domingo, 1 de novembro de 2015

Lista Negra - The Blacklist - Primeira Temporada

The Blacklist 1.06 - Gina Zanetakos
Ainda se firmando "The Blacklist" vai aos poucos se tornando cada vez mais interessante. Ok, a fórmula é pouco inovadora e os episódios - que podem ser seguidos com certa independência entre eles - mostra sempre o personagem Raymond 'Red' Reddington (James Spader) ajudando a agente do FBI Elizabeth Keen (Megan Boone) a colocar as mãos em criminosos internacionais de alta periculosidade. Chamo a atenção para esse episódio em particular porque o noivo de Beth acaba virando alvo de investigações, afinal ele fora visto em lugares onde aconteciam diversos crimes. Para Reddington não resta dúvidas que ele é na verdade um espião infiltrado, embora Elizabeth Keen se recuse a acreditar inteiramente nisso. Seria uma armação de Red ou o moço é realmente envolvido em tretas internacionais? Apesar dessa trama ser até curiosa e manter a atenção o forte do episódio mesmo vai para uma nova personagem, Gina Zanetakos (interpretada pela bonita atriz russa Margarita Levieva), uma criminosa internacional que usa disfarces para trafegar bem no meio da chamada espionagem corporativa - onde empresas espionam outras empresas com o objetivo de destruir a concorrência. Bonita e perigosa, a jovem se disfarça de garota de programa para roubar informações vitais de seus clientes. Nesse episódio o objetivo dela é nada mais, nada menos, do que explodir uma "bomba suja" em plena capital dos Estados Unidos. Pena que em termos de conclusão o episódio derrape um pouco, pois os agentes do FBI resolvem contornar o problema de uma maneira nada convincente - Quem disse que uma bomba suja dentro da água não causa danos colaterais? Então é isso, "The Blacklist" ainda precisa de ajustes, mas já se torna um bom passatempo, sem dúvida. / The Blacklist - Gina Zanetakos (EUA, 2013) Direção: Adam Arkin / Roteiro: Jon Bokenkamp, Wendy West / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff, Margarita Levieva.

The Blacklist 1.07 - Frederick Barnes
Ok, vamos direto aos fatos. Nesse episódio temos um criminoso diferente. Frederick Barnes (Robert Sean Leonard) é um ex-especialista em armas biológicas que um dia resolve pedir demissão da empresa onde trabalha. Seu filho desenvolveu uma doença rara e ele tenta levantar financiamentos dentro da indústria farmacêutica para procurar por uma cura. Como se trata de uma doença com pouquíssimos casos ao redor do mundo nenhum dinheiro é dado a ele. Desolado, decide radicalizar, indo trabalhar no mercado negro onde militam todos os tipos de mercenários e terroristas. Após desaparecer por longos cinco anos, ele volta à ativa promovendo um ataque no metrô de Washington. 37 pessoas morrem. Não foi um ato gratuito pois na realidade Frederick Barnes deseja mesmo é supostamente achar a cura para seu filho, mesmo com métodos absurdos. Novamente o que segura o episódio é o estilo ultra cool de Raymond 'Red' Reddington (James Spader). Ele pouco aparece aqui, mas duas de suas participações são vitais. Numa delas ele vai até Cuba para negociar um produto radioativo raro. Os fãs de Dexter terão uma surpresa e tanto já que o vendedor é interpretado pelo ator David Zayas, sim, o sargento Angel Batista! Sua participação é pequena, mas divertida. No final vem a cereja do bolo. Reddington visita uma casa bem suburbana, ao velho estilo americano. Lá ele tem lembranças de sua família e confessa ter memórias de sua filha. Gente, como eu vinha desconfiando ele provavelmente é o pai da agente Elizabeth Keen (Megan Boone) , embora até aqui o seriado não tenha aberto o jogo completamente. Em minha opinião não há outra explicação logica para seu estranho relacionamento com a agente. Só pode ser isso (embora eu possa também estar errado, veremos). The Blacklist - Frederick Barnes (EUA, 2013) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.09 - Anslo Garrick
Sem dúvida um dos melhores episódios (se não for o melhor) da série "The Blacklist". No anterior, só para situar o leitor, Raymond 'Red' Reddington (James Spader) acelerou, vamos colocar nesses termos, a morte do pai da agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Isso porque ele ameçou revelar um grande segredo envolvendo Red e ela, sua suposta filha. Pois bem, depois daquele momento crucial no seriado, Red é levado sob coação para o esconderijo do FBI. Uma vez lá descobre que ele e os agentes da agência cairam em uma grande armadilha. Um terrorista internacional, Anslo Garrick (Ritchie Coster), antigo desafeto de Red, invade o lugar com forte armamento e homens com treinamento de elite. O que se segue é praticamente um massacre. Tentando sobreviver Red usa de uma de suas poucas cartas, ao se isolar na mesma cela inexpugnável para onde foi levado no episódio piloto. O problema é que junto ele leva também o agente Ressler (Diego Klattenhoff), sangrando e ferido gravemente. Do lado de fora o famigerado Garrick começa um jogo de vida e morte para que Red saia de lá. A partir daí surge um dos melhores momentos de toda a série, com muita tensão e suspense à flor da pele. Impossível não se eletrizar com tudo. Esse é na verdade apenas a primeira parte pois continua no próximo programa, desde já imperdível. / The Blacklist 1.09 - Anslo Garrick (EUA, 2013) Direção: Joe Carnahan / Roteiro: Jon Bokenkamp, Joe Carnahan / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.10 - Anslo Garrick (No. 16) - Conclusion
Conclusão da trama que começou no episódio anterior quando Anslo Garrick (Ritchie Coster) invadiu as instalações do FBI para colocar as mãos em Raymond 'Red' Reddington (James Spader). Imediatamente Red se isolou em sua antiga "cela" à prova de fugas e balas de alto calibre, o que deu início a um jogo psicológico feroz entre ele e Anslo. Pois bem, no final do episódio passado o terrorista começou a chantagear Red usando os próprios agentes do FBI como alvos - ou Reddington abria a cela ou então ele começaria a executar um por um os policiais. A pressão aumenta, porém quando chega a vez de usar Elizabeth Keen (Megan Boone) como alvo, Red se desespera e finalmente consegue a senha que abre as portas do aparato onde se encontra. Isso demonstra para Anslo que Red finalmente tem um ponto fraco que pode explorar sempre que bem entender. Uma vez nas mãos de seus algozes ele é finalmente levado para um local inóspito e ideal para uma sessão de torturas. Após ser pendurado e sofrer todos os tipos de danos físicos e psicológicos finalmente entra em cena Alan Fitch (Alan Alda) que deixa claro para Red que ele pode ser encontrado e capturado em qualquer lugar do planeta, mesmo dentro das próprias instalações do FBI. Uma prova de força para que ele não tente mais enganar esse poderoso grupo de criminosos internacionais. O desfecho desse episódio, como não poderia deixar de ser, é bem violento e sangrento. Um dos melhores momentos acontece quando Red, sob intensa tortura física e psicológica, manda um irônico "beijinho" para Anslo, mostrando que se tem um cara durão naquela sala é ele mesmo. O ator Alan Alda, de tantos filmes marcantes no cinema, faz sua primeira participação na série, mostrando que há algo muito maior embaixo das operações de Red. Na verdade tudo parece ser apenas a ponta do iceberg. Outra cena que merece menção aqui nesse episódio acontece quando Red tem um diálogo vital com Elizabeth por telefone. Ela lhe pergunta se ele é o seu pai verdadeiro (algo que já vinha mais ou menos claro nos roteiros dos episódios anteriores). Após uma breve pausa Red nega que é o seu pai biológico (será mesmo que falou a verdade? Não me convenceu para falar a verdade). No geral é isso, mais um bom episódio de "The Blacklist" que parece demonstrar que vai procurar por novos caminhos em seus roteiros daqui para frente, fugindo um pouco da fórmula que vinha sendo empregada até agora. / The Blacklist 1.10 - Anslo Garrick (No. 16) - Conclusion (EUA, 2013) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, Lukas Reiter / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff, Alan Alda.

