Pequena produção tão simpática e carismática que até hoje desperta interesse. Hoje provavelmente vai soar um pouco estranho para o público mais jovem, porém em seu ano de lançamento acabou se tornando um pequeno cult da época. Na verdade foi o primeiro filme de destaque na carreira de Renée Zellweger. Ela interpreta essa personagem muito simpática, a enfermeira Betty do título. No fundo não passa de uma garota bem romântica, ingênua mesmo, que cai de amores por um galã de novelas, o canastrão David Ravell (Greg Kinnear). O que começa com uma simples admiração vai logo ganhando novos contornos, se transformando numa paixão platônica devastadora até finalmente virar uma obsessão sem limites em sua mente. Ela simplesmente não consegue parar de pensar naquele que ela pensa sinceramente ser o grande amor de sua vida.
Claro que tudo sob um viés bem humorado, investindo em um tipo de linguagem mais nonsense, tudo valorizado ainda mais pelo bom elenco de apoio que contou inclusive com gente talentosa como Morgan Freeman e Chris Rock (que aqui está em seu tipo habitual, bem exagerado e fora de controle, diria até histriônico). Ainda linda no começo de sua carreira, com olhar e jeito joviais e bem longe das plásticas que destruíram sua feição original, Renée Zellweger brilhou com seu trabalho a ponto inclusive de também levar o Globo de Ouro para casa. Um feito e tanto para uma jovem atriz texana que naquela altura do campeonato ninguém ainda conhecia direito. Depois desse momento as portas da indústria do cinema iriam se abrir definitivamente para a atriz - pena que o excesso de luzes e fama tenha de certa maneira tirado o seu bom senso com o passar dos anos. De uma forma ou outra a magia do cinema está aí para preservar Zellwegger em um tempo em que ela não passava de uma jovem starlet buscando seu lugar ao sol.
A Enfermeira Betty (Nurse Betty, Estados Unidos, 2000) Direção: Neil LaBute / Roteiro: John C. Richards / Elenco: Renée Zellweger, Morgan Freeman, Chris Rock, Greg Kinnear./ Sinopse: A história de uma mulher comum que trabalha como enfermeira e que tem seus sonhos e suas aspirações de vida.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2015
terça-feira, 12 de junho de 2012
O Vizinho
O filme não tem nada demais porém duas coisas me chamaram a atenção. Primeiro foi a inversão de papéis. Geralmente o que se vê nas telas e no cotidiano dos EUA é o abuso de autoridade partir de policiais brancos contra negros. No filme temos situação oposta: um policial negro que abusa de sua autoridade contra um cidadão branco. Acredito que para não configurar o argumento como um simples atrito "branco x negro" os roteiristas encaixaram propositalmente uma esposa negra para o vizinho para atenuar esse conflito. Na minha opinião não ajudou muito, pois a questão racial sempre está em voga durante todo o filme, mesmo que de forma disfarçada. A segunda coisa que me chamou atenção no roteiro do filme foi sua preocupação em desenvolver mais os personagens (tanto do lado do policial como do casal que mora vizinho a ele). Essa falta de pressa me recordou de antigos filmes - bem diferente do que vemos atualmente onde os produtores parecem ter déficit de atenção, colocando uma explosão a cada cinco minutos com medo dos espectadores de shopping center perderem o interesse pelo filme. Em "O Vizinho" isso não acontece. Gostei do ritmo em que se desenvolve a estória.
O grande destaque do elenco, como não poderia deixar de ser, é de Samuel L. Jackson. Dando uma pausa em seus personagens "motherfuckers" que falam um palavrão atrás do outro, Jackson faz um cara que a despeito de ser abusivo em seu trabalho policial, tenta à sua maneira, colocar uma certa ordem no caos reinante em que vive. Impõe regras e limites aos filhos adolescentes após a morte da mãe deles numa educação severa. Obviamente que em certo momento do filme há uma guinada para transformar esse personagem em um psicopata perigoso mas isso é apenas pontual. O diretor Neil LaBute nunca fez nada de muito importante. Sua filmografia é formada basicamente por filmes medianos. Seu único trabalho de maior projeção é "A Enfermeira Betty" com Renee Zellwegger e só. Aqui ele fica na média do que sempre dirigiu, um bom passatempo apenas, sem nada de muito relevante a acrescentar a não ser as duas coisas que citei no começo do texto. Em falta de filmes melhores a assistir vale a espiada.
O Vizinho (Lakeview Terrace, Estados Unidos, 2009) Direção: Neil LaBute / Roteiro: David Loughery), Howard Korder / Elenco: Samuel L. Jackson, Patrick Wilson, Kerry Washington / Sinopse: Policial negro (Samuel L. Jackson) começa a ter vários atritos com seu vizinho. Usando de meios ilegais ele fará da vida do sujeito um verdadeiro inferno.
Pablo Aluísio.
O grande destaque do elenco, como não poderia deixar de ser, é de Samuel L. Jackson. Dando uma pausa em seus personagens "motherfuckers" que falam um palavrão atrás do outro, Jackson faz um cara que a despeito de ser abusivo em seu trabalho policial, tenta à sua maneira, colocar uma certa ordem no caos reinante em que vive. Impõe regras e limites aos filhos adolescentes após a morte da mãe deles numa educação severa. Obviamente que em certo momento do filme há uma guinada para transformar esse personagem em um psicopata perigoso mas isso é apenas pontual. O diretor Neil LaBute nunca fez nada de muito importante. Sua filmografia é formada basicamente por filmes medianos. Seu único trabalho de maior projeção é "A Enfermeira Betty" com Renee Zellwegger e só. Aqui ele fica na média do que sempre dirigiu, um bom passatempo apenas, sem nada de muito relevante a acrescentar a não ser as duas coisas que citei no começo do texto. Em falta de filmes melhores a assistir vale a espiada.
O Vizinho (Lakeview Terrace, Estados Unidos, 2009) Direção: Neil LaBute / Roteiro: David Loughery), Howard Korder / Elenco: Samuel L. Jackson, Patrick Wilson, Kerry Washington / Sinopse: Policial negro (Samuel L. Jackson) começa a ter vários atritos com seu vizinho. Usando de meios ilegais ele fará da vida do sujeito um verdadeiro inferno.
Pablo Aluísio.
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