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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ele Disse, Ela Disse

Título no Brasil: Ele Disse, Ela Disse
Título Original: He Said, She Said
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Kwapis, Marisa Silver
Roteiro: Brian Hohlfeld
Elenco: Kevin Bacon, Elizabeth Perkins, Nathan Lane

Sinopse:
Um conhecido casal de jornalistas decide romper seu relacionamento de longos anos publicamente. O rompimento acaba chamando bastante atenção da mídia e cada um deles então procura seu expor seus motivos, procurando demonstrar a culpa do outro no fracasso de seu próprio casamento. Filme baseado no romance escrito por Brian Hohlfeld (que também assina o roteiro da produção).

Comentários:
Gosto bastante do roteiro desse filme. Ele tem realmente ótimos diálogos e a proposta do argumento mostrando o ponto de vista de cada um dentro de um relacionamento conturbado, deu margem para comprovar aquele famoso ditado que diz: "Para cada fato existem três versões, a de cada um e a verdade". Assim o espectador é levado para dois lados opostos, procurando descobrir quem estaria mesmo contando a verdade. O divertido é que isso abre espaço também para expor as diferenças existentes entre as visões do homem e da mulher dentro de um caso amoroso. Provavelmente você se identificará com o que acontece na tela, principalmente quando descobre que a forma de enxergar seu relacionamento é completamente diverso da de sua companheira, aliás algo bem comum de acontecer no mundo real. No mais, temos que admitir que o público alvo desse filme é realmente o feminino. É fato notório que elas adoram dissecar seus casos, procurando sentido nos menores detalhes, no mais singelos gestos e atitudes, enquanto que para os homens isso se torna um aspecto meramente secundário (para não dizer muitas vezes chato). Mesmo assim indico a produção para ambos os sexos e de preferência que seja assistido em casal, afinal de contas o enredo poderá abrir espaço para se debater o seu próprio envolvimento com a mulher amada. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Ataque dos Vermes Malditos

Título no Brasil: O Ataque dos Vermes Malditos
Título Original: Tremors
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ron Underwood
Roteiro: S.S. Wilson, Brent Maddock
Elenco: Kevin Bacon, Fred Ward, Finn Carter

Sinopse:
Fortes abalos sísmicos intrigam um grupo de pesquisadores, que não sabem precisar a origem daquele fenômeno desconhecido. Valentine McKee (Kevin Bacon) procura então ir a fundo naquilo e acaba descobrindo que tudo é causado por um estranho verme gigante, mal cheiroso e voraz, que se dirige perigosamente em direção às grandes cidades. Indicado a cinco prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção, Melhor Atriz Coadjuvante (Finn Carter e Reba McEntire) e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
A ideia começou quase como uma brincadeira, uma forma de levar a estética dos filmes trash para uma produção mais bem realizada, com tudo do bom e do melhor que a moderna tecnologia poderia proporcionar - afinal de contas a computação gráfica já havia se tornado uma realidade. Esse é aquele tipo de filme chamado nos Estados Unidos de MOW, onde o que importa são as criaturas, os monstros que surgem na tela. Todo o resto, atuação, roteiro e direção, são meros coadjuvantes. O clima desértico, árido e isolado contribuem ainda mais para o bom resultado final. Kevin Bacon, quem diria, acabou fazendo um filme que nada tinha a ver com sua carreira anterior, um verdadeiro alien em sua filmografia. O ator acabou encontrando o tom certo pois em nenhum momento se leva muito à sério. Lançado de forma bastante despretensiosa, a fita fez um belo sucesso o que garantiu a produção de mais filmes, cada vez mais rasteiros e mal realizados nos anos que viriam.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Linha Mortal

Título no Brasil: Linha Mortal
Título Original: Flatliners
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Peter Filardi
Elenco: Kiefer Sutherland, Kevin Bacon, Julia Roberts, William Baldwin

Sinopse:
Um grupo de arrogantes estudantes de medicina decide desvendar um dos últimos grandes mistérios da ciência moderna: a morte! Eles não desejam vencer ela, mas apenas a sondar de dentro. Assim decidem realizar uma rede de experiências levando o corpo a um estado de quase-morte. A intenção é sondar essa fronteira, para tentar descobrir o que realmente de fato existe no outro lado da vida. O que eles não sabiam é que com isso acabam abrindo portas que jamais deveriam ter sido abertas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme indicado ao prêmio Saturn da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção e Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts). 

