quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Trovão Azul

Título no Brasil: Trovão Azul
Título Original: Blue Thunder
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Dan O'Bannon, Don Jakoby
Elenco: Roy Scheider, Warren Oates, Candy Clark

Sinopse:
As ruas de Los Angeles estão dominados pela violência e caos. Para combater a falta de segurança para seus cidadãos o departamento de polícia coloca em ação um helicóptero especialmente modificado de codinome "Trovão Azul". Fortemente armado e projetado especialmente para controlar insurgências de rua ele é comandado pelo experiente piloto Frank Murphy (Roy Scheider), um veterano da Guerra do Vietnã. O que o oficial não desconfia é que na verdade o helicóptero é muito mais do que apenas uma aeronave da polícia de Los Angeles, sendo na realidade um projeto secreto de inteligência artificial colocado em teste pelas forças armadas americanas.

Comentários:
A imensa maioria do público brasileiro lembra de "Trovão Azul" não por causa desse excelente filme de ação dirigido pelo mestre John Badham, mas sim pela popular série de TV que fez grande sucesso por aqui, inclusive sendo exibido nas noites de terça pela Rede Globo em meados dos anos 1980. O filme em si infelizmente já não é muito lembrado hoje em dia, talvez apenas pelos que foram garotos naqueles anos - até porque o Helicóptero de combate acabou virando um dos brinquedos mais populares daquela década. Revisto hoje em dia "Blue Thunder" continua sendo no mínimo um eficiente filme de ação e aventura, que apostava bastante nas inovações tecnológicas do mercado de armas para cair nas graças do público em geral. Interessante é que a maioria das novidades daquela máquina de guerra que eram vistas como mera ficção já viraram realidade nos dias atuais. Isso não é novidade pois geralmente a vida de fato imita a arte. Outro atrativo para os cinéfilos é a presença do veterano Roy Scheider, que demonstra muito bem ainda ter fôlego para encarar uma fita tão movimentada como essa. Some-se a isso a ótima direção de John Badham e você terá uma divertida fita de ação com todas as características que fizeram dos anos 80 o tempo de ouro para esse estilo cinematográfico.

Pablo Aluísio.

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido

Título no Brasil: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido
Título Original: X-Men - Days of Future Past
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Jane Goldman
Elenco: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Ellen Page, Peter Dinklage

Sinopse:
Em um futuro próximo e caótico os mutantes estão chegando ao fim de sua existência graças a uma arma de última geração desenvolvida pelo governo americano que tem como missão definitiva destruir todos os mutantes da face da Terra. Para mudar esse destino sombrio, o professor Charles Xavier (Stewart) decide que Logan (Jackman) deve retornar ao passado, mais precisamente em 1973 para desviar o curso da história, evitando que Raven (Jennifer Lawrence) cometa um erro que irá custar caro para o futuro de todos os mutantes do planeta.

Comentários:
Essa franquia realmente mantém um excelente nível em termos de qualidade. Embora tenha se subdividido em outras franquias - como a do Wolverine - o fato é que X-Men continua rendendo bons frutos no mundo do cinema. Esse novo filme intitulado "X-Men - Dias de um Futuro Esquecido" sem dúvida traz o melhor e mais bem trabalhado roteiro da série. Muito bem escrito, com ótimas reviravoltas e um argumento bem desenvolvido, surpreendentemente inteligente. Geralmente filmes que exploram voltas ao passado ou se tornam pequenas obras primas (como "De Volta Para o Futuro", a mais precisa e lembrada referência) ou então se enrolam completamente, deixando um gostinho de decepção no ar. Aqui felizmente o espectador pode ficar tranquilo, pois embora o filme apresente duas linhas narrativas (uma no futuro e outra no passado), as duas pontas que unem as estórias se completam maravilhosamente bem. O diretor Bryan Singer demonstra que é plenamente possível realizar um blockbuster milionário sem em momento algum ofender ou subestimar a inteligência do espectador, pelo contrário, ele aqui dá uma aula de cinema em cineastas infantilóides como Michael Bay, que acreditam em explosões e mais explosões, sem conteúdo algum. Assim a conclusão a que chegamos é que esse novo X-Men é, não apenas um grande filme de heróis em quadrinhos, mas também um belo exemplar de filme Sci-Fi como há tempos não se via.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Drácula - O Vampiro da Noite