The Blacklist 1.11 - The Good Samaritan
Depois dos acontecimentos dos dois últimos episódios era de se esperar que Raymond 'Red' Reddington (James Spader) voltasse a caminhar pelo lado mais cruel do mundo do crime. E é justamente isso que ele faz. Inicialmente começa uma busca pelas pessoas envolvidas em seu sequestro e tortura. Sutilmente ele os encontra e após breves interrogatórios (com intensa pressão psicológica) as elimina sem maiores culpas. Uma enfermeira e um médico logo caem na mira de Red. Outro preocupação é rastrear o dinheiro dessa gente, o que ele faz com o auxílio de um hacker. Enquanto Red vai acertando contas com seus algozes a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) vai atrás do psicopata conhecido como "O Bom Samaritano". Esse é um caso antigo em sua carreira, mas da última vez ele conseguiu escapar. Agora ela sente que pode ser a chance de finalmente o levar para atrás das grades. O criminoso recebeu esse apelido pelo fato de não matar suas vítimas, ligando para o serviço de emergência no último minuto, após promover intensas lesões e ferimentos naqueles que caem em suas mãos. O mais interessante nesse personagem é que ele foi vítima de abuso infantil quando era apenas uma criança e agora adulto, trabalhando como enfermeiro, atende casos parecidos com o seu. Vestindo uma roupagem de justiceiro procura vingar sua ira e raiva em cima de adultos abusivos, inclusive em relação aos seus próprios filhos. Pela boa composição desse criminoso em particular esse episódio acaba se tornando uma grata surpresa pelas boas ideias do roteiro. / The Blacklist 1.11 - The Good Samaritan (EUA, 2014) Direção: Dan Lerner / Roteiro: Jon Bokenkamp, Brandon Margolis/ Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.12 - The Alchemist (No. 101)
O foco desse episódio gira em torno desse criminoso chamado "O Alquimista". Ele tem esse nome porque se especializou em forjar mortes de pessoas procuradas pelo FBI. Usando de manipulação genética ele muda o DNA de suas vítimas, fazendo o bureau a pensar que aqueles corpos pertenceriam de fato aos procurados pela agência. Seu rastro é dado por Red (James Spader) para a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Como Red está convencido que há uma informante dentro do FBI entregando os pontos ele resolve se distanciar o máximo possível da agência, o que não significa que deixará de ajudar Keen em futuras investigações. No fundo ele está mais do que certo pois suas suspeitas são verdadeiras. Os encontros entre eles agora se passam numa igreja (local mais improvável não haveria de ser). Confesso que desse episódio não consegui gostar muito. O roteiro foi previsível e sem maiores surpresas. Keen continua com problemas em relação ao seu noivo e se perde muito tempo com suas briguinhas pessoais. Falando sinceramente esses problemas dela quebram o ritmo da série. É tudo muito chato. Para piorar Red ficou meio de lado (uma falha imperdoável por parte dos roteiristas já que ele é o personagem que segura tudo nas costas, literalmente). Vamos esperar por melhoras daqui para frente. Mais Red e menos Keen e seu relacionamento xarope! / The Blacklist 1.12 - The Alchemist (EUA, 2014) Direção: Vincent Misiano / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.13 - The Cyprus Agency
Surreal. Eu classificaria assim o enredo desse episódio de The Blacklist. Duvida? Então vamos lá. Mulheres jovens, universitárias, bonitas e inteligentes, começam a desaparecer inexplicavelmente. O que poderia ter acontecido com elas? Após Raymond 'Red' Reddington (James Spader) se encontrar com a agente do FBI Elizabeth Keen (Megan Boone) ele lhe pede que investigue uma agência de adoção chamada Cyprus.  Red tem certeza que há uma ligação entre uma jovem mulher que foi assassinada recentemente bem no meio da rua e os sujeitos que ganham rios de dinheiro com as adoções dessa empresa, onde bebês lindos, brancos, de olhos azuis e espertos - praticamente o sonho de muito casal por aí - são adotados por casais ricos que não conseguem ter seus próprios filhos. O problema é que as tais crianças que estão sendo adotadas não possuem uma origem certa. Oficialmente é informado aos casais que adotam que elas viriam do leste europeu ou de nações que fizeram parte da ex-União Soviética, como Lituânia, Estônia, etc. O que ninguém, mas ninguém mesmo, desconfia é que há por trás de tudo uma esquema muito bem montado (e mórbido) que transformou as jovens desaparecidas em verdadeiras incubadoras de crianças perfeitas para adoção. Tudo muito bem arquitetado, com uma fachada que leva a crer que a coisa é séria mesmo. Bom episódio, um pouco como já descrevi antes, surreal, mas mesmo assim bom, valorizado ainda mais pela cena final quando Red finalmente acerta contas com a pessoa que estava infiltrada no bureau conspirando contra ele, quase o levando a inclusive perder sua própria vida. Para ele certas traições não merecem perdão. / The Blacklist 1.13 - The Cyprus Agency (No. 64) (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro:  Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.14 - Madeline Pratt (No. 73)
A bola da vez agora pertence a Madeline Pratt (Jennifer Ehle). De dia uma mulher respeitada na comunidade, com vários contatos importantes nos meios políticos e sociais. De noite uma ladra refinada, especializada em roubo de obras de arte. Agora ela está de olho em uma pequena peça, uma esfinge que contém em seu interior uma preciosa lista, que supostamente traz o nome dos principais agentes russos infiltrados dentro da sociedade americana durante a guerra fria. Claro que tal objeto também logo desperta a cobiça de Raymond 'Red' Reddington (James Spader) que pode fazer bons negócios com ela, caso chegue em suas mãos. Para isso Red acaba manipulando também o FBI, através da agente Elizabeth Keen (Megan Boone), colocando todos em busca da tal preciosidade arqueológica. Esse episódio chegou a me lembrar do grande clássico "Um Golpe de Mestre" com Paul Newman. Explico. Em determinado momento Red arma uma bem orquestrada farsa para enganar Madeline. Um truque que me recordou imediatamente do famoso filme, vindo em minha cabeça até mesmo a marcante musiquinha tema daquela produção. De resto o episódio ainda traz em seus momentos finais uma pequena reviravolta na trama de "The Blacklist", onde o FBI começa a mudar os rumos daquele departamento. Pelo visto depois do assassinato de uma de suas principais agentes do Bureau, Washington decidiu finalmente que era hora de mudar o comando das operações. / The Blacklist 1.14 - Madeline Pratt (No. 73) (EUA, 2014) / Direção: Michael Zinberg / Roteiro: Jon Bokenkamp, Jim Campolongo / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.15 - The Judge (No. 57)
'Red' Reddington (James Spader) decide revelar para a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) que existe um sistema de punição extra oficial dentro da sociedade americana. A coisa funcionaria mais ou menos assim: pessoas inocentes que teriam sido condenadas pelo sistema judiciário seriam vingadas por um grupo que sequestraria os responsáveis por essas condenações injustas. Juízes, promotores, testemunhas, qualquer pessoa que tivesse colaborado com essa injustiça pagaria com suas próprias vidas por seus erros. O mais curioso desse roteiro é que ele coloca como mentores desse sistema de "justiça pelas próprias mãos" os membros de uma entidade de proteção dos direitos humanos e de direitos civis dos cidadãos. Outra revelação relevante desse episódio é sobre o marido da agente Keen. Por vários episódios Red sustentou que ele na verdade não seria quem dizia ser. Muito provavelmente seria algum agente infiltrado na vida dela. Pois bem, nesse episódio tudo finalmente fica claro. Red tinha mesmo razão com suas suspeitas. A vida definitivamente não é justa. / The Blacklist 1.15 - The Judge (No. 57) (EUA, 2014) Direção: Peter Werner / Roteiro: Jon Bokenkamp, Jonathan Shapiro / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.16 - Mako Tanida (No. 83)
O vilão da vez é Mako Tanida. Um assassino profissional oriental que estaria dando cabo de todos os agentes do FBI que teriam contribuído para uma operação que o teria tirado de circulação no passado. Para Red porém não é sensato acreditar apenas nas aparências. Para ele, apesar das investigações afirmarem o contrário, o verdadeiro assassino profissional Tanida já estaria morto há tempos. Tudo assim seria apenas uma cortina de fumaça, uma manobra para encobrir a identidade dos verdadeiros assassinos. Enquanto o FBI não coloca as mãos no responsável, Red contrata seu próprio profissional. Ele terá que investigar a fundo o marido da agente Keen. Red quer provas da verdadeira identidade do sujeito. O que se descobre mostra que ele realmente trabalha para alguma organização secreta do leste europeu, com ordens vindas de Berlim. Só não se sabe direito quem ele seria e qual seria seu objetivo na América. Há uma mulher estranha que o ronda, mas que precisa sumir sem deixar pistas. O que parecia apenas mais uma teoria da conspiração sem fundamento parece estar se confirmando cada vez mais. / The Blacklist 1.16 - Mako Tanida (No. 83) (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.17 - Ivan (No. 88)

Ah, o amor platônico... Esse episódio tem tudo a ver com o tema que praticamente todo adolescente conhece muito bem. Após um agente da segurança nacional ser morto misteriosamente o FBI passa a acreditar que existe uma complexa rede de hackers liderados por um russo chamado Ivan com o objetivo de invadir o sistema de segurança dos Estados Unidos. Será mesmo? Para Red há mais coisas envolvidas do que levanta a investigação. Na verdade o responsável não seria Ivan, mas sim um adolescente apaixonado por uma garota do colégio que nem sabe que ele existe. Acontece que o pai da garota trabalha na segurança nacional e estaria para ser transferido para outra cidade. O jovem adolescente apaixonado então resolve invadir todos os sistemas para evitar que isso aconteça. Ele definitivamente não aceita ficar longe de seu amor! Tudo teria sido motivado mesmo por esse sentimento de um garoto tímido, imagine você! Enquanto isso Elizabeth Keen (Megan Boone) finalmente liga todas as pontas. Ao invadir um esconderijo usado por um suposto terrorista ela acaba reconhecendo um brinquedinho que havia dado ao próprio marido. Pois é, ela descobre que Red, que a tinha avisado por tanto tempo, estava mais do que certo. A charada havia sido finalmente revelada! / The Blacklist 1.17 - Ivan (No. 88) (EUA, 2014) Direção: Randall Zisk / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.18 - Milton Bobbit (No. 135)
O vilão da vez responde pelo codinome de "Agente funerário". O apelido tem sua razão de ser. Ele se aproveita do drama de doentes terminais e lhes propõe algo tentador. Eles fazem seu serviço sujo e em compensação ele promete cuidar de suas famílias. O que ninguém desconfia é que o próprio criminoso também é um homem extremamente doente e com os dias contados. No passado ele se submeteu ao teste de uma droga experimental que prometia amenizar os efeitos da diabetes. O tiro acabou saindo pela culatra e ele acabou pagando alto pelo fato de ter sido uma verdadeira cobaia. Sua saúde foi praticamente destruída e agora ele entende ter chegado a hora de se vingar dos médicos e da equipe médica que o usou naquela ocasião. Para Raymond 'Red' Reddington (James Spader) também chegou a hora da verdade. Durante muito tempo ele alertou a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) que seu marido não era quem alegava ser. Na verdade o passado nebuloso e misterioso demonstrava que havia algo errado naquele sujeito que sempre pareceu ser um bom homem, o marido ideal. Depois de tomar contato com filmagens feitas em sua própria casa, durante sua ausência, ela finalmente vê o castelo de cartas que foi seu casamento ruir completamente. Mesmo mantendo uma aparente normalidade ela então começa a investigar, usando a pessoa que supostamente seria seu cunhado. Aos poucos tudo vai caindo por terra, revelando uma misteriosa e estranha ligação com Berlim, o que acaba intrigando Red, muito embora ele ainda não saiba o que haveria por trás de tudo. / The Blacklist 1.18 - Milton Bobbit (No. 135) (EUA, 2014) Direção: Steven A. Adelson / Elenco: Jon Bokenkamp, Daniel Voll / Roteiro: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.19 - The Pavlovich Brothers (No. 119-122)
Xiaoping Li (Natalie Kim) é uma cientista chinesa especializada em guerra biológica que é levada até os Estados Unidos pela CIA. Ela quer denunciar a pesquisa por parte de autoridades de Pequim no desenvolvimento de uma nova arma devastadora que em caso de guerra deveria ser usada em grandes dimensões, em larga escala, causando um desastre de proporções imprevisíveis para as populações civis do inimigo. Uma vez na América ela acaba sendo raptada pelos irmãos Pavlovich, velhos conhecidos de 'Red' Reddington (James Spader) que acaba criando um verdadeiro triângulo envolvendo os terroristas, a própria CIA e a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Se esse fosse o único problema para Lizzy... mas na verdade ela precisa ainda lidar com o marido, Tom (Ryan Eggold). Após dois anos de casamento ela acabou descobrindo com a ajuda de Red que ele nunca foi quem alegou ser. Na verdade é um sujeito que trabalha para alguma organização criminosa desconhecida do leste europeu. As coisas porém tomam outros rumos, já que a relativa tentativa de parecer tudo normal entre eles cai por terra finalmente. Ele descobre que Lizzy já sabe que ele tem uma outra identidade e por isso resolve ir embora, sem olhar para trás. Na cena final ambos finalmente resolvem colocar tudo em panos limpos e... não se trata de uma simples briguinha de casal, mas um quebra-pau digno dos melhores filmes de ação. Pelo visto o casamento perfeito deles não era definitivamente tão perfeito quanto parecia. / The Blacklist 1.19 - The Pavlovich Brothers (No. 119-122) (EUA, 2014) Direção: Paul A. Edwards / Roteiro: Jon Bokenkamp, Elizabeth Benjamin / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.20 - The Kingmaker (No. 42)
O vilão da vez atende pelo codinome de "Kingmaker". O sujeito é especializado em destruir ou erguer carreiras políticas. Para aniquilar adversários ele coloca seus alvos em situações embaraçosas, escandalosas, como na República Tcheca onde dopa e depois leva para um quarto de motel barato um influente ministro de Estado. Encontrado ao lado de um garoto de programa morto ele vê suas pretensões políticas serem tragadas pelo escândalo, praticamente da noite para o dia. Tudo obviamente armado pelo Kingmaker. Já nos Estados Unidos ele é contratado para transformar um jovem deputado no mais novo senador da República. Para isso dar certo vale tudo, desde forjar um acidente automobilístico para o transformar em um herói da mídia, seja matando um atual membro do senado para abrir uma vaga para seu cliente. Raymond 'Red' Reddington (James Spader) também está na mira do criminoso internacional, mas se vê impossibilitado de reagir à ameaça por não saber sua verdadeira identidade. Para piorar a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) tem suspeitas sérias de que ele teria algo a ver com a morte do próprio pai. Conforme o tempo passa ela começa a juntar pistas da participação de Red no trágico evento, entre elas o fato de Red ter ido ao hospital onde seu pai estava internado no mesmo dia em que ele faleceu. Coincidência ou indícios de sua efetiva participação? Com sua credibilidade abalada dentro do FBI, onde não pode sequer contar com a ajuda de Liz, Red não vê outra saída que procurar por outros aliados, mesmo que eles venham a se juntar a ele por pura chantagem. Nesse mundo não existem mesmo mãos limpas. / The Blacklist 1.20 - The Kingmaker (No. 42) (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Jon Bokenkamp, J.R. Orci / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.21 - Berlin (No. 8)
A primeira temporada de "The Blacklist" vai chegando ao fim nesse penúltimo episódio. As coisas também vão ficando mais claras. Nesse episódio ficamos sabendo, por exemplo, as reais intenções camufladas de Raymond 'Red' Reddington (James Spader) em colaborar tão diretamente próximo com o FBI. Também vamos entendendo mais claramente sua conturbada relação com a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Nos Estados Unidos se falou muito desse final de temporada. A atriz Megan Boone ficou na berlinda no elenco por alguns episódios complicados de sua vida pessoal. Fotos íntimas dela vazaram para a internet o que causou constrangimento por parte dos produtores. Além disso sua complicada relação com James Spader no set de filmagens deixou sua posição meio complicada para seguir em frente na série. As más línguas afirmam que Spader perdeu várias vezes a paciência com a falta de talento de sua colega em cena. Provavelmente prevendo sua saída os roteiristas colocaram na história uma firme convicção da agente Keen em abandonar o FBI depois do desfecho do caso. Antes disso porém ela tentará de todas as maneiras descobrir a verdadeira identidade de Berlin (assim como Red) para descobrir para quem diabos afinal seu marido estaria trabalhando. O mote desse episódio também gira em torno de um vírus mortal que se torna uma maneira de chantagear os infectados em busca de um antídoto. Bem movimentado e divertido, o programa pavimenta assim o caminho até o último e definitivo episódio final. Ficaremos no aguardo. / The Blacklist 1.21 - Berlin (No. 8) (EUA, 2014) Direção: Michael Zinberg / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 1.22 - Berlin (No. 8): Conclusion
Esse é o último episódio da primeira temporada. Começa com vários depoimentos dos sobreviventes da queda do avião em um dos rios que circundam Nova Iorque (fato que fechou o episódio anterior). São todos russos. E qual seria a ligação dessa gente com o tal Berlin, que todos desejam descobrir a verdadeira identidade, mas principalmente Red (Spader)? Ele está intrigado pois desde sempre sabe que é necessário em seu "ramo de negócios" conhecer todos os inimigos que o cercam, sejam eles reais ou imaginários. O problema crucial é que Red definitivamente não sabe quem o está caçando, simplesmente não tem ideia. Nesse episódio temos várias respostas a perguntas que vinham de muito tempo na série. Ao que tudo indica Berlin seria na verdade um ex-agente da KGB que estaria usando a fragilidade emocional de Red para com a agente Keen (Megan Boone) em seu favor. Nesse episódio em particular há duas excelentes cenas. Numa delas Red e Keen colocam as cartas na mesa sobre a verdadeira identidade do pai biológico dela. Na outra Red tem uma conversinha nada amigável com aquele que supostamente seria o verdadeiro Berlin (mas seria ele mesmo?). Um dos grandes destaques do que se passa nesse episódio - alerta de spoiler - é a morte violenta de Tom Keen (Ryan Eggold) baleado pela própria agente Keen. Óbvio que ela fica arrasada emocionalmente por ter atirado no ex-marido, causando sua morte, pois no fundo gostava dele e até tinha esperanças de construir uma bela vida ao seu lado. Isso fica bem claro na última cena quando ela finalmente deixa a casa vazia onde pretendia morar com ele. Sonhos destruídos de um futuro feliz. Pois é, pelo visto a felicidade ainda não bateu a porta da bela agente do FBI. Por fim, se você for bem atento, perceberá que na cena em que Red tira a camisa surgem várias cicatrizes de queimaduras em suas costas. Uma pista? Ora em um diálogo anterior bem revelador com Liz  ele havia dito a ela que o seu pai verdadeiro havia morrido em um incêndio quando ela era apenas uma criança. Ora meu amigo, alguma dúvida mesmo de que Red é na verdade o pai desconhecido de Liz? Eu particularmente tenho menos dúvidas a cada episódio que vejo. Espero que não seja pegadinha de roteirista esperto, mas enfim... Agora é conferir se é isso mesmo na segunda temporada de "The Blacklist". Até lá! / The Blacklist 1.22 - Berlin (No. 8): Conclusion (EUA, 2014) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

