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quarta-feira, 24 de abril de 2024

O Último Chefão

Título no Brasil: O Último Chefão
Título Original: The Last Don
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Konigsberg / Sanitsky Company
Direção: Graeme Clifford
Roteiro: Joyce Eliason
Elenco: Danny Aiello, Kirstie Alley, Joe Mantegna, Daryl Hannah, Burt Young, Penelope Ann Miller

Sinopse:
O filme conta a história do mafioso Don Domenico Clericuzio (Danny Aiello). Ele começa seu império do mundo do crime nas ruas mais pobres e violentas de New Jersey e Nova Iorque. Conforme sua quadrilha ganha poder e dinheiro ele decide algo ousado, dominar o crime organizado na costa oeste dos Estados Unidos, criando um braço de seu grupo em Las Vegas e Los Angeles, tentando ganhar dinheiro sujo em Hollywood. 

Comentários:
Esse filme foi adaptado de outro livro escrito pelo consagrado Mario Puzo. Para quem não lembra ele criou a saga de "O Poderoso Chefão". O curioso é que o estúdio comprou os direitos do livro por mais de 2 milhões de dólares e depois, quando todos esperavam por um longa para o cinema, os produtores decidiram fazer um telefilme, para ser exibido na TV. Ninguém entendeu direito essa decisão. De qualquer forma o filme acabou sendo lançado em nosso país no mercado de vídeo, através do selo Playarte. Apesar de ser um telefilme, é uma bonita produção, com excelente trilha sonora. O Puzo quis com seu personagem Don Domenico Clericuzio reunir elementos de vários mafiosos da vida real em apenas um protagonista. Até que ficou interessante, mas é a tal coisa, se formos comparar com "O Poderoso Chefão" a coisa fica complicada. Parece que depois do enorme sucesso do livro anterior, ele tentou repetir o mesmo êxito comercial nas livrarias e no cinema, mas acabou se limitando, se repetindo, copiando a si mesmo, atrás do sucesso fácil. Não ficou tão bom e nem muito menos inspirado. Enfim, temos uma história até OK, mas nada memorável. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de maio de 2022

Cowboy Up

Título no Brasil: Cowboy Up
Título Original: Cowboy Up
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Code Entertainment
Direção: Xavier Koller
Roteiro: James Redford
Elenco: Kiefer Sutherland, Daryl Hannah, Molly Ringwald, Bo Hopkins, Melinda Dillon, Marcus Thomas,

Sinopse:
Dois irmãos vivem no mundo dos rodeios dos Estados Unidos. Cada competição, uma chance de vencer o grande prêmio. E eles não competem apenas dentro das arenas. Nos assuntos do coração também passam a disputar o amor de uma bela mulher.

Comentários:
Esse filme reuniu uma pequena turma de astros adolescentes dos anos 80. Aqui você vai encontrar Kiefer Sutherland (de Garotos Perdidos e Jovens Demais para Morrer), Daryl Hannah (de Splash, uma sereia em minha vida) e Molly Ringwald (de tantos filmes jovens de John Hughes). Quando deixaram de ser jovens, a carreira da maioria deles também foi para o ralo. Então reunir parte dessa patota nesse filme não deixou de soar interessante. É um filme meramente regular, feito para canais a cabo nos Estados Unidos. O roteiro é banal, mas ver como funciona em parte o mundo dos rodeios naquele país não deixa de ser um exercício de curiosidade.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de outubro de 2021

Kill Bill: Volume 1

Quentin Tarantino afirmou recentemente que vai retomar essa saga cinematográfica. Então nada mais oportuno do que rever os dois primeiros filmes. E de onde surgiu a ideia que deu origem a Kill Bill? Quando era apenas um adolescente e nerd, o futuro diretor Quentin Tarantino trabalhou por bastante tempo em uma locadora no bairro onde morava. Para quem é jovem demais para saber o que é uma locadora de vídeo, bem... era um lugar bem bacana onde você alugava fitas de um sistema chamado VHS para assistir em casa. A era da internet, dos canais a cabo, do streaming e tudo mais praticamente acabou com esse mundo. A velha locadora de vídeo virou algo tão ultrapassado como uma máquina de escrever! Pois bem, o mais interessante em trabalhar em uma locadora era que você tinha acesso a um acervo enorme de filmes que poderia assistir a qualquer momento. Foi assim mesmo que Tarantino conseguiu cultivar uma tremenda cultura pop.

