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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O Céu da Meia-Noite

Título no Brasil: O Céu da Meia-Noite
Título Original: The Midnight Sky
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: George Clooney
Roteiro: Mark L. Smith
Elenco: George Clooney, Kyle Chandler, Felicity Jones, David Oyelowo, Caoilinn Springall, Sophie Rundle

Sinopse:
Depois de uma catástrofe de proporções mundiais, um cientista é deixado para trás em um estação no Ártico. Ele tenta entrar em contato com uma nave espacial que está retornando à Terra após explorar um satélite do planeta Júpiter. O lugar parece ser adequado para a vida. O cientista tenta avisar aos astronautas que não voltem, pois não há mais para onde voltar.

Comentários:
Assistindo a esse filme, cheguei na conclusão que o ator George Clooney tem uma certa obsessão com esse tipo de história. Um tipo de enredo que mistura fixação com o futuro, com devaneios filosóficos. Aqui, ele tenta algum tipo de salvação para um planeta Terra devastado. O que aconteceu com a Terra? O roteiro não explica. Foi uma catástrofe natural, como uma questão de aquecimento global ou foi uma guerra nuclear entre grandes potências? Fica a dúvida! De qualquer forma, o planeta está destruído e a humanidade, em sua enorme parte, já pereceu. Esse personagem do Clooney só está vivo porque está no Ártico, onde a contaminação e os efeitos dessa catástrofe ainda não chegaram. O filme tem um desenvolvimento lento e contemplativo, o que me levou a lembrar de Solaris, outro filme estrelado pelo ator nessa mesma linha. Realmente, há certas semelhanças entre os dois filmes, mas esse aqui tem pretensões mais modestas do ponto de vista filosófico. A questão da garotinha, que passa a acompanhar o cientista e depois a revelação sobre sua real existência, é um plot twist interessante, mas não muito surpreendente. Em geral, até gostei do filme, apesar de ter certas ressalvas.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de agosto de 2021

Friday Night Lights

Assisti essa série na íntegra, do primeiro ao último episódio. E não foi curta, com 5 temporadas que foram exibidas entre os anos de 2006 a 2011. Nos Estados Unidos fez bastante sucesso de audiência, mas no Brasil, como era esperado, passou quase despercebida. A razão é até simples de explicar pois "Friday Night Lights" explorava o mundo do futebol americano estudantil, algo que não despertava nenhum interesse entre os brasileiros já que a NFL e suas categorias de base eram solenemente ignoradas por grande parte do público no Brasil. E olha que os roteiros não se resumiam ao esporte, nada disso, havia um ótimo desenvolvimento de todos os personagens, mas nem assim a série ganhou destaque em nosso país.

"Friday Night Lights" nada mais era do que uma adaptação para a TV do filme "Tudo Pela Vitória". O curioso é que eu assisti a série primeiro, gostei muito e quando fui ver o filme já não achei grande coisa. A série é´muito superior ao filme que lhe deu origem, em um caso sui generis nesse tipo de adaptação televisiva - geralmente os filmes são bem melhores. De qualquer forma deixo a dica para quem nunca viu. Se não estou enganado a série ainda chegou a ser exibida brevemente pelo SBT, mas por pouco tempo. Melhor é conferir as temporadas em serviços de streaming para acompanhar todos os episódios que devem ser vistos em sequências pois a série tem uma linha cronológica bem clara e organizada.

Friday Night Lights (Friday Night Lights, Estados Unidos, 2006 - 2011) Direção: Jeffrey Reiner, Michael Waxman, entre outros / Roteiro: Peter Berg, Buzz Bissinger, entre outros / Elenco: Kyle Chandler, Connie Britton, Taylor Kitsch, Minka Kelly, Jesse Plemons, Aimee Teegarden, / Sinopse: A série conta a história de um treinador de futebol americano que disputa com seu time um importante torneio, de onde serão escolhidos os melhores atletas para disputarem a cobiçada liga NFL, do esporte profissional.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de abril de 2021

Godzilla vs. Kong

Título no Brasil: Godzilla vs. Kong
Título Original: Godzilla vs. Kong
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos, Canadá, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Terry Rossio, Michael Dougherty
Elenco: Alexander Skarsgård, Kyle Chandler, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Eiza González, Kaylee Hottle  

Sinopse:
Só poderá existir um único Titã sobre a face da Terra. Por essa razão quando King Kong é confinado em uma jaula de alta tecnologia, o monstro atômico Godzilla surge das profundezas do oceano para um último e decisivo combate com o gorila gigante. Quem vai sobreviver a essa luta titânica?