Título no Brasil: Drácula - O Vampiro da Noite
Título Original: Dracula
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster, baseado na obra de Bram Stoker
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Michael Gough

Sinopse:
Drácula (Christopher Lee) é um misterioso conde que resolve se vingar de Jonathan Harker, um jovem que consegue sobreviver a um ataque do vampiro em seu castelo. De volta à grande cidade, Drácula pretende destruir toda a família de Harker mas antes terá que enfrentar o professor e pesquisador Van Helsing (Peter Cushing), um estudioso da existência de seres da noite como o famigerado nobre Drácula.

Comentários:
Esse filme é um verdadeiro marco do cinema de terror inglês. Foi o primeiro de Christopher Lee no papel do conde Drácula e um dos maiores sucessos de bilheteria da produtora Hammer Film Productions que iria se especializar em fitas de horror nos anos seguintes (com ótimos resultados, é bom frisar). Para quem está acostumado com os vampiros do cinema da atualidade o filme certamente trará algumas belas surpresas. O Drácula de Lee não é um ser romântico, charmoso, em busca de belas donzelas para conquistar seu amor adolescente. Pelo contrário, ele é um monstro apenas, quase sem diálogos, que ataca nas noites escuras sem qualquer sutileza. Ele está em busca de sangue e vingança e nada mais do que isso. Tudo realizado no meio de uma Londres nebulosa e sombria. Por falar nisso a direção de arte do filme é um primor, com cenários góticos e um clima sórdido muito eficiente. Peter Cushing como Van Helsing também é outro ponto positivo da produção. Em suma, um clássico absoluto que até hoje diverte e empolga. Um filme essencial na coleção de todo fã de filmes de terror.

Pablo Aluísio.

A Possessão do Mal

Título no Brasil: A Possessão do Mal
Título Original: The Possession of Michael King
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films
Direção: David Jung
Roteiro: David Jung
Elenco: Shane Johnson, Ella Anderson, Cara Pifko

Sinopse:
Após a morte de sua esposa, Michael King (Shane Johnson) que nunca foi um homem religioso decide desmascarar todas as religiões, crenças e doutrinas espirituais que pregam a existência de um outro mundo, de natureza sobrenatural. Assim ele começa a gravar um documentário onde entrevista bruxas, membros de seitas satânicas e coisas do tipo. O problema é que após um dos rituais de que participa ele começa a sentir que algo muito estranho está acontecendo com sua mente e o seu mundo ao redor.

Comentários:
Assim que o filme começou e percebi que era mais um terror com a estética mockumentary (falso documentário) fiquei bem desanimado. Para minha sorte porém o roteiro e sua trama foi me envolvendo cada vez mais a ponto de no final das contas gostar do resultado. De certo modo não foge muito do esquema padrão que anda acompanhando muitos filmes de terror recentes, mas consegue dar a volta por cima por causa do tema curioso mostrando um ateu querendo desmascarar as crenças dos outros e se dando muito mal no processo. Palmas para o ator Shane Johnson que consegue com grande desenvoltura interpretar um personagem que começa a ser possuído aos poucos por uma entidade demoníaca. O único deslize da fita como um todo é a velha mania de tentar dar sustos no espectador ao invés de criar um verdadeiro clima de suspense. Assim prepare o coração - e os ouvidos - para os efeitos sonoros que de repente vão explodir nas caixas de som. Fora isso todo o resto convence e diverte, dos efeitos especiais aos momentos de possessão. Um terrorzão dos bons para lembrar dos bons tempos de "O Exorcista", embora é claro não se possa sequer comparar ambos os filmes. Uma boa cartilha para os neo ateus que infestam as redes sociais na internet.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tudo Por Um Segredo

Título no Brasil: Tudo Por Um Segredo
Título Original: Welcome to Collinwood
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Pandora Cinema
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Anthony Russo, Joe Russo
Elenco: George Clooney, Sam Rockwell, William H. Macy, Michael Jeter, Luis Guzmán, Patricia Clarkson

Sinopse:
Uma grande confusão envolvendo várias pessoas, um roubo, 5 mil dólares, roubos, fraudes e todo tipo de encrencas. Um filme divertido e cheio de cenas de ação.

