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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Rocketeer

Título no Brasil: Rocketeer
Título Original: The Rocketeer
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Dave Stevens, Danny Bilson
Elenco: Billy Campbell, Jennifer Connelly, Timothy Dalton, Alan Arkin, Paul Sorvino, Ed Lauter

Sinopse:
Cliff (Billy Campbel) é um jovem piloto que descobre um protótipo de jetpack, um jato que poderia levantar vôo, acoplando em suas costas. Ele então decide combater o crime usando de um disfarce, passando a ser conhecido por todos como Rocketeer. E enquanto vai prendendo todos os vilões, decide investir também no amor de sua vida.

Comentários:
Inegavelmente bem produzido, afinal não deixava de ser um produto Disney, esse "The Rocketeer" não conseguiu fazer sucesso. Pelo que me lembre não conseguiu sequer espaço no circuito comercial de cinemas no Brasil, sendo lançado diretamente em vídeo. Eu me recordo que assisti justamente assim, alugando o VHS nas locadoras. O que aconteceu para que o resultado comercial não fosse tão bom? Acredito que tenha sido o filme certo, mas na época errada. Nos anos 90 não havia essa febre de filmes com super-heróis. Hoje em dia, mesmo personagens de segunda linha, conseguem algum sucesso comercial, mas em 1991 isso não acontecia. O Rocketeer também era pouco conhecido, praticamente ninguém conhecia esse personagem que usava de uma velha tecnologia para impressionar. Uma espécie de homem a jato ou homem movido a foguete. Quem iria se interessar em suas aventuras naquele começo de anos 90? Além disso o personagem tem suas histórias passadas na era dos antigos seriados de aventuras no cinema, ainda nos tempos das matinês, lá pela década de 1930. Isso rendeu uma bela direção de arte ao filme, mas esse bom gosto vintage não se reverteu em interesse do público. Assim o tal Rocketeer, que mais parecia um foguete antigo, caiu tão rapidamente como havia subido aos céus. Coisas de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos

Esse filme foi a aposta da Disney no final de ano. Custou 120 milhões de dólares e teve uma bilheteria decepcionante dentro dos Estados Unidos. Só recuperou o investimento por causa do mercado internacional, mas em nenhum momento conseguiu se tornar realmente um sucesso. De fato não era uma tarefa muito fácil adaptar o clássico "O Quebra-Nozes" para o cinema, em um roteiro que criou uma espécie de fábula, misturando elementos de contos de fadas e fantasia para o público infantil e juvenil. A produção, como era de se esperar, é realmente excelente. De encher os olhos do espectador. Os figurinos e cenários lembram a Rússia Czarista, inclusive no formato das torres dos grandes palácios.  Tudo classe A, do melhor bom gosto.

A estorinha é redondinha, de fácil entendimento para as crianças. Não faltam princesas, rainhas más, fadas, roupas extravagantes, etc. Nesses quesitos não haveria mesmo o que criticar. Penso que o público americano acabou não comprando a ideia do filme justamente por se basear em algo que não é tão familiar ou popular à cultura pop daquele país. Seria algo clássico demais para o público padrão. De qualquer forma a Disney, com sua reconhecida competência técnica, jamais colocaria no mercado um produto de má qualidade, muito pelo contrário. Talvez o problema dessa vez foi que foram, talvez, um pouco longe demais. E é justamente isso também o que explica as boas bilheterias na Europa. Por lá houve uma curiosidade natural do público em conferir a adaptação para o cinema desse que talvez seja um dos grandes exemplos da chamada alta arte no velho continente.

O elenco tem dois nomes de peso. Helen Mirren, com maquiagem e figurinos dos antigos palhaços medievais, começa como vilã, mas como o roteiro dá margem a reviravoltas descobrimos que ela não é tão malvada como se pensava.  Morgan Freeman é um coadjuvante de luxo, um velho relojoeiro, que sabe muitas coisas, se tornando uma espécie de sábio da corte. A protagonista Clara é interpretada pela atriz Mackenzie Foy que é bonitinha e simpática, mas sem grande carisma. No meio de uma produção tão opulenta ficaria mesmo complicado para a mocinha se destacar. Então é isso, temos aqui mais uma pomposa produção com o selo Disney. Pelos esforços envolvidos em sua produção merecia até mesmo maior reconhecimento por parte do público.