Comentários:
Esse filme é a continuação de dois outros filmes, "Kong: A Ilha da Caveira" e "Godzilla II: Rei dos Monstros". Os produtores decidiram reunir duas franquias cinematográficas que vinham em paralelo em apenas uma só. Jogada de risco da Warner Bros que investiu 200 milhões de dólares nessa produção. Com a pandemia as chances de recuperar todo esse dinheiro virou pó. Provavelmente seja um dos últimos suspiros dessa leva de filmes milionários do cinema americano até que as coisas voltem ao normal. Durante entrevistas de lançamento do filme o diretor Adam Wingard disse que não queria fazer apenas um filme de lutas entre monstros. Bom, tenho uma notícia a dizer a ele. Sim, esse é um filme apenas de luta de monstros. E não há nada de errado nisso. Faz parte do jogo. Eu gostei do resultado porque estava apenas esperando diversão e nada mais. Os efeitos especiais, obviamente, são de primeira linha. O roteiro é básico, com direito a uma ida ao centro da Terra (não procure por lógica nessa parte). Pelos prejuízos que o filme já vem sofrendo, muito provavelmente vai ser o último dessa série. Pena que não ousaram mais no final, preferindo uma solução "amigável". Ninguém sabia que seria o último da linha. Se soubessem, quem sabe, haveria uma definição nessa luta de Titãs.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Godzilla II: Rei dos Monstros

Título no Brasil: Godzilla II: Rei dos Monstros
Título Original: Godzilla: King of the Monsters
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Dougherty
Roteiro: Michael Dougherty, Zach Shields
Elenco: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Ken Watanabe, Bradley Whitford

Sinopse:
Uma organização descobre que há vários titãs espalhados pelo mundo e não apenas Godzilla. Captando em um aparelho eletrônico a frequência de comunicação daqueles monstros uma cientista decide acordar todos eles, causando um verdadeiro caos apocalíptico em todo o planeta Terra.

Comentários:
Pois é, na falta de novas ideias o cinema continua indo ao passado em busca de "ícones", ou seja, personagens que o público possa reconhecer sem muito esforço. O dinossauro atômico Godzilla é um fruto da paranoia da guerra fria. Seus primeiros filmes não escondiam que se tratava mesmo de um filme de monstros destruindo uma Tóquio de papelão. O sabor trash nipônico era a cereja do bolo. Agora Hollywood resolve trazer de volta esse monstro. Claro, não se trata mais de precários filmes antigos. Agora é uma superprodução de 170 milhões de dólares. O que mais me surpreendeu é que os técnicos de efeitos especiais decidiram manter o visual clássico dos monstros, não apenas Godzilla, mas de seus inimigos também. Conseguir fazer isso, com todos aqueles visuais espalhafatosos, sem cair no ridículo, já foi um feito e tanto! No mais o filme entrega exatamente aquilo que promete, ou seja, brigas homéricas entre os titãs gigantes que vão devastando o planeta enquanto trocam "gentilezas" entre eles. Do lado dos humanos até a personagem de Vera Farmiga muda de lado para manter o interesse. Enfim, diversão pura, muito competente tecnicamente falando e um verdadeiro presente para os saudosistas do passado, do espírito do velho Godzilla. Esses certamente vão adorar tudo. No meu caso pessoal devo dizer que inegavelmente me diverti bastante. Por isso deixo a recomendação. É cinema pipoca de qualidade.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

O Primeiro Homem

Gostei do filme. Aliás ao assisti-lo me lembrei que sempre tive uma curiosidade em saber por que Hollywood nunca havia feito antes um filme sobre a missão Apolo 11. Até porque essa foi uma das mais históricas missões espaciais de todos os tempos. Até a malfadada Apolo 13 havia ganho um belo filme, mas sobre a chegada do primeiro homem à Lua... nada! Pois bem, esse filme então chega um pouco atrasado, mas é obviamente bem-vindo. O roteiro procura explorar alguns aspectos da missão em si, mas também foca no lado pessoal do astronauta Neil Armstrong, comandante da missão lunar. Ok, Ryan Gosling nunca foi muito parecido com o Armstrong, mas cumpriu bem seu papel, trazendo para a tela a personalidade introvertida dele. Muitos chegaram a dizer inclusive que ele tinha um autismo em leve escala, justamente por algumas atitudes que tomava. Como está morto, nunca saberemos a verdade dos fatos.

De maneira em geral gostei de tudo, inclusive do tom sóbrio que o filme tem. Esse roteiro poderia cair no ufanismo e na patriotada americana de forma muito rápida, mas felizmente não tomou esse caminho. Ao invés disso há sempre uma certa tensão que vai se espalhando entre os momentos mais vitais do filme. Diria que o roteiro só falhou um pouquinho na questão de passar ao espectador a grandeza do impacto que esse fato histórico teve em todo o mundo. Para representar esse choque há apenas uma sutil referência, quando são mostradas diversas revistas e jornais do mundo todo no alojamento de quarentena dos astronautas. O filme poderia ter explorado mais esse impacto, porém como adotou uma sobriedade bem característica isso também acabou sendo mostrado de forma sutil. Então é isso. Um bom filme, certamente válido e digno da história que conta.

