. É mais um fruto da parceria do diretor com o ator Leonardo DiCaprio que, coitado, segue sua sina de ir atrás do Oscar de todas as formas sem conseguir nada. Nesse aqui as coisas foram ainda piores, o agente de Leo fez grande promoção para o ator na Academia - o que de fato era merecido pois ele está bem no filme - mas ele sequer conseguiu ser indicado! Até o velho Jack foi esquecido - provavelmente por causa da pouca participação de seu personagem na trama em geral. Ao invés disso os membros da Academia resolveram premiar o medíocre Mark Wahlberg com uma indicação de Melhor Ator Coadjuvante. Sinceramente? Sua indicação me pareceu ser uma piadinha de humor negro dos membros votantes do Oscar...

Pablo Aluísio.