terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Alexandre
Título Original: Alexander
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Christopher Kyle
Elenco: Colin Farrell, Anthony Hopkins, Angelina Jolie, Val Kilmer, Jared Leto, Jonathan Rhys Meyers, Rosario Dawson
Sinopse:
Adaptação para as telas de cinema da história de Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C), líder da Macedônia que conquistou vastas terras ao longo de seu reinado. Conquistador nato, Alexandre III destruiu impérios rivais, matou reis e se tornou senhor de povos tão diferentes como os gregos, babilônicos e persas. Ao fundar cidades em lugares distantes de seu longo império acabou criando a fusão da cultura ocidental com a oriental, dando origem ao chamado período Helênico da civilização mundial.
Comentários:
Esse filme é um alienígena na filmografia de Oliver Stone. Ele sempre procurou dirigir filmes com maior teor político e social e esse Alexandre fugia justamente disso. O personagem da história é mítico, conseguiu conquistar quase todo o mundo conhecido em sua época, só cessando as conquistas perto da Índia, quando suas tropas exaustas praticamente se rebelaram para voltar para a Macedônia. Em vida Alexandre era um autêntico "grego" de sua época: adorador das artes, guerreiro, irascível em sua busca por terras e poder. Também como todo bom adepto daquela cultura tinha sua longa lista de relacionamentos, inclusive com homens, o que curiosamente chocou alguns quando o filme chegou nos cinemas. Isso porém é um erro de percepção. O homossexualismo naquela cultura de Alexandre era algo normal, típico da cultura clássica grego romana. A maioria dos imperadores romanos também eram homossexuais e tinham amantes masculinos. Os casos amorosos entre homens eram públicos e notórios. Apenas com a chegada do Cristianismo é que relacionamentos gays se tornaram escandalosos sob o ponto de vista moral e religioso.
Outra crítica que muito se fez a esse filme foi a escolha do elenco. Colin Farrel não convence como esse mito da história. De mito grego ele não tem nada. O ator não consegue perder seu jeito de "beberrão de pub" nem quando interpreta um personagem tão forte como esse. Assim a coisa toda ficou com um ar de falso, fake. Angelina Jolie também não consegue tornar verossímil seu papel. A mulher que interpreta era uma matriarca forte na vida real, mas no filme Angelina parece a amante de seu filho. Além disso a Angelina Jolie não tinha idade suficiente para interpretar a mãe de Alexandre. Mais um exemplo de que a pressão dos agentes de grandes atores pode sim arruinar qualquer projeto cinematográfico - basta apenas impor a escalação no elenco! O roteiro também se perde bastante já que a história de Alexandre é longa e detalhada, mal cabendo em um filme normal, mesmo que tenha uma extensa duração. Seria ideal se tivessem feito uma minissérie. Recentemente saiu Spartacus, um exemplo de uma boa história bem desenvolvida, quem sabe um dia não levem também a biografia de Alexandre para o mesmo formato televisivo. Assim Oliver Stone se deu mal no fim das contas, pois o filme não foi o sucesso esperado e ele teve que se retirar do cinema épico. Fica para a próxima então.
Pablo Aluísio.
A Casa de Cera
Título Original: House of Wax
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Dark Castle
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Charles Belden, Chad Hayes
Elenco: Chad Michael Murray, Paris Hilton, Elisha Cuthbert
Sinopse:
Um grupo de adolescentes descobre um antigo e sinistro museu de cera onde as estátuas parecem ter uma incrível veracidade e semelhança com pessoas reais. O que não sabem é que estão prestes a cair em uma armadilha sombria e mortal.
Comentários:
Remake de um filme dos anos 1950 chamado "Museu de Cera", dirigido por André De Toth (conhecido diretor de vários filmes de faroeste com Randolph Scott) e estrelado por Vincent Price e Frank Lovejoy. Como se trata de uma refilmagem já ficamos desconfiados. A verdade é que dificilmente algum remake é realmente bom. Para complicar ainda mais se trata de uma produção com o selo da produtora Dark Castle. Já tive chance de falar da Dark Castle aqui em outro texto (acho que no do filme "Navio Fantasma"). Essa produtora nunca fez nada que me impressionasse. Seus filmes são fortemente apoiados em efeitos digitais mas se esquecem completamente de trabalhar melhor nos roteiros. O que era charmoso no antigo filme de Price aqui se torna apenas sensacionalista, exagerado. Na época do lançamento a fita contou com uma promoção extra pois trazia em seu elenco a Paris Hilton. Ela foi a primeira celebridade do mundo que virou celebridade sem nenhuma razão. É a celebridade pela celebridade. Antigamente para ser uma celebridade a pessoa tinha que ser ator, atriz, escritor, cantor, etc, ou seja, ter algum talento na vida. Paris se tornou celebridade por nada. Sim, ela é herdeira do império Hilton mas e daí? Puro marketing pessoal que vende vento. O pior é que as pessoas compram vento, ora vejam só... Mas deixemos isso de lado. Para não dizer que nada se salva temos aqui pelo menos a presença da linda Elisha Cuthbert. Assim se nada lhe agradar pelo menos terá a beleza dela para ver ao longo de uma fita que realmente não traz nada de novo para o subgênero "terror-com-adolescentes-gritando".
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Marley & Eu
Título Original: Marley & Me
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: David Frankel
Roteiro: Scott Frank, Don Roos
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane
Sinopse:
O jovem casal formado por John (Owen Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) resolve adotar um cachorrinho da raça Labrador Retriever chamado Marley. Quando pequeno, Marley era uma gracinha, impossível de resistir, mas ao crescer se torna um cão bagunceiro, indisciplinado e desobediente, causando muitas confusões para seus donos. Sua lealdade e amor porém conquistam o casal, que vai passando pelas dificuldades da vida ao seu lado até o dia em que Marley precisa dizer adeus.
Comentários:
Esse filme foi lançado sem alarde nos cinemas, sem qualquer tipo de pretensão e de repente se tornou um grande sucesso de bilheteria. Cachorrinhos faturando horrores para o cinema não é novidade, basta lembrar de Lassie, Rin-Tin-Tin e Benji. Hollywood porém não acreditava mais nesse tipo de produção. Era considerado algo ultrapassado, fora de moda. Os fãs de filmes sobre animais domésticos então tiveram que por longos anos se contentar com os telefilmes sobre a eterna amizade entre homem e cão. Isso até "Marley & Me" provar que havia toda uma legião de cinéfilos dispostos a consumir esse tipo de fita. Temos que reconhecer que o roteiro é bobinho, sem novidades, mas isso em momento nenhum se torna um defeito. O filme conquista mesmo por sua simplicidade e bonita história que foi baseada em fatos reais, que virou livro e também fez sucesso nas livrarias. Aliás será praticamente impossível não se emocionar com os momentos finais do filme já que tudo é muito bem encenado, mostrando os últimos momentos do querido Marley. Assista e não chore se puder! Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards, Kids' Choice Awards e Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
A Sombra do Batman
Título Original: Beware the Batman
Ano de Produção: 2013 / 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Sam Liu, Rick Morales, Curt Geda
Roteiro: Mark Banker, Erin Maher,
Elenco: Anthony Ruivivar, JB Blanc, Sumalee Montano
Sinopse:
Após testemunhar a morte de seus pais por um criminoso em Gotham City o jovem milionário Bruce Wayne resolve assumir uma nova identidade, a de Batman, um cavaleiro das trevas que começa a caçar todos os bandidos soltos nas ruas da grande cidade. No meio da criminalidade o aviso então se alastra: "Cuidado com a sombra do Batman!"
Comentários:
DVD que traz todos os treze primeiros episódios da série "A Sombra do Batman". No total são mais de duas horas e meia de animação com episódios que duram em média pouco mais de 20 minutos. Infelizmente os produtores não resolveram apostar em uma animação ao estilo tradicional, investindo em computação gráfica. O resultado é irregular. A verdade é que fora do mundo milionário do cinema, com seus amplos recursos técnicos e generosos orçamentos, a CGI nem sempre funciona muito bem. Em termos de roteiro a série também traz algumas novidades que podem desagradar os mais tradicionalistas como um mordomo Alfred brutamontes (com passado de agente secreto) e novos vilões, personagens pouco conhecidos como o Professor Porco, o Sr. Sapão e Magpie, uma cleptomaníaca com surtos psicóticos. Não que nada disso vá desagradar a garotada que acompanhará a série no Cartoon Network. Caso você esteja curioso para conhecer e gosta das aventuras do Batman então pode ser até uma opção meramente mediana para o fim de semana.
Pablo Aluísio.
O Rei da Califórnia
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II
Sinopse:
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.
Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Os Seus, Os Meus e os Nossos
Título Original: Yours, Mine and Ours
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: Ron Burch, David Kidd
Elenco: Dennis Quaid, Rene Russo, Jerry O'Connell
Sinopse:
Frank Beardsley (Dennis Quaid) perdeu a mulher e com oito filhos se tornou um viúvo solitário. Convenhamos não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje. Eis que descobre finalmente que a vida continua e resolve procurar por novos relacionamentos. Acaba reencontrando a namoradinha da escola, uma antiga paixão, que ora vejam só, também está viúva. Detalhe: ela tem 10 filhos! Mesmo com tanta prole resolvem se casar, o que dará origem a muitas confusões pois a convivência de tanta gente junta certamente não será tão pacífica como desejam seus pais!
Comentários:
Essa comédia é na verdade um remake de um antigo filme estrelado pela humorista Lucille Ball em 1968 também chamado "Os Seus, Os Meus, Os Nossos". Não há grandes novidades no roteiro, que segue basicamente com o mesmo enredo. Apenas pequenos detalhes fazem diferença como o número de filhos que no original eram vinte e não dezoito como aqui! Além da confusão natural de se ter uma família com tantos filhos o roteiro procura tirar humor do fato dos filhos de pais diferentes possuírem também educações diferentes. Os filhos dele são organizados, disciplinados, estudiosos e sérios. Os filhos dela são pura bagunça e indisciplina. Funciona? Em termos, se você não estiver esperando por algo excepcionalmente engraçado até pode vir a se divertir. O curioso é que famílias numerosas vão se tornando cada vez mais raras nos dias de hoje, ao contrário do passado, onde dez filhos era algo até comum. Talvez por essa razão a estória soe bem mais datada hoje em dia do que antigamente com a estrela de "I Love Lucy". Mesmo assim, se não estiver fazendo nada na noite de sábado quem sabe a fita não se torne uma boa opção de fim de noite. Bom programa.
Pablo Aluísio.
Gagarin
Título Original: Gagarin: Pervyy v kosmose
Ano de Produção: 2013
País: Rússia
Estúdio: Kremlin Films
Direção: Pavel Parkhomenko
Roteiro: Andrei Dmitriyev, Oleg Kapanets
Elenco: Yaroslav Zhalnin, Mikhail Filippov, Olga Ivanova
Sinopse:
Yuri Alekseievitch Gagarin (Yaroslav Zhalnin) é um jovem de origem humilde do interior, filho de um simples carpinteiro, que decide ir para a cidade grande em busca de novas oportunidades. Na escola técnica acaba chamando a atenção dos professores por seu empenho nos estudos e logo é enviado para a força aérea russa. Lá se torna um piloto de caças e após alguns anos decide se candidatar ao programa espacial da União Soviética, naquele momento em uma verdadeira corrida espacial contra os americanos. De um universo de dois mil candidatos ele consegue se classificar entre um seleto grupo de apenas 20 pilotos designados para participar da primeira missão espacial da história. Após exaustivos treinamentos e testes, finalmente é escolhido como o primeiro homem a ir para o espaço em 1961, um feito histórico para a ciência.
Comentários:
Já que os americanos certamente nunca fariam um filme sobre Yuri Gagarin os russos foram lá e realizaram esse excelente retrato desse herói soviético, o primeiro homem a entrar em órbita. O roteiro tem duas linhas narrativas bem claras. Na primeira acompanhamos Gagarin em sua histórica missão. Os preparativos, a decolagem do imenso foguete que levou ao espaço a nave Vostok 1, a tensão nos bastidores e finalmente todos os momentos que concretizaram esse vôo histórico. Tudo mostrado com excelente nível técnico, ótimos efeitos visuais e produção requintada. Na segunda linha narrativa o roteiro mostra as origens humildes de Gagarin, aspectos da vida familiar do cosmonauta, a dura vida de trabalhador de seu pai e sua relação com a esposa e suas duas filhas. De forma inteligente o filme deixa as questões ideológicas que impulsionaram o programa soviético de lado. Como os russos ainda hoje se sentem desconfortáveis com o passado socialista de seu país (já que vivem dias de democracia), o importante é de fato mostrar a missão do ponto de vista quase que exclusivamente científico. O líder soviético Nikita Kruschev surge em cena, feliz e contente com o sucesso da missão que usará como fonte de propaganda mas é só. Nada avança muito nesse aspecto. O que torna esse filme realmente muito bom são as cenas em que Gagarin passeia em volta da Terra, olhando para a imensidão do cosmos. Nessa parte o roteiro conseguiu captar toda a emoção daquele momento. Assim "Gagarin" é um ótimo filme, que merece ser assistido com um ponto de vista na história e outro nos avanços maravilhosos da ciência.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas
Sinopse:
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?
Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.
Pablo Aluísio.
U.S. Marshals - Os Federais
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr., Joe Pantoliano
Sinopse:
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que tem a missão de recapturar o assassino fugitivo Mark Roberts (Wesley Snipes) que conseguiu escapar das garras da lei após se libertar quando o avião que o transportava em direção à prisão sofreu um acidente. Ao lado do experiente Gerard surge um agente bem mais jovem e novato, John Royce (Robert Downey Jr.) que o ajudará a pegar Roberts. O que poucos sabem porém é que o procurado não é um fugitivo comum, mas sim um criminoso envolvido numa complexa rede de interesses envolvendo políticos poderosos.
Comentários:
"U.S. Marshals - Os Federais" foi vendido na época de seu lançamento como uma espécie de continuação do sucesso "O Fugitivo". Na realidade não é bem disso que se trata. O único elo de ligação vem mesmo do personagem do agente Samuel Gerard, novamente interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. É verdade que a estrutura do roteiro de uma forma em geral procura se assemelhar bastante ao filme anterior, mas isso não coloca a fita necessariamente como uma sequência direta daquela produção com Harrison Ford. São fitas de certa forma bem independentes, que podem ser assistidas isoladamente, sem perda nenhuma da compreensão de suas tramas. O diretor Stuart Baird é um caso curioso. Uma rara transição da mesa de edição para a direção. Ele ficou conhecido por ter realizado a edição de vários filmes de ação famosos, especialmente com Bruce Willis e seu talento em dar agilidade nas cenas levou a Warner a apostar nele como diretor de fitas de ação. Depois de dirigir o bom e competente "Momento Crítico" ele foi designado para esse "U.S. Marshals" e não decepcionou. Os fãs de "Star Trek" também o conhecem bem pois ele dirigiu uma boa aventura da franquia em 2002, "Nêmesis". Assim temos aqui um policial ágil, com muita adrenalina e como não poderia deixar de ser, ótimas cenas de perseguição. Tudo mostrado em um bom ritmo, feito especialmente para o espectador não desgrudar os olhos da tela. Se você gosta desse estilo de filme certamente não pode deixar de conferir.
Pablo Aluísio.
Arraste-me para o Inferno
Título Original: Drag Me to Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Ruth Livier
Sinopse:
Christine Brown nega um novo empréstimo para uma velha senhora que sem essa quantia ficaria sem casa. Já idosa e abandonada à própria sorte ela é despejada de sua residência e resolve despejar toda a sua fúria lançando uma maldição secular contra Brown. Esse feitiço acaba atraindo todos os tipos de energias e espíritos negativos para a vida da pobre moça que se vê assim em um verdadeiro inferno na Terra.
Comentários:
Eu não me surpreendi com o filme porque antes de assistir já tinha lido várias críticas dizendo que era algo ao estilo "Uma Noite Alucinante", então já sabia de antemão o que iria encontrar: muitas cenas escatológicas, muito humor negro e um final pra lá de esquisito. Eu até gostei e pra falar a verdade me diverti. Dentro do que ele propõe (ser um tipo de "terrir" - terror para rir) até que Raimi se saiu bem. O filme tem uma levada meio despretensiosa mesmo, acho inclusive que ele fez esse para relaxar das tensões que sofreu ao dirigir "Homem Aranha". Os personagens são todos caricaturais ao extremo, mostrando o tempo todo que Sam Raimi jamais quis fazer algo mais sério. A velha cigana que joga uma maldição é um exemplo disso. Raimi quase fez dela um clichê ambulante das antigas bruxas de desenho animado e produções antigas de terror. Na cena do atropelamento então o cineasta deixa claro suas reais intenções. É um filme para se ver com muita pipoca, cercado dos amigos no cinema, com todos dando risadas dos absurdos do roteiro. Houve quem levasse à sério mas isso, repito, não estava nos planos de Raimi. Se você quiser um passatempo descompromissado, que joga e satiriza com os clichês dos filmes de terror, esta fita certamente pode ser uma boa opção.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Operação Sombra - Jack Ryan
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp, Tom Clancy
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh
Sinopse:
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que assiste os terríveis atentados terroristas de 11 de setembro. Tomado por um fervor patriótico resolve se alistar no corpo de fuzileiros dos Estados Unidos. Após ser abatido em combate acaba conhecendo a charmosa médica Cathy Muller (Keira Knightley) em um hospital militar. Sua vida porém está prestes a mudar. Especialista em mercado financeiro ele é procurado pelo misterioso Thomas Harper (Kevin Costner) que o quer nos quadros da CIA, o serviço de inteligência americano. Disfarçado, Ryan começa então a trabalhar em Wall Street com o objetivo de rastrear contas internacionais usadas para terrorismo. Suas suspeitas o levam até Moscou, onde encontra uma peça chave em todo o esquema, comandado por Viktor Cherevin (Kenneth Branagh).
