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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Navio Fantasma

Título no Brasil: Navio Fantasma
Título Original: Ghost Ship
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Steve Beck
Roteiro: Mark Hanlon
Elenco: Julianna Margulies, Gabriel Byrne, Ron Eldard

Sinopse:
Uma equipe de resgate é contratada para localizar uma embarcação perdida na costa do Alasca mas ao invés disso acaba encontrando um antigo navio dado como desaparecido há mais de 40 anos, o Antonia Graza! Logo a equipe decide então explorar seu convés, o que certamente não será uma boa ideia. Agora todos precisam rezar para sair de lá vivos e inteiros!

Comentários:
Outro filme que tive a oportunidade de conferir no cinema. É a tal coisa, navios desaparecidos sempre fizeram parte do inconsciente coletivo como algo macabro e sombrio. Naturalmente todos pensam nas pessoas que sumiram na vastidão dos mares sem deixar vestígios. E as suas almas, como ficam? Vagando eternamente no oceano? É partindo dessa premissa, que já foi bem explorada por velhos contos de terror, que se construiu o roteiro desse filme. De certa forma já sabia de antemão o que esperar pois era um produto típico do selo Dark Castle Entertainment. Produção mais modesta, com orçamento um pouco abaixo dos padrões, mas que espertamente sabe tirar proveito de efeitos digitais bem bolados e inseridos na trama. Em termos de roteiro e atuação não há maiores novidades, embora a fita até funcione em certos aspectos. Curiosamente o elenco é estrelado por Julianna Margulies que iria virar estrela mesmo muitos anos depois no mundo da TV, ao protagonizar a série de grande sucesso de audiência da CBS, "The Good Wife". Enfim, assista, tome alguns sustinhos e coma sua pipoca sem culpas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

The Good Wife

Acompanhei a série "The Good Wife" por três temporadas. A história mostrava uma advogada que tinha que reconstruir a vida e a carreira após seu marido a trair. O esposo era procurador geral, algo cargo, por isso ela tinha deixado a profissão de lado apenas para cuidar dos filhos e do casamento. Quando tudo ruiu, precisou correr atrás, já numa outra fase da vida. Assim acabava encontrando emprego em um escritório de advocacia, começando bem por baixo. Uma boa série, com bons episódios e personagens secundários bem escritos. Obviamente todas as atenções foram para a personagem principal, Alicia Florrick (Julianna Margulies), cuja vida tinha que reerguer.

De uma maneira em geral essa série me lembrou dos antigos dramas da TV americana como "Dallas", por exemplo, só que obviamente numa escala menor. Como foi um programa exibido num canal mainstream nos Estados Unidos (A CBS) não havia espaço para maiores desafios a um tipo de série bem moldada no estilo mais tradicional. Nada de maiores ousadias na narrativa no formato. É uma série recomendada principalmente para o público feminino, atual, que está tentando conciliar uma vida profissional com a pessoal, tendo muitas vezes que lidar com uma jornada tripla de trabalho (em casa e no escritório). Também é uma boa pedida para quem quer conhecer um pouquinho mais sobre o mundo jurídico dos Estados Unidos. Sim, há corrupção, sim há tráfico de influência e sim há também muitas atividades nada éticas. Demolindo um pouco a imagem que os brasileiros possuem do mundo da lei naquele irmão do norte. Abaixo seguem algumas resenhas que fiz da série, justamente os últimos episódios que acompanhei. Larguei a série nessa mesma temporada.

The Good Wife 3.02 - The Death Zone
Estou bem atrasado em relação a "The Good Wife". Nos Estados Unidos o canal CBS já está exibindo a sexta temporada e eu ainda estou lá atrás, três temporadas atrasado! Isso acontece porque apenas esporadicamente assisto episódios pois é aquele tipo de série que se não chega a empolgar, pelo menos faz com que você não queira abandonar inteiramente. A tensão sexual entre Alicia Florrick (Julianna Margulies, outra atriz da TV extremamente sensual) e Will Gardner (Josh Charles, sim, um dos alunos de "Sociedade dos Poetas Mortos") continua. Aqui Alicia tem que defender um cliente envolvido em difamação ao contestar um livro contando aventuras de uma escalada ao Everest do qual ele participou. O episódio tira uma casquinha do direito inglês - extremamente formal e anacrônico para os dias atuais - ao mesmo tempo em que explora o ciúme doentio do ex-marido de Alicia, agora procurador, que arma uma cilada para o escritório onde ela trabalha. Bom episódio, mantendo o interesse em continuar acompanhando a série.

