Título no Brasil: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Título Original: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Ano de Produção: 1980
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Jorge Durán
Elenco: Marília Pêra, Fernando Ramos da Silva, Jardel Filho, Rubens de Falco, Beatriz Segall, Tony Tornado
Sinopse:
O menino Pixote (Fernando Ramos da Silva) vive nas ruas e conhece toda a brutalidade do meio social de uma grande cidade. Depois que consegue fugir da FEBEM ele passa a viver com uma prostituta de bom coração chamada Sueli (Marília Pêra). Roteiro baseado no livro "Infância dos Mortos" escrito por José Louzeiro.
Comentários:
Esse filme é um triste retrato social da criança brasileira pobre, abandonada, entregue à própria sorte, marginalizada. O filme quando foi lançado no exterior causou forte impacto na crítica e no público estrangeiro. Os críticos de Nova Iorque, por exemplo, colocaram Pixote na lista dos melhores filmes estrangeiros da década de 1980. Com isso as portas do cinema americano se abriram para Hector Babenco. Além de toda a sua importância como obra cinematográfica o filme também se revelou bem trágico na vida real. O jovem Fernando Ramos da Silva, que interpretou Pixote nas telas, acabou sendo morto por policiais em 1987, revelando uma triste e lamentável semelhança entre a arte e a sua vida real. Enfim, é um retrato realista das misérias humanas que assolam o Brasil.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 15 de março de 2021
Carandiru
Título no Brasil: Carandiru
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de março de 2021
O Beijo da Mulher-Aranha
Em grande parte do filme temos apenas dois personagens em cena. Ele são prisioneiros e estão dentro de uma cela. E são pessoas bem diferentes entre si. Valentin Arregui (Raul Julia) é um prisioneiro político. Socialista de formação, foi pego tentando passar um passaporte falso para outro companheiro de luta. Luis Molina (William Hurt) é um homossexual que seduziu um rapaz menor de idade. Acabou sendo condenado a oito anos de cadeia em uma prisão muito suja e super lotada. O filme não diz exatamente em que país eles cumprem pena, mas fica claro desde sempre que é no Brasil.
Precisando viver juntos, eles precisam superar as diferenças e acabam se tornando bem próximos. O personagem de William Hurt conta as histórias dos velhos filmes que assistiu no passado. Algumas vezes suas lembranças são deixadas de lado para a imaginação fluir e ele cria seus próprias enredos. Ele é um encarcerado, mas sua mente pode ir longe. O pior porém é que ele é levado pelo diretor da prisão a trair seu amigo de cela. Ele precisa trazer informações do preso político, saber suas conexões, uma espécie de traição sutil que vai desandar em um final trágico. Nesse aspecto o filme não nega suas origens bem teatrais pois tudo é desenvolvido em ambiente quase único, tudo fundado em ótimos diálogos.
"O Beijo da Mulher-Aranha" aliás foi o mais perto que o cinema brasileiro chegou de ganhar um Oscar. William Hurt venceu o Oscar de melhor ator naquele ano e fez uma saudação em português para o Brasil enquanto recebia o prêmio. O filme realmente é praticamente todo nacional, com elenco coadjuvante formado por atores brasileiros falando inglês e equipe técnica de nacionalidade verde e amarela. Então de fato, tirando Hurt e alguns outros profissionais estrangeiros, temos aqui um produto de nosso cinema. O resultado é dos melhores. O filme não envelheceu muito com o passar dos anos pela simples razão que é um daqueles filmes em que a atuação fica em primeiro plano. E nesse aspecto não há o que reclamar. É um belo momento do cinema brasileiro.
O Beijo da Mulher-Aranha (Kiss of the Spider Woman. Brasil, Estados Unidos, 1985) Direção: Hector Babenco / Roteiro: Manuel Puig, Leonard Schrader / Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Fernando Torres, Herson Capri, Denise Dumont, Wilson Grey, Miguel Falabella / Sinopse: Dois prisioneiros vivem o drama de cumprir pena em uma prisão de um país da América Latina. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor ator (William Hurt). Também indicado nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado.
Pablo Aluísio.
Precisando viver juntos, eles precisam superar as diferenças e acabam se tornando bem próximos. O personagem de William Hurt conta as histórias dos velhos filmes que assistiu no passado. Algumas vezes suas lembranças são deixadas de lado para a imaginação fluir e ele cria seus próprias enredos. Ele é um encarcerado, mas sua mente pode ir longe. O pior porém é que ele é levado pelo diretor da prisão a trair seu amigo de cela. Ele precisa trazer informações do preso político, saber suas conexões, uma espécie de traição sutil que vai desandar em um final trágico. Nesse aspecto o filme não nega suas origens bem teatrais pois tudo é desenvolvido em ambiente quase único, tudo fundado em ótimos diálogos.
