domingo, 1 de julho de 2018
Rota de Fuga 2
E qual é o enredo que ele conta? O personagem de Stallone, que era um prisioneiro no primeiro filme, agora é dono de uma empresa de seguros, mera fachada para uma equipe de resgate de presos em prisões de segurança máxima, do tipo alta tecnologia. Quando dois membros de seu grupo são aprisionados em uma prisão oriental chamada Hades, Stallone tenta tirá-los de lá. O problema é que a prisão não é a mesma, ou seja, ela muda de layout todos os dias. Uma prisão cujas paredes é móvel, tornado quase impossível uma fuga. Lendo assim a sinopse pode até parecer algo interessante, mas não se engane, o filme é realmente péssimo, mal produzido, mal roteirizado, com jeito de cinema oriental de qualidade ruim. Não adiante encarar. E o pior é que não vai parar por aí. Um terceiro filme já intitulado "Escape Plan 3: Devil's Station" já está em pós-produção. Haja ruindade!
Rota de Fuga 2 (Escape Plan 2: Hades, China, Estados Unidos, 2018) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Miles Chapman / Elenco: Sylvester Stallone, Dave Bautista, Xiaoming Huang, Jesse Metcalfe, 50 Cent / Sinopse: Sob a fachada de uma seguradora, o empresário Ray Breslin (Sylvester Stallone) monta uma equipe especializada em fugas de prisões de segurança máxima, de alta tecnologia. Quando dois membros de sua equipe são presos na Hades, uma prisão no Oriente, ele forma um grupo especial com o objetivo de resgatá-los de lá o mais rapidamente possível.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Guardiões da Galáxia Vol. 2
A trama gira em torno do fato de que Peter Quill (Chris Pratt) finalmente encontrou seu pai! E ele é nada mais, nada menos, do que Kurt Russell! Brincadeiras à parte, é isso mesmo. Russell interpreta um sujeito chamado Ego. No começo parece ser mais um viajante espacial, um cara boa praça, muito amigável. Só que no fundo ele é uma espécie de deus antigo que tem ambições nada sutis sobre o universo. Colocar Kurt Russell no elenco foi certamente uma das melhores decisões dos produtores, porque esse veterano das telas, de tantos filmes de ação, acaba sendo um chamariz a mais para um público mais velho se interessar em assistir a esse filme. E por falar em filmes de ação dos anos 80, os fãs desse estilo terão outra surpresa com a participação especial de Sylvester Stallone. Tudo bem, ele só tem duas cenas no filme inteiro, mas que não deixam de agradar aos cinéfilos que cresceram vendo seus filmes. Em termos de produção também não há o que reclamar. A direção de arte optou por um universo muito colorido, com uso de toneladas de efeitos especiais de bom gosto (o que era previsível). O roteiro também está bem OK, com trama interessante, se fechando muito bem no final. Então é isso, mais um acerto da Marvel nos cinemas. Um filme divertido, que vai agradar tanto aos leitores de quadrinhos, como aos espectadores que só gostam de cinema.
Guardiões da Galáxia Vol. 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2, Estados Unidos, 2017) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn, Dan Abnett / Elenco: Chris Pratt, Kurt Russell, Sylvester Stallone, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Michael Rooker / Sinopse: Peter Quill (Chris Pratt) nunca conheceu seu pai. Durante mais uma viagem pela galáxia acaba encontrando com Ego (Kurt Russell) que se apresenta como seu pai perdido. Ele teve um romance com a mãe de Peter na Terra e desse relacionamento Quinn nasceu. Só que Ego não é uma pessoa comum, ele é uma antiga entidade, com poderes realmente divinos. Filme vencedor do Golden Trailer Awards, indicado ao Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Formiguinhaz
Título Original: Antz
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Eric Darnell, Tim Johnson
Roteiro: Todd Alcott, Chris Weitz
Elenco: Woody Allen, Sharon Stone, Gene Hackman, Sylvester Stallone
Sinopse:
A formiguinha Z (Woody Allen) é diferente. Ela faz parte um formigueiro onde todos precisam desempenhar suas funções sem reclamar. Z porém sonha com uma vida melhor, ele não consegue se adequar ao totalitarismo que impera dentro de sua comunidade. Pior do que isso, ele tem uma paixão por uma das princesas, algo impossível de acontecer por causa de sua posição na escala social do formigueiro. Filme indicado ao Annie Awards e ao BAFTA Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Ken Bielenberg e Philippe Gluckman).