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (The Nutcracker and the Four Realms, Estados Unidos, 2018) Direção: Lasse Hallström, Joe Johnston / Roteiro: Ashleigh Powell, E.T.A. Hoffmann, baseados no ballet criado por Marius Petipa / Elenco: Mackenzie Foy, Helen Mirren, Morgan Freeman, Keira Knightley, Ellie Bamber / Sinopse: Após a morte de sua mãe, a jovem Clara (Foy) vai parar em um mundo mágico. Ela está em busca de uma chave que vai abrir o presente que sua mãe lhe deixou no natal, só que essa chave é muito mais importante do que ela possa imaginar. Filme indicado ao Annie Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O Céu de Outubro

Título no Brasil: O Céu de Outubro
Título Original: October Sky
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Jake Gyllenhaal, Chris Cooper, Laura Dern, Chris Owen, William Lee Scott, Scott Thomas

Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. O filho de um mineiro das minas de carvão de sua cidade natal, decide estudar foguetes. Ele fica inspirado após o lançamento do primeiro satélite a ir até o espaço, o Sputnik. Para o adolescente Homer Hickam (Jake Gyllenhaal) essa seria a sua saída para um futuro melhor.

Comentários:
Bom filme que trata a ciência de uma forma bem carinhosa. O protagonista é um jovem sonhador que se une aos seus amigos para soltar foguetes. Tudo seria apenas uma diversão entre os rapazes se não fosse também um sonho, o de um dia se tornar cientista, fugindo do destino de seu pai, um trabalhador comum que se mata nas minas de carvão da região. Como se trata de uma adaptação de uma história real, baseada em um livro de memórias, podemos verificar como tudo soa nostálgico, relembrando os primeiros passos de um jovem que no futuro iria se dedicar à ciência, ao programa espacial americano. É uma espécie de sonho de virar astronauta que se tornou realidade (ou quase isso, bem próximo!). O elenco é todo bom, com atores jovens e bem talentosos. Alguns se tornariam bem famosos, como o próprio Jake Gyllenhaal que demonstrou no filme que talento realmente não tem idade. Boa diversão aliada a história mais do que interessante. Recomendo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Mar de Fogo

Para se fazer um grande épico é necessário mais do que uma bela fotografia e cenas de impacto passadas em lugares exóticos e distantes. É justamente isso que prova "Mar de Fogo", produção de 2004. A história é baseada em fatos reais. Em 1890 um rico e poderoso líder árabe ofereceu um grande prêmio ao vencedor de uma corrida de cavalos de três mil milhas pelas regiões mais hostis do deserto da Arábia Saudita. Entre os concorrentes um cowboy americano, Frank T. Hopkins (Viggo Mortensen), se destacou por sua audácia, coragem e fibra de campeão. Cavalgando um animal da raça Mustang chamado Hidalgo ele entrou para a história por participar dessa competição. Sua proeza ficou tão conhecida dentro dos Estados Unidos que ele e seu cavalo viraram atração fixa no famoso show de Buffalo Bill no Oeste Selvagem.

"Mar de Fogo" foi dirigido pelo jovem cineasta texano Joe Johnston de "Jurassic Park III" e "Jumanji". Considerado um protegido de Steven Spielberg sua intenção se mostra bem nítida desde o começo do filme. Seu objetivo é alcançar a mesma classe e opulência do grande clássico "Lawrence da Arábia", algo pra lá de pretensioso. O problema é que tudo ficou apenas na intenção. Nem a presença do grande Omar Sharif (um dos atores preferidos do genial David Lean) melhora esse aspecto. Apesar da excelente produção, da bonita fotografia (temos que admitir) o filme não consegue convencer ou agradar. Muitas vezes na ânsia de realizar grandes tomadas abertas no deserto tudo o que o diretor consegue no final das contas é passar tédio para a película. Esse aliás é um dos grandes problemas de "Hidalgo" pois seu ritmo se torna irregular, ora acelerado demais, ora completamente parado, ficando por isso muitas vezes chato. Não foi um filme que me agradou, apesar das expectativas e boas intenções que rondaram sua chegada aos cinemas. Pode ser dispensado sem maiores problemas.
 
