quarta-feira, 8 de maio de 2013
Os Treze Dias Que Abalaram o Mundo
É justamente sobre os 13 dias que duraram essa queda de braço entre Estados Unidos e União Soviética que o filme trata. A marinha americana fez um bloqueio naval a Cuba, com ordens de impedir que navios soviéticos desembarcassem na ilha de Fidel Castro armamentos e mísseis nucleares. A possibilidade de um confronto direto entre as duas superpotências nucleares colocou o mundo diante da possibilidade de uma guerra nuclear. Kennedy, considerado um inexperiente e fraco líder por Khrushchev, não admitia a possibilidade de instalação de armas nucleares soviéticas tão próximas aos Estados Unidos. Particularmente aprecio bastante esse filme, pela forma inteligente que o roteiro desenvolve toda a situação. Em um elenco excepcionalmente bom eu destaco a atuação de Kevin Costner. O ator é muito adequado e sempre se sai muito bem nesses dramas históricos (vide sua atuação em “JFK a Pergunta Que Não quer Calar” de Oliver Stone). O diretor Roger Donaldson também encontrou um tom muito bom para o filme em si, sem cair na armadilha fácil do ufanismo. Retrata um fato histórico com isenção e neutralidade, o que é de se admirar. Enfim, um grande trabalho de resgate de um dos momentos mais tensos da história mundial. Para quem gosta de política internacional e seus desdobramento o filme se torna essencial.
Os Treze Dias Que Abalaram o Mundo (Thirteen Days, Estados Unidos, 2000) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: : David Self / Elenco: Kevin Costner, Bruce Greenwood, Steven Culp, Dylan Baker, Michael Fairman / Sinopse: O filme retrata passo a passo os acontecimentos da chamada “Crise dos Mísseis de Cuba” quando a União Soviético tentou instalar uma base de armamentos nucleares a poucos quilômetros dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Um Mundo Perfeito
Na trama um fugitivo da prisão estadual, Butch Haynes (Kevin Costner), é implacavelmente perseguido pelo xerife durão Red Garnett (Clint Eastwood). Desesperado para escapar ele acaba cometendo um ato impensado ao entrar em uma casa levando como refém um pequeno garoto de apenas sete anos, Phillip (T.J. Lowther). O que deveria ser uma situação limite, de terror extremo, acaba surpreendendo a todos quando nasce uma improvável amizade entre o garotinho e o bandido em fuga. Inicialmente Clint Eastwood só iria dirigir o filme. Ele esperava colocar seu amigo Tommy Lee Jones no papel de xerife mas acabou voltando atrás após ser convencido por Kevin Costner de que o personagem era ideal para ele, Clint, o protótipo do policial linha dura do cinema (impossível esquecer, por exemplo, seu famoso Dirty Harry). O resultado sem dúvida é excepcionalmente bom. A despeito da trama ser simples, com desdobramentos até previsíveis, a parceria Costner / Eastwood se revela perfeita. Kevin Costner, não habituado a interpretar vilões, traz toda uma carga emocional ao seu personagem, algo que faz toda a diferença do mundo. Já Eastwood simplesmente arrasa como um cowboy fora de época que ainda pretende resolver tudo com uma arma fumegante. Não assistiu ainda? Pois então fica a dica de “Um Mundo Perfeito”, um grande momento nas carreiras de Costner e Eastwood.
Um Mundo Perfeito (A Perfect World, Estados Unidos, 1993) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: John Lee Hancock / Elenco: Kevin Costner, Clint Eastwood, Laura Dern / Sinopse: Fugitivo (Kevin Costner) é perseguido por um policial durão (Clint Eastwood) e no caminho acaba fazendo de refém um pequeno garoto de apenas sete anos de idade.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de março de 2013
Sorte no Amor
O roteiro brinca com a mitologia de um dos esportes mais queridos dos americanos, fazendo uma ponte entre o sentimento religioso do povo americano com a paixão de alguns devotam pelo beisebol. Kevin Costner está completamente à vontade no papel. Esse de fato foi seu primeiro filme nesse estilo, onde ele basicamente interpretava um personagem galã e bonitão. Com figurino estilizado o ator realmente surpreende e se dá muito bem com sua parceira em cena, Susan Sarandon, aqui investindo sem pudores em seu lado mais sensual. A fita foi extremamente barata (orçamento de meros sete milhões de dólares) e rendeu mais de 50 milhões no mercado interno, um ótimo resultado. Tudo fruto do crescente interesse do público americano pelo ator Kevin Costner. O bom resultado garantiu inclusive o lançamento da película nos cinemas brasileiros, algo raro de acontecer em filmes sobre beisebol pois o público brasileiro sempre pareceu ter aversão a produções sobre esse esporte. Mas não se preocupe sobre isso. Quem não entende nada do beisebol pode ficar tranqüilo pois ele aqui funciona apenas como pano de fundo. O tema central é realmente o relacionamento entre os personagens principais. Como romance o filme se sai muito bem e por isso deixo a recomendação. “Sorte no Amor”, uma bela produção da década de 80 com Kevin Costner no auge de sua popularidade.