Comentários:
Você conhece bem o personagem Jack Ryan. De vez em quando ele vai e volta ao cinema americano em filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos". Já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck. Agora retorna na pele do ator Chris Pine (o Capitão Kirk da nova franquia Star Trek). Como se pode perceber logo nas primeiras cenas estamos na presença de mais um daqueles filmes que contam as origens de personagens famosos. O problema é que não faz sentido. É absurda essa introdução de como ele entrou na CIA simplesmente porque Jack Ryan nos livros de Tom Clancy tem suas estórias passadas em um tempo bem anterior aos atentados de 11 de setembro de 2001, então como agora Hollywood tenta situar sua origem justamente naqueles acontecimentos? Além disso o Jack Ryan que todos conhecemos é um homem experiente, na faixa de seus 40 e tantos anos, frio e calculista e não o garotão que surge nesse filme, apaixonado, passional e cheio de altos valores morais. A única coisa que explica tantas mudanças é a necessidade de trazer o personagem para os dias atuais, para ser comercializada para um público muito jovem que frequenta os cinemas atualmente. Isso acabou estragando o filme que além do mais nem tem uma trama muito interessante e complexa como a dos filmes anteriores. O resultado de tudo isso é fácil de explicar pois "Operação Sombra - Jack Ryan" é sem dúvida o mais fraco filme realizado com esse personagem. Uma pena.
Pablo Aluísio.
O Patriota
Título Original: The Patriot
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Mel Gibson, Heath Ledger, Tom Wilkinson, Chris Cooper
Sinopse:
Na colônia da Carolina do Sul, no ano de 1776, o colono Benjamin Martin (Mel Gibson) se torna vítima da brutal repressão das tropas inglesas na região. Tentando vencer na vida duramente, com sua pequena plantação, ele vê seus dois filhos mais velhos se alistarem no chamado exército continental formado após a colônia decidir lutar contra um dos maiores impérios do mundo, o da Grã Bretanha. Todos querem a independência. A rebelião desperta a fúria da metrópole que decide se vingar da população civil. A pequena plantação de Martin é incendiada e sua família sofre a tragédia da guerra que se forma no horizonte. A partir desses eventos Martin finalmente se decide por lutar no conflito para que uma nova, jovem e ambiciosa nação finalmente se liberte da opressão inglesa.
Comentários:
Filmes sobre a revolução americana sempre despertaram certos receios por parte dos grandes estúdios de Hollywood, principalmente depois do enorme fracasso comercial de "Revolução", estrelado por Al Pacino. Só mesmo o nome de Mel Gibson para levantar um projeto como esse. Tentando misturar fatos históricos reais com personagens de mera ficção "O Patriota" pretendeu levar acima de tudo entretenimento para as plateias. Nenhuma grande tese ou programa político é defendido em cena. Apenas história emoldurada nos moldes dos grandes blockbusters da indústria americana. Curiosamente até que a ideia não se mostra ruim. Gibson tem uma boa cena de ação atrás da outra e se destaca numa boa produção, que procura humanizar e dar um rosto aos colonos americanos que cansados da exploração do colonizador resolveram colocar em frente suas ambições de liberdade e independência. No elenco de apoio temos a presença de um jovem Heath Ledger, ainda tentando abrir seu espaço dentro do mercado. Sua interpretação é apenas mediana e nada realmente deixa transparecer o grande ator que viria a se tornar. Tom Wilkinson também merece destaque pelo bom trabalho desenvolvido em seu personagem, o general e Lord Charles Cornwallis. O filme só não é melhor porque afinal de contas temos o inexpressivo Roland Emmerich por trás das câmeras. Exigir desse diretor algo acima da média seria realmente pedir demais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Do que as Mulheres Gostam
Título Original: What Women Want
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Icon Entertainment
Direção: Nancy Meyers
Roteiro: Josh Goldsmith, Cathy Yuspa
Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt, Marisa Tomei, Bette Midler
Sinopse:
Nick Marshall (Mel Gibson) é um executivo de Chicago que após sofrer um acidente desenvolve uma estranha e curiosa habilidade: a de saber o pensamento das mulheres. Ele logo percebe que esse novo dom pode lhe beneficiar de diversas formas, no trabalho e principalmente nos relacionamentos amorosos pois é de fato uma grande vantagem saber o que elas realmente pensam, gostam e querem dos homens.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado Mel Gibson explicou que o fez por pura diversão, algo bem leve e bem humorado, fugindo do padrão de suas fitas mais conhecidas. Claro que em filmes como "Máquina Mortífera", que são produções de pura ação, Gibson também exercitava seu bom humor, uma vez que o personagem que interpretava era definitivamente meio maluco mas aqui não há nenhum sinal de carros explodindo ou tiroteios. No fundo tudo não passa de uma comédia romântica feita especialmente para o público feminino (os homens, fãs de Gibson, certamente vão se aborrecer logo nos primeiros minutos de filme). O grande problema de "What Women Want" é que se trata de uma comédia de uma piada só. Ok, Gibson ganha o poder de ler a mente das mulheres, ele usa o que elas pensam em seu favor, ganha com isso mas... é só! Certamente há momentos divertidos, principalmente quando o roteiro brinca com o fato das mulheres no fundo não saberem o que realmente querem. Gibson vai se moldando no que elas querem dele mas isso definitivamente vai se desgastando ao longo do filme a ponto de no final perdermos o interesse sobre o que acontece. É uma produção para se assistir uma única vez e depois esquecer. Vale como curiosidade de um momento bem singular da carreira de Mel Gibson e nada mais do que isso.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
O Labirinto do Fauno
Título Original: El Laberinto del Fauno
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, México, Espanha
Estúdio: Warner Bros, Estudios Picasso, Sententia Entertainment
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil
Sinopse:
Na Espanha em 1944, após a sangrenta guerra civil, um grupo de rebeldes continua em combate nas distantes montanhas de Navarra. E é justamente para lá que se muda a pequena Ofelia (Ivana Baquero) de apenas 10 anos ao lado de sua mãe. Seu novo padrasto é um membro do exército que luta para vencer os últimos guerrilheiros da região. Em um ambiente tão opressor e até mesmo perigoso a jovem Ofelia resolve dar asas à sua imaginação. Nos arredores de sua nova casa ela descobre um jardim e lá um novo mundo de fantasias se abre, unindo realidade com um incrível mundo povoado de seres mitológicos e fantasiosos.
Comentários:
Gostei muito. A direção de arte é o grande destaque. O roteiro é redondinho e tem muitas mensagens subliminares. Visualmente o filme é um dos mais belos (e exóticos) que já assisti na minha vida. Some-se a isso o charmoso ambiente de realismo fantástico, com um roteiro muito criativo e imaginativo embalado pelas excelentes e incríveis atuações das atrizes Sergi Lopez e Ivana Baquero, além dos ótimos efeitos especiais e você terá uma pequena obra prima, talvez o melhor momento da carreira de Guillermo del Toro no cinema. Afinal de contas nunca foi uma tarefa fácil mesclar mundo real com fantasia sem cair ou na infantilidade ou na pura bobagem. Pois o cineasta venceu essa barreira já que o filme na realidade levanta questões importantes, inclusive para o nosso mundo adulto. Por trás de cada personagem de conto de fadas há uma metáfora muito bem arquitetada sobre o mundo em que vive a garota Ofelia, que pode até mesmo ser definida, com certo espírito de humor corrosivo, como uma espécie de Alice no país das maravilhas versão hispânica. Obviamente recomendamos a produção sem nenhum receio. Assista e procure encontrar nesse mosaico de referências e metáforas a visão crítica e inteligente de Guillermo del Toro sobre o mundo (não o da fantasia, mas sim o mundo real).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Caçador de Recompensas
Título Original: The Bounty Hunter
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Sarah Thorp
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Jason Sudeikis
Sinopse:
Milo Boyd (Gerard Butler) resolve largar sua carreira policial para virar um caçador de recompensas, afinal o trabalho é bem melhor remunerado, embora exija mais dedicação. Seu próximo alvo passa a ser a jornalista Nicole Hurley (Jennifer Aniston) que por uma dessas ironias do destino também é sua ex-esposa. Inicialmente Boyd acha que por essa razão seu serviço vai ser dos mais fáceis mas ele nem desconfia que está redondamente enganado sobre isso.