Comentários:
George Clooney conseguiu fazer a complicada transição entre a TV e o cinema, só que uma vez chegando lá, se tornando um astro da sétima arte, o que ele fez? Pois é, atuou em vários filmes bobocas como esse. O filme é um daqueles que você assiste, quem sabe de relance na TV a cabo e depois esquece para sempre. Nada fica na sua mente, nada. O que isso significa? Ora, óbvio, se trata de um filme altamente esquecível, que não marca a vida de ninguém, não muda na história do cinema. Enfim, esse filme é isso, um grande e redondo... Nada!

Pablo Aluísio.

Beijos Que Matam

Título no Brasil: Beijos Que Matam
Título Original: Kiss the Girls
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gary Fleder
Roteiro: James Patterson, David Klass
Elenco: Morgan Freeman, Ashley Judd, Cary Elwes

Sinopse:
O Dr. Alex Cross (Morgan Freeman), um especialista em criminologia forense envolvendo psicopatas, acaba descobrindo que sua própria sobrinha pode ter se tornado alvo de um serial killer obcecado por mulheres jovens e solteiras. Agora, participando de uma intensa busca envolvendo inclusive o FBI, Cross e os demais membros de sua equipe tentarão colocar as mãos no violento assassino.

Comentários:
Já que estamos falando de Morgan Freeman, psicopatas e franquias de cinema, vale a pena relembrar desse muito bom "Kiss the Girls", um policial de suspense e tensão que fez bastante sucesso na época, mas que hoje em dia segue sendo pouco lembrado. Morgan Freeman interpreta o papel do Dr. Alex Cross, um policial e psiquiatra forense, especialista em serial killers, que acaba sendo contratado pelo FBI para resolver os casos mais sombrios da agência. Esse personagem foi criado pelo autor James Patterson e depois ganhou as telas de cinemas em dois outros filmes, "Na Teia de Aranha" de 2001 com o mesmo Morgan Freeman retornando à pele de Cross e "A Sombra do Inimigo" de 2012 onde o papel foi interpretado pelo ator Tyler Perry. Os enredos envolvendo o Dr. Alex Cross são por demais interessantes pois mesclam muito bem investigações forenses bem embasadas com tensas cenas de violência e terror. Esse aqui não decepciona a quem está em busca de bons filmes policiais envolvendo assassinos em série. Uma boa pedida para os estudiosos do tema, não resta a menor dúvida.

Pablo Aluísio .

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Um Sonho de Liberdade

Título no Brasil: Um Sonho de Liberdade
Título Original: The Shawshank Redemption
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton

Sinopse:
Andy Dufresne (Tim Robbins) é um mestre em finanças que, acusado de ter cometido um duplo assassinato, é condenado a pena de prisão perpétua numa penitenciária em Shawshank, na Flórida, durante os anos 1940. O lugar é dominado por guardas violentos e diretores corruptos. Logo ele se torna amigo e próximo de outro prisioneiro, Ellis "Red" Redding (Morgan Freeman). Aos poucos Andy começa a trazer alguns benefícios para os presos em troca de favores ao corrupto diretor Samuel Norton (Bob Gunton). A liberdade porém se torna cada vez mais distante.

Comentários:
Baseado no conto "Rita Hayworth and Shawshank Redemption" de Stephen King, esse é seguramente uma das melhores adaptações para o cinema do mestre do terror. O enredo é profundamente humano e conta com maravilhosas interpretações de Tim Robbins e Morgan Freeman, o que me faz arriscar a dizer que sem dúvida é o melhor trabalho de ambos até os dias de hoje. O interessante nesse texto de Stephen King é que ele, pela primeira vez em muitos anos, resolveu mudar o foco de suas estórias, dando dessa vez prioridade em desenvolver psicologicamente todos os seus personagens em um nível que nunca foi comum em seus outros livros. O resultado é realmente excepcional, uma obra prima absoluta da sétima arte durante os anos 1990. Sucesso de público e crítica o filme recebeu sete indicações ao Oscar, inclusive Melhor Filme, Ator (para o sempre digno Morgan Freeman), fotografia e roteiro adaptado (para o próprio diretor Frank Darabont, que foi injustamente esquecido na categoria de Melhor Direção). Também foi indicado ao Globo de Ouro em diversas outras categorias, incluindo Melhor roteiro e ator (novamente para Darabont e Freeman). Em suma, "Um Sonho de Liberdade" é aquele tipo de filme que não fica datado nunca, soando tão inovador e belo como se tivesse sido lançado ontem nos cinemas. Se ainda não viu não perca mais tempo, é uma obra essencial para todo e qualquer cinéfilo que se preze.