Sorte no Amor (Bull Durham, Estados Unidos, 1988) Direção: Ron Shelton / Roteiro: Ron Shelton / Elenco: Kevin Costner, Susan Sarandon, Tim Robbins / Sinopse: jogador veterano chega em pequena cidadezinha da Carolina do Norte para participar da modesta equipe local de beisebol. De quebra acaba se apaixonando por uma fã do esporte.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
JFK A Pergunta Que Não Quer Calar
Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.
JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
3000 Milhas Para o Inferno
Apesar de tentar ser diferente a verdade é que “3000 Milhas Para o Inferno” só tem de diferencial mesmo os imitadores de Elvis Presley. Todo o resto, o roteiro, as cenas, os clichês, não apresentam novidades, no fundo não há nada que você já não tenha visto antes em dezenas de outras produções de ação. Claro que a música de Elvis Presley tocando o tempo todo é uma delícia mas só isso não basta para transformar essa produção em um bom filme. Kevin Costner e Kurt Russell são atores bacanas, não há como negar, mas seus personagens são bem vazios e desprovidos de um melhor tratamento. Russell está até bem mais à vontade do que Costner, uma vez que esse é o seu estilo de filme, afinal ele estrelou várias produções de ação ao longo de sua carreira. Além disso quando era apenas um garotinho ele participou de um filme de Elvis Presley! Isso mesmo! Russell já contracenou com o Rei em pessoa! Foi em 1963. Em uma cena muito engraçada ele dava uns pontapés no personagem de Elvis que queria dar em cima de uma enfermeira e precisava de uma desculpa para ir até onde ela trabalhava. Foi um chute e tanto nas canelas mais famosas da história do Rock! Já Kevin Costner aparece bem desconfortável. Não é a praia dele, que sempre preferiu trabalhar em outros gêneros, dramas em sua maior parte. Além disso a calvície pesa na hora de se vestir como Elvis Presley, que afinal de contas entrou para a história por causa de seu volumoso e brilhante topete. Enfim, chega de devaneios. “3000 Milhas Para o Inferno” é mais do mesmo. Nada de novo no front, ou melhor, em Graceland. O velho e bom Elvis merecia coisa melhor!
3000 Milhas Para o Inferno (3000 Miles To Graceland, Estados Unidos, 2001) Direção: Demian Lichtenstein / Roteiro: Demian Lichtenstein, Richard Recco / Elenco: Kurt Russell, Kevin Costner, Courteney Cox, Christian Slater, Kevin Pollak, David Arquette, Jon Lovitz, Ice-T / Sinopse: Grupo de criminosos se aproveita de uma grande convenção de imitadores de Elvis Presley em Las Vegas para cometer um grande roubo em um dos hotéis cassinos mais luxuosos da cidade.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de maio de 2012
Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões
E qual afinal foi a razão de tanto sucesso? Simples, o filme respeita e mantém a essência e o espírito do personagem. Robin Hood é isso: aventura, paixão e muita ação. O resultado fica bem longe do mais recente filme feito que se tornou bem chato ao se preocupar em ser historicamente correto demais. Essa produção da Warner não nega as origens do herói e se assemelha bastante até mesmo ao clássico estrelado por Errol Flynn. A trama se passa na Inglaterra medieval do século XII. Robin Hood (Kevin Costner) é um veterano das cruzadas do Rei Ricardo Coração de Leão (Sean Connery) que volta para seu lar após muitos anos na terra santa. Ao retornar descobre que sua querida terra está sob as ordens do infame Xerife de Nothingham (Alan Rickman, sempre inspirado) que não hesita em explorar e humilhar os mais pobres e humildes da região. Acusado injustamente de um crime que não cometeu Robin encontra refúgio na floresta de Sherwood onde encontra uma comunidade de foras-da-lei. Decidido a lutar contra as injustiças acaba criando um verdadeiro mito em torno de seu nome, que representará pelos séculos afora a luta do homem comum contra o poder despótico dos poderosos. Destaque para o personagem mouro Azeem em carismática interpretação de Morgan Freeman e da participação especial de Sean Connery como o mitológico rei. Sua presença no filme inclusive foi escondido do grande público para criar surpresa no espectador na cena final quando finalmente surge na tela. Assim fica a dica para quem ainda não conhece: Robin Hood com Kevin Costner, uma aventura com o sabor das antigas matinês.
Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões (Robin Hood: The Prince of Thieves, Estados Unidos, 1991) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Pen Densham, John Watson / Elenco: Kevin Costner, Morgan Freeman, Mary Elizabeth Mastrantonio, Christian Slater, Alan Rickman, Geraldine McEwan, Michael McShane, Brian Blessed, Nick Brimble, Michael Wincott, Sean Connery / Sinopse: Nova versão para as aventuras do mitológico Robin Hood. Veterano das cruzadas ele é perseguido pelo Xerife de Nothingham tendo que fugir para a floresta onde começa a roubar dos ricos para dar aos pobres.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Possuída
Saber que Kevin Costner foi um dos maiores astros do cinema e vê-lo em um filme como esse me deu uma certa melancolia. A produção é nitidamente modesta (tanto que praticamente não existem efeitos visuais, mas apenas sonoros), com economia em locações, elenco e tudo mais. Na maioria das cenas não se vê absolutamente nada, ficando tudo escuro, mas em compensação ouve-se de tudo, desde gemidos, gritos de macacos a elefante com dor de barriga. Pelo visto não é apenas o roteiro que é mistureba, mas os efeitos sonoros também. O diretor trocou os altos custos de efeitos especiais por jogos de luz e sonoplastia. Não deu muito certo. Também esqueçam o péssimo título "Possuída" já que não é do sobrenatural do que se trata o filme, mas algo bem mais tosco. Enfim, filme fraco, confuso, que promete muito ao longo de sua duração mas que no final só consegue entregar muito pouco.
Possuída (The New Daughter, Estados Unidos, 2009) Direção: Luiso Berdejo / Roteiro: John Travis, John Connolly / Elenco: Kevin Costner, Ivana Baquero, Samantha Mathis / Sinopse: Ao se mudar para uma nova casa o pai de família John James (Kevin Costner) percebe que há algo de muito errado com sua nova morada.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Sem Saída
Tanto um como o outro foram muito bem recebidos pela crítica. Não é para menos, são realmente filmes muito bons, excelentes produções em seus respectivos gêneros. Se “Os Intocáveis” revitalizava os chamados filmes de gangsters, “Sem Saída” era um ótimo thriller de suspense e tensão com ótimo roteiro, extremamente bem escrito. Outro destaque era o elenco excepcional. Além de Kevin Costner o filme trazia o sempre ótimo Gene Hackman e a cultuada atriz Sean Young, de “Blade Runner”, que infelizmente veria sua carreira naufragar anos depois por causa de seu estranho comportamento com colegas e demais profissionais da área (para alguns Sean Young sofria mesmo era de algum tipo de doença mental que a fazia assumir comportamentos completamente bizarros e fora do padrão). Deixando isso de lado, “Sem Saída” mostra em seu enredo a armadilha na qual se vê envolvido o oficial da Marinha americana Tom Farrel (Kevin Costner). Em um jogo perigoso onde se mesclavam poder e sedução, ele acaba descobrindo que sua namorada (Sean Young) é na realidade amante do secretário de defesa do Pentágono (Gene Hackman, em momento inspirado). O problema é que ela é assassinada misteriosamente e Farrel (Costner) se torna o último a vê-la com vida. Diante das circunstâncias ele acaba se tornando o principal suspeito do crime e tentará desvendar o caso de qualquer jeito para escapar da corte marcial. Para isso ele terá exatamente apenas 48 horas para provar sua inocência. Esse é o tempo exato em que o Departamento de Defesa levará para melhorar uma imagem de Farrel que o liga diretamente ao crime cometido. Suspense, mistério e uma bem amarrada trama de assassinato tornam “Sem Saída” um dos melhores filmes da carreira de Kevin Costner. Se ainda não assistiu corra para conferir.
