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sábado, 11 de fevereiro de 2023

Três Cristos

Nesse filme, o ator Richard Gere interpreta um psiquiatra que vai trabalhar em uma instituição onde ele pretende realizar uma pesquisa com pacientes esquizofrênicos e paranoicos. Seu foco se concentra em 3 doentes mentais que acreditam que são Jesus Cristo. O que aconteceria se o médico os reunisse em um ambiente fechado, onde eles poderiam falar o que bem entendessem sobre os outros "messias"? Como eles iriam interagir com outros pacientes que também acreditam que são Jesus? Assim a narrativa desse filme se desenvolve, mostrando os avanços e recuos desta pesquisa, inclusive revelando aspectos tristes e até mesmo violentos dessa aproximação entre os 3 "Cristos". 

Filmes dessa temática costumam ser muito bons e esse aqui não foge a essa regra. Eu me interessei por absolutamente tudo o que vi nesse filme. A estranha personificação de um personagem histórico e religioso por doentes mentais. E a forma como a mente humana pode seguir por caminhos até mesmo misteriosos para a ciência como um todo. O filme é baseado numa história real, o que aumenta ainda mais o interesse em tudo o que se vê na tela. Os atores são excelentes, com destaque para o próprio Richard Gere, que está muito digno em seu papel. O ator Peter Dinklage, que todos conhecem de Game of Thrones, também desenvolve um belo trabalho nesse filme relevante. Enfim, uma história para se pensar um pouco mais sobre a condição da saúde mental dos internos em instituições psiquiátricas e o que pesquisas podem revelar sobre eles.

Três Cristos (Three Christs, Estados Unidos, 2017) Direção: Jon Avnet / Roteiro: Eric Nazarian, Jon Avnet / Elenco: Richard Gere, Peter Dinklage, Bradley Whitford / Sinopse: Psiquiatra vai trabalhar em uma instituição onde ele pretende realizar uma pesquisa com pacientes esquizofrênicos e paranoicos. Seu foco se concentra em 3 doentes mentais que acreditam que são Jesus Cristo. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

88 minutos

Título no Brasil: 88 minutos
Título Original: 88 Minutes
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Millennium Films, Randall Emmett
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Gary Scott Thompson
Elenco: Al Pacino, Alicia Witt, Ben McKenzie

Sinopse:
Jack Gramm (Al Pacino) é um renomado psicanalista de casos forenses envolvendo criminosos infames e serial killers. Trabalhando como consultor do FBI ele consegue desvendar inúmeros casos misteriosos. Sua vida porém começa a correr risco quando ele próprio se torna alvo de ameaças de morte. Esse certamente será o caso da vida de Gramm pois ele terá que descobrir quem seria o autor das ameaças para salvar a sua própria vida.

Comentários:
É a tal coisa, se fosse um filme policial qualquer certamente seria uma boa fita mas pelos nomes envolvidos o gostinho de decepção fica no ar. Até porque não é todo dia que temos produções policiais estreladas pelo grande Al Pacino. Assim logo que um filme como esse é anunciado a tendência natural do cinéfilo é elevar suas expectativas ao máximo. Em pouco tempo vem na mente clássicos como "Serpico" e outros trabalhos geniais do ator.  Agora imagine a decepção ao chegar no cinema e conferir um policial apenas ok, com ares de rotina e enredo lá não muito inspirado. Aliás um dos pontos fracos da produção vem justamente da atuação de seu principal astro (Pasmem, senhoras e senhores!). Isso mesmo, Pacino não está bem. Ele soa cansado, desmotivado, passando uma carga de marasmo incrível ao espectador. Nada empolgado, sua atuação é uma das mais fracas da carreira. Como se isso não fosse ruim o bastante o roteiro muitas vezes cai no lugar comum e o clima de tédio invade a tela. Essa coisa de ter 88 minutos para desvendar a identidade do assassino é muito clichê. Eu não sei o que se passa na cabeça de executivos de estúdio que conseguem contratar esse tipo de ator e não conseguem fazer algo nem ao menos acima da média. Sob esse ponto de vista não há para onde correr, "88 Minutos" é de fato uma enorme decepção.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de abril de 2015