Comentários:
Alguns filmes melhoram bastante com o passar do tempo. Isso se deve principalmente aos roteiros, que sendo de boa qualidade, não envelhecem jamais. Um caso que se encaixa perfeitamente no exemplo acima é essa fita de suspense que fez bastante sucesso na época de seu lançamento, tanto nos cinemas como no mercado de vídeo VHS. Os personagens são extremamente interessantes, jovens estudantes de medicina, egocêntricos, arrogantes, cheios de si, afinal de contas eles estão no topo da cadeia alimentar no ultra concorrido universo dos cursos de ponta da carreira acadêmica americana. Para jovens assim não existem barreiras que os impeçam de irem até o limite. E o que seria mais tentador e ousado do que tentar explicar os mecanismos que rondam a própria morte? Assim no auge de sua petulância eles ousam tentar atravessar essa barreira, verificar o que existe no outro lado e voltar para contar o que viram. Não é uma das tarefas mais simples de realizar. O elenco de "Flatliners" conseguiu reunir um grupo de jovens atores - ainda desconhecidos do grande público na época - que nos anos que viriam iriam se tornar astros e estrelas do cinema americano. Dentre eles se destaca Julia Roberts, ainda colhendo os frutos do recente sucesso de "Uma Linda Mulher". A direção é do irregular Joel Schumacher, um cineasta conhecido por intercalar bons filmes com bombas atômicas. Aqui, para alívio geral, ele comparece com uma obra não apenas interessante, mas também bem desafiadora. Prova que, quando acerta a mão, ele consegue mesmo realizar bons filmes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Homem Sem Sombra

Título no Brasil: O Homem Sem Sombra
Título Original: Hollow Man
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Gary Scott Thompson, Andrew W. Marlowe
Elenco: Kevin Bacon, Elisabeth Shue, Josh Brolin

Sinopse:
Sebastian Caine (Kevin Bacon) é o arrogante líder de um grupo de pesquisadores que consegue chegar na fórmula de um soro capaz de deixar qualquer um invisível. Empolgado pela descoberta Caine não se contém e resolve tomar a substância, ignorando os efeitos danosos que podem lhe causar no futuro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
A tecnologia em efeitos digitais chegou em um ponto na indústria americana de cinema que não há mais como avançar em frente. Provavelmente o ápice já foi atingido. Digo isso me embasando em filmes como esse, que foi realizado há 14 anos e ainda se mantém em evidência por causa dos excelentes efeitos produzidos em softwares de última geração já naquela época. Aliás os efeitos formam juntos a principal razão da existência dessa película. O enredo é antigo - basta lembrar do clássico "O Homem Invisível" de 1933 para entender isso - e o que justifica o remake é realmente as possibilidades de se contar a mesma estória embalada com a tecnologia de ponta com que conta os estúdios na modernidade. Com um elenco carismático - em especial Bacon e a ex-aluna de Harvard Shue - o filme ainda mantém o interesse. Pena que o talentoso diretor Paul Verhoeven tenha entrado numa maré de azar após esse filme, pois sempre o considerei um dos mais interessantes cineastas do mundo Sci-fi, bastando lembrar de "RoboCop - O Policial do Futuro", "O Vingador do Futuro", "Instinto Selvagem" e até mesmo "Tropas Estelares" para entender bem isso. Espero que um dia dê a volta por cima.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Quicksilver - O Prazer de Ganhar

Título no Brasil: Quicksilver - O Prazer de Ganhar
Título Original: Quicksilver
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Thomas Michael Donnelly
Roteiro: Thomas Michael Donnelly
Elenco: Kevin Bacon, Jami Gertz, Paul Rodriguez

Sinopse:
Jack Casey (Kevin Bacon) é um yuppie do mercado de ações que se considera um gênio em sua area. Depois de uma decisão equivocada sua carreira desce a ladeira (em um ambiente tão competitivo não há espaço para o perdão). Tentando refazer sua vida ele se une a uma pequena empresa de entregas, que usa bicicletas para evitar os grandes engarrafamentos da cidade de San Francisco. O sucesso do negócio logo se revela uma boa opção para se ganhar muito dinheiro na visão de Casey.

