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sábado, 9 de julho de 2016

Filhos do Silêncio

Título no Brasil: Filhos do Silêncio
Título Original: Children of a Lesser God
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Randa Haines
Roteiro: Mark Medoff, Hesper Anderson
Elenco: William Hurt, Marlee Matlin, Piper Laurie
  
Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por Mark Medoff, o drama "Filhos do Silêncio" narra o relacionamento entre o professor James Leeds (William Hurt) e sua aluna com necessidades especiais Sarah Norman (Marlee Matlin). A jovem é surda, tem muitos problemas de contato social com outras pessoas e carrega traumas que a martirizam muito do ponto de vista psicológico. Aos poucos porém o professor consegue vencer várias barreiras, se tornando muito próximo dela. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Marlee Matlin). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (William Hurt), Melhor Atriz Coadjuvante (Piper Laurie) e Melhor Roteiro Adaptado.

Comentários:
Esse filme foi derrotado no Oscar de Melhor Filme para "Platoon". Sempre achei isso uma injustiça. Embora o filme de Oliver Stone fosse muito bom o fato é que essa produção tinha um propósito bem maior, mais relevante, explorando em sua história as dificuldades de uma jovem com problemas de surdez. A atriz Marlee Matlin, que é deficiente auditiva na vida real, teve o desempenho de sua vida, numa interpretação que lhe valeu o Oscar. Foi mais do que merecido. Ela consegue passar inúmeras emoções e sentimentos sem precisar para isso usar de diálogos ou falas. Apenas usa suas expressões faciais, sua linguagem corporal e suas habilidades de empatia com o público. Há um aspecto em seu passado que sempre a atormentou e ela leva isso para o complexo relacionamento que desenvolve com seu próprio professor. Em suma, um enredo muito bonito, tocante e humano. Certamente vai tocar fundo nas pessoas mais sensíveis, mais sentimentais. É um dos melhores dramas dos anos 80 que de quebra ainda trouxe uma afirmação positiva sobre a vida de pessoas com algum tipo de deficiência física. Todos são humanos, todos sentem e sofrem, como qualquer outra pessoa. Esse é certamente o mais importante legado dessa bela mensagem em forma de obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.