Pablo Aluísio.

Fronteira

Título no Brasil: Fronteira
Título Original: Frontera
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Michael Berry
Roteiro: Michael Berry, Louis Moulinet
Elenco: Ed Harris, Eva Longoria, Michael Peña

Sinopse:
A ex-esposa de um xerife do Arizona é morta enquanto andava por sua propriedade, um rancho distante da cidade. Todas as pistas apontam para um imigrante mexicano ilegal que foi visto poucos minutos depois de seu corpo ser localizado. O xerife porém não quer tomar decisões precipitadas pelo caso e começa a procurar por pistas mais consistentes. Roteiro parcialmente baseado em fatos reais.

Comentários:
Um bom filme que tem a coragem de tentar ir mais a fundo na questão da imigração nos Estados Unidos. Esse parece ser um problema de complicada solução para os americanos - como sempre tiveram uma visão liberal sobre a questão não conseguem mais deter a enxurrada de imigrantes atravessando sua fronteira, tanto de forma legal como ilegal. O problema é que ao abrir as portas de seu país para estrangeiros (brasileiros incluídos nesse bolo) os Estados Unidos perdem não apenas parte de sua cultura, mas também de sua liberdade e identidade como nação. Como bem disse um famoso político republicano trazer imigrantes em massa para a América é também importar seus problemas, suas mazelas sociais e tudo o que vem junto no pacote. Daqui alguns anos o espanhol será mais falado dentro dos Estados Unidos do que o inglês e quando isso acontecer já era. De uma forma ou outra o roteiro é muito bem escrito, contando com um bom elenco, plenamente empenhado em dar o melhor de si. Obviamente o argumento segue a linha liberal do politicamente correto, tentando humanizar o máximo possível o tema. No final das contas o que temos mesmo é um bom retrato dos Estados Unidos prestes a deixarem de ser os Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de setembro de 2014

Só Deus Perdoa

Título no Brasil: Só Deus Perdoa
Título Original: Only God Forgives
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Tailândia, França
Estúdio: Wild Bunch, Icon Pictures
Direção: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Nicolas Winding Refn
Elenco: Ryan Gosling, Kristin Scott Thomas, Vithaya Pansringarm

Sinopse:
Julian (Ryan Gosling) e Billy (Tom Burke) são dois irmãos americanos que vivem na Tailândia, agenciando lutas ilegais. Suas vidas mudam radicalmente quando Billy, em um surto de loucura, resolve matar e estuprar uma jovem menor de idade da comunidade local. O crime acaba desencadeando uma série de mortes, acertos de contas e violência que parecem não ter mais fim. Filme indicado à Palma de Ouro no Cannes Film Festival.

Comentários:
A sinopse pode enganar. Muitos vão pensar que se trata de um filme com aqueles roteiros banais sobre vingança e morte no Oriente. Nada mais longe da verdade. Certamente o filme é dos mais violentos, porém o diferencial não surge da violência e nem mesmo do enredo (que sim, pode ser considerado banal). O grande diferencial de "Only God Forgives" vem da maneira como essa estória é contada. A narrativa cinematográfica utilizada pelo cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn é completamente fora dos padrões. Poucas vezes você viu algo igual a isso. Praticamente não há diálogos e os que existem são sucintos e breves. O enredo assim é contado de maneira quase surreal, com farto uso de olhares, momentos de tensão e até mesmo algumas pinceladas de humor involuntário. O personagem mais marcante não é o Julian de Ryan Gosling, sempre com olhar vidrado no horizonte,  mas sim o policial Chang (Vithaya Pansringarm) que distribui seu senso de justiça com uma espada samurai, decepando, degolando e trucidando todos aqueles que ousam cruzar seu caminho. É um filme estranho, diria até bizarro, mas que por ser tão ousado e diferente merece ser conhecido.

