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domingo, 3 de setembro de 2023

Império dos Discos

Título no Brasil: Império dos Discos 
Título Original: Empire Records
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Entertainment
Direção: Allan Moyle
Roteiro: Carol Heikkinen
Elenco: Liv Tyler, Renée Zellweger, Anthony LaPaglia, Debi Mazar, Maxwell Caulfield, Johnny Whitworth

Sinopse:
Vinte e quatro horas na vida dos jovens funcionários da Empire Records, uma loja de discos de Los Angeles, na Califórnia. Exceto que este é um dia em que tudo vem à tona para vários deles enfrentando crises pessoais. E mais importante, eles conseguiriam manter sua loja de discos independente para não ser engolida pela ganância das grandes corporações?

Comentários:
Filme jovem dos anos 90. O destaque vai para o elenco de jovens atrizes que depois iriam se destacar de uma forma ou outra. Liv Tyler era uma verdadeira gracinha quando fez esse filme. Ela foi muito badalada naqueles anos. O curioso é que ela ficou famosa antes do cinema. Estrelando clips da MTV de bandas de rock famosas se tornou uma jovem popular entre os adolescentes dos anos 90, só depois foi para as telas de cinema. Virou símbolo sexual. Preste atenção no elenco coadjuvante. Quem viraria estrela de cinema mesmo seria a linda loirinha texana Renée Zellweger. Foi uma grande surpresa quando sua carreira começou a decolar, alguns anos depois. O roteiro também apresentava diálogos bem escritos, com a linguagem jovem da época. Retrato de um tempo que não existe mais. Afinal as lojas de discos deixaram de existir há muitos anos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Annabelle 2: A Criação do Mal

De onde veio a maldição da boneca Annabelle? Como tudo começou? Bom, o roteiro desse filme tenta responder a essas perguntas. E os roteiristas escreveram uma estória bem bolada sobre o surgimento da boneca mais famosa do gênero terror atualmente. O espectador é levado de volta ao passado, aos anos 1950, onde encontramos uma família, um pai especialista em fabricar bonecas artesanais e uma adorável menina chamada... Annabelle. Por um desses trágicos destinos ela acaba morrendo, atropelada, ainda na infância. Seus pais ficam arrasados. Depois de muitos anos decidem transformar sua casa em um orfanato, numa forma de superar e ao mesmo tempo homenagear a filha falecida, só que as boas intenções acabam dando origem a estranhos acontecimentos sobrenaturais.

É um bom filme de terror. Sobre isso não precisa ter dúvida. Muitos vão pensar que é apenas mais um caça-níquel Made in Hollywood, mas não vá por esse caminho. Os produtores andam caprichando em todos os filmes que trazem essa marca  "The Conjuring" pois virou uma mina de ouro nas bilheterias. A Annabelle então nem se fala, pois é uma das personagens mais famosas desse universo. Haverá um terceiro filme sobre ela? É bem possível pois essa segunda parte fez sucesso de bilheteria.

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, Estados Unidos, 2017) Direção: David F. Sandberg / Roteiro: Gary Dauberman / Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto / Sinopse: O filme conta a estória do surgimento da boneca amaldiçoada Annabelle, desde as primeiras manifestações sobrenaturais, apontando para uma menina que morreu na infância, durante os anos 50.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de setembro de 2017

Annabelle 2: A Criação do Mal

Essa série de bons filmes de terror começou lá atrás, com o primeiro "Invocação do Mal". Desde então um certo nível de qualidade tem se mantido, nunca decaindo, mesmo agora no quarto filme dessa franquia. O interessante é que todos os filmes podem ser assistidos de forma independente, pois possuem arcos narrativos fechados. Por essa razão se você nunca viu nenhum deles, não precisa se preocupar, pode assistir a esse "Annabelle 2: A Criação do Mal" sem maiores problemas. Bom, como o próprio título sugere temos aqui a origem da maldição sobrenatural que parece cercar essa boneca chamada Annabelle. Para isso o espectador é transportado para a década de 1950. Em um pacato rancho mora uma família aparentemente muito feliz. Pai, mãe e a pequena filha, uma criança adorável chamada justamente Annabelle.

O pai é um construtor artesanal de bonecas infantis e o primeiro exemplar de um novo modelo acabará tendo um papel vital dentro dessa história. Após participarem de um culto na igreja local a família volta para casa. No meio do caminho o motor do carro quebra. O pai tenta consertar e no meio da estrada, durante uma distração, a pequena Annabelle é atropelada por um caminhão. Passam-se os anos e reencontramos o mesmo casal, agora mais envelhecido e destruído emocionalmente pela morte da filha. A casa onde moram é bem espaçosa e... vazia. Assim eles decidem ajudar um orfanato da região, abrigando um grupo de meninas órfãs. Assim que elas se mudam, sob a supervisão da freira irmã Charlotte, começam a acontecer os eventos sobrenaturais. Tudo leva a crer que a alma de menina morta Annabelle está de volta ao seu antigo lar... mas será que a doce menina das aparições nas sombras é realmente ela?