Tomates Verdes Fritos

Uma dona de casa infeliz com sua vida e uma viúva solitária acabam se conhecendo, revivendo antigas memórias de uma amizade entre duas mulheres no sul racista dos Estados Unidos na primeira metade do século XX. Acima de tudo um belo filme, um drama sensível que se apóia basicamente no talento maravilhoso de um elenco essencialmente feminino. Em cima de um enredo que aparentemente é simples, toda a história americana é revisitada, mostrando as lutas e batalhas de mulheres corajosas que ousaram desafiar os dogmas do sistema, em uma sociedade atrasada e retrógrada. O grande trunfo de "Fried Green Tomatoes" vem basicamente de seu roteiro, muito emocionante e evocativo, tudo isso sem deixar também pequenas pitadas de humor pelo caminho. 

Também adorei em particular a excelente reconstituição de época e o trabalho de atuação da saudosa e magnífica Jessica Tandy (1909 - 1994), uma das grandes damas da história do teatro de Nova Iorque, uma talentosa profissional que chegou inclusive a dividir o palco com o mito Marlon Brando na adaptação da peça de Tennessee Williams "Uma Rua Chamada Pecado" na década de 1950. Curiosamente sua carreira no cinema só alcançou reconhecimento mesmo bem tarde em sua vida, quando ela hipnotizou o grande público no filme "Conduzindo Miss Daisy", o grande vencedor do Oscar em seu ano. Aqui ela novamente mostra uma sensibilidade à flor da pele e suas cenas são a prova do grande legado que ela deixou na arte de interpretar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy) e Melhor Roteiro Adaptado. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Kathy Bates) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy) /  

Tomates Verdes Fritos (Fried Green Tomatoes, Estados Unidos, 1991) Direção: Jon Avnet / Roteiro: Fannie Flagg / Elenco: Kathy Bates, Jessica Tandy, Mary Stuart Masterson / Sinopse: O filme conta a história de amizade de mulheres que recordam de seu passado, em um tempo onde o racismo era a ordem do dia no Sul dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Íntimo & Pessoal

Título no Brasil: Íntimo & Pessoal
Título Original: Up Close & Personal
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Joan Didion, John Gregory Dunne
Elenco: Robert Redford, Michelle Pfeiffer, Stockard Channing

Sinopse:
Sally 'Tally' Atwater (Michelle Pfeiffer) é uma ambiciosa jovem jornalista que acaba se apaixonando por seu chefe, o experiente e veterano Warren Justice (Robert Redford). Duas personalidades diferentes, com histórias de vida tão diversas, poderiam se envolver em um ardoroso caso de amor?Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Canção Original ("Because You Loved Me" de Diane Warren).

Comentários:
Um bom filme romântico dos anos 1990 que hoje em dia se tornou um pouco esquecido. É aquele tipo de drama bem sofisticado, com excelente trilha sonora (que inclusive teve uma das canções indicada ao Oscar) e contando com o carisma da ótima dupla central de atores. Há tempos que Redford queria trabalhar com o cineasta Jon Avnet que havia dirigido dois de seus filmes preferidos, "Tomates Verdes Fritos" e "A Árvore dos Sonhos". Quando o roteiro caiu em suas mãos o ator e produtor achou por bem convidar Avnet para dirigir esse filme. Sábia decisão pois Avnet conseguiu trazer uma sofisticação e um charme que tornaram o romance irresistível. Michelle Pfeiffer exibe uma sensualidade à flor da pele e a química com Redford funciona plenamente - o que é essencial para uma película romântica como essa. Assim deixo a dica para quem estiver em busca de um filme sobre relacionamentos adultos com um bom enredo e direção inspirada.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A Árvore dos Sonhos

Título no Brasil: A Árvore dos Sonhos
Título Original: The War
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Kathy McWorter
Elenco: Elijah Wood, Kevin Costner, Mare Winningham

Sinopse:
Stephen Simmons (Kevin Costner) é um veterano da Guerra do Vietnã que ainda não conseguiu superar os traumas adquiridos no front. De volta ao lar nos Estados Unidos ele precisa enfrentar seus próprios fantasmas do passado ao mesmo tempo em que tenta criar um vínculo genuíno com seu pequeno e jovem filho. Filme vencedor do prêmio da Political Film Society na categoria Melhor Drama Social.