Nesse "Kill Bill" ele resolveu jogar tudo o que assistiu por anos em apenas um filme. Na realidade o roteiro dessa produção nada mais é do que uma longa homenagem do cineasta para aqueles filmes podreiras que ficavam anos pegando poeira nas prateleiras. Produções vagabundas de artes marciais, filmes de faroeste italianos que ninguém conhecia (só o próprio Tarantino) e todo tipo de underground cinematográfico que você possa imaginar. O que fez Tarantino foi apenas pegar tudo isso que ele assistiu por anos e anos, embalar em um embrulho chique e cult e... voilá! Eis o produto nerd por excelência. O fato é que não importa que esse rocambole seja muito estimado por certos críticos de cinema pelo mundo, o que vale mesmo é saber que a fita, o enredo e o desenvolvimento da trama são divertidíssimos! É o tipo de filme que você não deve encarar com seriedade ou reverência, muito pelo contrário, você tem que conferir procurando se divertir o máximo possível com a mente insana do diretor. Assista com um balde de pipoca e uma Coca-Cola dois litros de lado e desligue o cérebro. Garanto que a diversão estará garantida!

Kill Bill: Volume 1 (Kill Bill: Vol. 1, Estados Unidos, 2003) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Uma Thurman, David Carradine, Daryl Hannah, Lucy Liu, Michael Madsen, Vivica A. Fox / Sinopse: Uma noiva em busca de vingança, artes marciais, uma espada de samurai. Eis tudo o que você precisa saber antes de assistir ao primeiro filme da linha Kill Bill. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Uma Thurman).

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de outubro de 2020

Brincando nos Campos do Senhor

Título no Brasil: Brincando nos Campos do Senhor
Título Original: At Play in the Fields of the Lord
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Jean-Claude Carrière
Elenco: Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah, Kathy Bates, Aidan Quinn, Tom Waits

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Matthiessen, o filme "Brincando nos Campos do Senhor" conta a história de um grupo de missionários americanos que vão para os confins da América do Sul, na floresta amazônica, onde tentarão converter os nativos locais. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Zbigniew Preisner).

Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema. O diretor Hector Babenco criou uma obra cinematográfica que procurou trazer de volta o tom épico dos velhos filmes, das antigas produções que chegavam aos cinemas em meados do século XX. Quando o filme foi lançado surgiram algumas críticas, justamente por causa daquela velha visão dos americanos sobre os índios da Amazônia. Uma certa visão estigmatizada e cheia de estereótipos. Eu não concordo com esse tipo de visão mais crítica. Penso que o filme ficou muito bom. A produção enfrentou uma série de problemas, pois muitos membros da equipe técnica ficaram doentes durante as filmagens, inclusive parte dos atores, mas isso foi decorrente do fato de jogar todos esses gringos no meio da selva. E isso é algo para poucos. Mesmo assim o resultado ficou bom. Há cenas muito bem produzidas, mostrando o talento de Hector Babenco em captar belas imagens em ângulos incomuns. E o que se pode dizer da natureza natural da Amazônia captada nas cenas do filme? É algo que já vale a sessão. A exuberância da região verde tornaria qualquer película um show de grandiosidade nas telas de cinema. E o enredo é também muito interessante. O roteiro se pergunta se ainda seria válido esse tipo de evangelização na selva, com nativos. Foi algo visto com naturalidade na colonização do novo mundo, durante as grandes navegações. Porém hoje em dia a antropologia e a sociologia modernas condenam esse tipo de iniciativa. É considerada uma violação e um abuso para com as culturas dos povos indígenas. Um ponto de vista que tenho apreço.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de novembro de 2015