Revelar mais seria estragar parte das boas surpresas desse bom roteiro. No quadro geral poderia dizer que "Annabelle 2: A Criação do Mal" é de fato um terrorzão dos bons, seguindo uma linha mais tradicional, que parecia um pouco perdida depois que os efeitos digitais invadiram o cinema. Aqui eles são usados, mas de forma mais inteligente e discreta. O diretor David F. Sandberg preferiu usar o medo natural das pessoas em relação às sombras e vultos escondidos pelos cantos obscuros da casa. Com isso o filme ganhou bastante em suspense. Some-se a isso o ótimo elenco formado por jovens atrizes que interpretam as meninas órfãs que vão morar na antiga casa de Annabelle. Com todos os elementos inseridos nos lugares certos não é de se admirar que o filme tenha ficado tão bom. Realmente é uma ótima opção para os fãs dos filmes de terror ao velho estilo. Não vá deixar passar em branco.

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, Estados Unidos, 2017) Direção: David F. Sandberg / Roteiro: Gary Dauberman / Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto, Lulu Wilson, Talitha Eliana Bateman / Sinopse: Arrasados emocionalmente após a morte da pequena filha de dez anos, um casal decide abrir sua casa para um grupo de meninas órfãs mantidas pela Igreja Católica. Assim que elas se mudam para o lugar - um rancho distante da cidade - eventos sobrenaturais começam a acontecer pela casa. Será a pequena Annabelle retornando do mundo dos mortos?

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de junho de 2015

The Eichmann Show

Título Original: The Eichmann Show
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Paul Andrew Williams
Roteiro: Simon Block
Elenco: Martin Freeman, Anthony LaPaglia, Rebecca Front
  
Sinopse:
O filme acompanha os preparativos e filmagens do julgamento do Coronel Nazista Adolf Eichmann em 1961, após ele ser capturado por agentes israelenses na Argentina, onde o criminoso de guerra se escondia há anos. Esse foi um dos primeiros julgamentos a serem transmitidos para todo o mundo pela televisão, causando comoção e indignação internacionais por causa das testemunhas do holocausto que contaram seus dramas e as atrocidades que sofreram em campos de concentração por toda a Europa. Também foi a primeira vez que a TV transmitiu as cenas captadas por tropas americanas em campos da morte como Auschwitz e Treblinka. Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
Adolf Eichmann (1906 - 1962) foi um dos principais mentores da chamada "solução final para o problema judeu na Alemanha nazista". O nome pomposo camuflou um dos maiores crimes da história da humanidade, quando o regime nazista decidiu eliminar os judeus que lotavam seus campos de concentração. Para isso criou-se as câmaras de gás e toda uma estrutura direcionada para a destruição do povo judeu. Adolf Eichmann era um tenente-coronel da SS que se empenhou pessoalmente para que o holocausto nazista se tornasse operacional e eficiente. Durante a guerra ele e seus subordinados promoveram todos os tipos de crimes, levando à morte idosos, crianças e mulheres que eram deportados de toda a Europa para os campos de concentração nazistas. Quando a guerra chegou ao final ele conseguiu fugir como centenas de outros criminosos de guerra. No começo da década de 1960 os israelenses finalmente o acharam, vivendo escondido na América do Sul, na Argentina. Preso e enviado para israel ele foi levado a julgamento por crimes contra a humanidade. O roteiro de "The Eichmann Show" explora um aspecto diferente desse julgamento, a do trabalho desenvolvido pelo produtor Milton Fruchtman (Martin Freeman) e do diretor Leo Hurwitz (Anthony LaPaglia) em registrar todos os detalhes do julgamento, realizando aquele que foi considerado o primeiro documentário televisivo da história. E é justamente na oportunidade de se assistir a cenas reais captadas no julgamento de Eichmann que se encontra o grande atrativo para se conhecer essa produção. 

O diretor Hurwitz era um americano judeu que havia entrado na lista negra do Macartismo e por essa razão não conseguia mais encontrar trabalho nos Estados Unidos. Sem chance no mercado americano ele acabou indo para Israel para dirigir as filmagens desse evento histórico. O interessante é que Hurwitz tinha esperanças em captar para a posteridade algum sinal de humanidade no infame criminoso nazista. Por essa razão estava sempre muito preocupado em que seus cameramens sempre o focassem em close. Para sua decepção porém não conseguiu captar nada, nenhuma lágrima, nenhum sinal de remorso ou arrependimento, nem mesmo um sorriso irônico na face de Eichmann que confirmasse sua personalidade psicopata. Ao contrário disso só encontrou uma frieza impressionante no sujeito. Já para o produtor Fruchtman o mais importante era realizar um bom trabalho, mesmo sob condições adversas, incluindo aí ameaças de morte feitas contra ele e sua família. A produção desse filme é da BBC, então não é necessário se preocupar com qualidade técnica, pois essa é certamente garantida. No final de tudo a grande lição que fica é a de que os nazistas não estavam em busca de humanidade ou redenção, mas sim colocar em prática seus planos fanáticos, por mais absurdos e sanguinários que fossem. Alguns deles foram realmente nazistas até o fim, até o seu último suspiro na forca.

Pablo Aluísio.