Mar de Fogo (Hidalgo, EUA, 2004) Direção: Joe Johnston / Roteiro: John Fusco / Elenco: Viggo Mortensen, Omar Sharif, Zuleikha Robinson / Sinopse: Cowboy americano (Mortensen) participa de uma corrida de cavalos no meio do deserto da Arábia Saudita. Filme vencedor do Western Writers of America na categoria de Melhor Roteiro.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Capitão América: O Primeiro Vingador

A Marvel levou décadas para acertar no cinema, mas quando acertou, foi tiro no alvo, direto na mira. Esse aqui deu origem a outra franquia de sucesso. Como se sabe os filmes da Marvel, todos eles, formam um elo entre si, se passam no mesmo universo. Depois do sucesso dos filmes do Homem-Aranha, Homem de Ferro e Hulk, era de se esperar que fossem mesmo ressuscitar esse antigo herói dos quadrinhos. E quando escrevo antigo, não é força de linguagem. O Capitão América nasceu durante a II Guerra Mundial e foi usado, como era de se esperar, como personagem propaganda do esforço de guerra. Logo havia uma longa história para se contar, mais de 50 anos de histórias em quadrinhos para se adaptar ao cinema. Os fãs dessa longa tradição tinham que ser respeitados. Não poderia como ignorar tantas edições ao longo de todos esses anos.

E esse filme não esqueceu esse histórico em seu roteiro. É, como se sabe, também um filme de origens. Assim vemos como surgiu o herói, fruto de uma experiência para criar uma "super soldado". De garoto franzino, ele virou uma máquina de combate. E tem sua personalidade também, com sentimentos patrióticos fora do normal. Inclusive combatendo o nazismo e o fascismo, naquele momento histórico tentando dominar a Europa e o resto do mundo. Agora imagine parar para pensar... faz dez anos que esse filme foi lançado! Como o tempo passa rápido...

Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, Estados Unidos,2011) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Samuel L. Jackson / Sinopse: Steve Rogers, um soldado  rejeitado, se transforma no Capitão América após tomar uma dose de um "soro do Super Soldado". Mas ser o Capitão América tem um preço quando ele tenta derrubar um traficante de guerra e uma organização terrorista.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O Lobisomem

Título no Brasil: O Lobisomem
Título Original: The Wolfman
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Relativity Media
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Andrew Kevin Walker, David Self
Elenco: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt

Sinopse:
A infância de Lawrence Talbot terminou na noite em que sua mãe morreu. Depois disso ele deixa a aldeia vitoriana de Blackmoor em direção ao futuro. Muitos anos depois retorna porque o corpo de seu irmão foi brutalmente assassinado e ele quer encontrar o verdadeiro assassino que fez aquela monstruosidade. Após algumas investigações descobre um terrível destino reservado para si mesmo. O fato é que alguém ou alguma coisa com uma força descomunal e insaciável sede de sangue está matando os aldeões. Um inspetor da Scotland Yard é então enviado para a região e descobre algo além da imaginação.

Comentários:
A intenção fica clara logo nos primeiros momentos. É uma tentativa de homenagear o clássico "O Lobisomem" da década de 1940. O enredo é praticamente o mesmo, só que melhor desenvolvido. Os personagens são os mesmos e clima do filme original foi recriado com as técnicas modernas. Não gosto de remakes mas esse filme sinceramente achei bem intencionado em seus propósitos. Some-se a isso a bela direção de arte (realmente de primeira classe) e um bom elenco e você terá no mínimo uma diversão honesta. Perceba que a maquiagem procurou resgatar o design do monstro mostrado no primeiro filme. Esse também é outro ponto positivo pois os realizadores poderiam muito bem partir para algo diferente, mais exagerado, um monstro digital, por exemplo. Ao invés disso optaram sabiamente por uma técnica mais analógica o que acabou trazendo mais realismo para as cenas dessa produção. Também gostei de todo o elenco, sem exceções. Benicio Del Toro tem o tipo ideal para seu papel, um sujeito de traços marcantes que esconde algo sinistro em sua vida pessoal. Anthony Hopkins também está ótimo, incorporando maneirismos que nos lembram sutilmente de feras selvagens e por fim temos Emily Blunt, muito bem equilibrada entre a beleza e a força de sua personagem. Dessa maneira "The Wolfman" é sem a menor sombra de dúvida uma ótima diversão, esqueça os críticos mal humorados e se divirta.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Jumanji