Comentários:
Pois é, temos aqui mais um exemplar do cinema fast food de Jennifer Aniston. Infelizmente o tempo passa e a atriz não consegue sair desse tipo de "comédia-romântica-bobinha-com-final-bem-fofo". Curioso também é ver Gerard Butler em um papel que não lhe caiu bem, ficando bem claro ao espectador que ele está plenamente desconfortável com tudo ao redor. Afinal de contas o filme nunca se decide em ser uma comédia romântica, um filme de ação ou um besteirol completo com toques de romance de araque. Desnecessário esclarecer também que The Bounty Hunter em seu lançamento foi impiedosamente malhado pela crítica americana. O pior é saber que eles estavam plenamente com a razão. O roteiro é muito derivativo, bobo mesmo, e não consegue nem ao menos criar uma simpatia pelos personagens que são todos muito mal desenvolvidos, criando um clima dominante de que se está assistindo a algo completamente "fake". Some-se a isso uma direção preguiçosa e você tem um abacaxi inteiro em mãos. Melhor esquecer e deixar pra lá. Desligue a TV e vá ler um livro.
Pablo Aluísio.
Assassinos de Elite
Título Original: The Killer Elite
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Marc Norman e Stirling Silliphant, baseados no livro "Monkey in the Middle" de Robert Rostand
Elenco: James Caan, Robert Duvall, Arthur Hill
Sinopse:
Mike Locken (James Caan) e George Hansen (Robert Duvall) são assassinos profissionais. Eles prestam "serviços" para uma organização clandestina que faz o trabalho sujo para a CIA quando essa não pode agir dentro da legalidade. Obviamente que são profissionais frios e calculistas, que eliminam seus alvos sem qualquer tipo de remorso ou envolvimento. Nada pessoal. As coisas porém fogem do controle quando Mike descobre que ele próprio virou o alvo de seu colega Hansen! Agora ele terá que se manter vivo de todas as formas enquanto começa a também caçar seu algoz! Dois assassinos de elite que estão prontos para se enfrentarem nesse verdadeiro jogo de vida ou morte!
Comentários:
Um filme de Sam Peckinpah bem controverso. Assim podemos definir essa fita de ação dos anos 70, "Assassinos de Elite". Na época o prestígio do diretor conseguiu trazer para o filme dois atores que estavam na crista da onda, James Caan e Robert Duvall. Peckinpah queria fazer uma película que se tornasse a definitiva sobre assassinos profissionais mas com problemas pessoais (ele estava lutando contra um pesado vício em drogas) as coisas não saíram tão bem. Na verdade notamos uma clara hesitação na direção, resultando em um filme confuso, longo demais e que nunca se decide em ser uma produção de pura ação ou algo a mais. Para muitos críticos há excessos de diálogos, alguns que nada acrescentam em uma obra que tinha a proposta de ser rápida e eficaz. Também tive a nítida sensação de que Sam Peckinpah perdeu o controle sobre o corte final da edição definitiva. A edição não é bem realizada e a trama apresenta furos de lógica. Mesmo com esses problemas pontuais o filme consegue superar tudo, apostando num ótimo entrosamento do elenco e em sequências bem realizadas de violência estilizada - a marca registrada do diretor. Definitivamente não é dos melhores trabalhos de Peckinpah mas vale como registro de um dos momentos mais complicados de sua vida, mostrando que mesmo quando estava no fundo do poço ainda conseguia realizar bom cinema.
Pablo Aluísio.
O Melhor Amigo da Noiva
Título Original: Made of Honor
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kelly Carlson
Sinopse:
Tom (Patrick Dempsey) é um sujeito feliz e realizado. A única coisa que lhe falta é se declarar para sua melhor amiga pois ele nutre uma paixão por ela que já dura anos. Tom então decide que assim que ela retornar de uma viagem na Escócia irá tomar coragem para lhe revelar tudo que sente, de coração. Para sua enorme surpresa porém ela volta da Europa noiva de um escocês rico! Agora ele terá que encarar uma situação no mínimo complicada: ser o padrinho de casamento do grande amor de sua vida!
Comentários:
Dentro desse vasto universo de comédias românticas existe um subgênero que vem a cada dia se tornando mais popular. São os filmes que exploram casamentos em geral. Obviamente não a rotina do casamento, a chatice do dia a dia e as brigas homéricas de casais que não mais se suportam. Isso todo mundo conhece e não seria explorado em uma comédia romântica já que está mais para tragédia mesmo. De forma esperta essas produções jogam com a ilusão que toma conta das noivas antes de seus casamentos. Claro que toda mulher sonha com uma cerimônia de casamento dos sonhos, com tudo saindo perfeitamente bem e dentro do esperado. O humor desse tipo de roteiro aproveita os imprevistos que podem acontecer até o momento em que o casal de pombinhos dizem finalmente o "sim"! Como é um filme feito e dirigido para o público feminino (não poderia ser diferente) o marketing foi todo criado em cima do galã Patrick Dempsey. Eu conheço o Dempsey desde os tempos em que ele era um adolescente desengonçado em comédias juvenis como "Namorada de Aluguel". Claro que as mulheres não estão interessadas nisso mas sim em sua imagem de neurologista boa pinta na série Grey's Anatomy onde interpreta o Dr. Derek Shepherd, arrancando suspiros da mulherada. Bem, para suas fãs lamento dizer que esse filme é bem fraco, nada memorável ou relevante. Mas será que elas vão se importar mesmo com isso?
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Liga da Justiça - Armadilha do Tempo
Título Original: JLA Adventures - Trapped in Time
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DC Comics, Warner Bros
Direção: Giancarlo Volpe
Roteiro: Michael Ryan
Elenco: Diedrich Bader, Laura Bailey, Dante Basco
Sinopse:
Lex Luthor tem um novo plano de denominação. Ele pretende congelar grande parte dos oceanos para que assim se torne dono de vastas terras nas regiões de litoral do planeta. Suas armações porém não se concretizam por causa da Liga da Justiça. No meio do conflito ele acaba caindo numa fenda gelada e fica por lá por longos dez séculos. No futuro um casal de aprendizes de super-heróis acaba libertando o vilão por acidente que assim resolve voltar novamente ao passado para acertar contas de uma vez por todas com todos os membros da Liga da Justiça.
Comentários:
Mais um DVD com os heróis da Liga da Justiça que chega ao mercado americano. Aqui no Brasil esse grupo de heróis da DC Comics fez muito sucesso com uma série de desenhos chamado "Super amigos" que durou longos anos, de 1973 a 1986 (uma das séries de animação mais duradouras da TV americana). O enredo desse DVD bebe de muitas fontes, em especial do roteiro do primeiro Superman e até dos filmes da franquia "De Volta Para o Futuro", isso porque Lex Luthor se alia a um novo vilão chamado Senhor do Tempo que tem a capacidade de ir e vir no tempo, eliminando todos os que caem em paradoxos temporais. Lex inclusive tem uma ideia genial, voltar ao passado para evitar que o casal Kent encontre o jovem Superman em sua fazenda em Smallville. Embora pareça um bem bolado enredo o resultado final é apenas muito mediano. A estória traz um casal de heróis do futuro bem chatinhos que não ajudam em nada (me lembrou até dos xaropes Supergêmeos e do macaquinho pentelho Click de "Super amigos"). E para piorar ainda mais a animação tem uma qualidade técnica fraquinha, mais parecendo um episódio comum de desenho da TV. Se encontrar por aí até vale a pena dar uma olhada mas para comprar já não acho uma boa ideia.
Pablo Aluísio.
Os Croods
Título Original: The Croods
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Kirk De Micco, Chris Sanders
Roteiro: Chris Sanders, Kirk De Micco
Elenco: Nicolas Cage, Ryan Reynolds, Emma Stone
Sinopse:
A animação mostra as aventuras dos Croods. Inicialmente uma família das cavernas que pouco sai da segurança de seu lar mas que precisa migrar após presenciar todo o mundo ao redor passando por mudanças de clima, tempo e natureza. Isso acaba indo contra tudo o que o pai acredita. Já para a filha adolescente Eep isso é simplesmente o que ela mais queria que acontecesse. Numa noite, após se aventurar sem permissão do pai pela noite ela acaba conhecendo um jovem rapaz que traz em mãos algo que ela nunca viu em sua vida, o fogo! Ele será essencial para espantar as feras, tornando segura a grande jornada que todos irão enfrentar em busca de novos horizontes, um novo mundo a se descobrir.