"O Beijo da Mulher-Aranha" aliás foi o mais perto que o cinema brasileiro chegou de ganhar um Oscar. William Hurt venceu o Oscar de melhor ator naquele ano e fez uma saudação em português para o Brasil enquanto recebia o prêmio. O filme realmente é praticamente todo nacional, com elenco coadjuvante formado por atores brasileiros falando inglês e equipe técnica de nacionalidade verde e amarela. Então de fato, tirando Hurt e alguns outros profissionais estrangeiros, temos aqui um produto de nosso cinema. O resultado é dos melhores. O filme não envelheceu muito com o passar dos anos pela simples razão que é um daqueles filmes em que a atuação fica em primeiro plano. E nesse aspecto não há o que reclamar. É um belo momento do cinema brasileiro.
O Beijo da Mulher-Aranha (Kiss of the Spider Woman. Brasil, Estados Unidos, 1985) Direção: Hector Babenco / Roteiro: Manuel Puig, Leonard Schrader / Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Fernando Torres, Herson Capri, Denise Dumont, Wilson Grey, Miguel Falabella / Sinopse: Dois prisioneiros vivem o drama de cumprir pena em uma prisão de um país da América Latina. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor ator (William Hurt). Também indicado nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
Título no Brasil: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
Título Original: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
Ano de Produção: 1977
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Jorge Durán
Elenco: Reginaldo Faria, Ana Maria Magalhães, Milton Gonçalves, Ivan Cândido, Lady Francisco, Grande Otelo
Sinopse:
O filme conta a história real do criminoso brasileiro Lúcio Flávio. Ele ficou famoso durante as décadas de 1960 e 1970 por causa das diversas prisões e fugas ao longo de sua vida. Ele tinha envolvimento com policiais corruptos, membros do chamado Esquadrão da Morte. Acabou contando parte de sua história antes de ser assassinado. O roteiro desse filme foi baseado em seus relatos pessoais.
Comentários:
"Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" é hoje em dia considerado um dos grandes clássicos do cinema brasileiro. Eu me recordo que assisti a esse filme ainda muito jovem e fiquei completamente impressionado com o que vi. A razão é fácil de entender. Esse filme não tem receios de mostrar o lado mais duro da criminalidade. Lúcio Flávio era ladrão e assaltante de bancos, mas quase sempre conseguia fugir dos presídios onde cumpria pena. Na época as pessoas ficavam admiradas, mas no fundo o segredo era simples: ele tinha inúmeros contatos com policiais corruptos que ajudavam em suas fugas. O sistema era todo podre. Outro aspecto muito relevante dessa produção é que ela escancara também toda a brutalidade do regime militar que imperava na época, inclusvie mostrando em detalhes todas as violações de direitos humanos perpetuados por agentes do Estado. Um absurdo completo. Outro aspecto curioso é que esse filme fez tanto sucesso de bilheteria que acabou ganhando até mesmo uma espécie de sequência chamada "Eu Matei Lúcio Flávio". Enfim, se você estiver em busca de um cinema mais realista e até mesmo brutal, "Lúcio Flávio" é um dos mais indicados na história do cinema nacional.
Título Original: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
Ano de Produção: 1977
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Jorge Durán
Elenco: Reginaldo Faria, Ana Maria Magalhães, Milton Gonçalves, Ivan Cândido, Lady Francisco, Grande Otelo
Sinopse:
O filme conta a história real do criminoso brasileiro Lúcio Flávio. Ele ficou famoso durante as décadas de 1960 e 1970 por causa das diversas prisões e fugas ao longo de sua vida. Ele tinha envolvimento com policiais corruptos, membros do chamado Esquadrão da Morte. Acabou contando parte de sua história antes de ser assassinado. O roteiro desse filme foi baseado em seus relatos pessoais.