The Good Wife 3.03 - Get a Room
Como quase sempre acontece nos episódios de "The Good Wife" temos duas linhas narrativas bem claras. Na primeira a advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) e seu colega Will Gardner (Josh Charles) tentam fechar um acordo antes de um processo judicial envolvendo erro e negligência médica. Um conceituado médico de Nova Iorque resolveu fazer de uma de suas pacientes uma mera cobaia, colocando nela um dispositivo ainda não autorizado pelo governo americano. O problema é que a máquina, criada por ele mesmo, não consegue amenizar os problemas da paciente e pior do que isso, torna todas as suas dores ainda mais insuportáveis. Na outra linha da narração Eli Gold (Alan Cumming) é contratado como gerenciador de crises de uma grande empresa fabricante de queijos, após o seu produto causar vômitos e diarreias em um grupo de jovens estudantes. A cena dos alunos passando mal na escola acabam indo parar nas redes sociais e obviamente se tornam virais na net. Cabe a Eli amenizar todos os danos de imagem associados àquele desastre de relações públicas. Como bônus o episódio ainda traz uma pequena participação do irmão gay de Alicia, numa cena com direito até mesmo a beijo com seu namorado. Se no Brasil um beijo gay na novela ainda causa grande impacto na mída, lá nos Estados Unidos a impressão que se tem é que ninguém mais liga para isso. Pois é, sinal dos tempos. / The Good Wife - Get a Room (EUA, 2011) Direção: David Platt / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Josh Charles.

The Good Wife 3.04 - Feeding the Rat
Gostei bastante desse episódio. A linha narrativa principal mostra um caso curioso. Travis Dolan (Tim Peper) é um sujeito comum, pai de familia, que decide entrar em uma loja de conveniência. Para seu azar assim que entra no local ocorre um assalto, o atendente reage e é morto imediatamente. A polícia chega logo e o salva de também ser morto. Como nem tudo é uma questão de sorte ele também tem o azar de se tornar o principal suspeito do crime. Acusado logo é preso. Cabe a Alicia Florrick (Julianna Margulies) defender o seu estado de inocência. Na outra linha narrativa Will Gardner (Josh Charles) vai até uma convenção de advogados tentar convencer uma velha amiga de faculdade (e antiga amante) a incorporar um setor especializado em falências ao seu escritório. Ela reage a proposta com uma contra proposta, que faz Gardner balançar. Ele deixaria sua firma e entraria na dela, que está se formando. Ele ganharia mais e teria a chance de realizar um velho sonho, a de entrar como comodoro jurídico da liga de beisebol do país. O episódio mostra bem como Gardner fica em dúvida. O problema é que se ele sair de sua firma será o fim da mesma. Afinal ele é um dos sócios majors do escritório. Episodio de rotina, mas muito interessante, que traz aspectos em seu roteiro que certamente terão efeitos ao longo dos próximos enredos. The Good Wife - Feeding the Rat (EUA, 2011) Direção: Fred Toye / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.06 - Affairs of State
Essa série é um dos maiores sucessos da TV americana. Fruto provavelmente da personalidade carismática da advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies). Humilhada publicamente por casos amorosos escandalosos de seu ex-marido, ela resolve reconstruir toda a sua vida, voltando ao trabalho em um escritório de advocacia. Nesse episódio ela precisa defender um jovem natural de Taiwan que acaba sendo acusado de estuprar e matar uma garota numa festa. Como é um estrangeiro que trabalha numa missão diplomática o roteiro lida também com a chamada imunidade diplomática. Na outra linha narrativa temos Kalinda Sharma (Archie Panjabi) fazendo um favorzinho a Eli Gold (interpretado pelo excelente ator Alan Cumming). Ela precisa investigar sua ex-esposa, para saber se uma candidatura dela seria viável. O que Kalinda descobre é devastador: a ex não apenas teve um caso conjugal enquanto era casada com Eli, como também namorou um membro da família Bin Laden! Mais explosivo do que isso, impossível! Por fim, para quem curte o personagem do assistente de procurador, Cary Agos (Matt Czuchry), nesse episódio ele finalmente ganha o devido reconhecimento, indo parar em um escritório digno, que não parece um quarta-roupa e nem um armário! Tudo muito bem escrito, divertido e bem conduzido. Não é à toa que faz tanto sucesso. / The Good Wife 3.06 - Affairs of State (EUA, 2011) Direção: Dean Parisot / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Alan Cumming.