Comentários:
Bem, não é de hoje que o mundo pré-histórico vira bom material para a animação. Basta lembrar dos Flintstones de Hanna-Barbera nos anos 60 para entender isso. Agora a DreamWorks resolveu apostar numa fórmula parecida, trazendo os Croods para as telas de cinema. É uma família de homens das cavernas, bem rudes e com receio de tudo. O patriarca, Grug, defende que o medo e a cautela formam o segredo para continuarem vivos, enquanto todos os demais foram mortos de um jeito ou outro. Por isso adota um estilo de vida que não ousa, que não admite maiores aventuras e isso obviamente acaba contrariando sua filha adolescente, Eep, que deseja sair pelo mundo, conhecendo novos lugares e novas pessoas. No fundo ela é a personagem principal pois reflete em seu jeito de ser a maneira de toda adolescente sob a face da Terra - quem tem parentes nessa faixa etária entenderá bem isso. Uma das coisas que mais me chamaram atenção aqui foi a mudança de cenário do primeiro para o segundo ato. No começo os Croods vivem amedrontados dentro de uma caverna poeirenta no meio do deserto, onde tudo é medo e o cinza predomina. Depois que se aventuram lá fora descobrem um mundo colorido, cheio de animais exóticos. Aliás esses são um show á parte pois o conceito desses bichos me chamou bem a atenção já que os animadores deram mesmo asas às suas imaginações. As criaturas são coloridas, diferentes e bem originais. De certa maneira traz até mesmo um visual pra lá de psicodélico, quem diria! Na dublagem dois nomes se destacam, Nicolas Cage e Emma Stone! Estão muito bem, por isso prefira assistir cópias legendadas. No geral é isso, boa animação da Dreamworks que muito provavelmente virará uma nova franquia. Que venham os novos filmes então!
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
A Família Savage
Título Original: The Savages
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Tamara Jenkins
Roteiro: Tamara Jenkins
Elenco: Laura Linney, Philip Seymour Hoffman, Philip Bosco, Peter Friedman
Sinopse:
Jon Savage (Philip Seymour Hoffman) e Wendy Savage (Laura Linney) são irmãos. Sua família nunca foi muito unida ou amorosa. Agora adultos cada um segue sua vida. Wendy tem uma vida amorosa complicada, morando em Nova Iorque, ela é apaixonada por um homem casado. Já Jon também tem seus próprios conflitos. Sua namorada é imigrante e está prestes a perder seu visto de permanência nos Estados Unidos. Cada vive sua vida e mal sabe o que está acontecendo com o outro mas de uma hora para outra precisam se unir novamente para decidir o destino de seu pai, idoso, que está apresentando sinais de demência. O encontro depois de tantos anos acaba em um violento acerto de contas entre todos os parentes.
Comentários:
Excelente drama familiar que expõe o talento do ator Philip Seymour Hoffman. Esse é um filme de atuações precisas, diálogos muito bem construídos, fruto do excelente texto da roteirista e diretora Tamara Jenkins que inclusive confessou em entrevistas que parte do enredo foi baseado em suas próprias experiências pessoais. No geral temos uma bela obra cinematográfica, um belo filme, feito de pequenos momentos em que cada espectador acaba se identificando de uma forma ou outra com os personagens. A velhice, as pequenas diferenças entre irmãos, que crescem com os anos e tomam proporções imensas e os problemas emocionais que vão se agravando com o passar do tempo, são temas caros a essa produção. O clima indie e ao mesmo tempo opressor do meio oeste americano completam um quadro perfeito de um filme que fica em nossa cabeça mesmo após muito tempo de termos assistido. Considero um dos melhores dramas familiares já realizados. O roteiro, muito bem escrito, que mostra irmão e uma irmã tentando reconstruir os cacos de uma história familiar muito conturbada e complicada se revela um primor. Revirando o passado eles acabam encontrando a si mesmos. Philip Seymour Hoffman está maravilhoso como o irmão que não consegue lidar muito bem com seu passado. Um filme que não teve a repercussão merecida e que precisa ser redescoberto pelos fãs desse grande ator.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Bonitinha, Mas Ordinária
Título Original: Bonitinha, Mas Ordinária
Ano de Produção: 2013
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Moacyr Góes
Roteiro: Moacyr Góes
Elenco: Leandra Leal, Gracindo Júnior, João Miguel, Letícia Colin, Leon Goes
Sinopse:
Baseado na obra de Nelson Rodrigues. Em um Rio de Janeiro ensolarado convivem todos os tipos de pessoas sem caráter, à venda, crápulas e mulheres sem valor. Os quatro personagens principais refletem bem isso. Maria Cecilia (Letícia Colin) parece um anjo, uma doce e inocente garota (mas será mesmo?). Seu pai é o inescrupuloso Dr. Werneck (Gracindo Júnior), homem rico mas sem pudores ou ética. O conhecido Peixoto (Leon Goes) é um verdadeiro puxa-saco do patrão, um sujeito que perdeu completamente a esperança de preservar algum valor moral. Nessa cidade sem dignidade o pobretão Edgard (João Miguel) tenta manter algum orgulho de sua vida honesta, embora isso vá se tornando cada vez mais complicado. Seu grande amor é a jovem vizinha Ritinha (Leandra Leal) que tem muitos problemas familiares e um segredo que não conta a ninguém. Ele quer ter algo pra valer com ela mas uma proposta chega em seu caminho! Aceitará se casar com a filha do Dr. Werneck por puro dinheiro ou ficará com Ritinha, a mulher que ele realmente ama?
Comentários:
Quem conhece a obra de Nelson Rodrigues já sabe de antemão o que irá encontrar. O autor foi um grande expositor do lado mais sórdido e vil do ser humano. Seus personagens refletem bem isso. Nos textos de Rodrigues povoam pessoas que possuem pouco valor moral, que são impulsionadas pelos interesses mais baixos e corrompidos. Os homens são gananciosos, cafajestes e as mulheres sempre possuem algo a esconder (geralmente algum segredo escandaloso envolvendo suas vidas sexuais). Grande cronista captou como poucos o lado mais hipócrita da sociedade. Esse "Bonitinha, Mas Ordinária" é um de seus textos mais conhecidos e já havia virado filme com Lucélia Santos em 1981. Uma das coisas que mais me incomodou nessa nova versão foi a ambientação, o contexto histórico, em que toda a trama foi transportada. Tudo se passa nos dias atuais. Um dos maiores charmes da obra de Nelson Rodrigues era justamente seu clima de nostalgia pois suas estórias se passavam em sua maioria no Rio de Janeiro das décadas de 1950 e 1960. Naquela época os padrões morais eram bem mais rígidos e isso dava mais força ainda aos textos do autor. "Bonitinha, Mas Ordinária" foi escrito em 1961 e o filme deveria mostrar a estória se desenvolvendo naquela época. Quando se transporta tudo para os dias atuais alguns aspectos de suas estórias perdem o sentido. Por exemplo, em "Bonitinha, mas Ordinária" o pai rico de Maria Cecilia (Letícia Colin) fica desesperado para casar a filha pois ela teria perdido sua virgindade em um evento que só se tornará claro no final do filme. Para isso arranja um casamento de fachada com um de seus empregados, o Edgard (Miguel). Hoje em dia isso não faz mais tanto sentido como nos chamados anos dourados. Foi um erro situar o mesmo enredo nos dias atuais. Perdeu sua força e parte de seu sentido original. O filme é simpático, interessante para quem não conhece a obra de Nelson Rodrigues mas o resultado fica bem abaixo do esperado, infelizmente.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Ajuste de Contas
Título Original: Grudge Match
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Segal
Roteiro: Tim Kelleher, Rodney Rothman
Elenco: Robert De Niro, Sylvester Stallone, Kim Basinger, Alan Arkin
Sinopse:
Há trinta anos Henry 'Razor' Sharp (Sylvester Stallone) recusou dar uma revanche para o ex-campeão de boxe Billy 'The Kid' McDonnen (Robert De Niro). Por isso sempre pairou no ar a dúvida sobre quem realmente seria o melhor boxeador, o verdadeiro campeão. O que parecia estar encerrado pelo tempo volta à tona após um jovem agente acreditar na volta da dupla para uma última e decisiva luta, para encerrar de uma vez por todas a rivalidade entre eles. Um verdadeiro ajuste de contas.