Pablo Aluísio.

Megan Boone

Eu considero a Megan Boone uma mulher lindíssima. Para ser sincero ela é certamente uma das mais bonitas atrizes das séries atuais, provavelmente só perdendo nesse quesito para a loirinha Sarah Jones. Ela começou bem cedo na carreira. Em 2008 atuou em séries como "The Cleaner" e "Cold Case". Depois tentou o cinema estando no elenco da nova versão de "Dia dos Namorados Macabro". Pena que nesse tipo de produção não havia maior oportunidade de atuar bem uma vez que seu papel era apenas a de desfilar sua beleza em cena e nada mais - além é claro de pagar mico no meio do sangue falso feito de catchup. O mesmo aconteceria em "Sex and the City 2" (onde havia mulheres lindas e deslumbrantes em excesso no elenco para chamar a atenção) e "Doce Tentação". Finalmente em "Law & Order: Los Angeles" onde interpretou a personagem Lauren Stanton ele finalmente teve alguma chance real de se destacar. Foram sete episódios no total. Infelizmente a grande chance na carreira ainda iria demorar e Megan ia pegando o que aparecia pela frente, filmes como "Ela Dança, Eu Danço 4" e "Bem Vindo À Selva" que certamente não iriam mudar sua sorte na carreira.

As coisas começaram a mudar com o especial "The Blacklist: Are You on the Blacklist?", première da série que iria mudar sua carreira para sempre. "The Blacklist", a série, então surgiu nas telas e conseguiu se firmar no competitivo mercado de séries nos Estados Unidos. No ar desde 2013 como a personagem da agente Elizabeth Keen, Megan tem desfrutado dos melhores momentos de sua profissão de atriz. Uma mulher realmente deslumbrante que tem encantado o público americano em geral. Claro que em um ritmo tão intenso de gravações houve quem a criticasse por ter apresentado algumas atuações abaixo do esperado em certos episódios. Isso porém é até normal nesse tipo de produção. A agenda de gravações é intensa e o ritmo frenético, não sobrando muito bem para atuar com maestria. É claro que em algum momento o profissional fique sobrecarregado.

Na vida pessoal aconteceu um evento desagradável para Megan. Fotos privadas vazaram na net. Nessas imagens de nudez não há nada que a desmereça, pelo contrário, são fotos até bem bonitas onde ela tirou selfies de si mesma diante de um espelho na intimidade de seu quarto. Apesar das fotos serem amadoras há até um toque clássico, vintage, nelas. Já o suposto vídeo dela transando com um namorado não é verídico. Na verdade aquele é um filme pornô da série Raw estrelado e dirigido por Manuel Ferrara, um famoso astro do mercado adulto. A única coincidência é que a cama vista na cena do filme é idêntica ao modelo da cama onde Megan aparece nua em suas fotos. Nada além disso. Enfim, são coisas da vida de uma celebridade televisiva. Resta saber agora o que virá depois do fim da série que estrela.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os Bad Boys

A fórmula é baseada no sucesso de Eddie Murphy, "Um Tira da Pesada". Basicamente um filme policial com muito humor, mas também com bem elaboradas cenas de ação. Entre uma gracinha e outra novas explosões, carros voando para todos os lados e um vilão unidimensional, algumas vezes bem caricatural, que deseja apenas fazer todo o mal possível para toda a sociedade (e como convém a esse tipo de personagem sem uma boa razão plausível para isso). O que garante a diversão é realmente a dupla central. Will Smith, ainda colhendo os frutos de seu sucesso na TV americana com a série "Um Maluco no Pedaço" (que acredite, ainda é reprisada pelo SBT), tenta levantar uma nova carreira no cinema. Como se sabe a transição TV - Cinema nunca é muito fácil e apenas poucos atores conseguiram fazer essa travessia com êxito (entre eles o próprio Will Smith e Bruce Willis, que também virou uma espécie de superstar dos filmes de verão tal como Smith).

No geral é um filme divertido, do tipo blockbuster descartável, que você deve assistir com muita pipoca e refrigerante, ou seja, cinema fast food por excelência. Depois de algum tempo você esquecerá tudo o que viu, afinal esse não é aquele tipo de filme que veio para marcar em nada. Dirigido pelo cabeça de vento Michael Bay o filme obviamente caiu no gosto do público, gerando uma nova sequência em 2003. E como se isso não fosse o bastante recentemente foram anunciadas duas novas sequências para a franquia, a primeira em 2017 e a outra em 2019. Durma-se com um barulho desses.

Os Bad Boys (Bad Boys, Estados Unidos, 1995) Direção: Michael Bay / Roteiro: George Gallo, Michael Barrie / Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Lisa Boyle / Sinopse: Dupla de policiais enfrenta a criminalidade e traficantes de drogas de um jeito todo próprio! Filme indicado ao Grammy Awards (pela canção original "Someone to Love") e ao MTV Movie Awards nas categorias de "Melhor Dupla" e "Melhor Sequência de Ação".

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Uma Nova Tocaia

Eu fiquei bem aborrecido com essa continuação simplesmente porque gostei tanto de "Tocaia", o filme original, que ver algo tão caça-niqueis como isso me deixou realmente chateado. Do primeiro filme não há muito o que criticar, eu o considero uma pequena obra prima policial dos anos 80. Um thriller com um roteiro muito bem bolado e uma dupla protagonista simplesmente impagável. Infelizmente em Hollywood o que vale mesmo muitas vezes é o lado puramente comercial do cinema. Não havia necessidade de existir uma sequência já que o primeiro filme tinha uma trama que se fechava muito bem em si mesma. Mesmo assim os produtores ignoraram isso e realizaram um segundo filme que é praticamente uma cópia mal feita do primeiro. Imaginem que coisa equivocada!

Tentar realizar um remake disfarçado já é ruim, agora um de qualidade nitidamente ruim é bem pior do que qualquer outra coisa que se possa imaginar. Nem os personagens resistiram... Richard Dreyfuss e Emilio Estevez apenas batem o ponto, preguiçosamente... como se isso não fosse ruim o bastante ainda escalaram a comediante (completamente sem graça, em minha opinião) Rosie O'Donnell. Ela estava fazendo muito sucesso na TV na época e por isso foi escalada, mas ficou deslocada, desenturmada, com uma personagem que não diz a que veio. Deveria ter ficado no mundo da telinha mesmo, até porque nem acrescentou nada ao filme e nem esse trouxe nada para sua carreira (pelo contrário, foi um tremendo fracasso comercial). O quadro geral assim não ficou nada bom. Nem a presença de John Badham (um bom diretor, sem dúvida) conseguiu evitar o fiasco. Então é isso, "Another Stakeout" não passa de uma continuação ruim, bem ruim, de um filme tão bom.

Uma Nova Tocaia (Another Stakeout, Estados Unidos, 1993) Direção: John Badham / Roteiro:  Jim Kouf / Elenco: Richard Dreyfuss, Emilio Estevez, Rosie O'Donnell, Dennis Farina, Marcia Strassman / Sinopse: Continuação do filme policial de sucesso dos anos 80 denominado "Tocaia".

Pablo Aluísio.