Pablo Aluísio.

O Guardião de Lincoln

Título no Brasil: O Guardião de Lincoln
Título Original: Saving Lincoln
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: New Films International
Direção: Salvador Litvak
Roteiro: Nina Davidovich, Salvador Litvak
Elenco: Tom Amandes, Lea Coco, Penelope Ann Miller

Sinopse:
O filme mostra a trajetória do presidente americano Abraham Lincoln (1809 - 1865) sob o ponto de vista de seu amigo e segurança pessoal Ward Hill Lamon (Lea Coco), desde os tempos em que Lincoln era apenas um advogado no interior dos Estados Unidos até sua trágica morte após uma das mais sangrentas guerras da história, a guerra civil americana. Roteiro baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Filme muito bom retratando parte da vida de Lincoln, mostrando aspectos importantes de sua vida. Cinematograficamente o que mais me chamou atenção foi a escolha do diretor em usar fotografias e imagens reais da época da guerra civil como cenário para praticamente todas as cenas. Visualmente surge algo muito interessante e talentoso dessa estética, embora o espectador tenha que se acostumar um pouco com a inovadora proposta. Dessa forma temos atores interpretando seus personagens com o fundo formado por cenários virtuais, muito bem escolhidos e inseridos no enredo. O ator Tom Amandes que dá vida a Abraham Lincoln também me surpreendeu. Quem acompanha séries o reconhecerá de imediato por causa de suas atuações em seriados de sucesso como "Everwood" e "Parenthood", entre outros. Mesmo não sendo parecido fisicamente com o famoso líder americano acabou incorporando muito bem a maneira de agir e pensar de Abraham Lincoln. Não afirmo que todos vão gostar do resultado, por causa de seu design diferente, mas quem conseguir comprar a ideia certamente vai no mínimo gostar da forma como o filme narra essa grande história.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de setembro de 2014

A Última Música

Título no Brasil: A Última Música
Título Original: The Last Song
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Julie Anne Robinson
Roteiro: Nicholas Sparks, Jeff Van Wie
Elenco: Miley Cyrus, Liam Hemsworth, Greg Kinnear

Sinopse:
Ronnie Miller (Miley Cyrus) é uma jovem, filha de pais divorciados, que não conseguiu ainda superar a separação de sua família. Durante o verão sua mãe decide enviar a garota para passar suas férias ao lado de seu pai, que mora numa região muito bonita, com belas praias, o cenário perfeito para passar dias de descanso e lazer. Lá Ronnie acaba conhecendo muito mais seu pai e acaba descobrindo uma pessoa maravilhosa por trás de toda aquela imagem negativa que ela tinha criado em sua mente.

Comentários:
Miley Cyrus hoje em dia virou uma artista pop apelativa e vulgar, quase uma caricatura completa. Esse filme foi rodado em uma fase mais, digamos assim, "normal" de sua carreira. Nada de vestidos escandalosos e nem língua para fora, o que vemos aqui é um drama familiar que investe em bons sentimentos e numa boa lição de vida, ideal para garotas como a personagem principal, que de certa forma também se culpa pelo fracasso do casamento de seus pais. Outro destaque do elenco vem com o subestimado Greg Kinnear, um ator que sempre gostei, discreto e sofisticado, sempre acrescentando muito aos personagens que interpretou durante todos esses anos de carreira no cinema e na TV. Em suma, um bom filme para conhecer Miley Cyrus antes de virar esse monstro de marketing agressivo dos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

O Limite da Traição

Título no Brasil: O Limite da Traição
Título Original: Extreme Prejudice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco, Columbia Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Milius, Fred Rexer
Elenco: Nick Nolte, Powers Boothe, Michael Ironside

Sinopse:
Jack Benteen (Nick Nolte) é um xerife durão de uma cidadezinha do Texas que acaba descobrindo que sua região, antes pacata e pacífica, está agora na rota do tráfico de drogas entre México e Estados Unidos. Para piorar o chefe da quadrilha de traficantes internacionais é um velho conhecido do xerife, desde os tempos em que ambos serviram o exército americano na guerra do Vietnã. Agora estão em lados opostos da lei.