Comentários:
"Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" é hoje em dia considerado um dos grandes clássicos do cinema brasileiro. Eu me recordo que assisti a esse filme ainda muito jovem e fiquei completamente impressionado com o que vi. A razão é fácil de entender. Esse filme não tem receios de mostrar o lado mais duro da criminalidade. Lúcio Flávio era ladrão e assaltante de bancos, mas quase sempre conseguia fugir dos presídios onde cumpria pena. Na época as pessoas ficavam admiradas, mas no fundo o segredo era simples: ele tinha inúmeros contatos com policiais corruptos que ajudavam em suas fugas. O sistema era todo podre. Outro aspecto muito relevante dessa produção é que ela escancara também toda a brutalidade do regime militar que imperava na época, inclusvie mostrando em detalhes todas as violações de direitos humanos perpetuados por agentes do Estado. Um absurdo completo. Outro aspecto curioso é que esse filme fez tanto sucesso de bilheteria que acabou ganhando até mesmo uma espécie de sequência chamada "Eu Matei Lúcio Flávio". Enfim, se você estiver em busca de um cinema mais realista e até mesmo brutal, "Lúcio Flávio" é um dos mais indicados na história do cinema nacional.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de outubro de 2020
Brincando nos Campos do Senhor
Título no Brasil: Brincando nos Campos do Senhor
Título Original: At Play in the Fields of the Lord
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Jean-Claude Carrière
Elenco: Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah, Kathy Bates, Aidan Quinn, Tom Waits
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Matthiessen, o filme "Brincando nos Campos do Senhor" conta a história de um grupo de missionários americanos que vão para os confins da América do Sul, na floresta amazônica, onde tentarão converter os nativos locais. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Zbigniew Preisner).
Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema. O diretor Hector Babenco criou uma obra cinematográfica que procurou trazer de volta o tom épico dos velhos filmes, das antigas produções que chegavam aos cinemas em meados do século XX. Quando o filme foi lançado surgiram algumas críticas, justamente por causa daquela velha visão dos americanos sobre os índios da Amazônia. Uma certa visão estigmatizada e cheia de estereótipos. Eu não concordo com esse tipo de visão mais crítica. Penso que o filme ficou muito bom. A produção enfrentou uma série de problemas, pois muitos membros da equipe técnica ficaram doentes durante as filmagens, inclusive parte dos atores, mas isso foi decorrente do fato de jogar todos esses gringos no meio da selva. E isso é algo para poucos. Mesmo assim o resultado ficou bom. Há cenas muito bem produzidas, mostrando o talento de Hector Babenco em captar belas imagens em ângulos incomuns. E o que se pode dizer da natureza natural da Amazônia captada nas cenas do filme? É algo que já vale a sessão. A exuberância da região verde tornaria qualquer película um show de grandiosidade nas telas de cinema. E o enredo é também muito interessante. O roteiro se pergunta se ainda seria válido esse tipo de evangelização na selva, com nativos. Foi algo visto com naturalidade na colonização do novo mundo, durante as grandes navegações. Porém hoje em dia a antropologia e a sociologia modernas condenam esse tipo de iniciativa. É considerada uma violação e um abuso para com as culturas dos povos indígenas. Um ponto de vista que tenho apreço.
Pablo Aluísio.
Título Original: At Play in the Fields of the Lord
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Jean-Claude Carrière
Elenco: Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah, Kathy Bates, Aidan Quinn, Tom Waits
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Matthiessen, o filme "Brincando nos Campos do Senhor" conta a história de um grupo de missionários americanos que vão para os confins da América do Sul, na floresta amazônica, onde tentarão converter os nativos locais. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Zbigniew Preisner).
Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema. O diretor Hector Babenco criou uma obra cinematográfica que procurou trazer de volta o tom épico dos velhos filmes, das antigas produções que chegavam aos cinemas em meados do século XX. Quando o filme foi lançado surgiram algumas críticas, justamente por causa daquela velha visão dos americanos sobre os índios da Amazônia. Uma certa visão estigmatizada e cheia de estereótipos. Eu não concordo com esse tipo de visão mais crítica. Penso que o filme ficou muito bom. A produção enfrentou uma série de problemas, pois muitos membros da equipe técnica ficaram doentes durante as filmagens, inclusive parte dos atores, mas isso foi decorrente do fato de jogar todos esses gringos no meio da selva. E isso é algo para poucos. Mesmo assim o resultado ficou bom. Há cenas muito bem produzidas, mostrando o talento de Hector Babenco em captar belas imagens em ângulos incomuns. E o que se pode dizer da natureza natural da Amazônia captada nas cenas do filme? É algo que já vale a sessão. A exuberância da região verde tornaria qualquer película um show de grandiosidade nas telas de cinema. E o enredo é também muito interessante. O roteiro se pergunta se ainda seria válido esse tipo de evangelização na selva, com nativos. Foi algo visto com naturalidade na colonização do novo mundo, durante as grandes navegações. Porém hoje em dia a antropologia e a sociologia modernas condenam esse tipo de iniciativa. É considerada uma violação e um abuso para com as culturas dos povos indígenas. Um ponto de vista que tenho apreço.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Ironweed
Jack Nicholson certamente é um dos grandes atores da história do cinema. Hoje em dia ele anda semi-aposentado, o que é natural haja vista sua idade e sua pouca disposição de trabalhar muito nessa fase de sua vida. Nada mais justo, a carreira de Jack fala por si e sua filmografia é uma das mais interessantes que existem. Tive o privilégio de acompanhar muitos de seus filmes – inclusive os assistindo no cinema, algo que tenho orgulho de dizer. Antes de estrelar o blockbuster “Batman”, Nicholson estrelou esse pequeno filme chamado “Ironweed”. Dirigido pelo cineasta Hector Babenco e co-estrelado pela sempre excelente Meryl Streep, sempre achei a obra muito subestimada, inclusive no Brasil onde colecionou criticas rabugentas e mal humoradas pela imprensa especializada. Sempre senti nesses textos um certo rancor pessoal de alguns jornalistas contra Hector Babenco, como se quisessem ir à desforra contra o diretor. A razão de tanto ressentimento? Não tenho a menor idéia. Só sei que adorei o filme quando o assisti pela primeira vez, apesar das inúmeras bordoadas que levou aqui no Brasil.