Corina

Comédia bem bobinha, mas que tem duas coisas que valem ao menos a pena conferir. A primeira é a trilha sonora, cheia de hits e sucessos dos anos 1960. Uma época particularmente deliciosa em termos musicais. A segunda é o elenco, com o providencial carisma da atriz Whoopi Goldberg, novamente em um papel leve e divertido e é claro Ray Liotta, em raro momento cômico na carreira, logo ele que se notabilizou e ficou conhecido justamente por interpretar mafiosos e criminosos na tela (basta lembrar do Henry Hill de "Os Bons Companheiros").

Para quem estava acostumado a estourar os miolos de seus inimigos com tacos de beisebol foi realmente uma mudança e tanto. Curiosamente por causa dessa imagem cinematográfica demorou um pouco para que eu o levasse à sério no papel de paizão suburbano. Ele fica por ali, com sorriso no rosto e não pude deixar de pensar que ele poderia estar tramando algum crime... Enfim, bobagens à parte "Corina" é bem isso, um filme inofensivo que não procura em nenhum momento polemizar, nem mesmo levantando seriamente a questão dos direitos civis da população negra naquele período histórico particularmente complicado nos Estados Unidos. É tudo mesmo muito leve, colorido e divertido, como se fosse um chiclete. Nada mais do que isso.

Corina, uma Babá Perfeita (Corrina, Corrina, Estados Unidos, 1994) Direção: Jessie Nelson / Roteiro: Jessie Nelson / Elenco: Ray Liotta, Whoopi Goldberg, Tina Majorino. / Sinopse: Comédia que se passa nos anos 60 com uma babá maravilhosa. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Debi & Lóide

É óbvio que eu jamais indicaria esse filme para pessoas mais sofisticadas que gostem de um tipo de humor mais refinado, como o britânico, por exemplo. "Debi & Lóide" é produto de massa, nada sutil, totalmente escrachado e debochado, uma produção que não tem vergonha de apelar para literalmente tudo - sim, vale tudo nesse roteiro para fazer o espectador rir, sem constrangimentos. Dito isso, é bom frisar que essa comédia é mais indicada mesmo para o público adolescente. É um tipo de humor que apesar de em muitos momentos ser bem vulgar beira a infantilidade completa. Talvez por essa razão tenha feito tanto sucesso. Curiosamente ao longo dos anos o ator Jim Carrey tentaria se afastar desse tipo de comédia mais visceral para abraçar projetos mais artísticos e pretensiosos, afinal seu sonho sempre foi ser levado à sério como ator em Hollywood. Após sucessivos fracassos comerciais ele parece ter voltado ao mesmo ponto de antes em sua carreira, já que recentemente estrelou uma sequência tardia desse filme (que inclusive ainda não conferi).

Vinte anos depois ele retorna ao mesmo lugar! Do outro lado sempre achei muito interessante o timing para o humor de Jeff Daniels! Ele nunca foi um comediante de ofício, apesar de sua cara de bobão. Aqui ele conseguiu se sair excepcionalmente bem, mas mesmo assim jamais abraçou a comédia como o ponto focal de sua carreira. Para falar a verdade sempre deu prioridade para filmes mais dramáticos até! Então é isso, eis aqui um filme que não tem nenhum receio de ser completamente idiota. Se você procura por algo assim, boa sorte!

Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (Dumb & Dumber, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Roteiro: Peter Farrelly, Bobby Farrelly / Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Lauren Holly / Sinopse: Dois idiotas se envolvem nas maiores confusões. Filme vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Comédia.

Pablo Aluísio.

O Diário de Carson Phillips

O filme conta a história de Carson Phillips (Chris Colfer), um jovem de 17 anos que ainda está na escola secundária. Ele sonha em se tornar um dia um grande escritor e jornalista, deixando para trás sua vidinha tediosa na cidadezinha de Clover. Para isso porém ele precisa ser aceito em uma boa universidade e para chegar lá precisa ter um bom currículo escolar, o que significa participar de atividades extra-curriculares na escola. Uma saída seria escrever uma revista literária, mas o problema é que nenhum aluno parece disposto a colaborar. Assim ele encontra uma forma de forçar eles a participarem, descobrindo seus podres para depois os chantagear, para que assim finalmente escrevam textos para o seu projeto, caso contrário ele revelaria todos os segredos mais obscuros da turma. Esse filme é um draminha escolar que conta em seu elenco com vários atores de séries.

O próprio personagem principal é interpretado por Chris Colfer de "Glee". Ele inclusive escreveu o roteiro, mostrando que tem talento também nessa area. Christina Hendricks de "Mad Men" também está no elenco e interpreta uma jovem que fica grávida do pai de Carson, um sujeito ausente em sua vida. Fica até divertido encontrar todos esses atores em um filme como esse. No geral é apenas bacaninha. A primeira cena mostra logo a morte de Carson - atingido por um raio no estacionamento da escola - e a partir daí ele próprio, em uma narração em off, vai contando sua história de vida, seus sonhos e seus planos de futuro ao espectador. Talvez se eu tivesse 17 anos o filme funcionaria melhor, mesmo assim em momento algum me deixou aborrecido ou chateado. A trama é redondinha e se fecha bem, mostrando que ter um sonho pode ser o grande segredo para a felicidade.

O Diário de Carson Phillips (Struck by Lightning, Estados Unidos, 2012) Direção: Brian Dannelly / Roteiro: Chris Colfer / Elenco: Chris Colfer, Rebel Wilson, Christina Hendricks / Sinopse: Filme de comédia. Filme vencedor do Key West Film Festival.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de outubro de 2015

Jack

Outro filme de um grande diretor que de certa maneira foi esquecido com o tempo. "Jack" foi dirigido por Francis Ford Coppola, um dos maiores diretores de cinema da história. O enredo é pueril. Um garoto tem uma estranha síndrome que faz com que seu corpo envelheça quatro vezes mais rápido do que a de um ser humano normal. Assim quando ele finalmente vai para a escola ele está com a aparência de um homem de 40 anos (interpretado por Robin Williams). Coppola optou por fazer uma comédia leve, divertida e nada mais, sem espaço para explorar dramas ou qualquer coisa parecida. O resultado não poderia ser diferente.

Tudo é muito sem importância, nada marcante e sendo bem sincero até chato. É aquele tipo de filme que você levava para casa na época das locadoras VHS e depois de uma semana esquecia completamente, o que é bem anormal em se tratando de um filme assinado por esse excelente diretor. A única coisa que se salva no meio da irrelevância geral é justamente a atuação de Robin Williams que, carismático como sempre, consegue até mesmo convencer o espectador de que ele é na realidade apenas um garotinho preso no corpo de um adulto. Fora isso o filme é tão descartável como um saco de pipocas ou uma lata de Coca-Cola.

Jack (Jack, Estados Unidos, 1996) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: James DeMonaco, Gary Nadeau / Elenco: Robin Williams, Diane Lane, Jennifer Lopez, Fran Drescher, Brian Kerwin / Sinopse: O filme conta a história de um garoto em corpo de adulto. Filme indicado ao Kids' Choice Awards na categoria de Melhor Ator (Robin Williams).

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de outubro de 2015

O Segredo

Baseado no romance escrito por John Grisham, especialista em tramas jurídicos, o filme narra a luta de um jovem advogado, Adam Hall (Chris O'Donnell), em defender seu velho avô, Sam Cayhall (Gene Hackman), das acusações de ter assassinado um negro no passado, tudo fruto de um aparente crime de ódio racial. Conhecido por ser uma pessoa racista e intolerante, Sam não parece disposto a abrir mão de suas opiniões, nem que para isso acabe pagando um preço muito caro nos tribunais, com risco até mesmo de ser condenado a pena capital. O roteiro assim explora o conflito interior que nasce em Adam, tendo que defender alguém que no fundo acredita em tudo aquilo que ele mesmo despreza. Como se pode perceber o argumento é mesmo dos mais interessantes.

Com um tema tão relevante era de se supor que o filme virasse uma pequena obra prima, mas infelizmente isso não aconteceu. O problema aqui é até fácil de encontrar. Embora conte com as presenças maravilhosas de dois veteranos talentosos, o grande Gene Hackman e a preciosa Faye Dunaway, o filme acaba afundando no quesito interpretação por causa de Chris O'Donnell. Naquela época Hollywood estava disposta a transformar o jovem ator em um astro do porte de um novo Tom Cruise. Não deu certo. Tudo o que O'Donnell conseguiu em muitos filmes foi ser apenas inexpressivo. Quando era uma produção sem importância, ao estilo pipoca de verão, isso não chegava a incomodar, mas quando começou a estragar bons roteiros como esse, a coisa toda começou a ficar irritante e constrangedora. Assim "O Segredo" acabou sendo prejudicado pela falta de talento dramático do rapaz. Se houvesse um ator melhor em seu papel tenho certeza que o filme teria se tornado uma das melhores preciosidades do cinema americano nos anos 1990. Só que isso definitivamente não aconteceu.

O Segredo (The Chamber, Estados Unidos, 1990) Direção: James Foley / Roteiro: William Goldman / Elenco: Chris O'Donnell, Gene Hackman, Faye Dunaway / Sinopse: Jovem advogado tenta livrar seu avô do corredor da morte. Ele foi condenado por racismo e outros crimes de ódio.

Pablo Aluísio.

Caravana da Coragem

O diretor George Lucas ficou tão encantando com os Ewoks (aqueles bichinhos de pelúcia guerreiros do filme "O Retorno de Jedi") que resolveu escrever o roteiro e produzir esse filme focado apenas neles. A verdade é que apesar de Lucas ser um dos cineastas mais celebrados da história do cinema por causa de sua maior criação, a saga "Star Wars", ele também deu vários tropeços ao longo da carreira. Um deles foi justamente esse filme. Tudo bem, os ursinhos eram legais, divertidos e tudo mais, porém não havia razão e nem conteúdo para fazer um filme todo apenas contando a estorinha deles. Ficou bobo, vazio, infantil demais e completamente descartável. Como Lucas sempre foi um péssimo diretor de atores ele resolveu escalar o veterano diretor de TV John Korty para dirigir.

Esse fez um filme nada marcante, bem cheio de clichês e cenas de dar sono. Provavelmente apenas a garotada - até 12 anos - poderá curtir a produção. Hoje em dia a situação ainda é bem pior porque os efeitos especiais ficaram velhos e datados e a meninada para falar a verdade nem conhece mais muito bem os filmes "Star Wars" originais. Provavelmente com o lançamento da nova franquia o interesse volte a surgir entre os mais jovens, até lá não tem para onde ir, "Caravana da Coragem" ficou velho e esquecido. Filme vencedor do Emmy Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Caravana da Coragem - Uma Aventura Ewok (The Ewok Adventure, Estados Unidos, 1984) Direção: John Korty / Roteiro: George Lucas, Bob Carrau/ Elenco: Eric Walker, Warwick Davis, Fionnula Flanagen / Sinopse: Uma aventura no universo de Star Wars com os ursinhos Ewoks.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Meu Querido Presidente

A premissa desse filme era até promissora. Michael Douglas interpreta Andrew Shepherd, presidente dos Estados Unidos. Tudo vai bem em sua vida até que ele cai de amores por uma lobista, algo que poderá colocar na berlinda até mesmo sua presidência. O que estraga mesmo nesse "The American President" é o ufanismo de seu roteiro. O presidente interpretado por Michael Douglas é o máximo em integridade moral e ética, um homem tão correto e bondoso que mal parece ser de verdade. Sinceramente... os americanos possuem essa visão meio boba de seus presidentes e isso não é de hoje. Mesmo políticos notoriamente corruptos que ocuparam a Casa Branca ganham uma certa áurea de nobreza! O curioso é que o presidencialismo em si foi criado para ser um contraponto à monarquia, mas o povo americano, sendo herdeiro de certo modo das tradições políticas dos ingleses, acabaram transferindo para o cargo de presidente, mesmo que de forma indireta, um certo sentimento nesse sentido. Assim com tanto ufanismo e falta de realismo o filme de certo modo afunda.