O Primeiro Homem (First Man, Estados Unidos, 2018) Direção: Damien Chazelle / Roteiro: Josh Singer, James R. Hansen / Elenco: Ryan Gosling, Claire Foy, Kyle Chandler, Pablo Schreiber / Sinopse: O filme conta a história do astronauta americano Neil Armstrong, desde os primeiros testes até o momento em que ele comandou a missão espacial Apolo 11, a primeira a levar um homem até a Lua.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Manchester À Beira-Mar

Já que estamos perto do Oscar, nada mais interessante do que conferir os filmes que estão concorrendo na categoria de Melhor Filme do ano. Um deles é justamente esse drama sobre morte, recomeço e redenção. A história se passa em uma cidade chamada Manchester (não a cidade inglesa, mas sim a  americana). É justamente para lá que retorna Lee Chandler (Casey Affleck). Seu irmão falece, vítima de uma doença cardíaca, e ele precisa providenciar não apenas seu funeral, como também guiar o futuro de seu sobrinho daqui para frente. Lee não é exatamente o sujeito certo para ajudar na vida dos outros, já que sua própria vida é um caos desde que uma tragédia destruiu seu casamento alguns anos antes. Ele foi embora de Manchester justamente por causa dos traumas de um passado trágico, que ele prefere esquecer. Seu retorno assim não é algo que ele desejasse fazer. E para sua surpresa ele descobre no testamento de seu irmão que terá que, a partir de agora, cuidar do sobrinho pois se torna seu tutor legal. Como se isso não fosse ruim o bastante Lee ainda precisa lidar com sua ex-esposa, que ainda mora em Manchester, se casou novamente e tem um pequeno filho. Para ele, óbvio, tudo isso é péssimo!

Assim "Manchester by the Sea" se desenvolve. É um drama pesado, longo, mas também bastante humano, mostrando um sujeito comum, um trabalhador, que precisa superar um monte de coisas ruins que aconteceram em sua vida. O roteiro é bem escrito, ao estilo fragmentado. O espectador perceberá isso logo nas primeiras cenas. O diretor Kenneth Lonergan vai contando sua história usando vários flashbacks que vão surgindo sem aviso prévio. Tudo, de maneira em geral, vai se formando na própria mente de Lee, através de lembranças. Gostei desse estilo narrativo, pois é bem elegante. Esse filme foi produzido por Matt Damon que inclusive iria interpretar o personagem Lee. Isso só não aconteceu porque ele foi para a China filmar seu novo filme e não houve tempo suficiente para retornar aos Estados Unidos. Assim o próprio Damon escalou Casey Affleck para o papel, uma escolha que se mostrou muito acertada, por Casey tem esse estilo de cara comum, que nunca parece estar em paz consigo mesmo. Já Michelle Williams precisa repensar um pouco sua carreira. Não que ela esteja ruim em cena, pelo contrário, seu papel é um dos melhores dos últimos anos, o problema é que Michelle parece ter se especializado ultimamente em interpretar apenas mulheres sofridas, deprimidas, quase como uma imagem no cinema de sua vida real. Uma mudança de ares seria bem-vinda.

Manchester À Beira-Mar (Manchester by the Sea, Estados Unidos, 2016) Direção: Kenneth Lonergan / Roteiro: Kenneth Lonergan / Elenco: Casey Affleck, Michelle Williams, Kyle Chandler, Lucas Hedges / Sinopse: O filme "Manchester by the Sea" conta a história de Lee Chandler (Casey Affleck), um sujeito comum que precisa voltar para sua cidade natal Manchester para cuidar do funeral de seu irmão. Uma vez lá ele precisará enfrentar velhos traumas e fantasmas de seu próprio passado. Filme premiado no Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Drama (Casey Affleck). Também indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Casey Affleck), Melhor Ator Coadjuvante (Lucas Hedges), Melhor Atriz Coadjuvante (Michelle Williams), Melhor Direção (Kenneth Lonergan) e Melhor Roteiro Original (Kenneth Lonergan).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Carol