Título no Brasil: Jumanji
Título Original: Jumanji
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Greg Taylor
Elenco: Robin Williams, Kirsten Dunst, Bonnie Hunt, Bradley Pierce
 
Sinopse:
Dois garotinhos encontram um jogo mágico, capaz de alterar as leis do universo em que conhecemos, os jogando no meio de uma grande e inesquecível aventura! Filme vencedor da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Bonnie Hunt) e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado nas categorias de Melhor Filme de Fantasia, Melhor Ator (Robin Williams) e Melhor Direção (Joe Johnston).

Comentários:
Segue sendo um dos mais queridos filmes da carreira de Robin Williams. Na época de seu lançamento foi acusado de ser uma produção meramente usada como desculpa para um desfile de avançados efeitos especiais de última geração. Na verdade grande parte do impacto do filme realmente é proveniente de seu visual, mas não é só isso que podemos elogiar. A fita pode ser encarada como uma bela tentativa de resgatar o espírito das antigas matinês, onde filmes de aventuras e muita imaginação faziam a festa da garotada que lotava os cinemas nas décadas de 1940 e 1950. Além disso vamos convir que Robin Williams era de fato muito carismático, conseguindo muitas vezes levar um filme apenas mediano nas costas até o fim. Nesse "Jumanji" o roteiro realmente deixa a desejar em certos aspectos, mas nem isso tira seu charme de puro entretenimento. Para o estúdio também foi uma bela aposta pois a produção acabou enveredando para outros produtos, virando livro, álbum de figurinhas, quadrinhos e até um bem sucedido jogo de videogame (ironicamente a indústria de games iria superar a do cinema em faturamento poucos anos depois). De uma forma ou outra o cineasta Joe Johnston procuraria manter o velho espírito em filmes posteriores dele, em especial os bons "Jurassic Park III" (também com farto uso de animais digitais), "Mar de Fogo" (uma aventura ao velho estilo) e "Capitão América: O Primeiro Vingador" (novamente flertando com o mundo dos quadrinhos). Em suma, "Jumanji" é isso mesmo, pura diversão para todas as idades.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Jurassic Park 3

Terceira e até agora última seqüência da franquia Jurassic Park (há rumores que um quarto filme esteja nos planos de Spielberg). Aqui temos a volta do personagem Dr. Alan Grant (interpretado pelo ótimo ator Sam Neill). Ele está de volta ao trabalho de pesquisa, procurando por novos fósseis e dando palestras para alunos na universidade. Ele tenta de todas as formas esquecer tudo o que lhe aconteceu no primeiro filme mas isso o persegue em todos os lugares. As coisas parecem mudar de rumo quando é contactado por Paul Kirby (William H. Macy, como sempre muito bem em cena). Ele afirma ao renomado cientista que é um grande empresário e que teria autorização para sobrevoar a ilha de Sorna ao lado da esposa. Para tanto gostaria de contratar os serviços do Dr. Grant como guia da viagem. A proposta soa tentadora e Kirby oferece uma quantia absurda pela possibilidade de contar com o renomado cientista na viagem. O que não se sabe é que na verdade o rico empresário não é tão rico como se pensa e nem está interessado em dinossauros mas sim em resgatar seu filho que desapareceu na ilha.

Como era de se esperar tudo acaba saindo errado. O avião cai e todos ficam expostos aos perigos da ilha que está recheada de dinossauros carnívoros, como Velociraptors, Tiranossauros e demais espécies. Em termos de monstros digitais a novidade vai para os Pterossauros, que ganham grande destaque na aventura. “Jurassic Park 3” não contou com a direção de Spielberg que deu o bastão para Joe Johnston que não tinha muita experiência no currículo. O resultado soa irregular. A trama é básica e a sensação de que o filme só existe para mostrar os dinos digitais é recorrente. Nem mesmo a presença de Sam Neill interpretando o carismático cientista Dr. Grant salva o filme da mesmice. Para piorar Spielberg novamente injeta sua dose de pieguice no relacionamento do garoto perdido na ilha e seus pais divorciados (uma velha obsessão do cineasta, obviamente inspirada em sua própria vida pessoal). No geral é um filme bem realizado tecnicamente, com boas seqüências de efeitos digitais e é só. O roteiro é simplório e nem os dinossauros soam mais tão fantásticos como antes. 