Comentários:
Não precisa ir muito longe para entender a realização desse filme. Robert De Niro se consagrou com o clássico "Touro Indomável", onde interpretava com raro brilhantismo um lutador de boxe decadente. Sylvester Stallone também chegou ao pico do sucesso e da fama dando vida ao boxeador Rocky Balboa em uma série de filmes muito bem sucedidos na bilheteria. Assim não é complicado entender porque ambos estão aqui juntos nessa produção que passa longe de pretender ser levada muito à sério. Na verdade tudo parece ser antes de mais nada um revival bem humorado de personagens que fizeram a carreira desses dois atores em um passado distante. Ícones do cinema americano nas décadas de 70 e 80, Stallone e De Niro parecem agora brincar com seu passado, com sua carreira. O roteiro tem muitas referências aos personagens de ambos nos filmes citados. De certa forma é como se quisessem provar ao seu público que podem perfeitamente fazer humor com suas idades e seus passados, tudo feito de forma bem inofensiva e despretensiosa. Certamente os cinéfilos vão curtir bastante a proposta desse "Grudge Match" mas fora isso não há muito o que se celebrar. Certamente é um roteiro bem humorado, onde os astros parecem se divertir como nunca. Quem gosta da dupla central certamente gostará de vê-los juntos na tela. Não há nada de errado nisso. Sempre foram muito carismáticos e continuam assim, mesmo com o passar dos anos. Como puro cinema porém o filme é, devemos admitir, bem fraco. O enredo tem muitos clichês e a trama, que tenta ser uma homenagem ao passado de Bob e Sly, acaba derrapando na própria armadilha, pois não inova em nada, caindo no lugar comum. Vale como diversão para cinéfilos e fãs mas para o público em geral realmente não há nada de muito relevante a se esperar.
Pablo Aluísio.
Minority Report - A Nova Lei
Título Original: Minority Report
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick
Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell
Sinopse:
2054. Em uma sociedade futurista e altamente tecnológica a humanidade consegue finalmente erradicar o crime nas ruas. Isso porque um novo sistema extremamente avançado consegue prever os atos criminosos antes que eles venham a acontecer de fato. John Anderton (Tom Cruise) é um policial que trabalha nessa nova realidade. Sua conduta é impecável mas ele é surpreendido ao ser apontado por esse mesmo sistema como o autor de um futuro assassinato. Agora ele terá que provar, de uma forma ou outra, sua inocência dentro dessa complicada rede de interesses e acusações.
Comentários:
Tive oportunidade de assistir no cinema e gostei do resultado, dos efeitos especiais e da trama. O filme também apresenta uma ótima direção de arte, efeitos especiais de bom gosto e extremamente bem inseridos na trama e um enredo muito bem bolado formam o quadro desse mais do que interessante filme de Steven Spielberg. Novamente temos um belo filme baseado na obra do autor Philip K. Dick (para quem não se lembra o mesmo autor do conto que anos depois daria origem a um clássico do cinema, "Blade Runner"). Pois bem, como sempre acontece com os temas de Dick aqui também temos um enredo muito original, sui generis, e extremamente bem desenvolvido. Uma das coisas que mais me chamou a atenção na época - e me deixou com uma certa sensação de estranheza - foi essa força policial que agia antes que os crimes fossem cometidos. Ideia original não é mesmo? Com isso surge um mundo sem crimes, mas será que aquele universo é realmente isento de problemas e falhas? A dobradinha Tom Cruise e Steven Spielberg novamente funciona muito bem nessa produção que consegue aliar diversão e ação com conceitos visionários e inovadores.
Pablo Aluísio.
Firewall - Segurança em Risco
Título Original: Firewall
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Loncraine
Roteiro: Joe Forte
Elenco: Harrison Ford, Virginia Madsen, Paul Bettany, Beverley Breuer, Jimmy Bennett
Sinopse:
O trabalho de Jack Stanfield (Harrison Ford) consiste em manter íntegro e seguro o sistema de dados uma grande instituição financeira, o Landrock Pacific Bank. Técnico de alto nível ele tem conseguido por anos manter inviolável o sigilo bancário dos clientes do banco, mesmo com ataques sendo feitos por hackers, que querem tomar posse dos arquivos que no mercado negro podem valer milhões de dólares. Sua rotina muda porém quando um criminoso Bill Cox (Paul Bettany) e sua equipe invadem a casa de Jack, fazendo de reféns toda a sua família. O preço do resgate é alto, cem milhões de dólares, que Jack deve roubar do banco onde trabalha. Para isso terá que vencer o sistema de segurança que ele próprio criou.
Comentários:
De vez em quando Hollywood tenta pegar carona no mundo da informática, criando tramas que explorem o universo das grandes redes de computadores ao redor do mundo. O alvo é fácil, os jovens, que frequentam os cinemas e são loucos por esse universo. O roteiro desse "Firewall" tenta captar esse mundo usando de jargão técnico que provavelmente só interessará aos experts no assunto (se é que eles tenham algum interesse em ver esse filme). Ao lado disso há também a tentativa de fazer um thriller movimentado com a situação do personagem principal, com muita ação e correria, além das costumeiras cenas heroicas protagonizadas pelo "Indiana Jones" Harrison Ford. Apesar das intenções, todas claras em cada metro de filme, temos que reconhecer que em ambos os casos (como aventura de ação e como trama "informatizada") o resultado não se mostra muito bom ou eficiente. Harrison Ford parece estar bem entediado declamando todos aqueles diálogos técnicos (que ele muito provavelmente nem entenda direito). O diretor também imprime um desenrolar muito previsível e burocrático. O saldo final se revela bem abaixo do esperado. Um thriller de rotina que tenta aproveitar a popularização da era digital mas que só consegue se mostrar analógico e aborrecido.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Cleanskin - Jogo de Interesses
Título Original: Cleanskin
Ano de Produção: 2012
País: Inglaterra
Estúdio: UK Film Studio
Direção: Hadi Hajaig
Roteiro: Hadi Hajaig
Elenco: Sean Bean, Charlotte Rampling, Abhin Galeya, Tom Burke
Sinopse:
Após um atentado em um restaurante no centro de Londres, com várias mortes, o serviço secreto britânico resolve operar fora dos registros. Charlotte (Charlotte Rampling), uma das diretoras do setor de Contra-Espionagem, envia um de seus melhores agentes, Ewan (Sean Bean), para rastrear e identificar o grupo responsável pelos atos terroristas. Seguindo pistas ele chega até Ash (Abhin Galeya), jovem natural do Paquistão que está na capital inglesa supostamente estudando Direito.
Comentários:
"Cleanskin" é uma expressão em língua inglesa usada para identificar terroristas internacionais que não se tornam alvo de investigação das autoridades de segurança até o dia em que literalmente explodem tudo pelos ares. São terroristas que conseguem se infiltrar dentro da sociedade sem despertar suspeitas. Com passado limpo, geralmente usando disfarces bem montados (como a de estudantes estrangeiros em universidades ocidentais), eles se tornam acima de qualquer suspeita até o dia em que são acionados por seus líderes terroristas para cometerem os atentados a bomba em lugares públicos. Ash (Abhin Galeya) se enquadra perfeitamente nesse perfil. Ele parece ser um jovem comum, que quer estudar para voltar para seu país. Até mesmo se envolve com uma inglesa, uma garota que parece gostar de fato. Isso porém muda radicalmente quando chega sua hora de agir. Essa produção inglesa então explora esse lado sangrento do conflito entre fundamentalistas e forças de segurança e inteligência dos países desenvolvidos. Todo o enredo se passa na Londres dos dias atuais. O roteiro se desdobra em duas linhas narrativas. A primeira mostra o passado de Ash e as razões que o levaram a se tornar um homem-bomba. A segunda se desenvolve no presente, com o agente britânico seguindo os passos de Ash para o tirar de circulação. O enredo, como se pode perceber, é bom, mas o resultado final é apenas mediano. O diretor adota uma linguagem bem convencional, diria até burocrática, e não ousa em nenhum momento. A trama, como não poderia deixar de ser, tem uma grande reviravolta final mas quando ela acontece o espectador já se encontra um pouco desinteressado com o desenrolar dos acontecimentos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Michael - Anjo e Sedutor
Título Original: Michael
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Peter Dexter, Jim Quinlan
Elenco: John Travolta, Andie MacDowell, William Hurt
Sinopse:
Certo dia Michael (Travolta) surge numa cidadezinha do Iowa. Ele então decide ir morar com uma simpática senhora da terceira idade. Sua presença logo chama a atenção de jornalistas locais que se interessam por sua personalidade sui generis: embora tenha asas o anjo gosta mesmo é de uma boa cerveja, uma prosa espirituosa, diversão, fumo, mulheres e duelos com outros seres, não necessariamente nessa ordem.