Em termos de elenco todos se mostram corretos, até mesmo Douglas, que demonstra uma impensada elegância em cena. Mesmo que seja complicado de ver Douglas como o chefe do executivo, ainda sim ele consegue convencer a todo momento. Sua atuação fez com que ele até mesmo pensasse seriamente em um dia ser candidato a algum cargo, vejam só vocês! Como é padrão na filmografia do diretor Rob Reiner, você não vai encontrar nada de muito ousado ou instigante no filme. Ele é bem morno mesmo, feito para a família, onde até os supostos pontos dramáticos são amenizados. Mesmo assim, com todo esses pontos fracos, ainda vale uma matinê preguiçosa no sofá. Como se pode perceber tudo não passa de um passatempo bem inofensivo.

Meu Querido Presidente (The American President, Estados Unidos, 1995) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Rob Reiner / Elenco: Michael Douglas, Annette Bening, Martin Sheen, Michael J. Fox, Richard Dreyfuss / Sinopse: O filme mostra a vida de um presidente dos Estados Unidos. Um presidente de pura ficção, é bom salientar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro em outras cinco categorias, entre elas Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Pablo Aluísio.

O Professor Aloprado

Na realidade se trata de um remake do famoso filme de Jerry Lewis. Naquele original o comediante Lewis interpretava dois personagens bem distintos, um professor nerd (em brilhante atuação) e um galã metido a conquistador (Buddy Love, claramente inspirado no parceiro de Lewis, o cantor Dean Martin). Considerado um dos grandes filmes da carreira de Jerry Lewis ele ganhou após muitos anos esse remake, agora com o comediante Eddie Murphy. Com muitos mais recursos em mãos - como a tecnologia digital e o avanço da maquiagem no cinema, Eddie sem dúvida realizou um bom trabalho, principalmente no tocante a dar vida a inúmeros personagens, algo que ele já havia feito em filmes anteriores como "Um Príncipe em Nova York" ainda nos anos 80. A transformação de Eddie Murphy ficou tão bem realizada que garantiu mais um Oscar para o expert Rick Baker (especializado em monstros de filmes de terror). 

Além da mudança física do protagonista o roteiro também trouxe outras surpresas. Algumas modificações pontuais foram feitas e o resultado se mostrou muito bom. O antigo visual baseado em um professor de química desastrado de Lewis foi trocado por um tipo de professor bonachão, bem de acordo com a nova proposta de Eddie. Sucesso de público e crítica esse novo "O Professor Aloprado" daria origem a uma sequência quatro anos depois chamada "O Professor Aloprado 2 - A Família Klump", algo que não havia acontecido com o primeiro filme de Lewis. Esse segundo filme era nitidamente inferior e sem novidades, se tornando apenas um caça-níquel sem muita razão de ser. De qualquer forma fica a dica de um remake que apesar de não ser tão bom como o filme que lhe deu origem pelo menos não se tornou um desastre completo.

O Professor Aloprado (The Nutty Professor, Estados Unidos, 1996) Direção: Tom Shadyac / Roteiro: Jerry Lewis, Bill Richmond / Elenco: Eddie Murphy, Jada Pinkett Smith, James Coburn / Sinopse: O filme conta a divertida história de um professor atrapalhado que acaba se transformando em um galã ao tomar uma nova substância química.

Pablo Aluísio.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O Morro dos Ventos Uivantes

Título no Brasil: O Morro dos Ventos Uivantes
Título Original: Wuthering Heighs
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Peter Kosminsky
Roteiro: Anne Devlin, baseado em livro de Emily Brontë
Elenco: Juliette Binoche, Ralph Fiennes, Janet McTeer, Sophie Ward, Simon Sheperd

Sinopse:
O enredo se passa no apagar das luzes do século XVIII em uma região rural e isolada da Inglaterra. É lá que vivem Catherine Earnshaw (Juliette Binoche) e Heathcliff (Ralph Fiennes). São irmãos adotivos. Embora tenham sido criados juntos um sentimento maior cresce entre eles. Os sentimentos porém não irão aflorar sem antes que eles passem por inúmeras experiências de vida.

Comentários:
Mais uma adaptação do famoso livro "O Morro dos Ventos Uivantes". São mais de vinte filmes explorando o universo dessa grande obra romântica. A primeira versão foi realizado em 1920 e a última há pouco, em 2011. Ao que tudo indica a estória de um amor que resiste a tudo e a todos bateu fundo no lado mais sentimental das pessoas. E curiosamente não importa a  geração pois o enredo de fato parece eterno. Essa versão dos anos 90 sempre é lembrada, embora não possa ser comparada ao clássico de 1939 que tinha no elenco atores maravilhosos como Laurence Olivier. Para se ter uma ideia até mesmo Charlton Heston interpretou o papel de Heathcliff na TV durante a década de 1950. Ainda prefiro a versão clássica de 1939. Via de regra eu sempre prefiro os clássicos. Não sei exatamente a razão mas me parece que o romantismo puro soava melhor há décadas atrás. Hoje em dia tem muito cinismo no ar, vira e mexe cai no piegas mas nos tempos dourados de Hollywood isso não acontecia. Aqui os destaques vão para a bela fotografia, pelo casal principal que realmente passa muita paixão na tela e principalmente pela inspirada trilha sonora. Não é a melhor versão do livro mas satisfaz plenamente quem ainda não viu nenhum dos filmes baseados no texto original. Fica então a dica desse romântico "O Morro dos Ventos Uivantes", cuja estória de amor é de fato atemporal.

Pablo Aluísio.

Apóstolo Pedro e a Última Ceia

Título no Brasil: Apóstolo Pedro e a Última Ceia
Título Original: Apostle Peter and the Last Supper
Ano de Produção:
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott White Productions
Direção: Gabriel Sabloff
Roteiro: Timothy Ratajczak, Gabriel Sabloff
Elenco: Robert Loggia, Bruce Marchiano, Laurence Fuller

Sinopse:
Durante o império de César Nero (54 – 68) o apóstolo de Jesus Cristo e um dos seus principais seguidores, aquele conhecido como Pedro (1 a.C – 67 d.C), chega ao coração do império, Roma. Pregando a palavra de um judeu morto por autoridades romanas na Judéia, ele afirma estar espalhando a boa nova, o evangelho. Sua atitude logo desperta a reação das autoridades. Levado a uma masmorra ele chama a atenção de um dos soldados que fazem a vigília em sua cela. Condenado, sua execução é marcada para acontecer em apenas três dias.

Mesmo com a iminência de sua morte na cruz o apóstolo não se desespera e nem suplica por perdão, pelo contrário, mantém a serenidade, dizendo-se feliz por reencontrar seu mestre Jesus. Intrigado o legionário de Roma lhe pede explicações sobre Jesus, cuja doutrina religiosa está se espalhando cada vez mais na cidade eterna e berço do grande império. De forma humilde e ponderada então Pedro começa a lembrar de seu messias, de suas histórias, suas pregações e milagres, causando uma profunda comoção no soldado que começa a enxergar uma nova realidade, uma nova filosofia de vida baseada na paz e no amor – algo completamente diferente do que lhe foi ensinado nas fileiras do exército de Roma.

Comentários:
Assistir a esse filme foi uma bela surpresa. Não pela produção que é bem modesta mas sim pelo seu texto, muito rico e bem escrito. Usando de fatos históricos permeados com pura dramaturgia o filme consegue manter o interesse baseado apenas no impacto da conversa de Pedro na prisão com um romano legionário que começa sua conversão nos últimos momentos de vida do apóstolo. Entre os principais aspectos positivos que vi aqui estão a sua estrutura teatral (que só conta pontos a favor) e a forma como Jesus é retratado nas memórias de Pedro. O Cristo que surge em cena é um figura radiante, sorridente, feliz, em boa interpretação do ator Bruce Marchiano. Na cena da última ceia outro recurso dramático de que gostei muito foi a apresentação da personalidade de cada um dos apóstolos em pensamentos íntimos, após Jesus revelar que um deles o trairia ainda naquela noite. Robert Loggia que interpreta Pedro é outro achado. Seu olhar, ora melancólico, ora contemplativo e glorioso traz muito significado ao grande homem da história do cristianismo. Embora nem tudo que apareça no filme esteja de acordo com as escrituras vale a pena ao cristão conhecer mais a fundo essa figura tão importante, aquele onde Cristo fundou as bases de sua igreja. Não é nada parecido com aqueles antigos épicos milionários do passado em Hollywood, mas sim uma produção muito simples e modesta que é salva pela grandeza de seu texto e sua mensagem. Um pequeno e belo filme que merece ser conhecido. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Toy Story

Título no Brasil: Toy Story
Título Original: Toy Story                          
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Pixar Animation Studios
Direção: John Lasseter
Roteiro: John Lasseter, Pete Docter
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles

Sinopse:
Um grupo de brinquedos ganha a vida quando estão longe de seu dono, um típico garoto americano. Agora ele acaba de ganhar um novo presente, um brinquedo moderno de um astronauta espacial chamado Buzz Lightyear (na voz de Tim Allen). O novo toy despertará ciúmes no velho cowboy de pano Woody (Tom Hanks).

Comentários:
Após ser demitido da própria empresa que ajudou a criar e a transformar numa das maiores do mundo, a Apple, Steve Jobs resolveu abraçar um velho projeto: produzir animações em computação gráfica para o cinema. "Toy Story" foi produzido por ele justamente por essa razão. Para falar a verdade poucas pessoas ligam hoje em dia o nome de Jobs à essa animação, tão cultuada, mas a verdade dos fatos é que "Toy Story" jamais existiria sem o dedo de Jobs por trás de tudo. A Pixar foi mais uma ideia que brotou na mente do genial mestre da informática e o pequeno estúdio deu tão certo que começou a rivalizar com a gigante e toda poderosa Disney (anos depois o estúdio do Mickey Mouse finalmente incorporaria a Pixar em troca de alguns milhões de dólares). Tirando essas questões de bastidores de lado não há como negar que "Toy Story" realmente foi um marco e não apenas do ponto de vista técnico mas de roteiro também. A estorinha é cativante, os personagens carismáticos e tudo parece se encaixar perfeitamente bem. Palmas para John Lasseter que dirigiu a animação e depois iria se tornar um dos maiores expoentes do verdadeiro renascimento do mundo da animação no cinema. Se artisticamente temos um material de primeira, do ponto de vista puramente técnico esse primeiro "Toy Story" resistiu muito bem ao teste do tempo até agora. Claro que o mundo da computação gráfica avançou muito nos últimos anos mas nada que deixe esse primeiro filme datado ou algo que o valha. Sendo bem sincero ao revê-lo hoje em dia o achei tão cativante quanto na primeira vez que o assisti. É uma das animações mais bem realizadas de todos os tempos, não há como negar.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um Bom Partido

Um filme meramente mediano com um elenco muito bom. Assim de maneira simples poderíamos definir esse “Um Bom Partido”, nova comédia romântica que está chegando nas telas de cinema em todo o Brasil. Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Dennis Quaid e Catherine Zeta-Jones estão em cena mas o filme não consegue empolgar. Na estória Gerard Butler interpreta um jogador de futebol aposentado e arruinado financeiramente que tenta dar a volta por cima. Nos anos de glória ele se distanciou da família, embriagado pela fama e sucesso e agora tem que reconstruir todos os seus relacionamentos familiares que destruiu quando era rico e famoso. Em relação a sua ex-esposa (Jessica Biel) e seu filho a questão é ainda mais delicada pois ele tem que provar que é um bom sujeito apesar dos erros cometidos no passado. Como se vê é mais um filme Made in Hollywood que investe no velho argumento da redenção pessoal de seus personagens.