The Good Wife 3.07 - Executive Order 13224
Processar o governo americano pode ser muito perigoso. Que o diga os advogados da Lockhart & Gardner. Eles abrem um processo contra o Estado alegando que seu cliente, um militar americano no Afeganistão, foi preso e torturado pelo exército após surgirem suspeitas que estaria colaborando com o inimigo, terroristas perigosos e procurados pela CIA. Alicia Florrick (Julianna Margulies) acaba inclusive entrando em uma cilada jurídica ao depor sob juramento sobre detalhes da causa. Enquanto isso o cerco também se fecha contra Will Gardner (Josh Charles) pois a Procuradoria entende que ele no passado roubou dinheiro das contas de um cliente para pagar dívidas de jogo. Essa nova investigação seria impulsionada por questões puramente legais ou seria uma retaliação por parte do procurador Peter Florrick (Chris Noth) por causa do romance que Will mantém com sua ex-esposa Alicia? Dados de um jogo marcado onde os próprios personagens se tornam peças de um xadrez de poder, traição e revanche. / The Good Wife 3.07 - Executive Order 13224 (EUA, 2011) Direção: Brooke Kennedy / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.08 - Death Row Tip
O mal existe. Essa é a grande lição de moral desse episódio. A firma de advocacia de Alicia Florrick (Julianna Margulies) precisa das informações de um prisioneiro do corredor da morte que está prestes a ser executado em poucos dias. Ele poderia dizer quem seria o verdadeiro assassino de um outro homicidio do qual está sendo acusado um dos clientes do escritório de Alicia. Acontece que para isso é necessário ganhar mais tempo, evitando assim que a pena seja cumprida em menos de uma semana. Também é necessário criar algum tipo de barganha para que ele diga o nome do assassino. Algo não muito fácil de se fazer. Alicia é enviada para falar com o tal detento. Ele foi condenado pelo estupro e morte de duas adolescentes e isso perturba ela que é mãe de uma garota da mesma idade das vitimas. A partir daí as coisas vão ficando cada vez mais claras para Alicia. A defesa tenta pintar um quadro de coitadinho do preso, mas depois ela vai entendendo que ele é de fato um criminoso cruel e sádico, provando de uma vez por todas que o coitadismo nem sempre é aplicado a todos os que estão no corredor da morte pois alguns são realmente psicopatas sem nenhum traço de arrependimento por seus atos de barbárie. Uma bela lição de vida exposta com maestria nesse episódio. / The Good Wife 3.08 - Death Row Tip (EUA, 2011) Direção: Joshua Marston / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.10 - Parenting Made Easy
Uma operadora de drones é acusada de assassinato pela justiça militar. Acontece que ela perdeu o timing certo para apertar o botão de ataque e por essa razão matou 12 civis no Afeganistão, entre eles 6 crianças inocentes. Para lhe defender é contratado o escritório de advocacia Lockhart & Gardner. Seu objetivo é livrar a militar de uma pesada pena. Enquanto Alicia Florrick (Julianna Margulies) tenta vencer a causa, Will Gardner (Josh Charles) tenta escapar do cerco que está se fechando sobre ele. A promotoria está preparando uma ação criminal por suborno de juízes. Will será acusado de ter aliciado magistrados em jogos de basquete que ele organizava no fim de semana. A forma como ele corrompeu esses juízes era algo bem elaborado. Ele apresentava bookmakers (agenciadores de apostas) a essas autoridades e depois quando eles se endividavam muito, Gardner se propunha a resolver a questão, mas em troca disso os magistrados lhe dariam sentenças favoráveis em casos importantes. O velho tráfico de influência, tão bem conhecido no Brasil. A operação é obviamente uma retaliação pelo caso amoroso entre Will e Alicia, uma vez que seu ex-marido é atualmente o procurador geral. Pelo visto não é apenas no Brasil que interesses públicos e privados costumam se misturar. / The Good Wife 3.10 - Parenting Made Easy (EUA, 2011) Direção: Rosemary Rodriguez / Roteiro: Robert King, Michelle King  / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.11 - What Went Wrong
Mesmo atrasado sigo em frente acompanhando "The Good Wife". Como sou da area é sempre interessante assistir aos seus episódios, olhando tudo sob olhos mais críticos e também jurídicos. Nesse episódio o escritório de Alicia Florrick (Julianna Margulies) precisa defender uma jovem acusada de um crime de Homicídio. Para infortúnio da banca de advogados de defesa ela acaba sendo condenada a uma dura pena, quase por unanimidade pelo corpo de jurados. Isso acaba levando a uma investigação mais aprofundada sobre o que poderia estar acontecendo nos bastidores do caso. Depois de Kalinda Sharma (Archie Panjabi) investigar bem a fundo ela acaba descobrindo uma brecha legal, para criar uma exceção de suspeição em cima do juiz que julgou a ação. Curiosamente tudo fundamentado em uma simples adição de amizade entre o magistrado e uma jurada no Facebook! Esse roteiro demonstrou bem que um dos pontos fortes dos grandes escritórios de advocacia nos Estados Unidos vem justamente da investigação extra-judicial, onde profissionais bem treinados caem em campo atrás de pistas e informações nos casos mais complicados. Enquanto isso Will Gardner (Josh Charles) continua tentando sair de uma iminente investigação da procuradoria que o acusa de usar tráfico de influência com juízes. Claro que tudo não passa de uma jogada de Peter Florrick (Chris Noth) para minar o relacionamento de Will com Alicia. Pois é, não é apenas no Brasil que temos esse tipo de situação, onde instituições públicas são usadas para fins puramente particulares e pessoais. A corrupção, meus caros, não é exclusividade nossa, embora a impunidade seja algo bem verde e amarelo! / The Good Wife 3.11 - What Went Wrong (EUA, 2011) Direção: James Whitmore Jr / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.13 - Bitcoin for Dummies
Bitcoin é aquela moeda virtual que circula livremente na internet. Quem a criou? O que significa? Seria uma violação das leis monetárias e financeiras do Estado? Todas essas perguntas formam a espinha dorsal desse episódio. A advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) se envolve em um caso mais do que interessante, quando seu cliente começa a ser processado pelo Estado por supostamente ter criado o Bitcoin, algo que seria ilegal, uma vez que apenas o governo americano teria poder para criar moeda dentro de seu sistema financeiro. Antes da ação seguir em frente será necessário porém chegar a certas definições mais precisas. A mais interessante delas é se o Bitcoin seria mesmo de fato uma nova moeda! Tecnicamente, por representar valor e ter capacidade de troca e circulação ele seria de fato um tipo de moeda paralela, não oficial. Para se ter uma ideia até câmbio a mesma teria, mas com a realidade da internet velhos conceitos do passado nem sempre valem para os dias de hoje. De qualquer forma as simples questões levantadas aqui já são por si mesmas interessantes e relevantes. Vale a pena conferir. / The Good Wife 3.13 - Bitcoin for Dummies (EUA, 2012) Direção: Frederick E.O. Toye / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.14 - Another Ham Sandwich
Na faculdade de direito aprendemos que todos os magistrados precisam adotar uma postura imparcial nos casos em que julgam. Para isso qualquer outro fator externo que venha a influenciar suas decisões devem ser afastados, seja por exceções de suspeição ou impedimento. Pois bem, no direito americano, plenamente jurisprudencial, também temos as mesmas prerrogativas que devem ser seguidas sob risco de se violar o devido processo legal. Justamente por violar o dever de imparcialidade de juízes é que Will Gardner (Josh Charles) acaba sendo indiciado e depois enviado para julgamento no grande júri (que ao contrário do que ocorre no direito brasileiro não se limita a casos legais específicos, mas a uma gama muito maior de crimes em geral). Will é acusado de usar sua influência com os magistrados. Disfarçados de inocentes jogos de basquete ele teria se reunido com vários juízes para em plena quadra de esportes discutir o futuro e os desfechos de casos importantes do tribunal. Um caso tipicamente de tráfico de influência, também infelizmente muito comum dentro do sistema judicial brasileiro. Pois bem, com o risco de perder sua licença na ordem dos advogados ele passa por um verdadeiro inferno profissional para não ter sua carteira de advogada cassada e o pior de tudo, ir preso pelos crimes e delitos de que é acusado! Apenas a habilidade de seus colegas de escritório poderia lhe salvar dessa verdadeira armadilha jurídica. Gosta do mundo jurídico e do direito como esse que vos escreve? Então não deixe de assistir a "The Good Wife". Dentro das séries sobre advogados atualmente em exibição na TV americana certamente é uma das melhores. Vale o desafio de acompanhar. / The Good Wife 3.14 - Another Ham Sandwich (EUA, 2012) Direção: Fred Toye / Roteiro: Robert King, Michelle King/ Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.16 - After the Fall
Uma jovem resolve dar um fim em sua própria vida. Ela então sobe em uma ponte e se joga de lá. Seria apenas mais o desfecho triste de uma existência deprimida se tudo não fosse filmado por um diretor de documentários que supostamente teria filmado tudo com seu consentimento e com as melhores boas intenções possíveis, uma maneira de desestimular outra pessoas a seguirem pelo mesmo caminho... mas será mesmo? Não teria sido uma forma desprezível de faturar com a desgraça alheia? É justamente esse o ponto e a questão que passará a ser discutida no novo processo em que trabalha Alicia Florrick (Julianna Margulies). Em lados opostos da lide temos a família da suicida e o diretor, o realizador do documentário onde as chocantes cenas de seus últimos momentos de vida foram inseridas. Os limites entre a ética do cineasta e a vulgaridade de tentar lucrar com algo tão terrível como o suícidio de uma garota ainda tão jovem, na flor da idade, são bem debatidos nesse roteiro. Bom episódio de "The Good Wife", uma série que consegue manter o bom nível mesmo sendo tão mainstream. A nota triste vem da coincidência entre a história do episódio e a morte de seu próprio produtor, Tony Scott, que morreu em circunstâncias extremamente semelhantes ao também se suicidar pulando de uma ponte nos Estados Unidos. Teria se inspirado de alguma forma no que vemos nesse episódio? Impossível responder agora a esse tipo de questão. / The Good Wife 3.16 - After the Fall (EUA, 2012) Direção: James Whitmore Jr. / Roteiro:  Robert King, Michelle King/ Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.18 - Gloves Come Off
No campo profissional a advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) tem que ganhar uma causa promissora. Seu cliente sofreu um colapso enquanto dirigia um carrinho de neve. Descendo montanha abaixo ele acabou perdendo o controle do veículo e no choque com uma árvore sua esposa não resistiu, vindo a falecer logo depois. Agora ele está processando a empresa que fabricou o carrinho pois em sua opinião houve uma falha mecânica na direção do mesmo. A ação acaba ganhando novos contornos quando a empresa alega que na verdade o piloto, por ter sido atleta de hóquei no passado, sofreu um problema neurológico, provavelmente fruto de anos praticando o violento esporte. Em pouco tempo se abre um litisconsórcio processual envolvendo até mesmo a liga de hóquei americana, acusada de incentivar indiretamente a violência em campo, com desdobramentos imprevisíveis. Alicia também se sente tentada a abandonar seu escritório para ir trabalhar no de Louis Canning (Michael J. Fox) com melhores salários e benefícios. Já no campo emocional ela não consegue disfarçar o ciúme que sente por Will Gardner (Josh Charles), já que ele agora está aparentemente envolvido com uma bela jornalista. "The Good Wife" é uma boa pedida para um fim de noite sem mais nada de muito interessante para assistir. Os bons roteiros conseguem manter o interesse, além do mais temas como a responsabilidade civil proveniente de um acidente, como é explorado aqui, não deixam de ser curiosos. / The Good Wife 3.18 - Gloves Come Off (EUA, 2011) Direção: Michael Zinberg/ Roteiro: Robert King, Michelle King/ Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.20 - Pants on Fire
Mais atrasado do que salário de jogador do Botafogo eu sigo em frente acompanhando "The Good Wife". Aos trancos e barrancos estou chegando no final da terceira temporada (quando nos Estados Unidos já está sendo exibida a sétima!!!). Enfim, devagar e sempre, já dizia o velho ditado. E o que está rolando nessa fase? Alicia Florrick (Julianna Margulies) está defendendo um grupo de três garotas acusadas de um suposto homicidio no passado. Sua maior tese de defesa é sustentada em erros que foram cometidos na análise de DNA por parte da procuradoria, algo que pode até mesmo atingir seu ex-marido. Ela também precisa lidar com Mike Kresteva, um sujeito nada ético, que mente pelos cotovelos, com a clara intenção de disputar o governo de Illinois, concorrendo justamente contra Peter Florrick (Chris Noth). Para os fãs de "Friends" fica a informação que o personagem é interpretado por Matthew Perry, o Chandler Bing da antiga série. Os dias de simpatia e humor porém ficaram para trás. Aqui ele está bem mais envelhecido e antipático, afinal seu personagem é notoriamente um antagonista para Alicia. Esse é um episódio padrão que vai abrindo caminho para o final da temporada. A principal base do argumento é saber se Peter vai ou não concorrer ao governo do estado. Interessante, mas bem na média. / The Good Wife 3.20 - Pants on Fire (EUA, 2012) Direção: Roxann Dawson / Roteiro:  Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matthew Perry, Matt Czuchry, Chris Noth, Archie Panjabi.

