Mostrando postagens com marcador Christopher Eccleston. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Christopher Eccleston. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Paixão Proibida

Título no Brasil: Paixão Proibida
Título Original: Jude
Ano de Lançamento: 1996
País: Reino Unido
Estúdio: BBC Films
Direção: Michael Winterbottom
Roteiro: Hossein Amini, Thomas Hardy
Elenco: Christopher Eccleston, Kate Winslet, Liam Cunningham

Sinopse:
O filme narra a história de um jovem casal inglês vivendo no século XIX. Eles possuem seus sonhos, seus projetos de vida, como ir para uma universidade, mas a vida e a luta pela sobrevivência acabam falando mais alto, fazendo com que eles acabem indo por outros caminhos. 

Comentários:
O cinema britânico já é elegante por natureza. A sofisticação e o requinte já fazem parte do estilo dessa cinematografia. Agora quando são filmes adaptados de romances de época, com ótima produção, figurinos perfeitos e um elenco em estado de graça, tudo fica ainda melhor. Esse é um romance clássico, ideal para quem aprecia esse tipo de produção inglesa. E temos ainda uma jovem Kate Winslet já se destacando muito, com ótima presença de cena, dicção perfeita e aquele sotaque que traz todo o charme para esse tipo de romance nas telas. Um filme muito bom, muito recomendado para quem estiver em busca de uma bela história de amor com muito requinte e sofisticação. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Cova Rasa

Título no Brasil: Cova Rasa
Título Original: Shallow Grave
Ano de Produção: 1994
País: Reino Unido
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Kerry Fox, Christopher Eccleston, Ken Stott, Keith Allen, Colin McCredie

Sinopse:
Três amigos, um corpo e muito dinheiro. Quando essa combinação acontece o que vai sobrar de integridade e honestidade? No enredo um homem morre e três amigos descobrem que ele tinha uma mala cheia de dinheiro e drogas. Para ficar com suas coisas eles decidem dar um fim no corpo do tal sujeito, criando uma série de problemas com isso.

Comentários:
Costumo dizer que esse filme é do tempo em que o diretor Danny Boyle tinha talento para fazer cinema de verdade. Depois de alguns anos ele foi perdendo a mão, se transformando em um chato petulante e apelativo. Aqui porém não há o que reclamar. Assisti nos tempos do VHS e me recordo bem que a crítica brasileira teceu muitos elogios ao filme. Todos merecidos, é claro. Vejo aqui inclusive referências bem óbvias a Alfred Hitchcock (com destaque para seu clássico "Festim Diabólico"), tudo misturado com o famoso humor negro britânico. Os personagens principais, os três amigos, pensam ser boas pessoas, mas quando colocados à prova mesmo, sucumbem miseravelmente à ganância e a falta de princípios ou pudores. O roteiro é bem claro nesse sentido, mostrando que debaixo da fachada de pessoas comuns quase sempre se esconde as piores canalhices. Curiosamente do trio central apenas Ewan McGregor conseguiu se tornar um astro. Ele está muito diferente, pois ainda era bem jovem e usava um cabelo no estilo dos anos 70. Ficou bem adequado ao seu personagem. Então é isso, deixo a dica se você nunca viu esse filme. Ele é certamente um dos melhores exemplares do que de melhor o cinema inglês produziu nos anos 90.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Um Preço Acima dos Rubis

Eu sempre gostei dos filmes da atriz Renée Zellweger. Hoje em dia, como sabemos, ela destruiu sua imagem com uma série desastrosa de cirurgias plásticas que inclusive  mudaram suas feições, o que foi um absurdo completo. Nesse filme aqui, ainda bem, isso ainda não tinha acontecido. Renée Zellweger estava como sempre a conhecemos desde o começo de sua carreira, ou seja, era uma mocinha adorável. O interessante é que se trata de um drama até com tema meio pesado. Bem diferente da linha de seu trabalho na época, que ia de comédias românticas a filmes mais leves. Claro que ela estava mirando em prêmios maiores, como até mesmo o Oscar.

O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.

Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Elizabeth

Elizabeth I (1533 -1603) também conhecida no Brasil como Isabel I, foi uma das rainhas mais controvertidas da história britânica. Governou a nação em um período particularmente turbulento onde se proliferaram as pestes, as guerras e a forme em seus vastos domínios. Vivendo em um mundo dominado por interesses poderosos e líder de uma corte onde planos de conspiração para matá-la estavam na ordem do dia, Elizabeth teve que adotar uma postura dura e implacável contra seus inimigos. Era filha de Henrique VIII, um dos monarcas absolutistas mais sanguinários que se tem notícia. Para se ter uma idéia ele matou a mãe de Elizabeth, Ana Bolena, após ter desconfianças de que ela o estaria traindo. Elizabeth foi poupada embora muitos nobres da época defendessem que também deveria ser morta para erradicar a sujeira e a raça de Ana Bolena dentro da linhagem real. Em um raro caso de bom senso Henrique poupou sua jovem filha de ser decapitada como a mãe. Como se pode perceber foi nesse meio violento e hostil que Elizabeth cresceu. A monarquia inglesa era notória pelas mortes de nobres patrocinadas por outros nobres, geralmente familiares na luta pelo poder. Isso prova que dentre todos os sistemas existentes a monarquia é seguramente um dos piores.

Já Elizabeth, o filme, é um show aos olhos. Produção rica, de bom gosto, com figurinos deslumbrantes é aquele tipo de filme que marca e fica na mente do espectador pela beleza técnica de cenários, roupas e perfeita reconstituição de época. Cate Blanchett é um destaque em sua interpretação. Fisicamente parecida com a verdadeira Rainha ela dá um show de postura, elegância e sofisticação. Elizabeth I, que ficou conhecida na história como a "Rainha Virgem", era dura com os inimigos mas nunca se descuidava dos protocolos reais, o que incluía ter uma educação das mais finas e um código de comportamento que não poderia ser quebrado. Desfilando com réplicas perfeitas das melhores roupas reais da época - algumas que hoje em dia soam bem estranhas - a atriz de fato nos leva a acreditar que estamos vendo a própria Elizabeth em cada cena. O elenco de apoio também é excepcional com destaque para o sempre marcante Geoffrey Rush. Já Joseph Fiennes encarna com perfeição seu papel, um tipo que oscila entre a canalhice completa e o heroísmo inesperado. Em seu lançamento Elizabeth foi aclamado pela crítica e concorreu ao Oscar de Melhor filme perdendo infelizmente para outra produção de época, “Shakespeare Apaixonado”. Uma injustiça sem a menor sombra de dúvidas. Outra injustiça foi ter perdido os Oscars de Melhor Figurino e Direção de Arte - dois prêmios que eram dados como certos para o filme. No final levou apenas a estatueta de melhor Maquiagem mostrando mais uma vez como a Academia pode ser injusta em sua premiação. Isso não atrapalhou que o filme tivesse uma continuação chamada “Elizabeth e a Era de Ouro” ao qual falaremos aqui no blog em uma outra oportunidade. De qualquer modo fica a dica: Elizabeth, uma produção atual com o estilo das grandes produções do passado. Um belo retrato de uma das figuras históricas mais marcantes da Inglaterra.

Elizabeth (Elizabeth, Estados Unidos, 1998) Direção: Shekhar Kapur / Roteiro: Michael Hirst / Elenco: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Joseph Fiennes, Christopher Eccleston, Richard Attenborough / Sinopse: Cinebiografia da rainha inglesa Elizabeth I. Monarca em um época particularmente conturbada da história inglesa se destacou pelo pulso forte e firme na condução dos assuntos de Estado.

Pablo Aluísio.