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sábado, 9 de dezembro de 2023

Love Story

Título no Brasil: Love Story: Uma História de Amor
Título Original: Love Story
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Erich Segal
Elenco: Ryan O'Neal, Ali MacGraw, Ray Milland, Katharine Balfour, John Marley, Sydney Walker

Sinopse:
O filme conta a história de um jovem casal que vive um grande amor na década de 1970, mas que infelizmente está fadado a viver uma enorme tragédia, apesar dos lindos sentimentos que nutrem um pelo outro. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música (Francis Lai). 

Comentários:
Ontem tivemos a triste notícia da morte do ator Ryan O'Neal. Falecimento esse que lamento bastante pois pude acompanhar grande parte de sua carreira. Ele fez excelentes filmes ao longo de todo o seu trabalho no cinema. Vasculhando aqui em nosso acervo do blog pude constatar que escrevi sobre diversos filmes de sua carreira, mas pasmem, ainda não havia tecido comentários sobre esse filme romântico que foi seu maior sucesso no cinema e pelo qual será lembrado para sempre. É um filme que se tornou, de certa maneira, um marco nesse tipo de história. Não tem jeito, todo filme produzido posteriormente que quis contar uma história parecida com essa sempre trará elementos de "Love Story" em seu conteúdo cinematográfico. É um filme que se tornou padrão, até porque fez muito sucesso e marcou a juventude daquela época. Aquele tipo de sentimento romântico que estava de certa forma adormecido nas telas. Com ecos que podem lembrar até mesmo obras muito antigas, como "Romeu e Julieta", por exemplo, esse filme é uma espécie de cartilha em forma de película de como fazer um belo filme sobre romantismo, amor e a fugacidade e brevidade da vida humana. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Autor em Família

Al Pacino já estava consagrado em razão das obras primas que havia estrelado na década de 1970 quando resolveu embarcar nesse pequeno projeto. O renomado cineasta Arthur Hiller convidou Pacino para participar dessa adaptação de uma peça teatral para o cinema. Praticamente uma narrativa autobiográfica escrita pelo autor Israel Horovitz, o roteiro explorava os anseios, as lutas e angústias de um escritor de peças de teatro que precisa conciliar uma vida familiar praticamente caótica com o seu trabalho. Um dos aspectos mais interessantes é que o filme desenvolvia muito bem a questão da nova estrutura familiar que estava surgindo no começo da década de 1980. Com o aumento de divórcios surgiam famílias mescladas, com filhos de casamentos anteriores, todos convivendo juntos em uma mesma estrutura familiar.

Assim aquele que tentava uma nova vida tinha que aprender também a conviver com os filhos da nova esposa, que geralmente vinha de outro casamento acabado. Uma infinidade de padrastos e madrastas em uma realidade nova dentro da sociedade pois até pouco tempo atrás as pessoas não se divorciavam, preferindo viver em casamento infelizes e destruídos até o fim de suas vidas. Com a aprovação de leis de divórcio em várias partes do mundo (inclusive no Brasil) as pessoas foram atrás de uma nova vida, reconstruindo aquilo que não havia dado certo com outros cônjuges. A proposta seria de realizar um drama com pitadas de humor, no que acertaram em cheio pois o filme até hoje surpreende pelo bom argumento e claro por apresentar mais uma atuação inspirada do mestre Al Pacino, sempre surpreendente.

Autor em Família (Author! Author!, Estados Unidos, 1982) Direção: Arthur Hiller / Roteiro: Israel Horovitz / Elenco: Al Pacino, Dyan Cannon, Tuesday Weld, Bob Dishy, Bob Elliott / Sinopse: As dificuldades de um escritor que também precisa lidar com problemas familiares dos mais diversos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Al Pacino).

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Cegos, Surdos e Loucos

Título no Brasil: Cegos, Surdos e Loucos
Título Original: See No Evil, Hear No Evil
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Earl Barret, Arne Sultan
Elenco: Richard Pryor, Gene Wilder, Joan Severance, Kevin Spacey, Alan North, Anthony Zerbe

Sinopse:
Dave (Gene Wilder) é surdo e Wally (Richard Pryor) é cego. Eles testemunharam um assassinato, mas era Dave quem estava olhando para ela e Wally quem estava ouvindo. E essa situação vai gerar uma série incrível de confusões.

Comentários:
Nos dias de hoje essa comédia maluca seria claramente "cancelada". Não seria sem razão. Isso porque o humor é muito fora do politicamente correto, mostrando um deficiente visual e um deficiente auditivo como testemunhas em um crime, sendo perseguidos pelos bandidos e pelos policiais. Assisti na época e sinceramente não achei grande coisa, apesar dos nomes envolvidos. Richard Pryor estava tentando recomeçar na carreira. Em uma piração de cocaína ele havia colocado fogo no próprio corpo. Depois de passar meses em recuperação tentou voltar para o cinema. Gene Wilder lhe deu essa força e os filmes que a dupla fez junto ajudou o veterano comediante a se reerguer na profissão e na vida. Cheio de clichês, essa comédia tem roteiro apelativo que tenta fazer humor com algo que não se deve, no caso com as deficiências das pessoas. E mesmo que você não tenha esse ponto de vista de nada adiantará pois o filme é bem sem graça mesmo. "Cegos, Surdos e Loucos", apesar das tentativas, jamais conseguiu ser uma comédia engraçada. PS: O filme tem uma curiosidade interessante, pois foi um dos primeiros trabalhos de Kevin Spacey. Bom, todo mundo precisa começar de algum jeito, não é mesmo?

