terça-feira, 20 de julho de 2021

Gloria Bell

A vida de Gloria Bell (Julianne Moore) não é das mais felizes. Ela se divorciou do marido e seus filhos, agora adultos, não dão muita bola para ela. Para aliviar um pouco essa vida de tensão que se resume em ir para o trabalho e voltar para casa, ela decide frequentar uma discoteca meio capenga e cafona, onde só tocam sucessos da era do disco, dos anos 70. E na pista de dança dessa discoteca fora de moda ela conhece Arnold (John Turturro), um homem de sua idade, que também se diz divorciado e infeliz, pai de duas jovens que parecem nunca encontrar o rumo de suas vidas. Arnold é dono de um velho parque de diversões decadente e enferrujado e logo começa um namoro com Gloria.

Bom filme, mostrando a vida de uma mulher comum, cheia de problemas pessoais, como todos nós. Depois do divórcio ela tenta reconstruir os pedaços de sua vida emocional, mas é tudo tão complicado. Para uma mulher que viveu toda a sua existência reprimida é complicado nessa altura, com essa idade, arranjar um namorado e não ser julgada pelos outros. O namorado também fica longe de ser perfeito. É um cara que parece mentir o tempo todo, fazendo com que ela desconfie que ele ainda é casado. Pior, ele está sempre sumindo dos encontros, sem nem se despedir. Um cara estranho. Enfim, apesar de uma certa melancolia, esse filme me passou algo bem verdadeiro e humano em seu roteiro. E sim, Julianne Moore continua sendo uma grande atriz.

Gloria Bell (Gloria Bell, Estados Unidos, 2018) Direção: Sebastián Lelio / Roteiro: Alice Johnson Boher, Sebastián Lelio, Gonzalo Maza / Elenco: Julianne Moore, John Turturro, Michael Cera, Brad Garrett, Rita Wilson, Caren Pistorius / Sinopse: O filme conta a história de uma mulher bem mais velha e madura que tenta reconstruir sua vida emocional e encontra muitos desafios pelo caminho.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. A primeira vez que vi Juliane Moore foi em Short Cuts e ela tem uma cena de nú frontal até longa, mas parecia estar bem a vontade. Ali eu descobri que ela era, realmente, ruiva e confesso estranhei um pouco a gratuidade daquilo. Geralmente quando atrizes começam assim se perdem e não vão longe. Pois ela foi e já fez filmes maravilhosos e continua bonita. Tem um rosto muito bom pra cinema e talento de sobra. Três exemplos: As Horas, Boogie Nigths e Para Sempre Alice, em que venceu o Oscar de melhor atriz.

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  2. Ela tem um rosto anguloso e é certamente uma bela mulher, mesmo agora com os anos passados. Nesse filme ela usa umas roupas cafonas, uns óculos do século passado, mas mesmo com esse figurino ainda se mostra uma mulher agradável de se ver. Certas belezas resistem a tudo, mesmo quando tentam enfeiar.

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