Ao ir até uma loja de departamentos para comprar uma boneca para sua filha, a bela e elegante Carol (Cate Blanchett) acaba se encantando com a vendedora de brinquedos Therese Belivet (Rooney Mara). Quando vai embora deixa suas luvas sob o balcão. No dia seguinte Therese as envia para Carol que lhe retorna agradecendo por telefone. Aos poucos o que parecia ser apenas um flerte casual ganha contornos mais sérios quando Carol convida Therese para almoçar fora. Elas estão inegavelmente atraídas uma pela outra, mas há vários problemas nesse relacionamento, entre eles o fato de Carol ser casada e estar enfrentando uma série crise em seu casamento, o que ocasionará um divórcio complicado e doloroso com seu marido. Em disputa, a guarda de pequenina filha de Carol. Oscar Wilde costumava dizer que o amor homossexual era o amor que não ousava dizer seu nome. Pensei exatamente nessa frase durante o transcorrer de todo o filme. As duas protagonistas parecem saber desde o começo que há algo maior e mais profundo entre elas, mas nenhuma parece disposta a cruzar a linha que as mantém separadas. Em determinado momento, ao telefone, Carol (Blanchett) implora para que Belivet (Mara) diga o que está pensando ou sentindo, mas ela recua. Realmente é um tipo de amor que não pode muitas vezes se revelar, dizer o seu nome. 

"Carol" é um filme de momentos. Se você prestar bem a atenção perceberá que o roteiro nem está muito preocupado em contar uma história linear, mas sim em captar o sentimento envolvido no encontro dessas duas pessoas apaixonadas que, por acaso, são duas mulheres. Esse aspecto aliás é certamente um dos grandes méritos desse texto. Ele não se torna chato ou cansativo justamente por não levantar bandeiras, por não se transformar em algo planfletário da causa gay ou qualquer outra  coisa parecida. Na realidade o mais importante é mostrar como elas se conhecem, como surge desde o começo um lapso de atração, logo no primeiro olhar, e como aos poucos vão se aproximando. Tudo é muito sutil, elegante e com classe. Por isso não existe espaço para o vulgar e nem para o grotesco. Há detalhes que fazem toda a diferença. Só para citar um, aquele momento em que as mãos finalmente se encontram sobre a mesa de um restaurante. Não é necessário palavras, apenas olhares. Toda a sutileza do roteiro se revela ali. Por essa razão também nem é tão significativo que estejamos na presença de um casal de lésbicas, afinal de contas as mesmas cenas que vamos acompanhando poderiam também se referir a um casal hétero, sem problemas. Sentimentos são sentimentos. Como eu disse, o grande valor de "Carol" vem de sua profundidade emocional, de seu jogo de pequenos momentos que vão formando algo maior. Nesse aspecto realmente não há como negar que se trata de um belo filme, feito de, como frisei, pequenos detalhes que vão revelando o despertar da paixão entre as protagonistas. Deixe-se levar e entenda que o amor não tem barreiras, limites ou fronteiras.

Carol (Carol, EUA, 2015) Direção: Todd Haynes / Roteiro: Phyllis Nagy, baseado no livro escrito por Patricia Highsmith / Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler, Sarah Paulson / Sinopse: O filme mostra o relacionamento homossexual entre uma mulher casada que enfrenta problemas em seu casamento e divórcio e uma tímida e bela vendedora de uma loja de departamentos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz Coadjuvante (Rooney Mara), Melhor Roteiro Adaptado, Fotografia, Figurino e Música original (Carter Burwell). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz (Rooney Mara), Melhor Direção e Melhor Trilha sonora original.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Maravilhoso Agora

Título no Brasil: O Maravilhoso Agora
Título Original: The Spectacular Now
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: James Ponsoldt
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Elenco: Miles Teller, Shailene Woodley, Kyle Chandler, Jennifer Jason Leigh

Sinopse:
Aimee (Shailene Woodley) está no último ano do ensino médio. Nessa fase de sua vida escolar ela acaba se aproximando de Sutter (Miles Teller), um adolescente como ela, mas que tem vários problemas pessoais. Além de beber além da conta, ele se sente inseguro sobre seu futuro, já que sua mãe não abre o jogo sobre a verdade envolvendo seu pai, há muito desaparecido. Para piorar Sutter não parece se importar muito em entrar numa faculdade, uma decisão que poderá custar caro a ele nos anos que virão. Mesmo com tantas questões em aberto os dois acabam se apaixonando. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Comentários:
Olha que boa surpresa! Fazia bastante tempo que não via um bom filme adolescente. Na verdade o gênero que teve seu auge nos anos 80 está em franca decadência, mas eis que finalmente temos uma produção que vale a pena assistir e sair plenamente satisfeito do cinema. Estrelado pela estrelinha Shailene Woodley de "A Culpa é das Estrelas" esse surpreendente "The Spectacular Now" tem um roteiro muito bem escrito, um elenco cativante e uma estória que prende a atenção do começo ao fim, não ofendendo a inteligência dos espectadores em nenhum momento. O foco se concentra na vida de um jovem americano comum, naquele momento decisivo de sua vida em que o ensino médio chega ao fim e é hora de escolher qual rumo se tomará na vida. A antiga namorada se foi, seu novo relacionamento é muito bom e terno, mas ele não o leva muito à sério. Além disso surge pela primeira vez em sua vida a possibilidade de conhecer finalmente seu pai ausente, que ele mal conhece. Tudo vai se misturando e a vida do garoto começa a mostrar que é chegada a hora de se decidir, de escolher um caminho para seguir em frente. Em tempos de tantos filmes para jovens que são completamente idiotas, esse aqui se mostra acima da média, arrisco até mesmo a dizer que ele é no final das contas bem mais interessante do que o sucesso "A Culpa é das Estrelas", simplesmente porque procura andar pelas próprias pernas, sem apelar para clichês do gênero. E não podemos esquecer o mais importante de tudo: o romance entre dois jovens naquela altura de suas vidas onde tudo parece promissor e desafiador, com toda a vida pela frente. Uma pequena obra prima que aquece o coração, principalmente se você também for um jovem vivendo esse mesmo momento em sua vida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Lobo de Wall Street