The Good Wife 3.21 - The Penalty Box
Aos trancos e barrancos estou chegando ao final da terceira temporada de "The Good Wife" (esse é o penúltimo episódio). O que acontece é que além de ter pouco tempo para assistir aos episódios as temporadas dessa série são longas demais (vinte e dois episódios em média a cada season). Definitivamente não é fácil. Quero chegar ao final dessa terceira (afinal só falta um episódio para isso), mas sinceramente falando não sei se seguirei em frente (nos Estados Unidos está sendo exibida a sétima temporada, só para se ter uma ideia do longo caminho ainda a percorrer!). Pois bem, nesse episódio um juiz é acusado de ter forjado provas na época em que atuava como promotor de justiça. Um crime bárbaro foi cometido e ele, ao que tudo indica, resolveu dar um jeitinho para que o suspeito fosse condenado. O problema é que ele era na verdade inocente. Agora, muitos anos depois, o caso volta para atormentar sua carreira. Para defendê-lo o escritório de Alicia Florrick (Julianna Margulies) é contratado. Nesse episódio também temos a possibilidade da volta de Cary Agos (Matt Czuchry) ao mundo da advocacia privada. Ele deixa a promotoria por não se sentir valorizado o suficiente por Peter Florrick (Chris Noth), o procurador geral. Então é isso. Nada de muito revelador ou surpreendente. Não sei como "The Good Wife" foi tão longe pois já nessa terceira temporada já sinto sinais de desgaste e saturação bem claros. / The Good Wife 3.21 - The Penalty Box (EUA, 2012) Direção: Michael Zinberg / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco:  Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Chris Noth.