Comentários:
Filme simpático, despretensioso e relax tal como seu personagem título, o anjo Michael (o nosso querido Miguel da crença católica). O roteiro porém traz uma visão bem diferente daquela que aprendemos dos anjos celestiais. O Michael de John Travolta tem barrigão de cerveja, péssimos hábitos e um jeito de quem não está muito preocupado com tudo ao redor. Talvez por sua leveza bem humorada a coisa toda acabe funcionando muito bem. Há muito tempo que John Travolta deixou de se importar com sua imagem de símbolo sexual construída no começo de sua carreira. Assumiu a má forma, um estilo mais bonachão e talvez por essa razão tenha sobrevivido tanto tempo no cinema. De forma inteligente ele descobriu que galãs e símbolos sexuais em geral tem prazo de validade pois basta passar os anos e a beleza se ir para a carreira acabar e seguir buraco abaixo também. Assim se você estiver em busca de uma comédia leve e divertida essa é uma boa opção.
Pablo Aluísio.
O Lobo de Wall Street
Título Original: The Wolf of Wall Street
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter, baseado no livro de Jordan Belfort
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Kyle Chandler, Matthew McConaughey, Rob Reiner
Sinopse:
Tudo o que Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) deseja é ficar rico trabalhando no mercado de ações de Wall Street. Seus planos porém vão por água abaixo logo no seu primeiro dia de trabalho, quando a bolsa de Nova Iorque quebra na infame segunda-feira negra. Desempregado e precisando recomeçar ele se une a uma pequena firma de Long Island especializada em vender ações que valem poucos centavos de empresas mixurucas e sem importância. Com sua lábia de vendedor Jordan logo começa a enganar as pessoas mais humildes, ficando rico nesse processo de vender ações sem valor para ignorantes do mercado financeiro.
Comentários:
O novo filme de Scorsese deixa os mafiosos de Nova Iorque de lado para investir em outro tipo de escroque, a dos corretores de ações. O cineasta procura mostrar as armadilhas que podem surgir no caminho de alguém que só pensa em ficar rico a todo custo, desprezando completamente os fatores éticos e humanos de seu "trabalho". Em essência o personagem Jordan Belfort não passa de um enganador, um espertalhão que usa a boa fé das pessoas mais simples e sem cultura para ganhar rios de dinheiro com a ignorância alheia. E ele faz isso sem peso na consciência. Não importa as vítimas de seus golpes, mas sim os bens materiais que ele irá comprar enganando todo mundo. Iates, muitas drogas e até mulheres (sua esposa não passa de um prêmio caro comprado a peso de ouro, como tudo na vida de Belfort) são as coisas que o impulsionam a seguir em frente. O enredo como se vê é bem interessante mas há problemas em sua condução. Em determinado momento de "O Lobo de Wall Street" percebemos que Martin Scorsese está deslumbrado com seu principal personagem. Mesmo quando Jordan age muito mal, como na cena em que tenta dirigir um carro completamente drogado com Quaaludes, o diretor parece adotar uma postura de piada infame, fazendo obviamente o público rir da situação ao invés de ficar horrorizado com tudo o que acontece. Outro ponto que depõe contra Scorsese surge quando ele mostra o sexo, as drogas e a rapinagem de seus personagens de forma extremamente alucinada, exagerada. O próprio Scorsese teve muitos problemas com cocaína em sua vida e nas cenas em que ela surge ele quase desmaia de prazer na direção. O diretor assim perde o bom senso e se confraterniza com a orgia de excessos de Jordan Belfort!
E é justamente esse encantamento e deslumbre com seu personagem que quase coloca tudo a perder. Perceba que Scorsese varreu para debaixo do tapete o drama das pessoas que perderam tudo investindo nas mentiras de Jordan Belfort. Nenhuma delas aparece em cena. Até parece que tudo o que o corretor desonesto fez não prejudicou ninguém. Agindo assim o diretor deu um aval nada sutil para tudo de errado que o personagem interpretado por Leonardo DiCaprio apronta. Ao invés de mostrar os danos causados por esse tipo de gente, o diretor parece consagrá-lo em cada momento. Uma pena. Some-se a isso o excesso de palavrões, de idiotice da turma de Jordan (será que idiotas naquele nível conseguiriam ganhar fortunas no mundo real?) e do prazer em mostrar pessoas se drogando em excesso a todo tempo e você terá um filme que peca justamente por isso, pelo excesso, pela falta de limites. O próprio Jordan Belfort disse recentemente em entrevistas que muito do que se vê na tela nunca aconteceu na vida real (como a estranha competição de arremesso de anões no escritório, por exemplo). Martin Scorsese assim perde a mão e comete um deslize fazendo um filme tão exagerado que acaba se tornando besta, bobo. Além disso não há como negar que do ponto de vista ético esse é o filme mais equivocado do diretor. Martin Scorsese já foi muito mais elegante e sutil no passado mas aqui só consegue se mostrar bem vulgar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
10 Filmes de Philip Seymour Hoffman que você não pode deixar de assistir!
1. Capote (Capote, EUA, 2005) Direção: Bennett Miller / Elenco: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins Jr., Chris Cooper, Bruce Greenwood / Comentários: Provavelmente o filme pelo qual Philip Seymour Hoffman será sempre lembrado. Sua interpretação é não menos do que genial, conseguindo dar vida ao personagem principal, um dos mais conhecidos escritores e jornalistas americanos, sem nunca cair na caricatura. Uma das grandes atuações do cinema dos últimos vinte anos.
2. Sinédoque, Nova York (Synecdoche, New York, EUA, 2008) Direção: Charlie Kaufman / Elenco: Philip Seymour Hoffman, Samantha Morton, Michelle Williams / Comentários: Não é uma obra fácil mas certamente é a maior declaração de amor de Philip Seymour Hoffman a uma de suas grandes paixões, o teatro. Um brilhante exercício de metalinguagem que mostra os problemas de um talentoso diretor teatral tentando montar uma peça sobre sua cidade mais amada, Nova York. Dirigido pelo talentoso Charlie Kaufman, o filme era um dos preferidos de Seymour que não cansava de elogiar a produção. Essencial para entender o lado mais artístico da carreira de Seymour nos palcos de sua mais amada cidade.
3. A Família Savage (The Savages, EUA, 2007) Direção: Tamara Jenkins / Elenco: Laura Linney, Philip Seymour Hoffman, Philip Bosco / Comentários: Um dos melhores dramas familiares já realizados. Um irmão e uma irmã tenta reconstruir os cacos de uma história familiar muito conturbada e complicada. Revirando o passado eles acabam encontrando a si mesmos. Philip Seymour Hoffman está maravilhoso como o irmão que não consegue lidar muito bem com seu passado. Um filme que não teve a repercussão merecida e que precisa ser redescoberto pelos fãs desse grande ator.
4. Dúvida (Doubt, EUA, 2008) Direção: John Patrick Shanley / Elenco: Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams / Comentários: Uma excelente visão dos bastidores internos da Igreja Católica e seus problemas. Philip Seymour Hoffman interpreta um padre modernista, com visões liberais, que bate de frente com uma madre superiora austera e conservadora interpretada pela sempre genial Meryl Streep. Para combater as ideias do novo padre a irmã acaba descobrindo problemas em seu passado envolvendo acusações de pedofilia. Verdade ou apenas rumores sem fundamento? Fique na dúvida mas não deixe de assistir a esse grande filme. Seu trabalho aqui lhe valeu mais uma indicação ao Oscar, também muito merecida.
5. Magnólia (Magnolia, EUA,1999) Direção: Paul Thomas Anderson / Elenco: Tom Cruise, Jason Robards, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman / Comentários: Em San Fernando Valley um grupo de moradores tenta reecontrar o caminho da felicidade e do amor enquanto acontecimentos bizarros ocorrem ao redor. Filme que marcou bastante por causa da ousada e pouco comum visão do cineasta Paul Thomas Anderson. Seymour surge na pele do personagem Phil Parma, que é secundário nessa trama que é apresentada ao espectador em estilo mosaico, mas que mesmo nesse pequeno papel consegue marcar presença e impressionar. Uma síntese dos trabalho em que o ator interpretou personagens coadjuvantes com raro talento em sua excelente filmografia.