Título no Brasil: O Lobo de Wall Street
Título Original: The Wolf of Wall Street
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter, baseado no livro de Jordan Belfort
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Kyle Chandler, Matthew McConaughey, Rob Reiner 

Sinopse: 
Tudo o que Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) deseja é ficar rico trabalhando no mercado de ações de Wall Street. Seus planos porém vão por água abaixo logo no seu primeiro dia de trabalho, quando a bolsa de Nova Iorque quebra na infame segunda-feira negra. Desempregado e precisando recomeçar ele se une a uma pequena firma de Long Island especializada em vender ações que valem poucos centavos de empresas mixurucas e sem importância. Com sua lábia de vendedor Jordan logo começa a enganar as pessoas mais humildes, ficando rico nesse processo de vender ações sem valor para ignorantes do mercado financeiro.

Comentários:
O novo filme de Scorsese deixa os mafiosos de Nova Iorque de lado para investir em outro tipo de escroque, a dos corretores de ações. O cineasta procura mostrar as armadilhas que podem surgir no caminho de alguém que só pensa em ficar rico a todo custo, desprezando completamente os fatores éticos e humanos de seu "trabalho". Em essência o personagem Jordan Belfort não passa de um enganador, um espertalhão que usa a boa fé das pessoas mais simples e sem cultura para ganhar rios de dinheiro com a ignorância alheia. E ele faz isso sem peso na consciência. Não importa as vítimas de seus golpes, mas sim os bens materiais que ele irá comprar enganando todo mundo. Iates, muitas drogas e até mulheres (sua esposa não passa de um prêmio caro comprado a peso de ouro, como tudo na vida de Belfort) são as coisas que o impulsionam a seguir em frente. O enredo como se vê é bem interessante mas há problemas em sua condução. Em determinado momento de "O Lobo de Wall Street" percebemos que Martin Scorsese está deslumbrado com seu principal personagem. Mesmo quando Jordan age muito mal, como na cena em que tenta dirigir um carro completamente drogado com Quaaludes, o diretor parece adotar uma postura de piada infame, fazendo obviamente o público rir da situação ao invés de ficar horrorizado com tudo o que acontece. Outro ponto que depõe contra Scorsese surge quando ele mostra o sexo, as drogas e a rapinagem de seus personagens de forma extremamente alucinada, exagerada. O próprio Scorsese teve muitos problemas com cocaína em sua vida e nas cenas em que ela surge ele quase desmaia de prazer na direção. O diretor assim perde o bom senso e se confraterniza com a orgia de excessos de Jordan Belfort!

E é justamente esse encantamento e deslumbre com seu personagem que quase coloca tudo a perder. Perceba que Scorsese varreu para debaixo do tapete o drama das pessoas que perderam tudo investindo nas mentiras de Jordan Belfort. Nenhuma delas aparece em cena. Até parece que tudo o que o corretor desonesto fez não prejudicou ninguém. Agindo assim o diretor deu um aval nada sutil para tudo de errado que o personagem interpretado por Leonardo DiCaprio apronta. Ao invés de mostrar os danos causados por esse tipo de gente, o diretor parece consagrá-lo em cada momento. Uma pena. Some-se a isso o excesso de palavrões, de idiotice da turma de Jordan (será que idiotas naquele nível conseguiriam ganhar fortunas no mundo real?) e do prazer em mostrar pessoas se drogando em excesso a todo tempo e você terá um filme que peca justamente por isso, pelo excesso, pela falta de limites. O próprio Jordan Belfort disse recentemente em entrevistas que muito do que se vê na tela nunca aconteceu na vida real (como a estranha competição de arremesso de anões no escritório, por exemplo). Martin Scorsese assim perde a mão e comete um deslize fazendo um filme tão exagerado que acaba se tornando besta, bobo. Além disso não há como negar que do ponto de vista ético esse é o filme mais equivocado do diretor. Martin Scorsese já foi muito mais elegante e sutil no passado mas aqui só consegue se mostrar bem vulgar.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de julho de 2013