The Good Wife 3.22 - The Dream Team
Nesse episódio o escritório de advocacia Lockhart Gardner ganha uma ação milionária. A indenização é uma bolada de 25 milhões de dólares. Com esse dinheiro a firma finalmente superaria os problemas financeiros, mas... Para surpresa dos advogados eles começam a ser processados pela mesmo empresa farmacêutica que perdeu a ação anterior. Agora estão sendo acusados de fraude processual. Como superar essa cilada jurídica? Ao mesmo tempo Alicia Florrick (Julianna Margulies) resolve ligar para uma empresa de construção. Há um cheque de 21 mil dólares que precisa ser emitido novamente. Mal sabe ela que a empresa sequer existe. Na verdade o telefone se refere ao ex-marido de Kalinda Sharma (Archie Panjabi). Pelo visto o sujeito é perigoso e violento, uma vez que a primeira coisa que Kalinda faz ao saber do fato é se armar! Bom episódio que fecha a terceira temporada. A série continua numa média muito boa, acima do que normalmente se vê. O segredo é fácil de entender: com bons índices de audiência a CBS resolveu caprichar nos roteiros, só trazendo material de boa qualidade. Mesmo absurdamente atrasado ainda penso em continuar a acompanhar a série. Vamos ver no que vai dar. / The Good Wife 3.22 - The Dream Team (EUA, 2012) Direção: Robert King / Roteiro: Robert King, Michelle King / Elenco: Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Um Preço Acima dos Rubis