6. Vejo Você no Próximo Verão (Jack Goes Boating, EUA, 2010) Direção: Philip Seymour Hoffman / Elenco: Philip Seymour Hoffman, Amy Ryan, John Ortiz, Daphne Rubin / Comentários: O único filme dirigido por Philip Seymour Hoffman. É um drama muito humano e sensível sobre duas pessoas que tentam se relacionar apesar de todas as dificuldades. Um retrato muito bem realizado por Seymour que conseguiu trazer muita sensibilidade para essa pequena obra de arte. O filme prova que Seymour não era apenas um ator de talento mas também um diretor de mão cheia.
7. Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (Before the Devil Knows You're Dead, EUA, 2007) Direção: Sidney Lumet / Elenco: Philip Seymour Hoffman, Ethan Hawke, Albert Finney / Comentários: Outro filme muito subestimado do ator que aqui tem a oportunidade de contracenar com um ótimo elenco de apoio sob direção do grande cineasta Sidney Lumet. Teve menos repercussão do que merecia, outro que merece ser revisionado atualmente.
8. Jogos do Poder (Charlie Wilson's War, EUA, 2007) Direção: Mike Nichols / Elenco: Tom Hanks, Julia Roberts, Philip Seymour Hoffman / Comentários: Nova Indicação ao Oscar para Philip Seymour Hoffman. Aqui temos mais uma prova do grande talento desse ator. Mesmo dividindo os holofotes com as estrelas Tom Hanks e Julia Roberts ele conseguiu chamar a atenção ao ponto de ser mais uma vez indicado ao Oscar, provando que não existe estrelismo no mundo do cinema que consiga ofuscar um grande talento.
9. O Mestre (The Master, EUA, 2012) Direção: Paul Thomas Anderson / Elenco: Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams, Laura Dern, Rami Malek, Jillian Bell, Ke / Comentários: A última grande atuação do ator. O personagem interpretado por Philip Seymour Hoffman é obviamente calcado no criador e líder espiritual da tal Cientologia, L. Ron Hubbard, que acreditava haver ligação entre a humanidade e seres de outro planeta que aqui estiveram e criaram a raça humana em tempos primitivos. Sua atuação de um homem completamente lunático e com ares de megalomania lhe valeu mais uma merecida indicação ao Oscar.
10. Jogos Vorazes: Em Chamas (The Hunger Games: Catching Fire, EUA, 2013) Direção: Francis Lawrence / Elenco: Jennifer Lawrence, Philip Seymour Hoffman, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth / Comentários: Nem só de filmes cults e de arte vivia Seymour. Assim como havia acontecido com "Missão Impossível" o ator também flertou com o cinema mais comercial de Hollywood nessa nova franquia de sucesso, "Jogos Vorazes" que é febre entre o público mais jovem. Ele estava trabalhando na sequência desse mesmo filme quando morreu em Nova Iorque no último domingo. O estúdio ainda não se manifestou sobre os rumos do próximo filme.
Pablo Aluísio.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Philip Seymour Hoffman
Philip Seymour Hoffman
Passei o domingo fora e por isso não assisti a TV e nem acessei a internet durante todo o dia. Assim que cheguei em casa à noite recebi essa verdadeira bomba em meu colo. Um dos meus atores preferidos, Philip Seymour Hoffman, foi encontrado morto em seu apartamento de Nova Iorque, vítima de uma overdose de heroína. Sinceramente me faltam palavras para descrever como lamento sua morte. Quem acompanha aqui nossos blogs sabe o quanto admiro o trabalho desse ator, verdadeiramente talentoso.
Basta uma rápida pesquisa para verificar que sempre o elogiei nos textos que escrevi sobre seus filmes. Era um daqueles profissionais que sempre entregavam uma boa atuação, não importando a produção em que atuasse. Sempre o vi como um representante da verdadeira arte de atuar, muito ligado ao mundo artístico de Nova Iorque, aos palcos e, claro, ao cinema. Sem favor nenhum, desse ator sentirei realmente falta. Talentos desse porte hoje em dia são tão raros. Em meio a tanta mediocridade é de fato uma perda enorme saber que não teremos mais as grandes atuações de Seymour. Lamento profundamente e estou bem entristecido com seu falecimento. Que Deus o ilumine em sua nova caminhada. Descanse em paz sabendo que sua arte estará preservada em celulóide para sempre! Fico muito feliz por ter desfrutado de seu talento em tantos filmes ao longo desses anos. Muito obrigado por tudo.
Philip Seymour Hoffman
(1967 - 2014)
Pablo Aluísio.
Liga da Justiça - War
Título Original: Justice League - War
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Jay Oliva
Roteiro: Heath Corson
Elenco: Sean Astin, Zach Callison, Christopher Gorham
Sinopse:
A Terra começa a ser invadida por estranhas criaturas aladas. Batman e Lanterna Verde tentam combater a nova ameaça mas seus esforços parecem ser em vão. Assim resolvem ir até Metropolis para contar com a ajuda do Superman, da Mulher Maravilha e do Flash. Junta-se a eles ainda o desconhecido Shazam (Capitão Marvel). No horizonte parece haver uma bem planejada invasão de alienígenas comandada pelo misterioso e sinistro Darkseid.
Comentários:
Mais uma animação da parceria Warner e DC Comics produzida exclusivamente para venda direta aos consumidores. Essa aqui explora o universo da Liga da Justiça em seus primórdios, quando a equipe ainda vai se formando aos poucos (os heróis ainda mal se conhecem entre si). Além dos habituais Superman (em sua nova roupa, tal como vimos no recente filme), Batman (sem o Robin) e Mulher Maravilha, temos ainda a presença do pouco usual Shazam, o nosso conhecido Capitão Marvel, na realidade um garoto que vira o herói mas que conserva sua mentalidade juvenil. O vilão Darkseid é uma variação do mais conhecido Brainiac das revistas do Superman. A concepção é a mesma, um extraterrestre poderoso que sai varrendo o universo, destruindo mundos e escravizando civilizações. Para a garotada essa nova animação da DC vai ser um prato cheio pois o enredo nada mais é do que um imenso quebra pau entre mocinhos e vilões. Por isso é mais indicado para os meninos, embora as meninas possam até mesmo se identificar com a Mulher Maravilha (também com novo visual, assim como seu parceiro Superman). Sem maiores novidades esse "Justice League - War" é acima de tudo divertido e um aperitivo enquanto o filme convencional no cinema não vem.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Cinderela
Título Original: Cinderella
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Clyde Geronimi, Wilfred Jackson
Roteiro: Charles Perrault, Bill Peet
Elenco: Ilene Woods, James MacDonald, Eleanor Audley
Sinopse:
Era uma vez uma linda garota chamada Cinderela. Após a morte de seu pai ela passa a ser criada cruelmente por sua madastra. Ela e suas filhas maldosas a exploram, fazendo com que todos os afazeres domésticos sejam feitas apenas por Cinderela. A gata gata borralheira vê sua sorte mudar quando o rei decide dar um grande baile para todas as jovens solteiras do reino. Ele quer que seu filho, o príncipe, se case para dar continuidade à sua linhagem real. Cinderela porém não tem dinheiro para comprar um vestido bonito e caro. Sua fada madrinha porém dará um jeito. Ela assim se torna radiante e linda, mas terá que voltar para casa antes da meia noite pois será nessa hora que o encanto desaparecerá.
Comentários:
Um dos grandes clássicos de animação dos estúdios Disney. É um conto de fadas clássico, com príncipes dos sonhos, jovens lindas e maravilhosas e madrastas cruéis e desalmadas. Um dos pontos que temos que chamar a atenção é que "Cinderela" foi produzido com Disney indo todos os dias supervisionar os trabalhos. Ele era um perfeccionista, que dava atenção ao menores detalhes. Tanto cuidado se vê na tela. A animação ainda hoje é um primor de técnica e bom gosto. Não é à toa que se tornou um dos trabalhos preferidos do próprio Disney que considerava a obra uma das mais perfeitas de seu estúdio, uma animação que reunia tudo aquilo que ele desejava, com a magia que anos depois se tornaria a marca registrada do império Disney. Para se ter uma ideia do cuidado técnico que Disney imprimiu aqui, ele enviou um grupo de animadores à Europa para que eles conhecessem in loco a arquitetura dos castelos medievais da Alemanha e Áustria. Esse contato direto trouxe um visual exuberante para os cenários onde a estorinha de Cinderela se passa. O próprio castelo do príncipe é um exemplo disso. Tão perfeito ficou que anos depois Disney fez questão de mandar construir um idêntico para seu novo parque temático, a Disneylândia. Assim não há mais o que dizer, "Cinderela" é um primor de qualidade técnica e artística, aliada a uma linda história de conto de fadas. Walt Disney em sua mais pura essência.
Pablo Aluísio.