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terça-feira, 22 de março de 2022

Um Natal Muito, Muito Louco

Título no Brasil: Um Natal Muito, Muito Louco
Título Original: Christmas with the Kranks
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Joe Roth
Roteiro: Chris Columbus
Elenco: Tim Allen, Jamie Lee Curtis, Dan Aykroyd

Sinopse:
Um casal dos mais comuns, pessoas normais, acaba entrando numa tremenda confusão quando descobrem que a filha tem problemas a resolver logo no dia de natal.

Comentários:

Muita gente acha filmes de natal uma das coisas mais chatas do mundo do cinema. E a maioria deles seguem uma fórmula que já está mais do que desgastada. Essas opiniões são verdadeiras, temos que admitir. Só que pense na mente de um produtor. Esses filmes, por mais tolos que sejam, sempre terão mercado, seja no cinema em dezembro, seja nos canais a cabo que em época natalina promovem uma enxurrada de exibições e reprises desse tipo de produção. Então não há saída. E esse aqui? Bom, é um filme na média. Bobinho, tolinho, mas há quem ame esse tipo de filme de natal. O que fazer? Abra o refrigerante, pegue um bom pedaço do peru da ceia e tente se divertir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Os Queridinhos da América

Hollywood muitas vezes gosta de se auto parodiar, mostrando os aspectos mais bizarros de seus astros e estrelas. Faz parte do jogo, até porque a paródia pode muitas vezes ser usada como auto promoção também. Esse filme nasceu da parceria entre o comediante Billy Crystal (que assinou o roteiro) e a estrela e diva suprema Julia Roberts. A intenção fica óbvia desde a primeira cena, o roteiro nada mais é do que uma tentativa bem humorada de criticar a frivolidade e o superficialismo que atinge muitos astros e estrelas na indústria do cinema americano. Exigências descabidas, ataques de estrelismo e outros absurdos desfilam pela tela apenas como uma forma leve de divertir. Talvez o maior problema dessa comédia meio sem graça tenha sido justamente isso. Crystal fez uma sátira, mas tão polida e inofensiva que ficou superficial demais, diria até mesmo chatinha.

Julia Roberts parece estar se divertindo como nunca, pena que nesse processo ela esqueceu de divertir o público também. Outro aspecto interessante é que ela tentou não manchar sua imagem, assumindo um papel bonitinho, simpático, deixando a antipatia do estrelato (que muitas vezes foi atribuído a ela, Julia Roberts, na vida real) para a atriz Catherine Zeta-Jones (que curiosamente dizem ser uma pessoa muito fácil de se trabalhar, uma profissional séria e equilibrada, bem ao contrário do que se fala muito de Julia Roberts nos bastidores de seus filmes!). Talvez nisso resida toda a ironia dessa produção. A diva antipática surgindo como boazinha em cena e a excelente profissional sendo mostrada como uma estrela boba, deslumbrada com o próprio sucesso! Nessa inversão completa de papéis o espectador fica esperando pela grande graça do filme, que nunca chega. Assim, no final, percebemos que "America's Sweethearts" não consegue atingir nenhum de seus objetivos, não é ácido suficiente com as superficialidades de Hollywood e nem tampouco faz rir de verdade. Um verdadeiro desperdício.

Os Queridinhos da América (America's Sweethearts, Estados Unidos, 2001) Direção: Joe Roth / Roteiro: Billy Crystal, Peter Tolan / Elenco: Julia Roberts, John Cusack, Billy Crystal, Catherine Zeta-Jones, Stanley Tucci, Christopher Walken, Alan Arkin / Sinopse: Comédia romântica de sucesso celebrando o estrelismo da atriz Julia Roberts. Filme vencedor do ASCAP Film and Television Music Awards.

Pablo Aluísio.