Comentários:
Depois do grande sucesso do musical "Footloose - Ritmo Louco", Kevin Bacon realizou o bom telefilme "Mister Roberts" e então voltou ao cinema nesse "Quicksilver - O Prazer de Ganhar". Bom, quem conhece Kevin Bacon de longa data (categoria na qual me enquadro) sabe que o ator viveu duas fases em sua vida. A primeira quando era apenas um jovem dançante, que realizava produções para a juventude dos anos 80, e outra quando começou a fazer filmes e dramas bem mais relevantes. Esse faz parte da primeira etapa de sua carreira. Bacon é praticamente apenas um garotão em um enredo que explora um esporte radical e muito popular entre a galera da época, o ciclismo. O filme é muito simpático e também despretensioso ao máximo. No Brasil foi lançado diretamente no mercado de vídeo VHS (confesso que não me recordo se ganhou as telas no cinema comercial). Mesmo assim não obteve muito sucesso, nem entre suas fãs de "Footloose". Cá entre nós, uma injustiça pois é uma diversão honesta e que cumpre bem seus objetivos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ecos do Além

Título no Brasil: Ecos do Além
Título Original: Stir of Echoes
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Artisan Entertainment
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp
Elenco: Kevin Bacon, Zachary David Cope, Kathryn Erbe, Kevin Dunn, Conor O'Farrell, Lusia Strus
  
Sinopse:
Tom Witzky (Kevin Bacon) é um cara comum. Pai da família, trabalhador, ele vai levando a sua vida na normalidade. Sua vida porém muda completamente após ser hipnotizado por Isa (Illeana Douglas). O que parecia ser apenas uma brincadeira, durante uma festa de família, acaba mexendo bastante com sua mente. Pior do que isso, Tom começa a ter estranhas visões, pessoas falecidas surgem nas sombras para aterrorizar suas noites.

Comentários:
O roteiro desse filme foi baseado na novela de terror e suspense escrita por Richard Matheson. O material original é muito bom, o que talvez explique essa boa trama. Em termos gerais o filme é um thriller de suspense, que se segura bastante naquelas situações de terror envolvendo sombras e mistérios. Não há como negar que esse filme é um bom momento da filmografia do ator Kevin Bacon, em um momento em que sua carreira começava a decolar novamente. Já o diretor e roteirista David Koepp era mais especializado em filmes de ação e aventura, como "Missão: Impossível" e "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros" cujos roteiros ele mesmo escreveu. Aqui porém ele demonstra ter talento para a direção, principalmente por saber arriscar quando isso era possível. Tudo bem que o filme decaia um pouco em seu final, isso é até normal de acontecer, o fato importante porém é que o filme conseguiu se destacar na época de seu lançamento, sendo até hoje lembrado pelas fãs de terror e suspense. No mínimo é uma boa fita do gênero.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de setembro de 2013

R.I.P.D. - Agentes do Além

Nick (Ryan Reynolds) é um tira corrupto. Ao lado de outro policial, Hayes  (Kevin Bacon), ele resolve dividir o produto de um furto mas depois começa a se arrepender do que fez. Durante uma batida policial Hayes resolve então aproveitar a confusão para matar Nick, antes que ele, com peso na consciência, coloque tudo a perder. Morto, Nick se vê no mundo espiritual. Lá é designada por uma "burocrata celestial" para uma força policial do além conhecida como R.I.P.D. ("Rest in Peace Departament", ou em tradução livre, "Descanse em Paz Departamento"). A função dos agentes que fazem parte dessa agência é capturar fugitivos mortos que tentam fugir do inferno. Para trabalhar ao seu lado é designado o veterano tira Roy (Jeff Bridges). Ele havia sido xerife no velho oeste quando estava vivo e está há muitos anos trabalhando na R.I.P.D. Juntos terão que colocar as mãos em um artefato milenar que tem o poder de abrir definitivamente as portas do inferno, o que libertaria os maiores e mais desprezíveis criminosos da história da humanidade. E assim começa esse esquisito, para não dizer o mínimo, filme que tenta unir filmes policiais com temáticas de além-túmulo. Mas não precisa se preocupar pois a produção adota um tom de pura comédia ao estilo "MIB - Homens de Preto" só que ao invés de caçar ETs esses agentes do além partem em busca de mortos que tentam fugir do castigo eterno.

