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quarta-feira, 27 de março de 2024

A Queda da Casa de Usher

Título no Brasil: A Queda da Casa de Usher
Título Original: The Fall of the House of Usher
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Michael Fimognari, Mike Flanagan
Roteiro: Mike Flanagan, Justina Ireland
Elenco: Bruce Greenwood, Mary McDonnell, Henry Thomas, Samantha Sloyan, Willa Fitzgerald, Zach Gilford

Sinopse:
Um a um, os jovens herdeiros do rico e poderoso clã Usher, encontram a morte, das maneiras mais inusitadas. A família parece estar definitivamente amaldiçoada, mas qual seria a origem dessa maldição fatal? Apenas um retorno ao passado do patriarca da família poderia explicar todos os trágicos acontecimentos. A Queda da Casa de Usher é uma série baseada na obra do escritor Edgar Allan Poe. 

Comentários:
Essa série foi muito criticada. Em meu ponto de vista foram críticas injustas. Pessoalmente gostei bastante. Tudo bem que os episódios seguem uma linha narrativa básica, com a morte dos membros do clã Usher. Entretanto ninguém pode negar a extrema qualidade do episódio final. Achei esse episódio um verdadeiro primor. Explica tudo o que se viu nos episódios anteriores, valorizando inclusive o texto original do mestre Edgar Allan Poe. Muitas das críticas inclusive diziam que o texto original não era adaptável para as telas. Bobagem. A essência está na série. Pode sim ter problemas de ritmo, com alguns episódios funcionando melhor do que outros, mas nada disso tira a qualidade desse material. Só é exigido, e isso devo reconhecer, uma certa paciência do espectador. Os episódios são longos, acima da média do que se vê por aí. O episódio final, por exemplo, tem duração de um longa-metragem para o cinema. De qualquer forma não desanime, persista na série. Vai valer muito a pena. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dança Com Lobos

Dança Com Lobos
“Dança Com Lobos” foi um grande vencedor dos prêmios da Academia em seu ano de lançamento. Foi premiado com os Oscars de Melhor Filme, Fotografia, Direção, Edição, Trilha Sonora, Som e Roteiro Adaptado. Além disso acabou se tornando sucesso absoluto de público e crítica. A verdade pura e simples é que Dança com Lobos é realmente uma grande produção, que até hoje sempre é relembrada e citada com frequência demonstrando que também venceu o teste do tempo. 

O filme narra a história do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado, bem próximo do território onde vive a comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco, ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos. O enredo foi baseado na novela de Michael Blake (que também assina o roteiro). 

A produção mistura diversos elementos, desde os mitos dos antigos filmes de western até uma visão mais moderna que enfoca o papel do índio americano na conquista do oeste de uma forma diferenciada (e mais justa). No fundo “Dança com Lobos” retrata uma dos mais sangrentos choques de civilizações da história. A luta entre a sobrevivência das nações indígenas em face do avanço do homem branco pelas pradarias indomáveis de outrora. A tecnologia versus a tradição, o apogeu e o ocaso de civilizações em conflito.

Kevin Costner acertou em cheio na sua visão. Havia todo um clima de revisionismo histórico quando o filme foi lançado. Os povos indígenas, quase sempre retratados como selvagens e bárbaros nos antigos filmes de faroeste aqui ganham uma nova postura dentro do cinema americano. Seu lado mais humano foi levado ao centro da questão. Durante a produção muito se falou de falta de experiência de Kevin Costner para dirigir o filme. De fato ele não tinha nenhuma experiência anterior. Porém como ele estava no auge de sua carreira e popularidade o estúdio resolveu arriscar. Tentativas de intervenção foram feitas nas filmagens mas em vão. O que não contavam é que Costner tinha muita personalidade, não abrindo mão de sua visão criativa em nenhum momento.