Comentários:
Nessa animação podemos nitidamente perceber o poder e o prestígio de Steven Spielberg. Ele produziu essa animação e conseguiu reunir uma constelação de astros e estrelas de Hollywood para dublarem o filme. O enredo é simpático, mas nada demais. Todas as personagens formiguinhas do filme são caricaturas ou estereótipos dos próprios atores. Assim, por exemplo, temos uma formiga intelectual, cheia de crises existenciais, interpretada por Woody Allen. Já o brutamontes Sylvester Stallone interpreta uma formiga que tem como função proteger o formigueiro. Os animadores copiaram a própria imagem do ator para criar seu personagem em animação. Sharon Stone é uma formiguinha gatinha e sensual e por aí vai... Cheio de referências ao mundo do cinema a pergunta que fica após o filme chegar ao final é simples: Será que a criançada vai mesmo se importar (ou entender) todas as referências à cultura pop, ao mundo de Hollywood? Claro que não! A garotada só deseja mesmo se divertir, assim complica um personagem como a formiga Allen, que passa o tempo todo refletindo, como se estivesse em um filme do próprio diretor. Claro que há muitas cenas de ação e tudo mais, porém esse tipo de animação é mais indicada mesmo para cinéfilos em geral, gente que gosta e conhece cinema. Para os pequenos será apenas levemente divertida, com um ou outro momento realmente legal para eles.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de outubro de 2016
Stallone Cobra
Era óbvio desde seu lançamento que "Stallone Cobra" não primava por um bom roteiro. A trama era das mais simples. Na verdade Stallone caprichou mesmo na criação de cenas bem marcantes, principalmente de ação. Ele não estava interessado em criar um grande perfil psicológico de seu tira, mas sim rechear a produção de muitas cenas violentas, como a do mercadinho e a cena final, que na época de lançamento do filme trouxe problemas, principalmente no Brasil onde o filme acabou ganhando uma classificação absurda de 18 anos, algo que só era usado em filmes pornográficos. A molecada fã do ator reclamou e muito. O jeito foi a distribuidora nacional criar cortes, o que era outro descalabro. Para ganhar uma classificação de 16 anos o filme foi todo picotado, chegando assim ao grande público. Quem lembra do Paulo Brossard, ministro, comprando briga com a produtora do filme? Tempos absurdos aqueles. De uma forma ou outra "Stallone Cobra" fez grande sucesso, mas Stallone deixou o personagem de lado, isso quando todos esperavam por uma continuação tal como havia acontecido com "Rocky" e "Rambo". Pior do que isso em uma entrevista há alguns anos o próprio ator deixou claro que esse "Stallone Cobra" era um filme que não havia lhe agradado muito, apesar de ser sua criação. Pelo visto o policial violento de Stallone nunca mais retornará para as telas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Cop Land - A Cidade dos Tiras
Título Original: Cop Land
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Mangold
Roteiro: James Mangold
Elenco: Sylvester Stallone, Robert De Niro, Harvey Keitel, Ray Liotta, Robert Patrick, Peter Berg, Janeane Garofalo
Sinopse:
O policial Freddy Heflin (Sylvester Stallone) se torna xerife de uma pequenina cidadezinha de New Jersey. No passado ele tentou ser policial de Nova Iorque, mas por causa de suas limitações nunca conseguiu chegar em seus objetivos. Assim ele se torna membro de uma pequena corporação, em um lugar onde moram muitos policiais que trabalham além da ponte, em Manhattan. Aos poucos e quase sem querer, Freddy começa a perceber que há algo de errado naquela comunidade de tiras. Parece haver algo ilegal acontecendo, inclusive com múltiplos assassinatos. Estaria ele pronto para enfrentar algo assim, envolvendo seus próprios colegas de farda? Filme premiado no Stockholm Film Festival na categoria de Melhor Ator (Sylvester Stallone).
Comentários:
Dentro da vasta filmografia do ator Sylvester Stallone, esse filme é certamente um dos mais diferenciados. Deixando os heróis de ação do tipo Rambo, Rocky e Cobra de lado, o astro resolveu se despir de qualquer vaidade para interpretar um policial gordo, fraco, de personalidade medíocre e assustada. Na época muito se falou justamente disso, da metamorfose pela qual passou Stallone. Palmas para ele que acabou realizando uma das melhores e mais lembradas atuações de toda a sua carreira. Ele que vinha mal nas bilheterias, colecionando fracassos comerciais inesperados, acabou dando a volta por cima da melhor forma possível, mostrando que também poderia atuar ombro a ombro com grandes mestres como Robert De Niro e Harvey Keitel. Aliás é sempre bom salientar que a maior qualidade desse filme de uma forma em geral vem do excelente elenco que o diretor James Mangold conseguiu reunir. O jovem cineasta que havia ganho a confiança do estúdio Miramax (responsável por diversos filmes cult) conseguiu de fato realizar uma excelente obra cinematográfica. Seu talento aiiás iria se confirmar ainda mais no filme seguinte, o drama psicológico "Garota, Interrompida". Além da boa direção o filme também traz um excelente roteiro que aposta bastante na crueza e na mediocridade da mente humana, muitas vezes capaz de tudo para alcançar seus objetivos criminosos. Enfim, seja você fã ou não de Sylvester Stallone, o filme é altamente recomendado. Acima da média.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
D-Tox
Apesar de seu fraco resultado comercial até que gostei do filme. Há a estória de um agente do FBI que fica traumatizado pelo brutal crime de um serial killer que acaba testemunhando. Para se recuperar ele se interna numa clínica de reabilitação (sim, o personagem também tem problemas com alcoolismo) e aí começa todo o terror de antes. Filmes com psicopatas, costumo dizer, geralmente são bons. Principalmente quando o roteiro explora seu "método" de matança. Esse roteiro aqui não é tão bem escrito nesse aspecto, mas consegue manter o interesse. Ajuda também a própria presença de Stallone, um astro de inegável carisma. Enfim, "D-Tox" é um filme menor na filmografia de Sly, mas não menos interessante do que outros que ele estrelou nessa mesma fase de sua carreira.