O Dia Em Que a Terra Parou

Com o sucesso espetacular de “Guerra dos Mundos” de Spielberg Hollywood resolveu reciclar mais alguns clássicos da ficção científica da década de 50. A bola da vez acabou sendo “O Dia Em Que a Terra Parou”, um dos mais cultuados filmes daqueles anos. O filme original era uma mensagem pacifista em uma época em que duas potencias nucleares se enfrentavam numa corrida armamentista sem precedentes. Com um roteiro extremamente inteligente ele evidenciava, através de uma estoria de ficção, a situação em que o mundo vivia. Pois bem, nesse remake a sutileza é deixada de lado para mais uma vez se investir pesadamente em toneladas de efeitos digitais enquanto o conteúdo que tornou o primeiro filme um clássico era ignorado sem maiores cerimônias. E onde foi parar a mensagem marcante do filme original? Em lugar nenhum, o novo “O Dia Em Que a Terra Parou” era puro pixel e nada mais. 

O enredo é praticamente o mesmo, pelo menos em sua premissa principal. No Central Park em Nova Iorque uma grande espaçonave pousa suavemente. Dela saem dois tripulantes, um homem e um grande robô gigante. Eles trazem uma mensagem de paz mas antes que consigam transmitir aquilo que desejam são atacados covardemente por membros das forças armadas americanas no local. O gesto de violência gratuita acaba gerando uma série de eventos que se tornam literalmente catastróficos para os seres humanos. Além dos problemas de roteiro esse remake tem outro sério problema: o ator principal, Keanu Reeves, se mostra completamente apático o filme inteiro, sem qualquer tipo de envolvimento maior. Sua apatia afunda o filme do ponto de vista dramático e a partir daí tudo se resume mesmo a uma série de efeitos digitais sem fim (e sem finalidade nenhuma para deixar bem claro). O resultado comercial foi considerado morno, já que passou muito longe de repetir o sucesso de “Guerra dos Mundos”. Melhor assim, já que de agora em diante os produtores de Hollywood pensarão duas vezes antes de estragar qualquer outro clássico sci-fi dos anos 50.

O Dia Em Que A Terra Parou (The Day the Earth Stood Still, Estados Unidos, 2008) Direção: Scott Derrickson / Roteiro: David Scarpa, Ryne Douglas Pearson, Stuart Hazeldine, baseados no conto original escrito por Harry Bates / Elenco: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Kathy Bates, Jon Hamm, John Cleese, Jaden Smith, Kyle Chandler / Sinopse: Uma nave especial pousa no Central Park em Nova Iorque. Dentro dois tripulantes vem com uma mensagem de paz e advertência para os rumos que a humanidade está tomando mas viram alvos gratuitos das forças armadas americanas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Argo

Para entender a trama de Argo é necessária uma pequena explicação sobre o contexto histórico em que o enredo se desenvolve. Durante anos os Estados Unidos deu apoio a um líder fantoche no Irã chamado Mohammad Reza Pahlavi. Esse foi um dos mais brutais ditadores do Oriente Médio – uma região muito rica nesse tipo de déspota sanguinário. Com apoio americano o Xá Reza Pahlavi torturou, matou e executou centenas de milhares de opositores ao seu regime. Tamanha opressão criou uma consciência popular entre o povo do Irã que clamava por mudanças políticas em seu país. E ela veio sob a forma de uma revolução de conteúdo religioso liderada pelo carismático e popular líder islâmico Iatolá Komeini. Assim que esse tomou o poder o antigo ditador Pahlavi fugiu para os EUA em busca de asilo político. O povo revoltado então resolveu invadir a embaixada americana no Irã, fazendo todos os seus funcionários como refém até que os americanos lhe entregassem de volta o antigo ditador. Seis desses funcionários conseguiram fugir antes da tomada da embaixada e encontraram refúgio na casa do embaixador canadense na capital Iraniana. É justamente aqui que começa a trama de “Argo”, quando a CIA resolve resgatar esses diplomatas. Mas como fazer isso dentro de um clima tão instável como aquele?

Nesse ponto surge o plano do agente Tony Mendez (Ben Affleck), A CIA tinha consciência que agentes deveriam entrar no Irã para resgatar essas pessoas mas sem conflito. Deveria ser realmente um serviço limpo, sem mortes, de inteligência. Após vários planos que logo se mostravam falhos, Mendez sugeriu um no mínimo ousado e inusitado. Entrar no Irã disfarçados como membros de uma equipe de cinema. Assim eles estariam no país em busca de locações para as filmagens de uma ficção científica típica da década de 70 chamada “Argo”. Para parecer real a CIA realmente teria que armar toda uma encenação ainda nos EUA usando a imprensa para divulgar “Argo”. Dessa forma não levantariam suspeitas de que tudo não passava de um plano de resgate da agência. Um roteiro vagabundo foi adquirido, atores contratados e até mesmo uma conferência de imprensa montada. No comando dessa operação apenas Mendez (Affleck), um especialista em maquiagem chamado John Chambers (John Goodman) e um produtor veterano, Lester Siegel (Alan Arkin) sabiam da verdade, da realidade dos fatos. Embora o enredo pareça muito fantasioso o fato é que tudo aconteceu mesmo de verdade, foi uma história real. Essa operação muito criativa só foi reconhecida pela CIA muitos anos depois. Inclusive nos créditos finais surge a narração do próprio presidente americano da época, Jimmy Carter, explicando os eventos e agradecendo ao verdadeiro agente Tony Mendez pelo seu trabalho.

