quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Marcas da Violência

Eu sempre considerei o diretor David Cronenberg um ótimo cineasta. Ele sempre se saiu muito bem em filmes como "A Mosca", uma ficção de terror. mas ao mesmo tempo mostrou ter ótimo talento para filmes mais violentos, filmes de pura ação. Veja o caso desse "Marcas da Violência". O filme conta uma história interessante. Tom Stall (Viggo Mortensen) parece ser um homem comum. Ele trabalha na pequena lanchonete de uma cidadezinha. Um cara simples que não chama a atenção. Uma noite chega na lanchonete um grupo de criminosos. E eles partem para a violência contra Tom. Esse reage imediatamente e para surpresa de todo mundo manda aqueles bandidos para o inferno. Mas como isso seria possível? Ele demonstrou uma habilidade fora do comum em sua reação. Será que ele é apenas esse pacato que todos pensavam ou ele tem um passado escondendo algo a mais?

Ed Harris interpreta um cara misterioso. Cego de um olho, vestindo um terno preto, ele parece saber bem mais sobre Tom. Será que o nome dele não seria Joey? Pois é, um filme muito bom, extremamente violento, mas ao mesmo tempo com um roteiro muito bem estruturado. E o elenco é excelente também. Além de Harris como o bandido que vem acertar contas, o filme ainda apresenta William Hurt em papel secundário, mas não menos importante. Enfim, filmão, recomendado para quem gosta de filmes de ação com bons roteiros.

Marcas da Violência (A History of Violence, Estados Unidos, 2005) Direção: David Cronenberg / Roteiro: Josh Olson / Elenco: Viggo Mortensen, Ed Harris, William Hurt, Maria Bello / Sinopse: Um homem de boas maneiras torna-se um herói local por meio de um ato de violência, que gera repercussões que abala sua família e o meio social onde vive.

Pablo Aluísio.

7 comentários:

  1. Eu nunca assisti esse filme, não sei por quê, afinal é um tipo de filme que eu gosto, mas me passou.

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  2. Esse é um claro exemplo de como um cineasta de estilo forte pode contribuir decisivamente pro resultado final. Qualquer outro cineasta faria um filme bem diferente de Cronenberg!

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  3. Serge,
    Não deixe de ver. Não é melhor do que "Senhores do Crime" do mesmo diretor e ator, mas se mantém em um excelente nível.

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  4. Jobson,
    Perfeita sua colocação. Na mão de qualquer outro diretor o resultado teria sido diferente... e pior, em minha opinião.

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  5. Pra saber quem é o Cronenberg basta ver aquela máquina de escrever falante em Naked Lunch. Cara pirado.

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  6. Filme excelente e com um time de atores de primeira grandeza. Uma trama rocambolesca e de tirar o fôlego, liderada pelo excelente diretor canadense, David Cronenberg (A Hora da Zona Morta). O longa, marcado pela ultraviolência, escancara um Cronenberg possuído pelo espírito do genial Sam Peckinpah - o inesquecível poeta da violência.

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