D-Tox (D-Tox, Estados Unidos, 1999) Direção: Jim Gillespie / Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff / Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Polly Walker / Sinopse: Jake Malloy (Sylvester Stallone) é um agente do FBI em processo de recuperação numa clínica que precisa enfrentar mais uma vez a ameaça de um psicopata, um assassino em série que tem um desejo de vingança contra ele de algo ocorrido no passado.
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de abril de 2016
Creed - Nascido para Lutar
Título Original: Creed
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler, Aaron Covington
Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson
Sinopse:
O jovem Adonis Johnson (Michael B. Jordan) sonha ser um lutador de boxe, tal como seu pai no passado, o campeão Apollo Creed. Tentando seguir os passos dele, mas sem usar de seu nome, Adonis vai embora da Califórnia até a Philadelphia, onde pretende ser treinado pelo lendário pugilista Rocky Balboa (Sylvester Stallone). A realidade que encontra porém é bem diferente. Rocky está velho e aposentado, levando uma vidinha simples como dono de bar. Além disso ele não tem mais a menor intenção de retornar ao mundo do boxe, nem como treinador. Adonis insiste e Rocky acaba dando o braço a torcer até porque ele tem uma dívida de gratidão com Apollo, morto numa luta enquanto disputava o título de campeão mundial de pesos pesados. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Sylvester Stallone). Vencedor do Globo de Ouro na mesma categoria.
Comentários:
Quando Sylvester Stallone anunciou que voltaria ao personagem Rocky Balboa muita gente torceu o nariz! Ele iria estrelar "Rocky 7"?! É sério isso? Bom, na verdade mais ou menos. "Creed" se utiliza do famoso personagem, mas procura trilhar caminhos próprios. Quando o filme termina você acaba chegando na conclusão que esse foi talvez o maior problema do filme. Ter um personagem como Rocky ao lado é um farto e tanto para carregar. O ator Michael B. Jordan é apenas um rapaz esforçado, não muito talentoso, que tem uma lenda como coadjuvante. Como se sair bem de algo assim? Simplesmente não há como! Durante todo o filme ficamos entediados com a história do personagem de Jordan, torcendo para que Rocky assuma logo o protagonismo do filme, algo que nunca acontece. Stallone fica à sombra, apenas fazendo escada para Jordan. Ele está bem envelhecido, isso é inegável, mas continua um gigante em termos de carisma. Com isso Jordan vai perdendo seu espaço até sumir por ser muito insignificante. "Creed" assim se torna um filme torto, fora de rumo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de março de 2016
Oscar 2016: Sylvester Stallone - Creed
Não quero aqui desmerecer o trabalho de Mark Rylance. Ele interpreta o espião russo que é pego em flagrante pelo serviço secreto americano. Levado a julgamento, passa a ser defendido pelo advogado idealista interpretado por Tom Hanks. Sua interpretação é muito introspectiva. Lá está aquele pequeno homem, de aspecto frágil, calvo e magro, já bem velho, tendo que enfrentar a máquina judiciária americana que está pronta para lhe destroçar nos tribunais. Todos clamam pela condenação à pena capital, à pena de morte. Agora vamos a um pouco de verdade. Ninguém sai do cinema impressionado pela interpretação de Rylance. Ele não dá margem a isso. Seu trauma psicológico é sugerido, não explicitado. A verdade é que ele é um ator de formação teatral, de palco, que raramente participa de filmes. Não merecia o prêmio.
Já Stallone foi durante anos e anos um verdadeiro pilar comercial do cinema americano. Desde 1977 ele não era indicado ao Oscar. Naquele ano ele foi louvado por ser um anônimo que havia vencido todos os problemas decorrentes de sua origem humilde para se consagrar no filme "Rocky, Um Lutador", um enredo ficcional que tinha muito a ver com a própria vida de Stallone. Depois disso Stallone começou uma carreira fulminante, de muito sucesso e também de muitas críticas. Stallone foi durante anos o maior salário de Hollywood, ao mesmo tempo em que se tornava o maior premiado pela Framboesa de Ouro (que elege os piores todos os anos). Muitos de seus filmes foram grandes sucessos de bilheteria, mas massacrados pela crítica especializada. Stallone sempre foi adorado pelo público, mas odiado pelos críticos. Seu estilo físico de interpretação era sempre motivo de chacotas.