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Tobruk

Título no Brasil: Tobruk
Título Original: Tobruk
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Leo Gordon
Elenco: Rock Hudson, George Peppard, Nigel Green, Guy Stockwell, Jack Watson, Norman Rossington
  
Sinopse:
O enredo do filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Após ser libertado das mãos dos inimigos, o major canadense Donald Craig (Rock Hudson) é levado para o norte da África. Ele deverá participar de uma missão extremamente arriscada. Ao lado de um grupo de judeus alemães disfarçados de soldados nazistas ele é enviado para um comboio que deverá entrar em território ocupado pelas tropas de Hitler com o objetivo de destruir um grande depósito de combustíveis em Tobruk usado pelos tanques do III Reich. A intenção é destruir o poder de combate dessas armas do exército alemão enquanto os aliados se preparam para invadir a região. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Howard A. Anderson e Albert Whitlock).

Comentários:
Durante a II Guerra Mundial um dos cenários mais disputados entre nazistas e aliados foi a região de Tobruk, localizada no norte da África, considerada naquela ocasião como um importante ponto estratégico. Foi justamente nesse campo que se destacou a presença do Afrika Korps, um grupo especializado do exército alemão treinado para a luta no deserto. O general Erwin Rommel foi uma das figuras centrais desse campo de batalha. O roteiro desse filme assim mistura fatos de ficção com história real e se sai muito bem em seu resultado final. Os personagens do filme são pura ficção enquanto o cenário mostrado em cena realmente existiu, inclusive os imensos campos de depósito de combustível para os tanques da Alemanha Nazista localizados no porto de Trobuk. O curioso é que o grupo do qual faz parte o personagem do ator Rock Hudson se utiliza de uma artimanha que na época era considerado um grave crime de guerra, punido com execução sumária, ou seja, se disfarçar com roupas e uniformes do inimigo para entrar em seus territórios com o objetivo de se promover atos de sabotagem. Assim o que vemos basicamente é esse grupo de militares ingleses (e de judeus alemães disfarçados de nazistas) entrando dentro das linhas inimigas para mandar tudo pelos ares. 

As cenas finais em que isso acontece inclusive trouxeram a única indicação do filme ao Oscar, já que são extremamente bem realizadas, com intenso uso de efeitos especiais de pirotecnia e explosões. O personagem de Rock Hudson surge menos heroico do que o habitual. Em determinados momentos ele chega inclusive a ser bem cético e mordaz sobre o êxito da missão. Sua presença porém é vital para o sucesso do grupo pois é um dos únicos que conhece bem a região para onde todos vão. De qualquer forma há duas boas cenas com ele, a primeira quando precisa desarmar minas colocadas pelo Afrika Korps nas areias do deserto e a segunda quando, com um lança-chamas em mãos, ataca um bunker de canhões do III Reich na costa de Tobruk. Seu superior na missão é um Coronel inglês propositalmente muito parecido com o general Bernard Montgomery (comandante das forças armadas britânicas durante a II Guerra). Obviamente o roteiro quis fazer uma associação entre o personagem de ficção e o famoso militar da história. Assim o que temos aqui é mais um bom filme de guerra da década de 1960. O enfoque é mais centrado na ação e na tensão do êxito da arriscada missão do que em questões mais dramáticas ou históricas. Sob esse ponto de vista o filme se sai muito bem em seus objetivos. Enfim, é certamente um bom item para se ter em sua coleção de filmes clássicos de guerra.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Rapaz Solitário

Título no Brasil: Rapaz Solitário
Título Original: The Lonely Guy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Bruce Jay Friedman, Neil Simon
Elenco: Steve Martin, Charles Grodin, Judith Ivey

Sinopse:
Quando o tímido Larry Hubbard (Martin) encontra sua namorada na cama com outro homem, ele é forçado a começar uma nova vida como solteiro. Mas como que ele não consegue suportar ficar sozinho ele tenta cortejar a bela Iris, que não é, contudo, interessada nele. Larry começa então a escrever um livro sobre sua experiência como um homem solitário, que torna-se inesperadamente um best-seller da noite para o dia!

Comentários:
Eu falei pouco do Steve Martin até hoje aqui no blog, o que foi um erro de minha parte pois ele sempre foi um comediante genial. É verdade que de uns tempos pra cá a qualidade de seus filmes decaiu bastante mas isso não tira o mérito de seu talento como humorista e showman. A melhor fase do Martin aconteceu justamente nos anos 80 quando ele estrelou uma série de comédias muito criativas e divertidas. Conheci Martin não no cinema daquela época mas sim através de suas fitas que eram lançadas no mercado de VHS. Sempre que havia algo novo dele levava para casa para conferir. Raramente me decepcionava ou não gostava do filme. Martin era realmente um diferencial. Esse "Rapaz Solitário" considero simplesmente genial. Esse é um daqueles filmes que foram injustamente subestimados e acabaram sendo esquecidos. O humor aqui nasce da melancolia da situação em que vive o personagem de Steve Martin que apresenta as dificuldades pelos quais passa um homem solitário nos dias atuais. Tem um roteiro muito bem escrito, tocante mesmo, e consegue arrancar lágrimas e risos na mesma proporção. Também com a assinatura de Neil Simon no texto não poderia ser diferente. "The Lonely Guy" é realmente uma pequena obra prima.

Pablo Aluísio.