O filme tenta se segurar na base dos diálogos e interpretação dos bons atores mas a direção preguiçosa não avança. O cineasta Gabriele Muccino não parece estar muito empenhado em tirar proveito do enredo, preferindo apostar no elenco como chamariz de público. Gerard Butler investe novamente no gênero mas não consegue emplacar. É curioso saber que ele tenha tentado de novo mesmo com o relativo fracasso de “Caçador de Recompensas”. Já as atrizes Jessica Biel, Uma Thurman e Catherine Zeta-Jones parecem estar numa situação bem parecida com o personagem principal do filme. Depois de vários sucessos encontram-se em um impasse na carreira, se contentando em ser meras coadjuvantes de um filme como esse. A pior situação é a de Zeta-Jones que desde “Chicago” não conseguiu mais bons papéis. No saldo final “Um Bom Partido” se torna apenas uma boa premissa que poderia render muito mas que se contenta em ser apenas uma comédia romântica de rotina, sem grandes atrativos. 

Um Bom Partido (Playing for Keeps, Estados Unidos, 2012) Direção: Gabriele Muccino / Roteiro: Robbie Fox / Elenco: Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Judy Greer, Dennis Quaid, Catherine Zeta-Jones, James Tupper / Sinopse: Ex-jogador de futebol (Gerard Butler) tenta recomeçar a vida após a aposentadoria. Sem dinheiro tenta reconquistar o amor de seu filho e de sua ex-esposa treinando o time do garoto.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meu Gigante Preferido

Esse tipo de filme não me agrada muito. Sempre que um roteiro apela para características físicas das pessoas para fazer graça algo me soa como vulgar e apelativo. Esse aqui é um exemplo disso. Muitas das situações se apoiam no fato do personagem ser absurdamente alto em relação ao papel interpretado pelo Bllly Crystal, que até é um cara que eu simpatizo, mas que de vez em quando entra em cada filme bomba que vou te contar.
    
Esse é outro daqueles filmes esquecíveis. Você assiste e quando vira a esquina, se esquece que um dia o assistiu. No meu caso vi por canal a cabo - provavelmente HBO. É curioso ocmo certos filmes você jamais esquece, enquanto outros são tragados pelos vazios da memória. Se você não anotar em algum lugar vai ficar com a impressão de que nunca viu. Essa comédia que tenta tirar humor da altura desproporcional do personagem é um desses filmes. Pensando bem, era melhor eu ter esquecido que um dia o vi.

Meu Gigante Preferido (My Giant, Estados Unidos, 1998) Direção: Michael Lehmann / Roteiro: Billy Crystal / Elenco: Billy Crystal, Gheorghe Muresan, Kathleen Quinlan / Sinopse: Billy Crystal interpreta um agente de Hollywood que se depara com Max, um gigante que vive na Romênia, e tenta colocá-lo no cinema.

Pablo Aluísio.

Desafio no Gelo

O Hóquei é um esporte bem popular nos países do norte, da América do Norte em especial, Canadá e Estados Unidos. No Brasil ninguém dá muita bola para esse esporte que é muito pouco conhecido em nosso país. Por isso não é de se admirar que um filme como esse não tenha feito qualquer sucesso em nossos cinemas (isso se ele ficou pelo menos 1 semana em cartaz). No meu caso assisti na TV a cabo, muito provavelmente no canal HBO. È um filme até interessante, mas esquecível demais.

O fato é que o tempo passa. O Kurt Russell foi herói de filmes de ação nos anos 80. Mas aí chegou a idade e ele precisou se readaptar. Nesse filme aqui ele interpreta um técnico de um time de hóquei, já bem velho e gordo. Nada parecido com o Cobra Prinski de "Fuga em Nova Iorque" ou outros filmes de ação que fizeram sucesso com o Kurt Russell estrelando. Sobrou mesmo esses filmes de pouca expressão para ele seguir trabalhando como ator. É a vida, meus caros.

Desafio no Gelo (Miracle, Estados Unidos, 2004) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Eric Guggenheim / Elenco: Kurt Russell, Patricia Clarkson, Nathan West / Sinopse: A verdadeira história de Herb Brooks, o jogador que virou treinador que liderou o time de hóquei olímpico dos EUA em 1980 à vitória sobre o aparentemente invencível time soviético.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de outubro de 2015

Procura-se um Amor que Goste de Cachorros

Título no Brasil: Procura-se um Amor que Goste de Cachorros
Título Original: Must Love Dogs
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gary David Goldberg
Roteiro: Claire Cook, Gary David Goldberg
Elenco: Diane Lane, John Cusack, Elizabeth Perkins

Sinopse:
Sarah Nolan (Diane Lane) é uma mulher de trinta e tantos anos de idade, recém-divorciada, que tem uma família que está seguindo seus próprios rumos sem se importar necessariamente com a sua vida afetiva e emocional. Como Sarah acaba se tornando uma solitária sua irmã coloca um anúncio em um site de encontros na internet para ela. Uma das poucas exigências é que o eventual parceiro goste da companhia de cães, como ela. O anúncio acaba chamando a atenção de um jovem professor que também está em busca de um novo romance. Será que dará certo?

Comentários:
"Must Love Dogs" é uma desses filmes românticos bem leves com clima indie que certamente agradará ao público feminino acima dos trinta anos. Esse tive inclusive a oportunidade de assistir no cinema com uma grande amiga que não vejo há anos. O interesse para cinéfilos em geral virá certamente do bom elenco e da direção mais caprichada. John Cusack está muito adequado em seu papel. Ele sempre fica muito bem nesse tipo de personagem, a do bom sujeito, levemente tímido mas cheio de boas intenções que geralmente acaba ficando sozinho por se envolver demais com as mulheres erradas para seu perfil. Diane Lane, sempre elegante, acrescenta um charme a mais nessa equação. Assim indico o filme para quem gosta de romances na maturidade, sem aquelas bobagens típicas de namoricos adolescentes, afinal de contas duas pessoas na faixa dos trinta e tanto já sabem muito bem o que querem na vida e o relacionamento entre elas é sempre muito mais rico e consistente do que as bobocas paixões entre jovenzinhos.

Pablo Aluísio.

Amor em Jogo

A atriz Drew Barrymore surgiu em Hollywood ainda garotinha, no clássico "ET - O Extraterrestre". Depois de uma fase com muitas drogas e bebidas, ela conseguiu se reinventar, surgindo em comédias românticas das mais bobinhas. Vender a imagem de uma loirinha apaixonada e inocente, no caso da Drew Barrymore, realmente foi um feito e tanto, até porque ela sempre foi uma "porra louca" em Hollywood, conhecida por suas farras e bebedeiras. Mas cinema é aquela coisa, terra das ilusões.

Esse filme aqui até fez um certo sucesso, mas no geral é mais uma comédia romântica das mais tolinhas. E ela faz par romântico com um sujeito improvável, o comediante Jimmy Fallon, que hoje em dia é mais conhecido por causa de seu programa de entrevistas na TV americana. Longe de ser um galã ao estilo Tom Cruise, até que o tal sujeito não se deu mal. Até porque o filme em si também nunca foi grande coisa, vamos convir.

Amor em Jogo (Fever Pitch, Estados Unidos, 2005) Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly / Roteiro: Lowell Ganz / Elenco: Drew Barrymore, Jimmy Fallon, Jason Spevack / Sinopse: Lindsay está presa no meio de seu relacionamento com Ben e sua paixão pelo Boston Red Sox, um time de beisebol dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de outubro de 2015

P.S. Eu Te Amo

Título no Brasil: P.S. Eu Te Amo
Título Original: P.S. I Love You
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Alcon Entertainment, Grosvenor Park Productions
Direção: Richard LaGravenese
Roteiro: Richard LaGravenese, Steven Rogers
Elenco: Hilary Swank, Gerard Butler, Harry Connick Jr.

Sinopse:
Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma mulher feliz, casada com um irlandês muito carismático chamado Gerry (Gerard Butler). Seus dias ao seu lado são de muito amor e afeto. Sua felicidade porém não dura muito. O marido acaba sendo vítima de uma doença fatal. Falecido precocemente a vida de Holly parece também finalmente ter chegado numa encruzilhada. Tudo parece perdido quando ela finalmente descobre que ele deixou uma série de cartas para guiá-la em sua vida. Isso irá lhe trazer um sentimento de presença do marido morto que lhe ajudará a passar pelas adversidades da vida.

Comentários:
Talvez as mulheres venham a gostar - eu achei um pouco piegas e chatinho além do normal. O casal não teve química em cena suficiente para sustentar um amor dessa magnitude. Tudo soa fake, até mesmo as tais cartas. Hilary Swank é uma atriz talentosa mas ela sempre desenvolve melhores trabalhos quando interpreta personagens femininas fortes, em dramas pesados. Sua personagem aqui é levemente destituída de maior interesse pois no fundo não passa de uma heroína romântica de livros açucarados de romance, daquelas bem exageradas, cuja paixão sobrevive por longos anos até mesmo à morte do marido. Gerard Butler também me pareceu mal escalado para seu papel. Não encaixou bem sua atuação. Se o personagem principal do livro que originou o filme era um irlândes cheio de vida, extrovertido e alegre, aqui temos um Butler apenas pagando mico, exagerado também, beirando à simples bobeira. Em conclusão é um romance que parece ter tido uma escolha de elenco equivocada. Mesmo assim se você é uma romântica inveterada, arrisque, possa ser que venha a gostar, quem sabe.

Pablo Aluísio.

Eu Te Amo, Beth Cooper

Título no Brasil: Eu Te Amo, Beth Cooper
Título Original: I Love You, Beth Cooper
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Larry Doyle
Elenco:  Hayden Panettiere, Paul Rust, Jack Carpenter

Sinopse:
Durante a vida colegial jovem tímido passa por longos anos apaixonado por uma das garotas mais bonitas da escola, Beth Cooper. No dia de sua formatura ele decide desabafar, colocando para fora todos os seus sentimentos escondidos e reprimidos, falando na frente de todos os presentes na cerimônia em alto e bom som a frase: "Eu te Amo, Beth Cooper"!

Comentários:
Filme fraquinho, do tipo Sessão da Tarde. Só prova que não se fazem mais comédias românticas adolescentes como antigamente. O enredo trata daquilo que conhecemos como paixão platônica. Um rapaz ou uma garota se apaixonam perdidamente mas o objeto de seus desejos mal sabe que eles existem. No filme temos a paixão platônica de um cara que no dia da festa de formatura, na frente de todo mundo, resolve se declarar para a linda Beth Cooper (interpretada pela atriz Hayden Panettiere, uma gatinha!). Depois disso a garota resolve dar ao menos a chance dele se tornar seu amigo. Pois é meus caros, é a tal Friendzone, algo muito perigoso para quem está apaixonado, principalmente os mais jovens. Para sentir saudades dos bons filmes jovens dos anos 80 o filme tem em seu elenco o ator  Alan Ruck (o eterno amigo de Ferris Bueller em "Curtindo a vida Adoidado"). A direção é de Chris Columbus de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" e "Esqueceram de Mim". Bobinho sim, mas com um pouco de boa vontade até que se torna assistível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O Sorriso de Mona Lisa

Título no Brasil: O Sorriso de Mona Lisa
Título Original: Mona Lisa Smile
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio:  Columbia Tristar Pictures
Direção: Mike Newell
Roteiro: Lawrence Konner e Mark Rosenthal
Elenco: Julia Roberts, Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Katharine Watson (Julia Roberts) se torna professora na luxuosa e elegante escola Wellesley. Sua disciplina, História da Arte, é ideal para que Watson procure abrir a mente de suas alunas, fugindo um pouco do conservadorismo e rigidez das normas escolares. Sua atitude porém acaba atraindo rivalidades e conflitos, não apenas entre a direção do estabelecimento mas também com algumas de suas próprias alunas.