Jurassic Park 3 (Jurassic Park III, Estados Unidos, 2001) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Peter Buchman, Michael Crichton / Elenco: Sam Neill, William H. Macy, Téa Leoni, Trevor Morgan, Laura Dern / Sinopse: Um empresário em busca de seu filho acaba voltando para a Ilha de Sorna onde ao lado do cientista Grant tentará sobreviver ao ataque de várias espécies de dinossauros.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Capitão América: O Primeiro Vingador

O que posso dizer do "Capitão América"? Que ele foi um personagem criado para levantar a moral das tropas americanas durante a II Guerra Mundial? Acredito que todo mundo já sabe disso. Que depois de cumprir essa sua missão de marketing patriota perdeu o sentido? Também acredito que todos já devem ter percebido. Ele deveria ter cumprido sua missão e desaparecer mas não foi bem isso que aconteceu. O fato é que o Capitão se recusa a pendurar o escudo. Ao invés de sumir do mapa e se tornar apenas uma curiosidade do esforço de guerra americana ele voltou das cinzas e hoje há um renovado interesse no personagem. Como explicar isso? Ainda mais hoje em dia com tanto sentimento antiamericano por aí. Bom, de fato o Capitão América é uma entidade completamente ultrapassada e careta hoje em dia mas Hollywood é Hollywood e não perderia a chance de ganhar em cima de sua notoriedade e fama.

Assim desenterraram a velha bandeirona ianque, colocaram uma verniz de politicamente correto em cima do velho soldado e conseguiram vender novamente o (antigo) peixe. E o filme? Dentro do universo dos quadrinhos até que não faz feio, se convertendo em um produto cinematográfico mediano. Não é tão ruim a ponto de estar no mesmo nível que Mulher Gato e Lanterna Verde mas fica longe também de chegar perto do último Batman ou até mesmo de Homem Aranha. Assim fica na média, não surpreende mas também não decepciona. Em termos de direção de arte esperava um pouco mais. Na minha opinião o personagem foi modernizado demais. Além das mudanças em seu vestuário (como a inclusão de um feio capacete), ainda tentaram apagar seu uniforme, pouco se distinguindo dos soldados comuns. Que bobagem! Estariam com vergonha do fato do uniforme do Capitão ser na verdade uma bandeira americana disfarçada? Ora, me poupem. Tragam as estrelas e listras de volta!

Outro ponto a se criticar é a mudança no visual retrô em tudo a que se refere à II Guerra Mundial. As armas - inclusive aviões e tanques - não são nem um pouco compatíveis com às do conflito. Deveriam ter optado por um visual realmente anos 40, até porque até mesmo os fãs dos quadrinhos gostariam de ver algo nesse estilo. Há uma ideologia por trás desse personagem que na minha opinião deve ser mantida (queiram ou não os que não suportam propaganda patriótica norte-americana). O fato é que desvirtuando o personagem se perde sua essência. O filme "Capitão América" tem altos e baixos e duas partes completamente diferentes entre si. O ponto alto do filme acontece em seus primeiros 60 minutos. O personagem não chega a ser muito carismático mas mantém o interesse. O problema do filme é que em seu terço final se rende aos clichês do gênero, se transformando em pirotecnia e correrias descerebradas, tudo mais do mesmo, nada original. Enquanto se mostrou aspectos da origem do herói tudo ia muito bem, depois que partiu para a pancadaria o filme caiu assustadoramente. O vilão também não é grande coisa e cai na velha armadilha de tentar "conquistar o mundo"! Quantas vezes você já viu isso em um filme?! Enfim, Capitão América fica ali no meio termo. Não é ruim mas poderiam ter realizado um produto melhor - e por favor tragam a bandeirona de volta! Assuma a patriotada Tio Sam!

Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, Estados Unidos, 2011) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Samuel L. Jackson / Sinopse: Soldado se torna objeto de experiências do exército americano que busca a criação de um combatente ideal para as guerras.

Pablo Aluísio.