Comentários:
Exemplo de bom policial dos anos 80, cinema macho à prova de falhas. O roteiro é de John Milius, diretor de "Conan, o Bárbaro" e "Amanhecer Violento". A direção foi entregue ao especialista Walter Hill, que dirigiu verdadeiras pedradas do gênero como por exemplo "Inferno Vermelho" e "Ruas de Fogo". Para completar o pacote de testosterona o filme é estrelado por Nick Nolte, com cara de poucos amigos. Com tantos elementos favoráveis o espectador já sabe de antemão que encontrará coisa boa, acima da média dos filmes policiais da época. A produção inclusive pede emprestado vários elementos dos filmes de faroeste, como o ambiente hostil e desértico e a lei da selva, onde apenas o mais forte sobreviverá. A fita fez sucesso, tanto no mercado de VHS como nos cinemas brasileiros onde chegou a ser lançada. Revisto hoje em dia mantém o charme de uma época em que o cinema não tinha vergonha de ser macho até o último fio de cabelo. Se é o que você está procurando não tenha receios de assistir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Um Assassino à Solta

Título no Brasil: Um Assassino à Solta
Título Original: Switchback
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jeb Stuart 
Roteiro: Jeb Stuart
Elenco: Danny Glover, Dennis Quaid, Claudia Stedelin

Sinopse:
Ao retornar para casa o agente do FBI Frank LaCrosse (Dennis Quaid) descobre que a porta está arrombada e seu filho desaparecido. Dentro da casa, numa poça de sangue, jaz a babá do garoto, Missy (Claudia Stedelin). Ao que tudo indica se trata de um serial killer cuja procura se estende pelos últimos dois anos. Agora Frank empreenderá uma verdadeira caçada policial para colocar as mãos no assassino ao mesmo tempo em que tentará salvar seu jovem filho da morte certa. 

Comentários:
É a tal coisa, filmes sobre serial killers, psicopatas e sociopatas em geral não costumam ser ruins. O tema é por demais interessante, principalmente para especialistas em criminologia e psiquiatria forense. Infelizmente, apesar de quase (eu escrevi "quase") sempre serem bons filmes policiais isso nem sempre acontece. Muitas vezes os roteiros se entregam aos clichês mais batidos ao mesmo tempo em que não conseguem (por medo ou concessões comerciais) ir até o fim, sondando os limites de uma mente doentia. É o que acontece com esse "Switchback". A premissa é muito boa e o elenco é certamente carismático (Danny Glover e Dennis Quaid são dois atores legais e bacanas), mas o diretor Jeb Stuart não consegue dar um passo à frente, ficando dentro do comercialmente aceitável pela classificação etária do cinema americano (classificação essa que se for muito elevada acaba com as pretensões de sucesso de qualquer produção). Na verdade Jeb Stuart não tem experiência em direção, tanto que só dirigiu dois filmes ao longo da carreira. Ele é muito melhor apenas como roteirista como provam "O Fugitivo" e "Duro de Matar". Enfim, em resumo, é isso, o que temos aqui é um filme sobre psicopatas que não consegue ir até as últimas consequências.

Pablo Aluísio.

Os Mercenários 3

Título no Brasil: Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Nu Image, Millennium Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Harrison Ford, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Antonio Banderas, Jet Li

Sinopse:
Durante uma missão na costa africana o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) descobre que um antigo desafeto e inimigo, Stonebanks (Mel Gibson), está vivo e não morto, como ele pensava e para piorar o criminoso está de volta à ativa, comandando uma enorme operação de tráfico de armas usando obras de arte como disfarce para a venda dos equipamentos militares ilegais. Deter Stonebanks agora se torna uma questão de honra para Ross e seus companheiros de combate.