Comentários:
Anda meio esquecido esse pequeno drama familiar sobre amizade e superação. Na época também não teve maior repercussão ganhando apenas um lançamento discreto nas locadoras de vídeo. Apesar de sua origem modesta é bom chamar a atenção para o filme pois o roteiro é muito bem escrito, sempre optando pelo lado mais delicado e sutil da alma de seus personagens. A produção também é uma espécie de membro indireto do ciclo de filmes sobre a Guerra do Vietnã, pois mostra os problemas psicológicos que foram trazidos para casa por muitos veteranos das forças armadas. Para os fãs de Kevin Costner é interessante salientar que seu personagem apenas passeia por toda a trama, sendo que em muitos aspectos o filme gira em torno mesmo do pequeno garoto Stu Simmons (interpretado por Elijah Wood, muitos anos antes de se consagrar na saga "O Senhor dos Anéis") e seu mundo de amigos, desafetos e escola. A direção ficou a cargo do excelente Jon Avnet que já havia se destacado bastante entre a crítica por causa do extremamente bem dirigido "Tomates Verdes Fritos".

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Justiça Vermelha

Richard Gere é adepto do budismo. Seguidor da milenar filosofia é também um defensor dos direitos do Dalai Lama e de seu país, o Tibet. Como se sabe essa pequena, pacífica e espiritual nação foi invadida pela China que depôs o líder daquele povo, colocando em seu lugar um governo local submisso ao forte governo central chinês. Por essa razão não é de se admirar que o ator tenha entrado em um projeto como esse que em última instância é um manifesto de denúncia contra a ditadura comunista de Pequim. No filme Richard Gere interpreta o advogado americano Jack Moore que está na China negociando a venda de um sofisticado programa de última geração para satélites, uma tecnologia de ponta que interessa ao Estado daquele país. Após um dia exaustivo de negociações ele resolve passar a noite com uma bela modelo chinesa, Hong Ling (Jessey Meng). Seus problemas começam no dia seguinte quando percebe que a mulher está morta. Acusado de assassinato sua vida se torna literalmente um inferno. O sistema judicial chinês se revela completamente parcial em relação a estrangeiros, com procedimentos processuais obscuros e complicados, além de um sistema de punição que viola todos as cartas de direitos humanos do mundo civilizado. 

Com esse filme Richard Gere e o diretor Jon Avnet conseguiram levar para o centro dos debates a suposta terrível ditadura daquele país. Foi uma forma indireta de atingir Pequim pelo que fez ao povo do Tibet. Gere se submeteu a uma grande turnê de divulgação de seu novo filme, ao mesmo tempo em que aproveitava a oportunidade para denunciar os problemas políticos chineses. O problema é que o público americano não se mostrou muito interessado no tema e com isso a bilheteria foi considerada apenas discreta. O filme não chegou a dar prejuízo mas também não se tornou um sucesso absoluto de público. Para Gere isso foi bem secundário pois o que ele queria conseguiu pois a imprensa levantou o tema do Tibet causando desconforto com o governo chinês. Com isso Gere foi considerado persona non grata naquele país.. Como filme em si, deixando todos esses aspectos de bastidores de lado, o filme é realmente muito interessante mas vai chamar mais a atenção para estudantes e operadores de direito, uma vez que vários temas jurídicos ganham relevo em seu texto. De qualquer modo vale certamente a indicação.

Justiça Vermelha (Red Corner, Estados Unidos, 1997) Direção: Jon Avnet / Roteiro: Robert King / Elenco: Richard Gere, Bai Ling, Bradley Whitford, Byron Mann, Peter Donat / Sinopse: Advogado americano é acusado injustamente de assassinato de uma mulher chinesa. Sem direito a uma defesa adequada ele tem que lidar com o obtuso e absurdo sistema judicial chinês.

Pablo Aluísio.