domingo, 3 de setembro de 2023
Império dos Discos
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Annabelle 2: A Criação do Mal
É um bom filme de terror. Sobre isso não precisa ter dúvida. Muitos vão pensar que é apenas mais um caça-níquel Made in Hollywood, mas não vá por esse caminho. Os produtores andam caprichando em todos os filmes que trazem essa marca "The Conjuring" pois virou uma mina de ouro nas bilheterias. A Annabelle então nem se fala, pois é uma das personagens mais famosas desse universo. Haverá um terceiro filme sobre ela? É bem possível pois essa segunda parte fez sucesso de bilheteria.
Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, Estados Unidos, 2017) Direção: David F. Sandberg / Roteiro: Gary Dauberman / Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto / Sinopse: O filme conta a estória do surgimento da boneca amaldiçoada Annabelle, desde as primeiras manifestações sobrenaturais, apontando para uma menina que morreu na infância, durante os anos 50.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de setembro de 2017
Annabelle 2: A Criação do Mal
O pai é um construtor artesanal de bonecas infantis e o primeiro exemplar de um novo modelo acabará tendo um papel vital dentro dessa história. Após participarem de um culto na igreja local a família volta para casa. No meio do caminho o motor do carro quebra. O pai tenta consertar e no meio da estrada, durante uma distração, a pequena Annabelle é atropelada por um caminhão. Passam-se os anos e reencontramos o mesmo casal, agora mais envelhecido e destruído emocionalmente pela morte da filha. A casa onde moram é bem espaçosa e... vazia. Assim eles decidem ajudar um orfanato da região, abrigando um grupo de meninas órfãs. Assim que elas se mudam, sob a supervisão da freira irmã Charlotte, começam a acontecer os eventos sobrenaturais. Tudo leva a crer que a alma de menina morta Annabelle está de volta ao seu antigo lar... mas será que a doce menina das aparições nas sombras é realmente ela?
Revelar mais seria estragar parte das boas surpresas desse bom roteiro. No quadro geral poderia dizer que "Annabelle 2: A Criação do Mal" é de fato um terrorzão dos bons, seguindo uma linha mais tradicional, que parecia um pouco perdida depois que os efeitos digitais invadiram o cinema. Aqui eles são usados, mas de forma mais inteligente e discreta. O diretor David F. Sandberg preferiu usar o medo natural das pessoas em relação às sombras e vultos escondidos pelos cantos obscuros da casa. Com isso o filme ganhou bastante em suspense. Some-se a isso o ótimo elenco formado por jovens atrizes que interpretam as meninas órfãs que vão morar na antiga casa de Annabelle. Com todos os elementos inseridos nos lugares certos não é de se admirar que o filme tenha ficado tão bom. Realmente é uma ótima opção para os fãs dos filmes de terror ao velho estilo. Não vá deixar passar em branco.
Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, Estados Unidos, 2017) Direção: David F. Sandberg / Roteiro: Gary Dauberman / Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto, Lulu Wilson, Talitha Eliana Bateman / Sinopse: Arrasados emocionalmente após a morte da pequena filha de dez anos, um casal decide abrir sua casa para um grupo de meninas órfãs mantidas pela Igreja Católica. Assim que elas se mudam para o lugar - um rancho distante da cidade - eventos sobrenaturais começam a acontecer pela casa. Será a pequena Annabelle retornando do mundo dos mortos?
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de junho de 2015
The Eichmann Show
Título Original: The Eichmann Show
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Paul Andrew Williams
Roteiro: Simon Block
Elenco: Martin Freeman, Anthony LaPaglia, Rebecca Front
Sinopse:
O filme acompanha os preparativos e filmagens do julgamento do Coronel Nazista Adolf Eichmann em 1961, após ele ser capturado por agentes israelenses na Argentina, onde o criminoso de guerra se escondia há anos. Esse foi um dos primeiros julgamentos a serem transmitidos para todo o mundo pela televisão, causando comoção e indignação internacionais por causa das testemunhas do holocausto que contaram seus dramas e as atrocidades que sofreram em campos de concentração por toda a Europa. Também foi a primeira vez que a TV transmitiu as cenas captadas por tropas americanas em campos da morte como Auschwitz e Treblinka. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Adolf Eichmann (1906 - 1962) foi um dos principais mentores da chamada "solução final para o problema judeu na Alemanha nazista". O nome pomposo camuflou um dos maiores crimes da história da humanidade, quando o regime nazista decidiu eliminar os judeus que lotavam seus campos de concentração. Para isso criou-se as câmaras de gás e toda uma estrutura direcionada para a destruição do povo judeu. Adolf Eichmann era um tenente-coronel da SS que se empenhou pessoalmente para que o holocausto nazista se tornasse operacional e eficiente. Durante a guerra ele e seus subordinados promoveram todos os tipos de crimes, levando à morte idosos, crianças e mulheres que eram deportados de toda a Europa para os campos de concentração nazistas. Quando a guerra chegou ao final ele conseguiu fugir como centenas de outros criminosos de guerra. No começo da década de 1960 os israelenses finalmente o acharam, vivendo escondido na América do Sul, na Argentina. Preso e enviado para israel ele foi levado a julgamento por crimes contra a humanidade. O roteiro de "The Eichmann Show" explora um aspecto diferente desse julgamento, a do trabalho desenvolvido pelo produtor Milton Fruchtman (Martin Freeman) e do diretor Leo Hurwitz (Anthony LaPaglia) em registrar todos os detalhes do julgamento, realizando aquele que foi considerado o primeiro documentário televisivo da história. E é justamente na oportunidade de se assistir a cenas reais captadas no julgamento de Eichmann que se encontra o grande atrativo para se conhecer essa produção.
O diretor Hurwitz era um americano judeu que havia entrado na lista negra do Macartismo e por essa razão não conseguia mais encontrar trabalho nos Estados Unidos. Sem chance no mercado americano ele acabou indo para Israel para dirigir as filmagens desse evento histórico. O interessante é que Hurwitz tinha esperanças em captar para a posteridade algum sinal de humanidade no infame criminoso nazista. Por essa razão estava sempre muito preocupado em que seus cameramens sempre o focassem em close. Para sua decepção porém não conseguiu captar nada, nenhuma lágrima, nenhum sinal de remorso ou arrependimento, nem mesmo um sorriso irônico na face de Eichmann que confirmasse sua personalidade psicopata. Ao contrário disso só encontrou uma frieza impressionante no sujeito. Já para o produtor Fruchtman o mais importante era realizar um bom trabalho, mesmo sob condições adversas, incluindo aí ameaças de morte feitas contra ele e sua família. A produção desse filme é da BBC, então não é necessário se preocupar com qualidade técnica, pois essa é certamente garantida. No final de tudo a grande lição que fica é a de que os nazistas não estavam em busca de humanidade ou redenção, mas sim colocar em prática seus planos fanáticos, por mais absurdos e sanguinários que fossem. Alguns deles foram realmente nazistas até o fim, até o seu último suspiro na forca.
Pablo Aluísio.