A trama conta a estória de Francis Phelan (Jack Nicholson). Além de sofrer de esquizofrenia ainda tem muitos problemas com a bebida. Um outsider, uma pessoa à margem. Por mero acaso acaba conhecendo Helen Archer (Meryl Streep), uma ex-cantora já um tanto desiludida da vida. Ambos são alcoólatras e entre uma bebedeira e outra começam a desenvolver uma relação muito afetuosa, baseada em apoio mútuo e solidariedade. O filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por William Kennedy, que inclusive foi vencedor do maior premio de literatura dos EUA, o Pulitzer. É uma crônica sobre duas pessoas que não se enquadram naquilo que a sociedade dominante entende ser o certo. Sempre digo que nunca é fácil adaptar grandes livros para a tela mas como aqui temos o roteiro escrito pelo próprio autor do livro as coisas ficam mais fáceis. No geral é um drama maravilhoso, interpretado por dois atores simplesmente geniais. Uma daquelas produções que marcam bastante e do qual não se esquece tão cedo.
Ironweed (Ironweed, Estados Unidos, 1987) Direção: Hector Babenco / Roteiro: William Kennedy, baseado em seu próprio livro “Ironweed” / Elenco: Jack Nicholson, Meryl Streep, Carroll Baker, Michael O'Keefe / Sinopse: “Ironweed” narra a estória de uma relação entre duas pessoas que não se enquadram dentro da sociedade. Indicado aos Oscars de Melhor Ator (Jack Nicholson) e Melhor Atriz (Meryl Streep). Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama (Jack Nicholson).
Pablo Aluísio.
A trama conta a estória de Francis Phelan (Jack Nicholson). Além de sofrer de esquizofrenia ainda tem muitos problemas com a bebida. Um outsider, uma pessoa à margem. Por mero acaso acaba conhecendo Helen Archer (Meryl Streep), uma ex-cantora já um tanto desiludida da vida. Ambos são alcoólatras e entre uma bebedeira e outra começam a desenvolver uma relação muito afetuosa, baseada em apoio mútuo e solidariedade. O filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por William Kennedy, que inclusive foi vencedor do maior premio de literatura dos EUA, o Pulitzer. É uma crônica sobre duas pessoas que não se enquadram naquilo que a sociedade dominante entende ser o certo. Sempre digo que nunca é fácil adaptar grandes livros para a tela mas como aqui temos o roteiro escrito pelo próprio autor do livro as coisas ficam mais fáceis. No geral é um drama maravilhoso, interpretado por dois atores simplesmente geniais. Uma daquelas produções que marcam bastante e do qual não se esquece tão cedo.
Ironweed (Ironweed, Estados Unidos, 1987) Direção: Hector Babenco / Roteiro: William Kennedy, baseado em seu próprio livro “Ironweed” / Elenco: Jack Nicholson, Meryl Streep, Carroll Baker, Michael O'Keefe / Sinopse: “Ironweed” narra a estória de uma relação entre duas pessoas que não se enquadram dentro da sociedade. Indicado aos Oscars de Melhor Ator (Jack Nicholson) e Melhor Atriz (Meryl Streep). Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama (Jack Nicholson).
Pablo Aluísio.
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