Roxanne

Simpática comédia romântica inspirada em "Cyrano de Bergerac", peça teatral clássica escrita em 1897 por Edmond Rostand. O tema central permaneceu o mesmo, porém adaptado para ser um filme estrelado pelo comediante Steve Martin. Ele interpreta C. D. Bales, um bombeiro romântico e de bom coração que a despeito de seu romantismo não consegue se relacionar com as mulheres por causa de um nariz enorme e nada estético. Ele nutre uma paixão platônica pela bela e jovem Roxanne (Daryl Hannah), mas não consegue se declarar a ela por vergonha de sua própria aparência. Bales acredita que se um dia vier a se declarar para sua amada será rejeitado. Para seu azar um jovem rapaz que trabalha ao seu lado no corpo de bombeiros da cidade também se apaixona por Roxanne. O sujeito é um tanto quanto vazio porém bonitão, então Bales resolve lhe ajudar, escrevendo lindos poemas de amor para ela. Assim Roxanne acaba se apaixonando pelo rapaz sem saber que todo aquele sentimentalismo e emoção na verdade não partem dele.

O roteiro de "Roxanne" foi escrito pelo próprio Steve Martin. Ele se saiu muito bem e acabou escrevendo um texto leve, sentimental e até mesmo, em certo aspecto, muito elegante. É importante ressaltar que "Roxanne" foi lançado em uma das fases mais inspiradas do ator. Ele conseguiu estrelar uma pequena obra prima atrás da outra. O diferencial desse filme para os demais era justamente o romantismo do personagem principal. O argumento é muito inteligente ao explorar um homem bom, de excelente caráter, que nunca consegue se tornar atraente para as mulheres simplesmente porque não tem os atributos físicos adequados. A sua beleza interior, que é imensa, é subjugada por seu nariz descomunal. Olhando sob esse ponto de vista temos uma bela lição de vida pela frente. Um filme bem acima da média, especialmente indicado para corações românticos que se identifiquem de alguma forma com o personagem principal.

Roxanne (Roxanne, Estados Unidos, 1987) Direção: Fred Schepisi / Roteiro: Steve Martin, baseado na obra de Edmond Rostand / Elenco: Steve Martin, Daryl Hannah, Rick Rossovich / Sinopse: C. D. Bales (Martin) é um bombeiro de uma cidade do interior dos Estados Unidos que se apaixona pela bela e radiante Roxanne (Hannah). Envergonhado por seu enorme nariz ele não consegue criar coragem para se declarar a ela. Quando um jovem membro da corporação se apaixona também por Roxanne, Bales se oferece para ajudar, escrevendo lindos poemas de amor para sua amada, algo que acabará criando muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Steve Martin).

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de abril de 2015

Memórias de um Homem Invisível

Não se engane sobre isso, eu sempre gostei muito de Chevy Chase. Alguns dos filmes mais divertidos assistidos em minha adolescência foram estrelados por ele, como por exemplo, a engraçada franquia "Férias Frustradas" onde em tom de comédia ácida se era feita uma sátira impiedosa sobre o modelo e o estilo de vida da família suburbana monótona e patética da sociedade americana. Pois bem, se naquele tipo de papel ele era ideal, aqui as coisas já não parecem funcionar muito bem. A intenção original era a realização de um remake do clássico Sci-fi "O Homem Invisível". Os produtores porém decidiram de última hora que esse personagem tinha se tornado ridículo com o tempo e que era melhor mudar tudo, se realizando logo uma comédia pastelão e ponto final. Péssima ideia.

O filme não tem graça, não funciona como humor e os efeitos especiais - que são até muito bem feitos - se perdem em um mar de piadinhas que não abrem sequer um sorrisinho amarelo no espectador. Chase não sabe se está em um filme B dos anos 50 ou numa comédia escrachada. O roteiro na verdade foi remendado. Inicialmente foi escrito para ser uma refilmagem com um tom sério, que servisse como homenagem ao antigo clássico. Depois com a mudança de opinião dos produtores, houve a tentativa de transformar tudo em uma comédia maluca. O resultado se mostrou desastroso. Hoje, para se ter uma ideia, ninguém mais nem lembra da existência dessa produção. Por fim é bom destacar a presença da atriz Daryl Hannah no elenco. Na época em que o filme estava sendo feito ela namorava o filho de JFK, o que trouxe publicidade extra à produção. Nem isso porém salvou a fita de ser um grande fracasso de bilheteria em seu lançamento. Nesse caso o público acertou em suas escolhas.