“Argo” é o segundo candidato ao Oscar de Melhor filme desse ano cujo enredo gira em torno de uma operação secreta da CIA. O primeiro foi o polêmico “A Hora Mais Escura”. Ambos tem semelhanças entre si, pelo próprio contexto em que se passa a estória mas “Argo” se mostra superior em vários aspectos. Curiosamente o ator Kyle Chandler está em ambos os filmes fazendo o mesmo tipo de personagem, um diretor da agência de inteligência americana. Aqui em “Argo” outro destaque do elenco é o excelente ator da série “Breaking Bad”, Bryan Cranston. Quem acompanhou a série sabe de seu inegável talento. Aqui seu personagem não é muito presente em cena mas se destaca por estar no centro de controle da operação em Washington. “Argo” é um projeto pessoal de Ben Affleck. Durante anos ele foi considerado apenas mais um canastrão em Hollywood mas depois que passou a dirigir filmes foi surpreendendo cada vez mais. Certamente o talento que lhe falta como intérprete foi compensado pela sua habilidade em dirigir bem. Recentemente inclusive levou o Globo de Ouro de melhor direção justamente por esse filme. Além disso a produção foi agraciada pelo mesmo prêmio como melhor filme (Drama) do ano. Será que desbancará “Lincoln” na noite do Oscar, levando a mais cobiçada estatueta do cinema? Há grandes possibilidades disso realmente acontecer. “Argo” certamente poderá sair consagrado na noite de premiação da Academia. Só nos restar esperar.

Argo (Argo, Estados Unidos, 2012) Direção: Ben Affleck / Roteiro: Chris Terrio / Elenco: Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman,  Kyle Chandler,  Alan Arkin,  Victor Garber / Sinopse: Um agente da CIA elabora um plano ousado para resgatar um pequeno grupo de diplomatas americanos que precisam sair do Irã o mais rapidamente possível. Ele se disfarça de produtor de cinema, fingindo estar procurando locações para seu novo filme de ficção chamado “Argo”, para assim retirar os americanos do país. Vencedor do SAG Award de Melhor Elenco.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Hora Mais Escura

Recentemente comentei aqui no blog o livro “Não Há Dia Fácil”, escrito por um dos membros da equipe especial SEAL das forças militares americanas que foi ao Paquistão e lá matou o terrorista Osama Bin Laden. “A Hora Mais Escura” conta a mesma história só que bem mais detalhada e sob o ponto de vista de uma agente da CIA que participou de toda a operação que foi criada para capturar e matar o líder da Al-Qaeda. “Zero Dark Thirty” foi indicado a vários Oscars, inclusive o de melhor filme mas tem sido alvo de polêmicas os EUA. Isso porque grande parte do começo da produção se concentra em mostrar os métodos de tortura da CIA para a obtenção de informações dos terroristas presos. Nesse campo os agentes norte-americanos não ficam em nada a dever aos torturadores de porão dos regimes de ditadura das chamadas repúblicas bananeiras (como alguns ianques se referem aos países latino-americanos abaixo da linha do Equador). Assim como aconteceu com Brasil, Argentina e Chile no auge de suas ditaduras militares, as prisões controladas pelo governo americano usaram e abusaram de métodos de tortura para se chegar ao mais famoso terrorista da história. Para alguns analistas o filme de certa forma louvaria esses métodos, mostrando, mesmo que indiretamente, sua eficácia – até porque foi assim que se conseguiu chegar até a casa de Bin Laden no Paquistão.