Ele certamente acertou pois fez uma obra grandiosa, sem concessões, calcada na velha escola dos grandes clássicos do passado. Fotografia grandiosa, trilha sonora evocativa e muitas tomadas de extremo bom gosto fizeram o diferencial. Costner conseguiu realizar o filme de acordo com o que desejava. O curioso é que essa mesma teimosia acabaria levando Costner ao outro lado da moeda anos depois quando amargou o fracasso de “Waterworld”, superprodução que se revelou desastrosa em termos de público e crítica. De qualquer modo após passar alguns anos em baixa Costner ressurgiu no faroeste em 2012 com “Hatfields and McCoys”, um grande sucesso televisivo nos EUA. A série provou que a ligação de Kevin Costner com os filmes de western é forte e duradoura. Seu ápice surgiu justamente aqui em “Dança com Lobos”. Se não conhece ou não assistiu ainda, não perca mais tempo pois é um produção do tipo que não se faz mais. Simplesmente Imperdível.

Dança Com Lobos (Dances With Wolves, Estados Unidos, 1990) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Michael Blake / Elenco: Kevin Costner, Mary McDonnell, Graham Greene / Sinopse: O filme narra a estória do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado bem próximo da comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos.

Pablo Aluísio.


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Grand Canyon

Título no Brasil: Grand Canyon - Ansiedade de uma Geração
Título Original: Grand Canyon
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan, Meg Kasdan
Elenco: Kevin Kline, Steve Martin, Danny Glover, Mary-Louise Parker, Mary McDonnell, Alfre Woodard

Sinopse:
Os destinos de várias pessoas vão se entrelaçando ao longo do tempo. E a vida de cada personagem enfrenta diversas situações delicadas e imprevisíveis. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor roteiro original (Lawrence Kasdan, Meg Kasdan).

Comentários:
Esse filme não pode ser definido como uma comédia como muitas vezes vi em manuais e guias de filmes. Não é muito por essa linha. Há diversas situações ocorrendo ao mesmo tempo. Kevin Kline, por exemplo, interpreta um sujeito rico cujo carro dá problemas, bem no meio de um bairro negro, com criminosos à espreita. Acaba sendo salvo por Danny Glover, um homem com muita experiência de vida que dirige um caminhão de guincho. Já Steve Martin, aqui de barba e bem diferente, é o executivo de cinema que precisa lidar com atrizes problemáticas. E as mulheres formam a maior parte do arco narrativo do filme, mostrando desde uma jovem com problemas de depressão até uma senhora casada que encontra um bebê no meio dos arbustos de um parque. Enfim, é um filme com várias pequenas histórias que acabam se interligando de uma maneira ou outra. Poderia ser um filme de Robert Altman, mas não é. É isso sim um bom drama dirigido e roteirizado pelo competente e talentoso Lawrence Kasdan. Um bom filme dos anos 90 que anda injustamente esquecido.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Dança com Lobos

Título no Brasil: Dança com Lobos
Título Original: Dances with Wolves
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Michael Blake
Elenco: Kevin Costner, Mary McDonnell, Graham Greene, Rodney A. Grant, Floyd 'Red Crow' Westerman, Tantoo Cardinal

Sinopse:
Durante a guerra civil americana o Tenente Dunbar (Costner) da União é ferido e acaba sendo enviado para um território distante, ainda ocupado por nações nativas. Uma vez lá acaba se aproximando da cultura e do modo de viver dos indígenas, criando laços de amizade com eles. Em pouco tempo se torna um defensor daqueles índios das terras do Nebraska.

Comentários:
É o filme mais importante da carreira do ator e diretor Kevin Costner. Um projeto bem pessoal que havia sido recusado por alguns estúdios. Costner apostou em um roteiro que procurasse mostrar a riqueza cultural dos nativos norte-americanos. Por décadas eles foram mostrados apenas como vilões dos filmes de cavalaria. Agora havia uma mudança de mentalidade. O personagem principal era um membro da cavalaria americana, mas que procurava ter uma aproximação pacífica e construtiva com os nativos. Não foi a primeira vez que o cinema americano teve essa estética mais simpática aos índios, mas certamente foi o filme mais representativo dessa linha. Sucesso de público e crítica, acabou sendo indicado em 12 categorias no Oscar, vencendo sete, entre elas as mais importantes, de melhor filme, direção, roteiro e direção de fotografia. De fato o filme é visualmente belíssimo e mesmo revisto hoje em dia não perdeu nada de seu impacto inicial. Considerado um pouco longo por alguns, com 181 minutos de duração, a produção segue o estilo épico dos antigos filmes de western, só que agora acrescentado de uma bela mensagem de paz e harmonia com as tribos dos primeiros habitantes das Américas.

Pablo Aluísio.