Sem Saída (No Way Out, Estados Unidos, 1987) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: Robert Garland baseado no livro de Kenneth Fearing / Elenco: Kevin Costner, Gene Hackman, Sean Young / Sinopse: Um oficial da Marinha Americana se vê envolvido numa rede de conspirações com o alto escalão do governo. No meio da trama sua namorada acaba sendo morta de forma misteriosa. Agora o oficial terá que provar sua inocência de qualquer forma antes que sua imagem numa foto o ligue diretamente ao local do crime.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Os Intocáveis
No filme acompanhamos a formação de um grupo de policiais de alto nível cuja principal função é combater o contrabando e a comercialização de bebidas. O contexto histórico se passa na época da chamada Lei Seca, quando o consumo de álcool foi proibido dentro das fronteiras americanas. Foi justamente aí que Capone criou seu império criminoso. O contrabando de bebidas e sua venda geraram uma verdadeira fortuna para o gangster. Não tardou para que Ness e Capone batessem de frente nessa guerra. Um dos grandes méritos de “Os Intocáveis” é seu elenco maravilhoso. Robert De Niro entrega uma de suas mais brilhantes interpretações como Al Capone. Cheio de maneirismos o ator literalmente incorpora o siciliano com maestria. Impossível esquecer, por exemplo, a famosa “cena do taco de beisebol”. Vivendo em luxo e riqueza ele esbanja aquele ar de quem está acima da lei. Com brilhante direção de arte e reconstituição histórica o filme marca pelo bom gosto e pela estética brilhante. Já o íntegro policial Eliot Ness encontra seu intérprete perfeito na pele de Kevin Costner. No auge da carreira Costner incorporava naquele momento todos os ideais americanos mais caros: virtude, honradez, bom mocismo, honestidade. Colecionando grandes sucessos de bilheteria ele foi até mesmo comparado ao mito Gary Cooper. Para completar o time de estrelas temos Sean Connery em uma atuação digna do Oscar que levou para casa. Sua morte é uma das mais marcantes e sensacionais da história recente do cinema americano. Inesquecível. Aliás de cenas inesquecíveis o filme está cheio. Como esquecer a cena no terminal com o carrinho de bebê descendo as escadas? Uma óbvia homenagem de De Palma para o clássico “O encouraçado Potemkin". Enfim, “Os Intocáveis” consegue ser saudosista e moderno ao mesmo tempo. Um tipo de produção que anda muito rara no cinema americano atual. Uma obra prima que infelizmente marcou o adeus de Brian de Palma à sua melhor fase como cineasta. Não faz mal, o filme segue sendo uma referência e um modelo de ótimo filme policial que mesmo não respeitando integralmente os fatos históricos consegue divertir com maestria.
Os Intocáveis (The Untouchables, Estados Unidos, 1987) Direção: Brian de Palma / Roteiro: Oscar Fraley, David Mamet baseado no livro de Eliot Ness / Elenco: Kevin Costner, Sean Connery, Charles Martin Smith, Andy Garcia, Robert De Niro, Richard Bradford, Jack Kehoe / Sinopse: Al Capone (Robert De Niro) é o mais famoso criminoso de Chicago. Controlando um império de jogos, bebidas e prostituição ele domina todos os setores da cidade. Para combater sua rede criminosa o policial Eliot Ness (Kevin Costner) resolve formar um grupo de policiais de elite chamado "Os Intocáveis". Sua função é combater o contrabando de bebidas e colocar Capone atrás das grades. Vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Sean Connery) e indicado para as categorias de Melhor Direção de Arte, Figurino e Trilha Sonora.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Filmografia - Kevin Costner - Parte 1
domingo, 24 de junho de 2007
Filmografia - Kevin Costner - Parte 2
Filmografia - Kevin Costner - Parte 3
sábado, 23 de junho de 2007
Filmografia - Kevin Costner - Parte 4
domingo, 19 de novembro de 2006
Dança com Lobos e os Nativos Americanos
Nos antigos filmes de faroeste havia esse grande antagonista coletivo. Os índios. Sempre retratados como selvagens assassinos. De fato, não podemos fechar os olhos para a realidade histórica, houve sim massacres promovidos por tribos mais violentas. Eles atacavam as caravanas de pioneiros brancos que iam em direção ao oeste americano. Barbaridades foram cometidas nesse período histórico, porém com o passar dos anos a convivência entre índios e brancos foi aumentando. O inicial choque de civilizações foi abrandando. De uma nova postura veio a necessária convivência civilizada.