Uma das primeiras coisas que chamam a atenção aqui é o elenco acima da média que conta com grandes nomes de Hollywood. Jeff Bridges, por exemplo, repete de certa forma o personagem que ele fez em "Bravura Indômita", só que obviamente tudo aqui levado na pura galhofa. Só me admira mesmo que um ator de seu nível tenha participado de um filme assim, que certamente nada vai acrescentar em sua carreira. Afinal de contas a produção nada mais é do que um filme dirigido ao público adolescente que lota cinemas de shopping com muita pipoca e coca-cola. Outra surpresa é ver o bom Kevin Bacon fazendo o tira corrupto que mata o parceiro logo nas primeiras cenas. Impossível não lembrar seu papel na série "The Following", que aliás é extremamente superior a qualquer coisa que vemos aqui. Mas afinal o que esses dois bons atores estão fazendo em algo desse tipo? Sinceramente não tenho a menor ideia! Por fim o ator Ryan Reynolds tenta se recuperar do grande fracasso de "Lanterna Verde". Vai conseguir? Só o tempo dirá. De qualquer forma parece que ele se recusa a crescer como ator pois fica entrando em projetos como esse, bem bobinhos e descartáveis. Em suma, RIPD tem elementos de muitos filmes que você já viu na vida, desde "Ghost", "MIB" até "Os Caça-Fantasmas". A diferença básica era que essas produções eram muito, muito superiores.

R.I.P.D. - Agentes do Além (R.I.P.D, Estados Unidos, 2013) Direção: Robert Schwentke / Roteiro: Phil Hay, Matt Manfredi / Elenco: Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Kevin Bacon, Mary-Louise Parker / Sinopse: Policial assassinado é incorporado a uma agência do além cujo objetivo é capturar fugitivos do inferno.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sexta-Feira 13

No começo da década de 80 surgiu nos cinemas um filme que marcaria época nos anos seguintes, dando origem a uma das mais longas e produtivas franquias da história do cinema americano. Era "Sexta-Feira 13", o primeiro do que seria uma fila sem fim de produções usando como personagem principal o psicopata imortal Jason (uma miscelânea de vários serial killers da vida real com seus problemas emocionais, afetivos tudo desembocando para uma explosão de violência insana e sem sentido). Como não poderia deixar de ser tudo começa numa sexta-feira 13 de 1958. Em um acampamento de verão localizado na bonita região de Crystal Lake um casal de namorados é morto de forma misteriosa. Assim que a notícia se espalha o local ganha fama de amaldiçoado pelos moradores da região. Vinte anos depois um sujeito sem noção tem a péssima ideia de reabrir o local, dando reinicio a muitas mortes em série. É curioso perceber que um filme como "Sexta-Feira 13" não teria espaço em um grande estúdio de Hollywood se fosse lançado algumas décadas antes. Sua proposta era a de mostrar violência explícita, algo que seria inaceitável nos anos 60, por exemplo.

A partir do começo dos anos 70 as coisas começaram a mudar. Várias fitas apelavam para a violência mais crua e selvagem. "O Massacre das Serra Elétrica", por exemplo, não poupava mais o espectador. Era violento além dos limites. Isso acabou dando origem a um novo filão de filmes de terror denominados pela crítica da época de "slasher". Embora violentos as produções dessa época ainda estavam longe do banho de sangue que vemos atualmente em filmes como "Jogos Mortais" mas já eram considerados extremamente fortes na época de seus lançamentos. O diferencial sobre "Sexta-Feira 13" sobre tantos outros filmes semelhantes da época era que havia um grande estúdio por trás, a Paramount, que apostava no filme como um novo "Psicose", afinal o tema sobre psicopatas sangrentos não saía da mídia e sempre despertava o interesse do grande público. Tentando capitalizar essa audiência o estúdio investiu pesado em propaganda e divulgação e o resultado comercial não decepcionou. O lucro foi espetacular pois o filme custou meros 500 mil dólares (principalmente por ter um elenco de desconhecidos e produção barata) e faturou apenas em seu ano de estreia a bagatela de quase 40 milhões de dólares - um êxito espetacular para uma película de terror nesse estilo. O diretor e roteirista Sean S. Cunningham que vinha de uma sucessão de filmes inexpressivos tirou a sorte grande. Ao criar junto de seu roteiristas o personagem Jason Voorhees mal sabia ele que estava dando vida a um dos psicopatas mais famosos da cultura pop! Imortal é pouco em se tratando de Jason.