Isso pesa numa hora dessas. O Oscar nada mais é do que uma votação onde os tais melhores do ano são eleitos pelas próprias pessoas que fazem parte da indústria, entre eles muitos jornalistas. Essas pessoas, queiram ou não, são formadoras de opiniões. Embora seja muito querido por seus colegas de classe, os atores, nem sempre eles se entendem direito numa premiação como essa. Assim Stallone foi engolido pelo mar de matérias e críticas ruins de todos aqueles anos. Por isso não venceu. Foi injusto? Em minha opinião, sem dúvida, mas o que o valor justiça tem a ver com o Oscar? Praticamente nada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Stallone Rambo
Em pouco tempo Sylvester Stallone, sempre de olho em boas histórias para roteiros, descobriu o livro. Como era pouco conhecido, cujo lançamento praticamente passou despercebido, Stallone comprou os direitos para o cinema por uma quantia realmente ridícula. Depois de Rocky III ele sabia que tinha que emplacar outra série de sucesso para ficar no topo das bilheterias. Assim quando escreveu o roteiro do primeiro filme Sly modificou o destino de Rambo. Ele não morria mais nas mãos dos policiais da pequena cidadezinha. Stallone sabia que tinha um potencial campeão de bilheteria em mãos e não iria matar a franquia logo no primeiro filme, lançado em 1982."Rambo - Programado Para Matar" foi a grande influência para os filmes de ação que iriam dominar as telas na década de 1980. Excessivamente violento, apostando no sujeito que fazia o estilo "Exército de um Homem Só" o filme realmente criou todo um novo estilo de se fazer filmes em Hollywood. Até então os filmes de guerra investiam em equipes, como "Os Selvagens Cães de Guerra". Stallone estava visando outro tipo de produção. Ele queria encarnar o soldado perfeito que apesar dos traumas desenvolvidos na frente de batalha, conseguia se tornar uma verdadeira máquina de guerra.
E foi justamente o que o público viu no melhor filme da franquia, "Rambo II - A Missão". Havia várias modificações em relação ao primeiro filme. Ao invés de mostrar o drama da volta de Rambo aos Estados Unidos o roteiro (também escrito por Stallone) levou o personagem de volta aos campos do Vietnã para um último acerto de contas. Claro que Rambo só deveria ir lá para confirmar a existência de prisioneiros americanos vivos, mas como era de esperar ele resolveu tocar o terror naqueles vietcongues malditos. Até o presidente americano da época, Ronald Reagan, adorou o filme. Um aspecto interessante desse segundo (e melhor filme da série) é que Stallone chamou James Cameron (o futuro diretor de "Titanic" e "O Exterminador do Futuro") para escrever o roteiro ao seu lado. Assim Rambo II é praticamente o filme de ação perfeito dos anos 80. Uma verdadeira obra prima dentro de seu gênero. Se Rambo II foi tão bom e bem feito, não podemos dizer o mesmo de "Rambo III". Rodado em 1988 o filme acabou se tornando uma sucessão de erros, principalmente políticos. Stallone elegeu como mocinhos os afegãos que lutavam contra o exército Soviético na época. O problema é que esses mesmos combatentes iriam dar origem com o tempo ao movimento Talibã, tudo culminando com os atentados de 11 de setembro. Revisto hoje em dia não poderia haver roteiro mais equivocado do que esse. Realmente um tiro no pé dado pelo próprio Stallone.
Com tantos problemas era de se esperar que tudo acabasse com Rambo III. A década de 80 se foi e não havia mais sentido para o velho Rambo. Não era bem isso que Stallone pensava. Em 2008 (vinte anos depois do terceiro filme) ele ressurgiu com "Rambo IV". Foi algo sem razão de ser. Stallone, já com o peso da idade nas costas, não conseguia mais alcançar o nível de preparo físico que o personagem sempre exigiu. Ao contrário disso desfilou seu ar cansado com uma grande camisola preta durante todo o filme que definitivamente não empolga em nenhum momento. Com roteiro melancólico e sem graça, Rambo IV deve ser a despedida final de Stallone ao papel, a não ser que ele de algum modo queira ressurgir em cena para um improvável Rambo V. Afinal de contas em se tratando de Sylvester Stallone tudo é realmente possível.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de abril de 2015
Oscar
Depois do fracasso comercial a estrela de Stallone começou a perder seu brilho. Para piorar, como se não bastassem as péssimas críticas e a bilheteria decepcionante, Stallone ainda teve que arcar com as vexatórias indicações ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Ator (Stallone, pagando por seu ego cego), Pior Atriz Coadjuvente (sim, ela mesma, Marisa Tomei, saindo direto do prêmio máximo da academia para o vexame completo) e Pior Diretor (que pena, John Landis, pelo conjunto da obra nem merecia algo assim). Dessa maneira fica a recomendação: não assista ao filme, você não vai achar graça nenhuma e certamente ficará com a sensação de perder seu tempo.