Comentários:
"O Sorriso de Mona Lisa" é uma espécie de "Sociedade dos Poetas Mortos" versão feminina dos anos 50. Eu confesso que gostei da direção de arte do filme (toda e qualquer produção passada nos anos dourados tem essa caracteristica). O roteiro é bem escrito e acerta em se apoiar bastante nas garotas, contendo assim o estrelismo natural da tia Julia Roberts. Há inclusive claramente por parte dela um esforço em agradar os membros da Academia de Hollywood mas pela reação bastante morna do público adulto ao filme em seu lançamento isso acabou não dando muito certo. Apesar do argumento quadrado e da falta de ousadia da direção não podemos negar que não deixa de ser um filme interessante. Além disso tem a ótima canção "The Heart of Every Girl" de Elton John que compôs a música especialmente para o filme, recebendo uma indicação no Globo de Ouro de Melhor Canção Original (essa aliás foi a única indicação do filme ao prêmio, algo que frustrou os produtores que esperavam muito mais, inclusive uma indicação para Julia Roberts que não veio). Na verdade a produção fez mais barulho entre as adolescentes americanas, uma prova disso foi a febre criada em torno das atrizes Kirsten Dunst e Julia Stiles que disputavam entre si quem iria estampar o maior número de capas das mais populares revistas jovens da América. As duas inclusive foram indicadas no Teen Choice Awards, uma prova de sua popularidade entre a garotada. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Kramer Vs Kramer

O grande vencedor do último Oscar da década de 70 mostrava o desmoronamento de um relacionamento, os problemas advindos de um divórcio complicado e sofrido e as tentativas de uma família em tentar juntar os pedaços de tudo ao redor. O título do filme já dá bem uma idéia do que se trata, na verdade o roteiro realista e pé no chão (típico do cinema daquela época) procura enfocar os novos desafios que o núcleo familiar enfrentava naquele momento. No Brasil o filme foi ainda mais marcante porque a Lei do Divórcio entrou em vigor poucos anos antes do filme estrear por aqui e certamente isso fez com que muitos se identificassem com o que se passava na tela. A luta pela guarda dos filhos, as pequenas e grandes desavenças, o sentimento de fracasso e frustração, o arrependimento, a raiva, a ira, tudo foi captado com extremo talento pelo cineasta  Robert Benton que procurou acima de tudo passar para as telas um momento que certamente era vivenciado por centenas de milhares de casais nos EUA e fora dele.

Como não poderia deixar de ser o grande destaque do elenco era realmente o ator Dustin Hoffman. Aqui ele interpreta o marido que não sabe direito como agir diante daquela variedade de sentimentos conflitantes que surgiram da noite para o dia com seu divórcio. Ao mesmo tempo em que tenta lidar com a guarda do pequeno filho não tem certeza absoluta se isso seria mesmo a melhor decisão. Sua mulher simplesmente abandona a casa e deixa tudo em suas mãos. Quando retorna exigindo a guarda do filho encontra a resistência do marido. A briga acaba indo parar nos tribunais, Kramer contra Kramer, como o título sugere. Outro nome que se destaca é Mery Streep, que interpreta a esposa, Joanna. O que falar dessa atriz tão consagrada? Streep tem uma das filmografias mais ricas da história do cinema americano e esse é certamente outro de seus grandes filmes. obrigatório para seus fãs.
 
Kramer Vs Kramer (Idem, Estados Unidos, 1979) Direção: Robert Benton / Roteiro: Robert Benton / Elenco: Dustin Hoffman, Meryl Streep, Justin Henry, June Alexander / Sinopse: Casal em processo de divórcio resolve ir ao tribunal para lutar pela guarda do único filho. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Roteiro e Atriz Coadjuvante (Meryl Streep). Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme – Drama, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante (Meryl Streep) e Roteiro.

Pablo Aluísio. 

Eternamente Jovem

Título no Brasil: Eternamente Jovem
Título Original: Forever Young
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Steve Miner
Roteiro: Jeffrey Abrams, Bruce Davey
Elenco: Mel Gibson, Jamie Lee Curtis, Elijah Wood

Sinopse:
Homem fica 50 anos congelado. Ele havia participado de uma experiência inovadora em razão do estado de saúde delicado de sua namorada, que havia entrado em coma por tempo indeterminado. Agora terá que enfrentar a nova realidade.

Comentários:
No começo da década de 1990 o ator Mel Gibson resolveu dar um tempo em seus filmes de ação e no seu devaneio Shakesperiano “Hamlet” para investir em um filme pequeno, de produção bem modesta, feito especialmente para o público feminino. Depois de “Máquina Mortífera 3” Mel queria mesmo era mudar um pouco de ares, investir em algo realmente diferente. “Eternamente Jovem” veio bem a calhar para o que ele estava procurando. Era basicamente um romance nostálgico com pequenas nuances de ficção. A estória começava em 1939 quando Daniel (Mel Gibson) se via na frente de uma grande tragédia em sua vida ao ver sua namorada sofrer um grave acidente de carro, entrando em coma profundo, sem perspectivas de um dia voltar à consciência. Desesperado ele resolve então partir para uma solução radical ao aceitar participar de uma experiência cientifica em que ele sofreria um processo de congelamento por um tempo determinado. Esse procedimento poderia de alguma forma ajudar no estado em que sua querida amada se encontrava. Os problemas porém começam a acontecer quando o projeto é cancelado de forma inesperada e Daniel completamente esquecido em seu estado de hibernação artificial.

Passam-se 50 anos até Daniel finalmente ser redescoberto por dois garotos que o encontram em um depósito abandonado. Após tanto tempo ele finalmente consegue retornar ao mundo – e está perfeitamente preservado, com a mesma aparência e estado de quando foi congelado há cinco décadas. O mundo porém é outro, cinqüenta anos depois tudo surge para Daniel como se fosse um novo mundo, uma nova realidade. Agora ele tentará entender os acontecimentos ao seu redor e nesse processo espera descobrir o que aconteceu com sua amada do passado, mesmo após tantos anos. O filme investe na idéia de que o amor não tem fronteiras de tempo e espaço e consegue sobreviver a tudo, inclusive a separações traumáticas. O personagem de Mel Gibson é um dândi romântico, um ilustre apaixonado por sua inesquecível namorada. Ele tenta se adaptar ao novo mundo mas nada consegue apagar o seu amor atemporal. Obviamente que os fãs tradicionais de Gibson, os mesmos que lotavam os cinemas para assistir aos seus filmes de ação, estranharam bastante “Eternamente Jovem”. Já as mulheres adoraram e garantiram um bom resultado nas bilheterias. O marketing do filme não tinha receios de investir no lado mais galã do ator e no final essa publicidade surtiu bastante efeito. Não há como negar que o argumento é charmoso e a produção bem realizada mas Gibson parece levemente desconfortável em seu papel que é muito romântico e passional – algo que nunca fez parte da personalidade do ator em sua carreira cinematográfica. De qualquer modo vale pelas boas intenções e pelo clima ameno e lírico. "Eternamente Jovem" é praticamente uma fábula moderna, com muitos closes nos olhos azuis de Gibson. As mulheres certamente não terão do que reclamar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma Equipe Muito Especial

Título no Brasil: Uma Equipe Muito Especial
Título Original: A League of Their Own
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Penny Marshall
Roteiro: Kim Wilson, Kelly Candaele
Elenco: Tom Hanks, Geena Davis, Madonna, Rosie O'Donnell, Bill Pullman

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial a liga de beisebol cria um campeonato disputado apenas por mulheres, uma vez que os homens estavam  lutando na Europa, no esforço de Guerra. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Atriz (Geena Davis) e Melhor Canção Original ("This Used To Be My Playground" de Madonna e Shep Pettibone). Indicado ao Grammy na categoria Melhor Canção Original ("Now and Forever" de Carole King).

Comentários:
Durante a Segunda Guerra Mundial a liga americana de beisebol ficou suspensa por causa do esforço de guerra. Com os homens lutando na Europa e no Pacífico não sobraram jogadores suficientes para compor os quadros das equipes. Sem alternativas tentou-se criar uma liga feminina de beisebol para substituir a ala masculina do esporte. Eu nunca tinha assistido a esse filme na íntegra, só cenas avulsas, uma parte aqui, outra acolá. Finalmente agora resolvi assistir de forma completa. Dentro da proposta do cinema convencional e familiar de Penny Marshall até que não é um filme ruim ou chato, muito pelo contrário. Muita gente torce o nariz ao tema, principalmente no Brasil, por causa do esporte retratado, o beisebol. Como os brasileiros não entendem bulhufas dele o filme naufragou nas bilheterias em nosso país. Devo dizer que isso não é empecilho para gostar ou não de "Uma Equipe Muito Especial", pois o roteiro centra muito mais na história das duas irmãs, que são as personagens principais, do que no esporte em si.

O elenco de apoio é muito bom, contando com Madonna (ainda com um visual que me lembrou muito sua carreira nos anos 80) e Rosie O'Donnell (antes de assumir publicamente que era lésbica, o que de certa forma afundaria sua carreira anos depois). A grandalhona Geena Davis, que hoje anda sumida, era um nome badalado no comecinho dos anos 90. Por fim temos ainda uma atuação um pouco destemperada e exagerada de Tom Hanks. Super premiado na época, ele aqui relaxa um pouco, chegando inclusive a lembrar seus personagens mais escrachados da década de 80. Seu personagem é a de um treinador beberrão e rabugento que no fim da carreira se vê na complicada missão de treinar um time de garotas! Outro ponto positivo dessa produção é saber que tudo foi baseado em fatos reais, como se pode ver nas cenas finais do filme, onde as verdadeiras jogadoras são homenageadas. Enfim, é uma boa diversão, tem seus problemas mas no final diverte. mesmo que você não entenda nada do que está acontecendo nos jogos.

Pablo Aluísio.

Rapaz Solitário

Título no Brasil: Rapaz Solitário
Título Original: The Lonely Guy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Bruce Jay Friedman, Neil Simon
Elenco: Steve Martin, Charles Grodin, Judith Ivey

Sinopse:
Quando o tímido Larry Hubbard (Martin) encontra sua namorada na cama com outro homem, ele é forçado a começar uma nova vida como solteiro. Mas como que ele não consegue suportar ficar sozinho ele tenta cortejar a bela Iris, que não é, contudo, interessada nele. Larry começa então a escrever um livro sobre sua experiência como um homem solitário, que torna-se inesperadamente um best-seller da noite para o dia!