Memórias de um Homem Invisível (Memoirs of an Invisible Man, Estados Unidos, 1992) Direção: John Carpenter / Roteiro: Robert Collector / Elenco: Chevy Chase, Daryl Hannah, Sam Neill / Sinopse: Um homem descobre a fórmula da invisibilidade. Algo que vai criar muitos problemas para ele e para outros ao seu redor.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Splash - Uma Sereia em Minha Vida

Título no Brasil: Splash - Uma Sereia em Minha Vida
Título Original: Splash
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Brian Grazer, Bruce Jay Friedman
Elenco: Tom Hanks, Daryl Hannah, Eugene Levy, John Candy 

Sinopse:
Allen Bauer (Tom Hanks) é um cara comum que vai levando sua vida até o dia em que encontra uma garota muito especial, Madison (Daryl Hannah). Ela certamente não se parece com as outras mulheres e isso é fácil de entender, Madison na verdade não é uma humana mas sim uma sereia! Quando era criança Allen havia sido salvo no mar por uma sereia mas com o passar dos anos se convenceu que tudo aquilo não passava de um sonho - que agora está prestes a se tornar realidade novamente.

Comentários:
Bom, todo mundo precisa começar a carreira de algum jeito. Com Tom Hanks foi com essa comédia muito simples chamada "Splash - Uma Sereia em Minha Vida". Se fosse depender do mercado de cinema ele certamente estaria em apuros já que o filme não fez qualquer sucesso nas bilheterias mas... o mercado de vídeo estava nascendo nos Estados Unidos e assim a fita VHS de "Splash" logo se tornou um dos primeiros sucessos de vendas nesse novo nicho de consumo. É a tal coisa, nem sempre o que não funcionava no cinema poderia ser descartado nas locadoras pois era certamente o tipo de diversão descompromissada que agradaria toda a família em sua própria casa. A produção é da Touchstone Pictures, que pertence aos estúdios Disney. Assim nada acontece de muito sério em cena, ficando tudo ali na comédia inofensiva, ao estilo pueril. O roteiro é fraquinho mas o elenco, esse sim carismático, segura as pontas perfeitamente. Hanks, jovem e disposto a vencer no mundo dos filmes, se empenha ao máximo para agradar mas quem acaba roubando a cena mesmo é a sereia Madison (Daryl Hannah). Ela viraria símbolo sexual e estamparia as capas de revistas por causa de seu longo e conturbado namoro com o filho de JFK. Até o bom comediante John Candy faz uma pontinha. Então é isso, tem curiosidade para ver como as pessoas se divertiam em casa com seus video cassetes durante os anos 80? Eis aí "Splash" para você sanar suas dúvidas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Perigosamente Juntos

Título no Brasil: Perigosamente Juntos
Título Original: Legal Eagles
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Ivan Reitman, Jim Cash
Elenco: Robert Redford, Debra Winger, Daryl Hannah, Brian Dennehy, Terence Stamp

Sinopse:
Tom Logan (Robert Redford) é um bem sucedido advogado que não consegue se decidir entre duas mulheres igualmente interessantes, uma advogada em ascensão, bonita e inteligente, e uma jovem e rica herdeira que parece estar envolvida no submundo do mercado de obras de arte roubadas. Filme vencedor do prêmio da ASCAP Awards na categoria Melhor Canção ("Love Touch").

Comentários:
Sofisticado filme de romance que contou com ótimo elenco, inclusive de apoio, e um roteiro deliciosamente dúbio, mostrando as várias facetas dos personagens envolvidos nesse triângulo amoroso passado no mundo jurídico dos Estados Unidos. Redford novamente comparece com seu grande carisma e talento. Por essa época o ator estava muito seletivo em seus filmes, realizando poucas películas, pois desenvolvia um projeto para a criação de um festival apenas com filmes do circuito independente americano (que iria se chamar Sundance Festival, hoje um dos mais importantes do cinema ianque). As duas outras atrizes são símbolos dos anos 80, a loira e alta Daryl Hannah (que na época namorava o filho de JFK) e a elegante Debra Winger (que infelizmente anda bem sumida). No elenco coadjuvante vale destacar também a talentosa atuação do ator Terence Stamp, que interpreta um deliciosamente cínico dono de galeria de arte em Nova Iorque. Em suma, "Legal Eagles" é um filme que anda bem esquecido, mas que ainda satisfaz plenamente o bom gosto de qualquer cinéfilo.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de agosto de 2014

