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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

O Libertino

Filme de época que conta a história de John Wilmot (Johnny Depp), Conde de Rochester. Poeta do século XVII ele teve seu trabalho reconhecido apenas postumamente. Seus escritos foram influenciados pelo seu modo de viver excessivo. Um amante da boa vida, do vinho e da devassidão, acabou encontrando o caminho da morte ainda bem jovem. Uma espécie de herói do hedonismo sem culpas. Era de se esperar que o filme baseado em sua vida fosse ao menos interessante. Particularmente não gostei do resultado. Com uma fotografia excessivamente escura - provavelmente para esconder as cenas mais quentes passadas nos bordéis da época - o roteiro parece confundir a todo tempo a proposta do poeta com um sensacionalismo barato e sem conteúdo.

O estúdio errou também ao dar muito poder e controle sobre o filme ao ator Johnny Depp. Em troca de um cachê menor, ele recebeu maior controle sobre praticamente toda a produção. Ao escalar um amigo, Laurence Dunmore, para dirigir o filme acabou estragando tudo. Laurence nunca havia dirigido um longa-metragem antes na vida e abusou da chance de errar. Não deu bom ritmo ao filme, truncou o enredo com uma edição equivocada e perdeu uma excelente oportunidade de contar uma boa história. Depois de tantos erros o filme praticamente passou em brancas nuvens e foi logo esquecido. No caso o ego de Depp foi o grande responsável pelo fracasso comercial e artístico da fita.

 O Libertino (The Libertine, Inglaterra, Austrália, 2004) Direção: Laurence Dunmore / Roteiro: Stephen Jeffreys / Elenco: Johnny Depp, Samantha Morton, John Malkovich, Rosamund Pike / Sinopse: A história real de um nobre que fez de sua vida uma sucessão de excessos de todos os tipos. Filme vencedor do British Independent Film Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Rosamund Pike).

Pablo Aluísio.