Eu sempre gostei dos filmes da atriz Renée Zellweger. Hoje em dia, como sabemos, ela destruiu sua imagem com uma série desastrosa de cirurgias plásticas que inclusive  mudaram suas feições, o que foi um absurdo completo. Nesse filme aqui, ainda bem, isso ainda não tinha acontecido. Renée Zellweger estava como sempre a conhecemos desde o começo de sua carreira, ou seja, era uma mocinha adorável. O interessante é que se trata de um drama até com tema meio pesado. Bem diferente da linha de seu trabalho na época, que ia de comédias românticas a filmes mais leves. Claro que ela estava mirando em prêmios maiores, como até mesmo o Oscar.

O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.

Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Newton Boys

Título no Brasil: Newton Boys - Irmãos Fora-da-Lei
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
  
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.

Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.  

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um Canto de Esperança

Título no Brasil: Um Canto de Esperança
Título Original: Paradise Road
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: David Giles, Martin Meader
Elenco: Glenn Close, Frances McDormand, Pauline Collins, Cate Blanchett, Julianna Margulies, Pamela Rabe
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Durante a II Guerra Mundial um grupo de mulheres americanas e europeias são aprisionadas por tropas japonesas na distante e isolada ilha de Sumatra. Para suportar a prisão - completamente injusta e sem razão de ser - elas usam a música para tornar seus dias menos miseráveis e torturantes. Filme premiado pela  Australian Cinematographers Society e Film Critics Circle of Australia Awards.

Comentários:
A II Guerra Mundial não foi apenas a guerra dos grandes acontecimentos, das grandes batalhas épicas. A guerra destruiu também a vida de milhões de pessoas comuns, que nada tinham a ver com o conflito armado. Um exemplo podemos conferir nesse filme onde várias mulheres são enviadas para uma prisão apenas por causa de suas nacionalidades. Os japoneses as aprisionam sem razão de ser, apenas por serem estrangeiras. As atrocidades japonesas durante a guerra impressionam, na China ocupada, por exemplo, as tropas japonesas promoviam estupros coletivos, massacres e chegavam ao requinte da crueldade de enterrar pessoas vivas, fora a tortura que era algo muito comum no cotidiano daqueles militares. Assim o roteiro dessa produção explora mais um crime de guerra dos japoneses, porém de uma forma mais sutil e com uma certa dose de diplomacia. Penso inclusive que o fato histórico real foi bem mais brutal do que vemos. De qualquer forma o ótimo elenco e a delicadeza de sua mensagem valem qualquer esforço. Um momento da II Guerra Mundial que segue esquecido, infelizmente.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de julho de 2015