Nos Calcanhares da Máfia

Título no Brasil: Nos Calcanhares da Máfia
Título Original: The Pope of Greenwich Village
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Vincent Patrick
Elenco: Eric Roberts, Mickey Rourke, Daryl Hannah, Geraldine Page

Sinopse:
Charlie (Mickey Rourke) e seu primo problemático Paulie (Eric Roberts) decidem roubar 150 mil dólares para apostar em um cavalo, cujo resultado antecipado caiu nos ouvidos de Paulie. O problema é que o dinheiro pertence ao chefão da máfia local e isso certamente trará muitos problemas para todos os envolvidos no crime. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Geraldine Page).

Comentários:
Mickey Rourke fez muitos filmes interessantes no começo de sua carreira. Um dos mais relevantes (e que anda bastante esquecido nos dias de hoje) é esse "The Pope of Greenwich Village". Hoje a película é uma das mais raras no mercado, até porque até onde vai minha memória o filme não foi sequer lançado em VHS no Brasil. Em termos estéticos o filme lembra bastante o visual das produções policiais dos anos 70. O realismo é focado em cada momento e o clima de sordidez que impera nos bairros mais populares de Nova Iorque explode na tela. Embora o filme tenha sido estrelado por Eric Roberts (irmão de Julia Roberts, um ator cuja carreira infelizmente não aconteceu), o destaque vai mesmo para Mickey Rourke. No auge de seu estilo cool de ser, com cabelo desgrenhado e barba por fazer, ele era a aposta da crítica para ocupar um lugar que um dia fora de Brando e James Dean. Era o próprio ator rebelde daqueles anos. Pena que tanta rebeldia acabou prejudicando sua própria carreira, pois Rourke recusaria nos anos seguintes ótimos filmes e se envolveria em brigas com produtores e escândalos na vida pessoal. Tudo foi minando sua subida rumo ao panteão dos deuses de Hollywood. De uma forma ou outra filmes como esse capturaram para a posterioridade seus melhores momentos dentro da sétima arte. Por essas e outras razões "Nos Calcanhares da Máfia" merece certamente ser redescoberto nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Flores de Aço

Título no Brasil: Flores de Aço
Título Original: Steel Magnolias
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Robert Harling
Elenco: Shirley MacLaine, Olympia Dukakis, Sally Field, Dolly Parton, Daryl Hannah, Julia Roberts, Tom Skerritt, Sam Shepard

Sinopse:
Um salão de beleza de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos vira ponto de encontro de um grupo de amigas que passam suas horas vagas falando de si mesmas e dos outros moradores da cidade. O casamento da filha de uma delas acaba virando o ponto central de suas vidas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts). Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts).

Comentários:
É o tipo de filme que eu indicaria para elas, ou então para você assistir com a namorada ou sua companheira. Ok, muitos homens não vão se animar a assistir a um filme em que um bando de mulheres ficam por quase duas horas falando sem parar, mas esse tipo de mentalidade é um pouco reducionista demais. Na verdade é aquele tipo de roteiro que se sustenta completamente na boa atuação de seu elenco (feminino em essência). Para isso o elenco conta com ótimas atrizes, todas perfeitamente inseridas em seus respectivos personagens. Como se trata de uma adaptação para o cinema de uma peça teatral muitos podem ficar entediados com a enquadração cênica de tudo, mas vejo isso como um ponto positivo e não uma desvantagem. Filmes que se apóiam em diálogos bem escritos (aparentemente banais, mas tratando de temas relevantes), associado a boas interpretações (algumas ótimas) não podem ser ignorados. Uma boa dica para hoje à noite na TV a cabo. Confira!

Pablo Aluísio.