Ontem revi esse que sempre foi considerado o filme mais pretensioso da franquia Aliens. Fazia muitos anos que tinha visto pela última vez. Para falar a verdade só tinha visto uma vez, em seu lançamento. Descobri que na minha lembrança havia um filme mais bem elaborado do que ele realmente é. Nessa revisão fiquei com a impressão que o roteiro é mais vazio do que pensava inicialmente. E realmente é bem isso.
O uso das figuras dos tais "engenheiros da criação" é desperdiçada. Esses seres que teriam dado origem a espécie humana são aguardados e de repente, lá pelo meio do filme, descobrimos que um deles sobreviveu a dois milênios de existência! OK, tudo bem, na ficção isso seria aceito. Não seria nada demais. O problema é que quando esse ser surge (um homem enorme, muito maior que um ser humano normal) não há nenhuma filosofia a explorar. Ele é perguntado, naquelas perguntas que são feitas há milênios pelo ser humano. De onde veio a raça humana? Se eles são os criadores, de onde eles vieram? Só que ao invés de se comunicar com os astronautas, ele se limita a matar eles, um por um!
Que decepção! Um ser que supostamente esteve presente na criação dos seres humanos se revela apenas um brutamontes violento! Com isso o conceito, que deveria ser muito revelador dentro da franquia, vai pelo ralo! Faltou mesmo um pouco de sutileza por parte do Ridley Scott! Vamos falar a verdade!
Já sobre os Aliens em si, seu design é bem diferente. Eles ainda são seres espaciais parasitas, mas ao contrário dos outros filmes, em que eles tinham, digamos, um visual mais de hominídeos, eles aqui se revelam como seres aquáticos, como cobras ou como Lulas gigantes! Ficou diferente, mas não deixou de ficar legal também. Enfim, é isso. Não é um filme ruim, longe disso, mas não é tão bem conceituado quanto eu me lembrava. Os anos muitas vezes enganam a mente humana!
Pablo Aluísio.
SCI-FI
ResponderExcluirPablo Aluísio