The Good Wife

Título no Brasil: The Good Wife
Título Original: The Good Wife
Ano de Produção: 2009 - 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS
Direção: Vários
Roteiro: Série criada por Michelle King e Robert King
Elenco: Julianna Margulies, Chris Noth, Josh Charles, Archie Panjabi, Christine Baranski 

Sinopse:
Alicia Florrick (Julianna Margulies) é a esposa do poderoso procurador geral de Nova Iorque. Quando esse é denunciado por estar envolvido em uma rede de prostituição de luxo sua carreira vem abaixo e junto com ela o casamento e a dignidade de sua esposa. Depois do enorme escândalo público, Alicia resolve retomar sua vida. Vai atrás de um emprego como advogada e recomeça sua carreira trabalhando no escritório de Will Gardner (Josh Charles) e Diane Lockhart (Christine Baranski). Ao seu lado também começa a trabalhar como investigadora a misteriosa descendente de indianos, Kalinda Sharma (Archie Panjabi).

Comentários:
Continua fazendo bastante sucesso na TV americana. Já está na quinta temporada e a CBS não parece disposta a abrir mão desse sucesso de audiência. É a tal coisa, sempre existirão séries sobre médicos, policiais e advogados nos Estados Unidos. É uma tradição que segue por décadas afora. O segredo de "The Good Wife" vem do fato de colocar uma mulher traída publicamente pelo marido como protagonista. Mesmo após a queda ela consegue levantar a cabeça e ir em frente, reconstruindo sua vida emocional e profissional. Julianna Margulies como Alicia Florrick é a grande força dessa equação de sucesso. Atriz carismática e ótima em momentos fortes e dramáticos, consegue levar a série praticamente sozinha, já que nenhum outro partner em cena ameaça sua posição dentro dos episódios. Até mesmo Michael J. Fox já participou no elenco de apoio mas Margulies segue sendo o grande destaque. Assim que comecei a acompanhar "The Good Wife" me lembrei imediatamente de "Damages" com Glenn Close, já que as séries são bem parecidas entre si, enfocando a vida de mulheres advogadas. Pelo talento de Close ainda prefiro "Damages" mas não se pode deixar de reconhecer os méritos dessa série já que consegue aliar drama, questões jurídicas e conflitos familiares com raro talento. Muitos implicam com seu jeito de "novelão" mas isso no final das contas é uma bobagem. A série não fez tanto sucesso por acaso, essa é a verdade.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Serpentes a Bordo

Título no Brasil: Serpentes a Bordo
Título Original: Snakes on a Plane
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema, Mutual Film Company
Direção: David R. Ellis
Roteiro: John Heffernan, Sebastian Gutierrez
Elenco: Samuel L. Jackson, Julianna Margulies, Nathan Phillips

Sinopse:
Durante uma viagem sobre o Oceano Pacífico os passageiros de um avião descobrem desesperados que a aeronave está repleta de víboras e serpentes venenosas de todos os tipos. Elas foram colocadas lá por um criminoso que tem a intenção de matar uma testemunha chave que se conseguir depor contra ele em um caso de assassinato o condenará a uma longa pena de prisão.

Comentários:
A ideia era tão absurdamente apelativa (imagine, um monte de cobras dentro de um avião em pleno ar) que antes mesmo do lançamento do filme ele já havia virado um pequeno cult da cultura pop! A internet então virou uma febre com vários internautas brincando com a mania de soltar um palavrão atrás do outro do ator Samuel L. Jackson e as cobras surgindo nos lugares mais inusitados! Até mesmo um site especializado nesse tipo de humor, com muitas charges sobre o roteiro, viraram sucesso online. O problema é que quando o filme finalmente foi lançado muita gente ficou simplesmente decepcionada com o resultado. "Snakes on a Plane" tinha dois caminhos a seguir, ou se tornava um trash assumido, incorporando a galhofa em seu favor ou então se levava à sério demais e virava apenas um filme ruim. Infelizmente os produtores optaram pela segunda opção e aí a coisa desandou de vez. Talvez se fosse um filme trash sem recursos e tosco, se tornasse algo bem divertido mas do jeito que está não consegue nem mesmo ter esse tipo de carisma. Um desperdício de ruindade.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Confusões em Família

Antes de mais nada é preciso ignorar o péssimo título nacional desse filme. O nome original é “City Island”, justamente a região onde o personagem principal mora, nos arredores de Nova Iorque, em uma antiga vila de pescadores. Ele é Vince Rizzo (Andy Garcia), um pai de família comum que ganha a vida como agente penitenciário. Casado com Joyce (Julianna Margulies), pai de dois filhos, ele seria como qualquer outro americano da classe trabalhadora daquele país se não fosse por um pequeno detalhe: fã do ator Marlon Brando ele sonha, em segredo, se tornar um ator profissional. Para isso freqüenta às escondidas um curso de teatro em Nova Iorque e se aventura a fazer testes pela cidade em busca de uma oportunidade. Com medo de sofrer reprimendas por parte de sua família, freqüenta as aulas sem falar nada para ninguém. Ao mesmo tempo tem que lidar com um filho adolescente desbocado e rebelde e uma filha, que ele pensa estar indo para a faculdade, mas que na realidade é uma stripper em um clube adulto de New Jersey.