Comentários:
Terceiro e aguardado filme da franquia "The Expendables". A fórmula segue sendo basicamente a mesma, com Stallone à frente dessa reunião de astros de ação dos anos 80. Como aconteceu com os filmes anteriores agora temos novos astros se juntando ao elenco. A primeira novidade vem com Wesley Snipes que curiosamente surge como um recém libertado condenado da prisão (como ele próprio aliás, pois como sabemos passou algum tempo preso por sonegação de impostos). Harrison Ford é outra novidade, interpretando um supervisor da CIA. Na realidade ele não tem muito o que fazer em cena, sendo visivelmente o astro mais envelhecido de todo o elenco. Já o velho e bom Mel Gibson está bem melhor como o vilão Stonebanks! O interessante é que embora tenha sido um dos astros mais famosos e populares da década de 80, nunca havia trabalhado antes com a grande maioria do elenco. Sempre foi um lobo solitário na carreira (assim como Chuck Norris). Acaba se saindo muito bem, injetando mais uma vez seu carisma em seu personagem, mesmo sendo ele o antagonista do enredo. 

Por fim no quesito resgates de estrelas do passado temos Antonio Banderas que surge como mero alívio cômico, pois seu personagem não consegue parar de falar, tagarelando o tempo todo. Ao final de "Os Mercenários 3" chegamos em algumas conclusões. A primeira é a que o estúdio tenciona levar a franquia em frente e por isso escalou todo um elenco jovem de apoio, como se fossem a nova equipe do personagem de Sly. Já que os atores originais já estão ultrapassando os 70 anos de idade é bom garantir uma sobrevida para a marca. A segunda conclusão a que chegamos é que se o roteiro não consegue ser grande coisa a diversão é certamente garantida, mostrando que todos esses heróis de ação podem estar velhos, mas não acabados, pois ainda conseguem justificar plenamente o preço de uma entrada de cinema. Assista e se divirta, já que não irá se arrepender de reencontrar todos esses antigos ídolos das telas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

As Tartarugas Ninja

Título no Brasil: As Tartarugas Ninja
Título Original: Teenage Mutant Ninja Turtles
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Liebesman
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec
Elenco: Megan Fox, Will Arnett, Whoopi Goldberg

Sinopse:
Quatro tartarugas são modificadas em laboratório e ganham poderes especiais de grandes lutadores de artes marciais. Criadas por um rato nos esgotos de Nova Iorque elas agora terão que enfrentar a criminalidade das ruas violentas da cidade e um poderoso inimigo, o Destruidor. Ao lado de uma jornalista investigativa (Megan Fox) as tartarugas ninjas estão de volta aos cinemas.

Comentários:
Nunca entendi como uma tartaruga, o bichinho mais lento e pacato do reino animal, pode ser um ninja! Os criadores desses personagens (Peter Laird e Kevin Eastman) deveriam ganhar o prêmio de sujeitos mais sarcásticos do mundo pop! Apesar de ser algo completamente sem sentido, o fato é que esses improváveis heróis acabaram ficando populares, caíram no gosto do público e depois foram para as telas de cinemas. Os primeiros filmes são até simpáticos, bem feitos, contaram com o ótimo Jim Henson - o mesmo criador dos Muppets. Aqui temos uma tentativa de levantar a velha franquia para o público dos dias atuais. Será que as crianças de hoje ainda conhecem as tartarugas boas de briga? Eis uma boa questão para ser respondida. Para os amantes da beleza feminina o filme traz de brinde a bela Megan Fox. Ela inclusive tem muito mais chance de "atuar" do que em Transformers - outro pipocão juvenil que a tornou conhecida. O design das tartarugas com nomes de pintores famosos está bem mais realista, com detalhes saltando aos olhos. Também redesenharam os personagens de forma muito mais atlética (diria até bombados), altos e com caras de maus. Tecnicamente é de fato tudo muito bem feito, pena que o roteiro seja tão sem novidades. Segue o estilo padrão dos chamados filmes de origens, onde tem que se explicar tudo de novo de onde as tartarugas surgiram, quem são seus inimigos e por aí vai. Esse aliás é um problema recorrente em tentar reviver antigas franquias pois a sensação é de se estar assistindo ao mesmo filme novamente.

Pablo Aluísio.