Oscar - Minha Filha Quer Casar (Oscar, Estados Unidos, 1991) Direção: John Landis / Roteiro: Claude Magnier, Michael Barrie / Elenco: Sylvester Stallone, Ornella Muti, Don Ameche, Maria Tomei / Sinopse: Comédia estrelada pelo herói de filmes de ação Sylvester Stallone.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Mel Gibson, Arnold Schwarzenegger, Harrison Ford, Jason Statham, Antonio Banderas, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Jet Li
Sinopse:
Depois de uma mal sucedida operação, o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) decide que talvez tenha chegado o momento de dispensar sua velha equipe de veteranos. Para isso ele então planeja formar um novo time de soldados e combatentes, formado por uma turma bem mais jovem, na flor da idade. Então começa a atravessar os Estados Unidos de ponta a ponta atrás de novos membros para os mercenários. Será que seu plano realmente dará certo? Terceira aventura da série de sucesso "The Expendables".
Comentários:
Muita gente boa reclamou desse terceiro filme da franquia "Os Mercenários". Entre as críticas mais comuns estavam a falta de novidades em seu roteiro e a tentativa de lançar um novo grupo de soldados formados basicamente por atores bem mais jovens - alguns inclusive sem expressividade nenhuma, para dizer a verdade. No geral realmente não há maiores surpresas. Sylvester Stallone, que não é bobo nem nada, resolveu apenas requentar a mesma fórmula que foi utilizada nos dois filmes anteriores. A única ousadia maior foi mesmo apostar na nova geração, mas isso em si não chega a estragar o filme completamente. Já na ala dos veteranos temos as presenças de Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson. Ford não acrescenta em nada, seu personagem não tem qualquer importância e suas cenas não fariam diferença se fossem apagadas na edição final. Snipes já traz um carisma maior e tal como na vida real também interpreta um sujeito recém saído da prisão (o ator foi preso por sonegação de impostos). Dos novatos na franquia a melhor participação vem mesmo de Mel Gibson como o vilão Stonebanks! Claro que no meio de tantos atores e personagens fica mesmo complicado se destacar, mas o velho e bom Gibson consegue marcar presença, justificando sua presença em cena. Em termos de pura ação o roteiro procura se concentrar o máximo possível numa longa e destrutiva batalha envolvendo grupos rivais fortemente armados em um antigo prédio abandonado (típico da era do socialismo no leste europeu). Ali são realizadas as melhores sequências do filme, que se comparado com os anteriores realmente se revela o mais fraco, justificando o velho mito de que filmes de número 3 nunca são muito bons.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de setembro de 2014
Rhinestone - Um Brilho na Noite
Título Original: Rhinestone
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bob Clark
Roteiro: Phil Alden Robinson
Elenco: Sylvester Stallone, Dolly Parton, Richard Farnsworth
Sinopse:
Jake Farris (Parton) é uma cantora nascida no Tennessee que vai até Nova Iorque para tentar se tornar uma estrela. Contratada por um night club as coisas não se mostram tão simples como ela imaginava. Assim ela decide voltar para sua terra natal, mas é impedida por seu contrato. Para tentar se livrar ela decide fazer uma aposta com o dono do club. Ela treinará um taxista brutamontes chamado Nick (Stallone) para tomar seu lugar. Se o sujeito realmente aprender a cantar ela estará finalmente liberada!
Comentários:
Já que falamos de Sylvester Stallone que tal recordar um de seus filmes menos lembrados? Hoje em dia "Rhinestone - Um Brilho na Noite" é pouco citado, mesmo entre cinéfilos veteranos. A fita já mostra a vontade que Sly tinha em fazer algo diferente na carreira. Assim quando esse roteiro caiu em suas mãos ele deixou a vergonha de lado e abraçou o projeto - agora imagine ver uma comédia em que Stallone tenta soltar o vozeirão ao lado de ninguém menos do que a estrela country Dolly Parton! O humor nasce justamente desse choque de pessoas tão diferentes. Dolly cheia de vida, esbanjando exageros, tanto nos figurinos como no modo de agir contrasta completamente com o jeito rude e fora de ambiente do personagem de Sly. Afinal Stallone interpreta um bronco de Nova Iorque, um taxista que não leva o melhor jeito para a música. O resultado não é grande coisa, mas se salva por alguns poucos momentos realmente divertidos. O curioso é que a recepção fria do filme não mudaria a opinião de Stallone que tentaria voltar para a comédia muitos anos depois com películas como "Oscar" e "Pare, Senão Mamãe Atira!", duas outras bombas da carreira do eterno Rocky Balboa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Os Mercenários 3
Título no Brasil: Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Nu Image, Millennium Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Harrison Ford, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Antonio Banderas, Jet Li
Sinopse:
Durante uma missão na costa africana o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) descobre que um antigo desafeto e inimigo, Stonebanks (Mel Gibson), está vivo e não morto, como ele pensava e para piorar o criminoso está de volta à ativa, comandando uma enorme operação de tráfico de armas usando obras de arte como disfarce para a venda dos equipamentos militares ilegais. Deter Stonebanks agora se torna uma questão de honra para Ross e seus companheiros de combate.
