Muitos que foram ao cinema assistir a esse filme pensaram equivocadamente que se tratava de uma continuação, uma sequência do primeiro filme. Não é bem assim. Na verdade como o próprio diretor Quentin Tarantino explicaria depois, se tratava na realidade de apenas um filme, dividido em duas partes. A questão é que seu roteiro ficou tão extenso, tão longo e cheio de referências da cultura pop, que ficou impossível desenvolver e apresentar tudo em apenas uma parte (ou um volume como pensou o cineasta). Assim temos aqui o final da trama envolvendo a "noiva" (Uma Thurman) e as razões que a fizeram se tornar praticamente uma assassina serial (ou algo que o valha). A trama é secundária, como aconteceu também na primeira parte. Nessa segunda fita há maiores explicações sobre tudo, inclusive com o uso bem realizado de flashbacks.
Tudo isso porém não é o mais importante. O que "Kill Bill" tem de melhor é a sua estética cinematográfica, sua apologia em forma de homenagem a filmes do passado e centenas de referências à cultura pop. Tudo fruto do caldeirão de cultura popular que povoa a mente do diretor. O resultado de tudo isso é muito divertido e também muito bem feito. Tarantino sabe como ninguém fazer da paródia descompromissada uma verdadeira obra de arte. Curiosamente a Academia, mais uma vez, resolveu ignorar. Pelo menos o Globo de Ouro ainda lembrou do filme em sua premiação, indicando Uma Thurman ao prêmio de Melhor Atriz - Drama (Drama?!) e David Carradine na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (o último grande reconhecimento em sua carreira).
Kill Bill: Volume 2 (Kill Bill: Vol. 2, Estados Unidos, 2004) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Uma Thurman, David Carradine, Michael Madsen, Vivica A. Fox./ Sinopse: Enquanto todos pensavam que "a noiva" estava morta e enterrada, ela retorna finalmente para sua última vingança.
Pablo Aluísio.
Kill Bill: Volume 2
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Taí um trabalho de Tarantino que não me ganhou...Admiro a habilidade e o carinho do cineasta em reciclar temas e clichês dos filmes de Kung Fu, de Samurai e Spaghetti Westerns ,mas no fim das contas o filme é uma grande brincadeira, uma indulgência. Nem por um segundo consigo levar a sério,até porque Kill Bill é basicamente um "trash de luxo" ,meio na linha dos trabalhos do DETESTÁVEL Robert Rodriguez(por sinal amigo do Tarantino).
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ResponderExcluirPablo:
ResponderExcluirO mais engraçado é que o ator David Carradine sabia menos de artes marciais que o própria Uma Thurman, que só treinou a coreografia das lutas pra o filme Kill Bill, porém o David Carradine se aproveitava da fama que adquiriu na serie televisiva Kung Fu, da qual era o protagonista ainda no começo da década de '70. Nessa serie as cenas de lutas eram muito pobres justamente pela falta de habilidade dele e pra dar mais impacto as cenas eram colocadas em câmera lenta como recurso dramático. Entretanto ele ficou conhecido como mestre de Kung Fu.
Como se diz: "quem tem fama, deita na cama".