Estaria a diretora Kathryn Bigelow (a mesma de “Guerra ao Terror” e ex-esposa de James Cameron) dando aval a esse tipo de prática? Sinceramente não consegui ver dessa forma. Na realidade o filme adota uma postura neutra em relação a isso, nem condenando abertamente e nem avalizando esse tipo de prática. O roteiro na verdade apenas mostra o que aconteceu e tenta não passar nenhum juízo de valor sobre isso. Talvez essa falta de condenação com o que ocorre na tela tenha sido o fator que incomodou tanto. A verdade pura e simples é que após 11 de setembro de 2001 a pressa e o desespero de se colocar as garras em Bin Laden passaram a ser justificativas para várias práticas ilegais e criminosas. A pressão da opinião pública fez com que o governo dos EUA partisse para o vale tudo. Nisso se jogou pela janela anos e anos de tradição liberal e de defesa dos direitos individuais das leis e da constituição daquele país. A impressão que passa é que no calor dos acontecimentos simplesmente se ignorou vários fundamentos que formam os ideais mais caros da democracia americana. Para se ter uma idéia todos os presos acusados de terrorismo sequer tiveram direito a julgamentos judiciais. Devido processo legal, contraditório, direito de defesa e vários outros preceitos foram totalmente desprezados. A única “lei” que imperou nessa busca foi a da tortura e da violência sem freios.

O filme adota um tom quase documental. Os personagens são membros da CIA com um único objetivo. Curiosamente o filme mostra dois aspectos bem interessantes: o primeiro mostra bem que a CIA não colocou as mãos em Bin Laden antes, não por falta de informações, mas por excesso delas – no meio de tantos dados ficou realmente complicado entender bem a organização que Bin Laden liderava e quais eram as ligações que poderiam levar até ele. Também mostra que mesmo os mais ferrenhos defensores do terrorismo sucumbiam à força do suborno, do dinheiro vivo. Numa das cenas mais emblemáticas, um membro da CIA consegue uma informação preciosa simplesmente jogando um carro de alto luxo nas mãos do informante. No final das contas a cena que melhor resume “A Hora Mais Escura” é aquela quando o presidente Obama surge na TV negando com veemência que haja tortura promovida contra prisioneiros em Guantanamo. Ao ver aquilo uma agente da CIA dá um sorrisinho irônico, obviamente pensando consigo mesmo sobre a lorota presidencial. “A Hora Mais Escura” é um bom espelho para que os americanos se vejam como realmente são. Talvez por isso tenha sido tão polêmico pois nem sempre se olhar no espelho é uma atitude confortável ou agradável, principalmente para quem viola as leis de seu próprio país.

A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty, Estados Unidos, 2012) Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Mark Boal / Elenco: Jessica Chastain, Kyle Chandler, James Gandolfini, Ricky Sekhon, Joel Edgerton, Scott Adkins, Mark Strong, Jennifer Ehle, Chris Pratt, Taylor Kinney / Sinopse: Agente da CIA começa a participar das investigações que tentam encontrar o paradeiro do terrorista Osama Bin Laden. Usando de métodos de tortura a agência tenta colocar as mãos no líder da Al-Qaeda. Indicado aos Oscars de Melhor Filme, Atriz (Jessica Chastain), Roteiro Original, Edição e Edição de Som. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Atriz na categoria Drama para Jessica Chastain.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Super 8

Se você for fã da filmografia dos anos 80 de Spielberg, então Super 8 vai ser um presente e tanto. Esse é um filme dos anos 80 que não foi feito nos anos 80. Spielberg produziu uma obra cheia de referências aos seus filmes mais famosos naquela década (com toques que vão de ET a Goonies, entre outros). Como todos sabem os filmes dele dos 80´s eram cheios de garotos com dramas familiares que acabam se envolvendo em um grande evento fantástico. É justamente isso que acontece aqui em Super 8. Por isso o roteiro não é nada original, o que de certa forma não se torna um defeito, pois não deixa de ser divertido ver tantas citações à obra do eterno Peter Pan do cinema americano.

Já o diretor JJ Abrams embarca na ideia e entrega um produto coeso. Obviamente todos os clichês MOW (Monster of Week) estão presentes mas apesar do tema batido, temos de reconhecer que ainda mantém o interesse do espectador (principalmente pela acertada decisão de nunca revelar muito da criatura antes do final). O elenco é bacaninha, os atores mirins não são irritantes, pelo contrário, e seguram bem a bola. Kyle Chandler que interpreta o principal personagem adulto é um bom ator, cuja carreira já acompanhava desde a série Friday Night Lights. Aqui ele repete o tipo estressadinho. Enfim, no fundo esse é um filme de monstro dos anos 80, com tudo de bom ou ruim que isso significa. Não vai mudar sua vida e está longe de ser algo genial, mas como puro entretenimento escapista funciona bem - e deixa a gente com saudades do Spielberg da década de 80, o que convenhamos já é uma grande coisa.

Super 8 (Super 8, Estados Unidos,, 2011) Diretor: J.J. Abrams / Roteiro: J.J. Abrams / Elenco: Elle Fanning, Amanda Michalka, Kyle Chandler, Ron Eldard e Noah Emmerich / Sinopse: Garotos na década de 70 resolvem realizar um pequeno filme caseiro usando sua câmera Super-8. O que não desconfiavam é que estariam embarcando na maior aventura de suas vidas.

Pablo Aluísio.