Comentários:
Terceiro e aguardado filme da franquia "The Expendables". A fórmula segue sendo basicamente a mesma, com Stallone à frente dessa reunião de astros de ação dos anos 80. Como aconteceu com os filmes anteriores agora temos novos astros se juntando ao elenco. A primeira novidade vem com Wesley Snipes que curiosamente surge como um recém libertado condenado da prisão (como ele próprio aliás, pois como sabemos passou algum tempo preso por sonegação de impostos). Harrison Ford é outra novidade, interpretando um supervisor da CIA. Na realidade ele não tem muito o que fazer em cena, sendo visivelmente o astro mais envelhecido de todo o elenco. Já o velho e bom Mel Gibson está bem melhor como o vilão Stonebanks! O interessante é que embora tenha sido um dos astros mais famosos e populares da década de 80, nunca havia trabalhado antes com a grande maioria do elenco. Sempre foi um lobo solitário na carreira (assim como Chuck Norris). Acaba se saindo muito bem, injetando mais uma vez seu carisma em seu personagem, mesmo sendo ele o antagonista do enredo.
Por fim no quesito resgates de estrelas do passado temos Antonio Banderas que surge como mero alívio cômico, pois seu personagem não consegue parar de falar, tagarelando o tempo todo. Ao final de "Os Mercenários 3" chegamos em algumas conclusões. A primeira é a que o estúdio tenciona levar a franquia em frente e por isso escalou todo um elenco jovem de apoio, como se fossem a nova equipe do personagem de Sly. Já que os atores originais já estão ultrapassando os 70 anos de idade é bom garantir uma sobrevida para a marca. A segunda conclusão a que chegamos é que se o roteiro não consegue ser grande coisa a diversão é certamente garantida, mostrando que todos esses heróis de ação podem estar velhos, mas não acabados, pois ainda conseguem justificar plenamente o preço de uma entrada de cinema. Assista e se divirta, já que não irá se arrepender de reencontrar todos esses antigos ídolos das telas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Os Embalos de Sábado Continuam
Título Original: Staying Alive
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Nik Cohn, Sylvester Stallone
Elenco: John Travolta, Cynthia Rhodes, Finola Hughes
Sinopse:
Cinco anos depois da história mostrada no primeiro filme o suburbano Tony Manero (Travolta) corre atrás de seu grande sonho, se tornar dançarino profissional de uma grande companhia de dança da Broadway em Nova Iorque. Nada será fácil pois a competição é acirrada e a concorrência numerosa. Apenas os verdadeiros talentos vencerão essa disputa.
Comentários:
Conforme o próprio Sylvester Stallone explicaria, ele era um grande fã do primeiro filme. Em suas próprias palavras: "Aquele era o filme que eu gostaria de ter feito se soubesse dançar como o John Travolta". Certamente Stallone não era Travolta e por isso arranjou um jeito de convencer a Paramount a lhe dar carta branca para dirigir a sequência do grande sucesso musical dos anos 70. O roteiro seria do próprio Stallone. Ele porém queria impor sua própria visão naquele enredo. Transformou Tony Manero em um dançarino profissional, aspirante à entrar em um grande musical da Broadway. Não há como negar que o filme tenha ótimas cenas de dança, embalados com o que havia de melhor na época nesse estilo mas algo se perdeu. Stallone parece obcecado por corpos musculosos e suados de seus dançarinos em números musicais longos e muitas vezes cansativos. O que era para ser algo mais sutil se transformou em um desfile de atores e figurantes bombados - tal como o próprio Stallone. A crítica não gostou e o público, para surpresa de muitos, ignorou completamente o filme, deixando as salas de cinemas vazias. Com isso os embalos de sábado à noite ficaram definitivamente encerrados.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Ajuste de Contas
Título Original: Grudge Match
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Segal
Roteiro: Tim Kelleher, Rodney Rothman
Elenco: Robert De Niro, Sylvester Stallone, Kim Basinger, Alan Arkin
Sinopse:
Há trinta anos Henry 'Razor' Sharp (Sylvester Stallone) recusou dar uma revanche para o ex-campeão de boxe Billy 'The Kid' McDonnen (Robert De Niro). Por isso sempre pairou no ar a dúvida sobre quem realmente seria o melhor boxeador, o verdadeiro campeão. O que parecia estar encerrado pelo tempo volta à tona após um jovem agente acreditar na volta da dupla para uma última e decisiva luta, para encerrar de uma vez por todas a rivalidade entre eles. Um verdadeiro ajuste de contas.