A questão é que os roteiros dos filmes clássicos não primavam muitas vezes pela sutileza necessária. Eram filmes feitos para puro entretenimento. E com isso vieram as simplificações. Claro, houve inúmeras exceções. O índio Tonto que era o parceiro leal do cavaleiro solitário, herói das matinês, era um exemplo de que nem sempre a figura do nativo era negativa ou vilanesca. O diferencial com "Dança com Lobos" era que o foco mudava completamente de rota, mostrando a civilização indígena com todas as suas complexidades.
Filmes como "Pequeno Grande Homem" já tinham percorrido levemente essa caminho. Só que o filme de Kevin Costner deu um passo a mais, algo que já era necessário no ano em que chegou aos cinemas. A chuva de prêmios no Oscar, o reconhecimento da crítica e a boa vontade do público cimentaram todo o resto. A indústria já estava pronta para fazer uma espécie de mea culpa da forma como os índios tinham sido retratados por anos nas telas de cinema. É a evolução dos tempos, sempre caminhando para a frente.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de novembro de 2006
Kevin Costner - Wyatt Earp
Porém quem foi realmente Wyatt Earp? Essa foi uma pergunta de difícil resposta. Não custa lembrar que o próprio xerife contribuiu para a romantização de sua lenda, pois já velhinho foi para Hollywood onde acabou contribuindo (inclusive com mentiras) para os filmes da era do cinema mudo. Assim passar por cima de camadas e mais camadas de pura ficção não foi fácil.
O resultado acabou sendo esse roteiro que sem favor algum é muito bom. Kevin Costner queria controle total do projeto, inclusive palpitando no roteiro e assumindo a direção. O estúdio não aceitou. Assim a direção foi dada para o cineasta Lawrence Kasdan. Sucesso de crítica, mas não completamente bem sucedido em termos de bilheteria, esse western cumpriu o que prometia, trazer o Wyatt Earp da história real, tentando ser mais realista do que todos os outros filmes já feitos sobre ele.
Wyatt Earp (EUA, 1994) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Dan Gordon, Lawrence Kasdan / Elenco: Kevin Costner, Dennis Quaid, Gene Hackman / Sinopse: Cinebiografia do famoso xerife e homem da lei Wyatt Earp (Kevin Costner). Ao lado de seus irmãos e do amigo Doc Holliday (Dennis Quaid), Earp se envolveu no famoso duelo do OK Curral, que entrou na história do velho oeste.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
quinta-feira, 20 de julho de 2006
sábado, 22 de abril de 2006
Wyatt Earp
Geralmente as pessoas mistificam certos personagens da história e se aborrecem seriamente quando certas passagens das vidas desses mitos são desmistificadas. Um caso bem exemplificativo disso aconteceu quando Kevin Costner resolver levar para as telas a biografia do lendário xerife do velho oeste, Wyatt Earp. O uso da expressão lendário aqui não é mero enfeite, Earp realmente foi um dos personagens mais conhecidos e celebrados do chamado Oeste Selvagem. Ao lado de seus irmãos e do amigo, o dentista, pistoleiro e tuberculoso Doc Holliday, Wyatt enfrentou uma quadrilha de bandidos no famoso Ok Curral, duelo esse que jamais foi esquecido na vasta mitologia do western americano e que consagrou seu nome para sempre na história dos Estados Unidos. Kevin Costner poderia muito bem apenas endossar a velha lenda mas corajosamente preferiu filmar uma biografia bem mais realista e de acordo com o que realmente aconteceu. O filme, que tem mais de 3 horas de duração, é um primor de qualidade. Na época foi recebido com certas reservas, talvez justamente por ser "real demais".
E afinal, o que tanto aborreceu a alguns segmentos da sociedade ianque? Primeiramente o fato de que certos aspectos da biografia de Earp vieram à tona pela primeira vez no cinema com esse filme. Por exemplo, em todos os filmes que retrataram Wyatt antes ele sempre era mostrado como um homem da lei, acima do bem e do mal. Honesto, correto e incorruptível. A verdade histórica porém não foi bem assim. No filme descobrimos que Wyatt antes de virar xerife teve que fugir de sua terra natal para não ser preso por roubo de cavalos. Isso mesmo, o xerife modelo do oeste americano era na realidade um ladrão de cavalos foragido. Durma-se com um barulho desses.