Comentários:
Eu falei pouco do Steve Martin até hoje aqui no blog, o que foi um erro de minha parte pois ele sempre foi um comediante genial. É verdade que de uns tempos pra cá a qualidade de seus filmes decaiu bastante mas isso não tira o mérito de seu talento como humorista e showman. A melhor fase do Martin aconteceu justamente nos anos 80 quando ele estrelou uma série de comédias muito criativas e divertidas. Conheci Martin não no cinema daquela época mas sim através de suas fitas que eram lançadas no mercado de VHS. Sempre que havia algo novo dele levava para casa para conferir. Raramente me decepcionava ou não gostava do filme. Martin era realmente um diferencial. Esse "Rapaz Solitário" considero simplesmente genial. Esse é um daqueles filmes que foram injustamente subestimados e acabaram sendo esquecidos. O humor aqui nasce da melancolia da situação em que vive o personagem de Steve Martin que apresenta as dificuldades pelos quais passa um homem solitário nos dias atuais. Tem um roteiro muito bem escrito, tocante mesmo, e consegue arrancar lágrimas e risos na mesma proporção. Também com a assinatura de Neil Simon no texto não poderia ser diferente. "The Lonely Guy" é realmente uma pequena obra prima.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A Feiticeira

Título no Brasil: A Feiticeira
Título Original: Bewitched
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron
Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine

Sinopse:
Isabel Bigelow (Nicole Kidman) tem poderes especiais mas prefere a todo custo levar uma vida normal. Seus dias de tranquilidade acabam quando ela é escolhida pelo ator decadente Jack Wyatt (Will Ferrell) para ser a nova estrela de um remake da antiga série "A Feiticeira". O que parecia inicialmente uma boa ideia acaba causando uma série de confusões para Isabel, Jack e todos os envolvidos no novo programa.

Comentários:
Eu não sei como um filme dirigido pela talentosa Nora Ephron, estrelada pela gracinha Nicole Kidman e com um material tão simpático como a do antigo seriado cult "A Feiticeira" consegue ser tão ruim! Por falar na série original ela foi um sucesso e tanto, inclusive no Brasil. Ficou no ar de 1964 a 1972 e foi cancelada não por falta de audiência mas sim por puro esgotamento pois não havia mais como levar aquele enredo em frente. Oito temporadas depois e a carismática atriz Elizabeth Montgomery ficou marcada para sempre como a dona de casa e "feiticeira" Samantha Stephens. O projeto de levar a personagem para o cinema durou muitos anos, com idas e vindas até que em 2005 finalmente saiu do papel e... decepcionou todo mundo! Esse filme é muito ruim e credito essa ruindade toda ao sem noção do Will Ferrell! Que sujeito chato, pelo amor de Deus... é complicado de aguentar o mala em cena. Nem o mito Shirley MacLaine conseguiu escapar do buraco negro que é o filme. Desista de ver, caso não tenha assistido. Corra atrás das temporadas da série original que já foram lançadas em DVD nos Estados Unidos e Europa. Esse aqui nem reza braba salva!

Pablo Aluísio.

Todo Mundo em Pânico 3

Esse foi o curioso caso de uma franquia de filmes de comédia, ao estilo besteirol, que destruiu uma das franquias de terror de maior sucesso comercial. Sim, porque depois que vários filmes dessa série "Todo Mundo em Pânico" foram lançados, não sobrou pedra sobre pedra para a franquia de horror "Pânico" de Wes Craven. Ninguém mais conseguiu levar à sério os filmes originais. O humor besteirol acabou com o terror visceral teen dos filmes que lhe deram material de sátira.

E como tirar onda apenas de "Pânico" iria limitar os roteiros, os criadores decidiram atirar para todos os lados, satirizando os filmes que estavam na crista da onda naquele momento. Uma fórmula seguida por praticamente todos os filmes dessa franquia. E de bônus, no meio da avacalhação total, havia os belos peitos da canadense Pamela Anderson. Ver aquela obra de arte de silicone pulando de um lado para o outro até que não foi uma má iideia dos roteiristas.

Todo Mundo em Pânico 3 (Scary Movie 3, Estados Unidos, 2003) Direção: David Zucker / Roteiro: Craig Mazin / Elenco: Anna Faris, Charlie Sheen, Regina Hall, Pamela  Anderson / Sinopse: Cindy deve investigar círculos misteriosos nas plantações e fitas de vídeo e ajudar o presidente a prevenir uma invasão alienígena.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Prenda-Me Se For Capaz

Qual é a história contada no filme? Frank Abagnale Jr. (Leonardo DiCaprio) resolve se passar por médico, advogado, piloto de avião comercial e tudo mais que conseguir convencer para as pessoas ao seu redor. Para isso usa sua lábia, seu conhecimento básico das profissões que finge exercer e muito carisma. Com apenas 18 anos coleciona uma série de pequenos golpes que acabam lhe trazendo muitos benefícios, inclusive acesso amplo a ambientes que lhe seriam negados caso não inventasse todas as suas lorotas. Após participar de um roubo milionário o FBI resolve seguir seus passos. É justamente isso que faz o agente Carl Hanratty (Tom Hanks) ir em seu encalço. A tentativa de capturá-lo porém não será das mais fáceis.

Esse é um filme leve, divertido, alto astral mesmo que o personagem seja no fundo apenas um estelionatário. Steven Spielberg no fundo não quis fazer um filme sobre um criminoso e seus crimes. Ele na verdade quis explorar o absurdo das situações, sempre com um largo sorriso na face. Funciona? Certamente sim, só que não é dos melhores filmes do diretor. Considero uma obra menor dentro da vasta e importante filmografia de Spielbeg, que alterou várias coisas da história real (sim, o filme é baseado numa história real). O personagem de Tom Hanks, por exemplo, nunca existiu de fato, foi uma criação para ajudar a tocar a história, já que na vida real foram vários agentes diferentes. Já o personagem vivido pelo Di Caprio era um escroque pé de chinelo que o FBI colocou as mãos e depois foi trabalhar com a agência para capturar outros meliantes. Então é isso. Um filme menor do diretor, porém divertido.

Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can, Estados Unidos, 2002) Estúdio: DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jeff Nathanson / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hanks, Christopher Walken, Amy Adams, Martin Sheen / Sinopse: A história real de um criminoso que enganou todo mundo nos Estados Unidos durante os anos 60. Baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

O Comboio da Carga Pesada

Título no Brasil: O Comboio da Carga Pesada
Título Original: Breaker! Breaker!
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Paragon Films
Direção: Don Hulette
Roteiro: Terry Chambers
Elenco:  Chuck Norris, George Murdock, Terry O'Connor

Sinopse:
John David 'J.D.' Dawes (Chuck Norris) é um motorista de caminhão durão que procura seu irmão, que desapareceu misteriosamente em uma cidade administrada por um juiz corrupto.

Comentários:
"O Comboio da Carga Pesada" foi um dos primeiros filmes em que Chuck Norris apareceu como protagonista. Ele chegou ao mundo do cinema como coadjuvante de Bruce Lee. Aqui, nessa produção, ele já aparece como protagonista. O filme, claro, não é grande coisa, mas tem suas momentos interessantes. Eu sempre achei que era meio imitação de "Comboio", outro filme de ação famoso na época, mas na verdade há diferenças. Esse aqui é um filme B assumido, que usa todas as ferramentas narrativas, como humor. Um filme legal, mas só indicado para quem viveu os anos 80 e sabe muito bem quem foi Chuck Norris.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de outubro de 2015

A Múmia

Título no Brasil: A Múmia
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah

Sinopse:
Egito, 1923. Um grupo de pesquisadores e arqueólogos descobrem uma tumba que estava há mais de três mil anos enterrada sob as areias escaldantes do deserto. O que eles não sabem é que sarcófago guarda a múmia de Imhotep, um sacerdote amaldiçoado do Egito que deseja ganhar a vida novamente.

Comentários:
O primeiro filme era charmoso, um clássico dos anos 1930 que conquistava pelas boas ideias e direção de arte inspirada. Pois bem, o tempo passa, os filmes de Indiana Jones se tornam enormes sucessos de bilheteria e então o que era para ser o remake de um filme de terror virou um caldeirão de misturas, onde se tenta realizar uma aventura com o sabor de Indiana Jones e seres sobrenaturais, tudo amparado em uma overdose de efeitos digitais de última geração. E para completar o que já era bem equivocado ainda inventaram de escalar o ator fanfarrão Brendan Fraser para liderar o elenco. O resultado? Uma panqueca indigesta que certamente não agradou aos fãs de terror e nem muito menos os fãs veteranos do Dr. Indy. No geral o que temos aqui é uma tentativa de ganhar o público apenas pela proliferação de efeitos especiais e nada mais. O roteiro, atuação e argumento se tornam meros coadjuvantes. O pior é saber que a coisa toda, pois mais picareta que seja, conseguiu gerar uma bilheteria e tanto a ponto inclusive de dar origem a novos filmes! Todos aliás seguindo a mesma receita requentada. Durma-se com um barulho desses.

Pablo Aluísio.

Cobras

Título no Brasil: Cobras
Título Original: Snake Island
Ano de Produção: 2002
País: África do Sul
Estúdio: VCR
Direção: Wayne Crawford
Roteiro: Wayne Crawford, Arthur Payne
Elenco: William Katt, Wayne Crawford, Kate Connor

Sinopse:
Um grupo de americanos fazendo turismo na exótica e distante África do Sul acaba indo parar numa ilha remota do mapa. Não se vislumbra qualquer presença humana no local, o que acaba encantando os turistas. O que eles nem desconfiam é que existe um motivo para ninguém ir por lá - pois o local é repleto das cobras mais venenosas existentes na natureza. Agora sentirão o que é lutar pela sobrevivência no meio selvagem.

Comentários:
"Cobras" joga com o medo que todos temos desses seres rastejantes cuja presença geralmente significa morte e desespero. Em relação a esse filme temos boas e más notícias. A boa é que ele foi produzido na África do Sul e como filmes desse país quase nunca chegam até nós não deixa de ser interessante conferir uma produção filmada por lá. A má notícia é que o roteiro realmente pouco inova, apelando o tempo todo para fórmulas batidas e muitos clichês. Como sempre temos em cena um grupo de desavisados que vão parar numa ilha repleta de serpentes e cobras venenosas. Curiosamente existe um lugar assim em nossa costa, uma ilha chamada justamente de ilha das cobras que é repleta desses perigosos répteis. Mas deixemos isso de lado. O que importa é manter o registro desse filme, que agradará alguns e não fará diferença para outros. Certamente não é nenhuma obra prima do terror mas com um pouquinho de boa vontade o espectador poderá até mesmo tomar alguns sustos pontuais, principalmente se tiver fobia de cobras.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de outubro de 2015

A Volta dos Mortos Vivos

Título no Brasil: A Volta dos Mortos Vivos
Título Original: The Return of the Living Dead
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Hemdale Film, Fox Films
Direção: Dan O'Bannon
Roteiro: Dan O'Bannon, Rudy Ricci
Elenco: Clu Gulager, James Karen, Miguel A. Núñez Jr., Don Calfa Thom

Sinopse: 
Por simples acaso empregados de uma empresa de drogas medicinais acabam encontrando nos porões da empresa um conjunto de barris de propriedade das forças armadas americanas. Apesar de estarem lacradas e com avisos de contaminação os funcionários acabam liberando o gás dos compartimentos na atmosfera. A estranha fumaça gasosa acaba chegando em um cemitério próximo, fazendo com que todos os mortos se levantem de suas tumbas!

Comentários:
Hoje em dia filmes sobre zumbis são rotineiros. Quase toda semana temos um título novo. Na década de 80 não era bem assim. Havia a referência óbvia dos filmes de George Romero e só. Então causou certo impacto esse "The Return of the Living Dead" quando chegou aos cinemas. O grande diferencial era o humor. Ao contrário dos antigos filmes sobre o tema esse aqui usava muitas cenas de puro sarcasmo com os mortos-vivos que voltavam de suas sepulturas. Nada é levado muito à sério e talvez por isso o filme tenha ganho tantos fãs quando foi lançado. Bem humorado (mas sem deixar as cenas sangrentas de lado) "A Volta dos Mortos-Vivos" foi um grande sucesso, chegando inclusive a ganhar várias continuações, nenhuma delas tão bom quanto essa.

Pablo Aluísio