Para piorar ainda mais sua conturbada vida familiar descobre que um dos novos detentos da prisão onde trabalha é seu filho bastardo, fruto de um antigo caso de juventude. Tentando ajudar o rapaz (que não sabe que ele é o seu pai verdadeiro) o leva para casa sob condicional. Não demora muito para aos poucos todos os segredos familiares sejam descobertos. “City Island” é um projeto bem pessoal do ator Andy Garcia que produziu o filme. Aqui ele presta uma homenagem às pessoas que mesmo diante de todas as dificuldades pessoais, familiares, etc não perdem a capacidade de sonhar e ir atrás de seus objetivos. A vida familiar de seu personagem é caótica mas no meio de tudo aquilo ele ainda, muito humildemente, tenta abrir caminho na complicada carreira de ator em Nova Iorque. No elenco um dos maiores destaques vem com a presença da atriz Julianna Margulies. Na série “The Good Wife” ela interpreta uma advogada de muita fibra e classe. Já aqui ela faz uma dona de casa suburbana sem nenhuma sofisticação, em um papel que realça seu grande talento dramático. Assim fica a dica desse pequeno filme que certamente vai agradar a muitos.

Confusões em Família (City Island, Estados Unidos, 2009) Direção: Raymond De Felitta / Roteiro: Raymond De Felitta / Elenco: Andy Garcia, Julianna Margulies, Steven Strait / Sinopse: Pai de família comum sonha em se tornar ator profissional como seu grande ídolo, Marlon Brando, ao mesmo tempo em que tem que lidar com sua família mais do que problemática.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Amigos Inseparáveis

Al Pacino é como vinho, quanto mais envelhecido fica, mais valioso se torna. O ator que vem marcando a história do cinema desde a década de 70 está cada vez mais à vontade na arte de atuar. Quando não está esbanjando sua arte em filmes marcantes se dedica a pequenas produções, algo que definitivamente lhe dá grande satisfação pessoal e profissional já que nunca perdeu seu espírito independente. Um exemplo desse segundo tipo de filme é esse “Amigos Inseparáveis”. Com orçamento bem modesto, Pacino se uniu aos colegas (e amigos) Alan Arkin e Christopher Walken para contar uma estória das mais singelas. A trama começa após a saída da prisão de Valentine (Pacino). Ele ficou 28 anos cumprindo pena mas não se dobrou e nunca entregou seus comparsas de criminalidade.

De volta às ruas ele reencontra Doc (Christopher Walken) e Hirsch (Alan Arkin). O problema é que Doc está contratado para liquidar Valentine a mando de um poderoso chefão da máfia local. O mais interessante é que Valentine, bastante experiente, logo toma consciência disso. Afinal são negócios, nada pessoal. Assim ele parte para aqueles que são seus últimos momentos. Aproveitar o pouco tempo que lhe resta de vida. Junto aos colegas acaba se envolvendo em diversas situações, esperando com isso curtir suas últimas horas. “Amigos Inseparáveis” até que começa muito bem, afinal ver um trio de atores tão talentoso é ótimo para qualquer cinéfilo. O problema é que conforme o filme avança ele perde o foco, não mais se decidindo em ser um drama, uma comédia ou um filme policial. A única coisa que parece sobreviver a essa indecisão toda é o carisma imbatível de Al Pacino. Ele realmente parece estar se divertindo como nunca ao lado de Arkin e Walken, o que acaba salvando o filme do desastre completo. É lógico que com um elenco desses “Amigos Inseparáveis” poderia ser muito melhor, quase uma obra prima do cinema, mas não parece ter sido essa a escolha dos realizadores. De qualquer maneira é Pacino – o que já torna o filme obrigatório para qualquer fã de cinema. Afinal bons vinhos nunca devem ser desperdiçados.

Amigos Inseparáveis (Stand Up Guys, Estados Unidos, 2012) Direção: Fisher Stevens / Roteiro: Noah Haidle / Elenco: Al Pacino, Christopher Walken, Alan Arkin, Julianna Margulies, Katheryn Winnick, Vanessa Ferlito / Sinopse: Após sair da prisão por onde esteve por 28 anos, Valentine (Al Pacino) reencontra seus velhos amigos de criminalidade. O que parecia ser apenas um encontro amigável porém logo se revela um complicado acerto de contas.

Pablo Aluísio.