Comentários:
Não precisa ir muito longe para entender a realização desse filme. Robert De Niro se consagrou com o clássico "Touro Indomável", onde interpretava com raro brilhantismo um lutador de boxe decadente. Sylvester Stallone também chegou ao pico do sucesso e da fama dando vida ao boxeador Rocky Balboa em uma série de filmes muito bem sucedidos na bilheteria. Assim não é complicado entender porque ambos estão aqui juntos nessa produção que passa longe de pretender ser levada muito à sério. Na verdade tudo parece ser antes de mais nada um revival bem humorado de personagens que fizeram a carreira desses dois atores em um passado distante. Ícones do cinema americano nas décadas de 70 e 80, Stallone e De Niro parecem agora brincar com seu passado, com sua carreira. O roteiro tem muitas referências aos personagens de ambos nos filmes citados. De certa forma é como se quisessem provar ao seu público que podem perfeitamente fazer humor com suas idades e seus passados, tudo feito de forma bem inofensiva e despretensiosa. Certamente os cinéfilos vão curtir bastante a proposta desse "Grudge Match" mas fora isso não há muito o que se celebrar. Certamente é um roteiro bem humorado, onde os astros parecem se divertir como nunca. Quem gosta da dupla central certamente gostará de vê-los juntos na tela. Não há nada de errado nisso. Sempre foram muito carismáticos e continuam assim, mesmo com o passar dos anos. Como puro cinema porém o filme é, devemos admitir, bem fraco. O enredo tem muitos clichês e a trama, que tenta ser uma homenagem ao passado de Bob e Sly, acaba derrapando na própria armadilha, pois não inova em nada, caindo no lugar comum. Vale como diversão para cinéfilos e fãs mas para o público em geral realmente não há nada de muito relevante a se esperar.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Daylight
Título Original: Daylight
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob Cohen
Roteiro: Leslie Bohem
Elenco: Sylvester Stallone, Amy Brenneman, Viggo Mortensen
Sinopse:
Um grande desastre acontece em um movimentado túnel de Nova Iorque. Explosões levam ao colapso da construção e assim várias pessoas ficam presas, se tornando praticamente impossível de sair do local. Quando tudo parecia praticamente perdido Kit Latura (Sylvester Stallone) se propõe a salvar a todos.
Comentários:
Depois de alguns fracasso comerciais Stallone reencontrou o caminho do sucesso nesse eficiente thriller que de certa forma lembrava o estilo disaster-movie dos anos 70. Tecnicamente é uma produção muito bem realizada, com grande esmero em recriar toda a situação que faz parte da trama. O roteiro tropeça algumas vezes caindo até mesmo em contradição mas isso não chega a comprometer o resultado final. Sylvester Stallone está em seu habitual mas quem acaba se destacando dentro do elenco é o ator Viggo Mortensen, aqui mero coadjuvante, anos antes de se consagrar como Aragorn na série O Senhor dos Anéis. Se Stallone é o herói em cena ele interpreta o sujeito comum capaz de grandes façanhas. Enfim, embora tenha envelhecido um pouco após todos esses anos "Daylight" ainda é um bom entretenimento, um filme que funciona e que atende as expectativas dos fãs de Stallone.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Alta Velocidade
O curioso de tudo é que durante o lançamento do filme Stallone afirmou a jornalistas brasileiros que tinha a intenção quando escreveu o roteiro de dar um personagem para o campeão brasileiro Ayrton Senna fazer sua estréia em Hollywood mas que com sua morte resolveu reescrever grande parte do material, tornando tudo muito mais fantasioso, para tentar emplacar um sucesso com o público jovem que ia aos cinemas naquela época. Ao que tudo indica o primeiro esboço era mais pé no chão e realista. Que pena que Stallone tenha mudado de ideia pois sinceramente o tom desse "Alta Velocidade" definitivamente não agradou a ninguém, nem a crítica que malhou impiedosamente e nem o público que deixou as salas de cinemas vazias e depois deixou a fita pegando poeira nas locadoras, sem dó e nem piedade. Pelo resultado do que vemos aqui isso tudo foi mais do que merecido.
Alta Velocidade (Driven, Estados Unidos, 2001) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Sylvester Stallone, Jan Skrentny, Neal Tabachnick / Elenco: Sylvester Stallone, Kip Pardue, Til Schweiger, Burt Reynolds / Sinopse: Corredor veterano das pistas de Fórmula Indy precisa ensinar a jovem novato e ousado os segredos de um campeão nas pistas.