Outros aspectos nada lisonjeiros na biografia de Wyatt Earp vão desfilhando pelas cenas: sua dureza com os que o desafiavam, sua fria relação com sua segunda companheira (a primeira esposa faleceu de tifo ainda muito cedo) e os não explicados assassinatos da antiga quadrilha que matou dois dos irmãos Earp. Tudo no filme é retratado de forma corajosa e sem meias palavras. Para quem gosta de história como eu, um roteiro honesto e definitivamente leal à veracidade dos fatos como esse é um prato cheio, um grande prazer. Enfim, Wyatt Earp é item obrigatório para todos aqueles que desejam conhecer a verdade por trás dos mitos do velho oeste, sem enfeites ou fantasias. O velho xerife, mostrado com a veracidade e a velocidade de um colt 45, se revela por inteiro no quadro pintado por Kevin Costner. É a biografia definitiva sobre Wyatt Earp no cinema. Por essa razão se ainda não assistiu, não perca a oportunidade.
Wyatt Earp (Estados Unidos, 1994) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Dan Gordon, Lawrence Kasdan / Elenco: Kevin Costner, Dennis Quaid, Gene Hackman / Sinopse: Cinebiografia do famoso xerife e homem da lei Wyatt Earp (Kevin Costner). Ao lado de seus irmãos e do amigo Doc Holliday (Dennis Quaid), Earp se envolveu no famoso duelo do OK Curral, que entrou na história do velho oeste.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de março de 2006
Dança com Lobos
Título Original: Dances with Wolves
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Michael Blake
Elenco: Kevin Costner, Mary McDonnell, Graham Greene, Rodney A. Grant, Floyd 'Red Crow' Westerman, Tantoo Cardinal
Sinopse:
Durante a guerra civil americana o Tenente Dunbar (Costner) da União é ferido e acaba sendo enviado para um território distante, ainda ocupado por nações nativas. Uma vez lá acaba se aproximando da cultura e do modo de viver dos indígenas, criando laços de amizade com eles. Em pouco tempo se torna um defensor daqueles índios das terras do Nebraska.
Comentários:
É o filme mais importante da carreira do ator e diretor Kevin Costner. Um projeto bem pessoal que havia sido recusado por alguns estúdios. Costner apostou em um roteiro que procurasse mostrar a riqueza cultural dos nativos norte-americanos. Por décadas eles foram mostrados apenas como vilões dos filmes de cavalaria. Agora havia uma mudança de mentalidade. O personagem principal era um membro da cavalaria americana, mas que procurava ter uma aproximação pacífica e construtiva com os nativos. Não foi a primeira vez que o cinema americano teve essa estética mais simpática aos índios, mas certamente foi o filme mais representativo dessa linha. Sucesso de público e crítica, acabou sendo indicado em 12 categorias no Oscar, vencendo sete, entre elas as mais importantes, de melhor filme, direção, roteiro e direção de fotografia. De fato o filme é visualmente belíssimo e mesmo revisto hoje em dia não perdeu nada de seu impacto inicial. Considerado um pouco longo por alguns, com 181 minutos de duração, a produção segue o estilo épico dos antigos filmes de western, só que agora acrescentado de uma bela mensagem de paz e harmonia com as tribos dos primeiros habitantes das Américas.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de março de 2006
Silverado
Título Original: Silverado
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan, Mark Kasdan
Elenco: Kevin Kline, Scott Glenn, Danny Glover, Kevin Costner, John Cleese, Bill Thurman
Sinopse:
Um grupo de cowboys chega na cidade de Silverado e descobre que a região é dominada por um fazendeiro sem escrúpulos e um xerife corrupto, sempre disposto a abusar de sua autoridade em prol de suas atividades criminosas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som e Melhor Música Original.
Comentários:
Assisti no cinema, em seu lançamento original. Na época eu era um adolescente e gostei muito do filme. O faroeste já era um gênero cinematográfico meio decaído, poucos estúdios ainda investiam nele. Parecia algo de um tempo passado. O fato é que se produziu tantos filmes de western nas décadas anteriores que tudo ficou meio saturado. Outro aspecto a se considerar é que esse faroeste dos anos 80 procurava ser mais moderno, contando com um elenco muito bom, que estava surfando uma onda de sucesso. Danny Glover, por exemplo, colhia o sucesso da série "Máquina Mortífera". Kevin Kline era um ator badalado, inclusive pela crítica. E não poderia deixar de lembrar de Kevin Costner, naquela ocasião ainda pouco conhecido. Em pouco tempo ele iria se tornar um astro, um campeão de bilheteria. De qualquer modo é um bom filme e resistiu bem ao tempo. Claro, depois que você assiste filmes como "Sete Homens e um Destino" você acaba entendendo de onde veio parte do roteiro desse "Silverado". Mesmo assim não é algo que desmereça suas qualidades cinematográficas.
Pablo Aluísio.