E então resolveram trazer o cavaleiro solitário de volta aos cinemas. Do que trata esse filme? John Reid (Armie Hammer) volta para o oeste para reencontrar seu irmão, um Texas Ranger honesto e íntegro. Chegando lá descobre que tudo está de pernas para o ar. Um grupo de facínoras domina a região com a força do poder da prata descoberta em terras indígenas. Durante uma emboscada seu irmão e seus homens da lei são mortos covardemente por Butch Cavendish (William Fichtner) e seu bando de criminosos. Descoberto agonizando no meio do deserto após o ataque, o comanche Tonto (Johnny Depp) o salva da morte certa. Agora juntos resolvem trazer justiça ao velho oeste. John Reid esquece sua verdadeira identidade, coloca uma máscara feita dos restos da roupa de seu irmão assassinado e se torna o Cavaleiro Solitário!
Houve muita má vontade por parte da crítica quando esse "The Lone Ranger" chegou aos cinemas. Ao custo de 215 milhões de dólares, o filme foi muito mal recebido. Era uma aposta da Disney em inaugurar mais uma franquia ao estilo "Piratas do Caribe". O resultado comercial porém foi muito fraco e assim provavelmente não teremos mais nenhuma continuação, o que é uma pena. A verdade pura e simples é que essa nova versão do famoso personagem não é pior do que costumeiramente se vê em filmes super produzidos por Hollywood ultimamente. Sendo sincero, é até uma película muito divertida. Alguns fãs de western mais tradicionais certamente vão achar o ritmo muito histérico e com certeza reclamarão nas mudanças da história que todos conhecemos, mas no fundo isso não chega a desmerecer o filme como um todo.
O personagem Tonto, como era esperado, ganhou muito mais espaço no roteiro, fruto, é claro, da participação do ator Johnny Depp no papel, mas usá-lo como fio narrativo, enquanto lembra a um garotinho em um parque de diversões a verdadeira face do Lone Ranger, foi até de muito bom gosto. Também vamos confessar que quando toca a música tema do personagem se torna impossível a um verdadeiro fã de faroestes simplesmente ficar indiferente. Se fosse destacar alguns problemas diria apenas que o filme poderia ser mais curto pois ganharia em ritmo. Também há excessos de alguns personagens que não fazem a menor falta na estrutura do enredo, como a prostituta interpretada por Helena Bonham Carter, que poderiam ser eliminados sem problemas. De qualquer forma, de modo em geral, esse é um western com sabor de aventura, momentos cômicos e muita ação. Se gostamos? Sim, gostamos. A crítica foi muito mais ranzinza do que era preciso com essa produção. Pode conferir sem receios, no mínimo você se divertirá.
O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, Estados Unidos, 2013) Estúdio: Walt Disney Pictures, Jerry Bruckheimer Films / Direção: Gore Verbinski / Roteiro: Justin Haythe, Ted Elliott / Elenco: Johnny Depp, Armie Hammer, William Fichtner, Tom Wilkinson, Ruth Wilson, Helena Bonham Carter / Sinopse: Um homem do velho oeste e um nativo americano se unem para trazer justiça ao violento mundo onde vivem. Filme indicado ao Oscar de melhor maquiagem (Joel Harlow, Gloria Pasqua Casny) e melhores efeitos especiais (Tim Alexander, Gary Brozenich e equipe).
Pablo Aluísio.
Cinema Western
ResponderExcluirO Cavaleiro Solitário
Pablo Aluísio.
Se já fizeram pouco caso de "The Lone Ranger" naquela época em que o Johnny Depp estava no auge, imagine nos dias de hoje em que ele caiu em desgraça?
ResponderExcluirDom Pablo,
ResponderExcluirEu não gostei desse filme. O principal erro foi colocar o Lone Ranger como coadjuvante de seu próprio filme! Onde já se viu isso?
O Depp também usou uma maquiagem completamente exagerada - como ele sempre faz, aliás. Parece que ele é aquele tipo de ator que quer ganhar o espectador apenas pelo visual exótico. Faz isso em praticamente todos os filmes.
ResponderExcluirSerge, o Depp está mesmo em uma encruzilhada na carreira. Vai sobreviver na profissão nos próximos anos? Só o tempo dirá.
ResponderExcluirErick, realmente essa é uma falha estrutural do roteiro. O problema é que o Depp era um astro interpretando um personagem coadjuvante. Como resolver esse problema? Colocando o coadjuvante como principal. Deu no que deu...
ResponderExcluirA maquiagem pesada realmente pode ser uma bengala para certos atores. Mesmo assim acho o Depp uma figura talentosa.
ResponderExcluirPablo:
ResponderExcluirAgora a tarde está passando o filme 48 horas e a versão brasileira da voz do Nick Nolte é a mesma voz da versão brasileira do Elvis em Carrossel de Emoções. O Nick Nolte falando com a voz do Elvis! Chega a dar uma certa nostalgia.
Eu confirmei e o dublador do Elvis e do Nick Nolte realmente é o mesmo: é o Celso Vasconcelos, da Hebert Richers.
ExcluirEu gostava muito das antigas dublagens da Herbert Richards. Soam como pura nostalgia nos dias atuais.
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