Pablo Aluísio.
domingo, 21 de julho de 2013
O Juiz
Uma das coisas que mais chamaram atenção na época em que o filme foi lançado foi sua direção de arte que pretendia trazer para as telas de cinema os figurinos e o mundo dos quadrinhos. Como sabemos nem sempre isso é muito fácil, até mesmo por causa do excesso de cores que são utilizados nas revistas em quadrinhos, algo que nem sempre surte o efeito desejado nos filmes. Por essa razão talvez o filme tenha envelhecido tão mal. Certamente é algo que foi considerado fiel nos anos 90 mas que revisto hoje em dia não funciona mais a contento. Stallone também parece bem inadequado para o papel. Alguns diálogos ditos por ele em cena não passa qualquer credibilidade. A produção também não enche os olhos, adotando um visual que hoje vai soar muito brega para o público mais jovem. O público adulto de Sly, fã de filmes de ação, também torceu o nariz já que esse mundo de adaptações de quadrinhos nunca foi sua praia. Assim “O Juiz” não conseguiu ser um sucesso. Hoje tudo acaba soando como um produto que foi ultrapassado pelo tempo. Prefira ver o novo filme do Juiz Dredd que apesar da produção mais modesta adotou um estilo mais próximo das estórias violentas dos gibis.
O Juiz (Judge Dredd, Estados Unidos, 1995) Direção: Danny Cannon / Roteiro: William Wisher Jr, Steven E. de Souza, baseado nos personagens criados por John Wagner e Carlos Ezquerra / Elenco: Sylvester Stallone, Armand Assante, Rob Schneider / Sinopse: No mundo brutal e violento do futuro o Juiz Dredd (Stallone) impõe lei e ordem nas ruas de uma megacidade super povoada, lotada de criminosos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
O Demolidor
Em termos de boas cenas de pancadaria e pirotecnia até que o filme se sai bem. O problema é que as piadinhas de certa forma minam o resultado final. Se “O Demolidor” tivesse adotado um tom mais sério e focado, principalmente investindo melhor no duelo dos dois principais personagens o filme teria sido bem melhor recebido pelo público e pela critica. Do jeito que está agradou apenas parcialmente o público de Stallone e em contrapartida não conseguiu trazer, por exemplo, as fãs de Sandra Bullock para as filas nas bilheterias dos cinemas. Por falar em Sandra Bullock ela recebeu mais uma de suas inúmeras indicações ao Framboesa de Ouro de pior atriz. De fato ela parece bem fora de seu ambiente nesse filme, mostrando que sua personagem, uma policial do futuro, não faz a menor falta na trama principal. Na época recordo que “O Demolidor” funcionava muito melhor no mercado de vídeo, algo que se repete atualmente. Visto como um programa descontraído e descompromissado o filme funciona razoavelmente bem. Não leve muito à sério e se divirta.
O Demolidor (Demolition Man, Estados Unidos,1993) Direção: Marco Brambilla / Roteiro: Peter M. Lenkov, Robert Reneau / Elenco: Sylvester Stallone, Wesley Snipes, Sandra Bullock / Sinopse: No futuro um perigoso criminoso do passado é trazido de volta à vida causando muitos problemas para as forças policiais daquela época.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Rocky Balboa
A sorte para Rocky muda porém quando o atual campeão de pesos pesados, Mason 'The Line' Dixon (Antonio Tarver) decide lutar contra ele em uma exibição promocional. No fundo Dixon está revoltado por causa de um jogo de simulação em que ele luta contra Rocky e perde. O programa usa as características dos lutadores reais e o resultado se mostra favorável ao antigo campeão Balboa. Para mostrar que isso não tem compatibilidade com o mundo real ele decide subir ao ringue para enfrentar Rocky. Esse como não tem mais nada a perder decide aceitar o desafio. A partir daí não precisa ser vidente para saber o que vai acontecer. Quem já assistiu a algum filme da série Rocky já prevê de antemão que o lutador vai competir até o limite de suas forças físicas, mesmo que o preço a pagar seja muito alto. Não há como negar que “Rocky Balboa” seja um bom filme. Stallone soube muito bem tirar proveito das principais características que fizeram desse personagem um ícone do cinema. Só espero que ele agora deixe o velho Balboa em paz pois essa continuação tardia serve muito bem como uma digna despedida para a franquia. Bem melhor do que o obtuso Rocky V, esse sim um filme bem abaixo do esperado.
Rocky Balboa (Rocky Balboa, Estados Unidos, 2006) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Burt Young, Antonio Tarver / Sinopse: Atual campeão de pesos pesados decide subir ao ringue para desafiar um antigo campeão aposentado, Rocky Balboa. Ele quer provar que pode derrotar também a lenda do boxe do passado.
Pablo Aluísio.