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Sean S. Cunningham, Victor Miller / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor, Kevin Bacon / Sinopse: Em um isolado e distante acampamento de verão uma série de mortes começam a confirmar a maldição que ronda o lugar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Footloose

É um, digamos assim, clássico do cinema musical da década de 80. O enredo é simpático e o filme até hoje tem seus admiradores, a ponto inclusive de se produzir um remake recente (horrendo, por sinal). A estória foi levemente baseada em um fato real ocorrido numa cidadezinha do meio oeste americano. Após a morte de jovens numa noite de bebedeiras e farras o pastor local conseguiu convencer a comunidade a adotar uma atitude radical: proibir toda e qualquer festa com música entre jovens. Embora fosse obviamente um ato sem a menor base jurídica (basicamente uma afronta aos direitos individuais da juventude local) o fato é que a cidade comprou a idéia e assim a música, a dança e as festas públicas foram definitivamente banidas do local.

Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.

Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

JFK A Pergunta Que Não Quer Calar

Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Mas afinal quem realmente matou o presidente John Kennedy? A versão oficial afirma que o presidente americano foi morto por Lee Oswald, que agindo sozinho resolveu liquidar o político durante uma visita amigável ao Texas. Andando pelas ruas de Dallas em carro aberto, acenando para os que o saudavam nas calçadas durante seu trajeto, o líder do chamado mundo livre ficou a mercê de qualquer um que o usasse como alvo. Lee Oswald, um ex-fuzileiro naval que havia morado na Rússia por algum tempo o transformou em seu alvo. Ele agiu sozinho, sem ajuda de ninguém. Exímio atirador, subiu até um edifício onde se armazenavam livros escolares e de lá matou o presidente que vinha passando em frente a sua janela. Sua mira foi praticamente perfeita. Após atingir o presidente no pescoço deu um novo tiro que atingiu a cabeça do presidente. Foi o tiro fatal. Dias depois ao ser levado para uma cadeia próxima, Oswald foi assassinado por Jack Ruby, um membro de baixo escalão da máfia local. Isso é resumidamente tudo o que se apurou nas investigações oficiais. Os americanos ficaram tão perplexos com tudo o que aconteceu que simplesmente nunca acreditaram plenamente nessa versão oficial. Dois em cada três americanos acreditam que Kennedy foi vítima de uma conspiração sem tamanho, envolvendo figurões, agências governamentais, a Máfia, os russos, Fidel Castro e tudo o mais que você possa imaginar. Até teorias envolvendo OVNIS e Kennedy já foram criadas. Não há limites para a imaginação. Foi justamente nesse mundo de conspirações e intrigas que Oliver Stone resolveu ambientar seu “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar”.

Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.

JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de novembro de 2012

Frost / Nixon

Nem sempre a história é tão interessante do ponto de vista dramático que justifique sua transposição de forma fiel para os palcos ou para as telas. Um exemplo é esse "Frost / Nixon". O filme enfoca a polêmica sessão de entrevistas que o ex-presidente norte americano Richard Nixon concedeu ao jornalista inglês David Frost em 1977. Como se sabe Nixon havia renunciado ao seu cargo após o escândalo de Watergate. O que todos queriam saber era se Nixon confessaria ou não sua participação nos eventos que o levaram à renúncia do cargo mais poderoso do planeta. Na realidade dos fatos Nixon jamais confessou publicamente que teria participado de todos aqueles atos ilegais, nem na entrevista com David Frost e nem em lugar nenhum. Porém como isso tiraria grande carga de dramaticidade para a peça original em que o filme foi baseado, optou-se por alguns desvirtuamentos dos fatos reais. Com isso a peça e consequentemente o filme se tornaram bem mais interessantes do ponto de vista da pura dramaturgia, embora nesse processo tenham também perdido sua veracidade histórica. Mesmo com todas essas observações o filme não conseguiu escapar de um verdadeiro bombardeamento por parte da imprensa americana que o acusou de ser uma mera peça de ficção, sem qualquer laço com a entrevista real. Fred Schwarz, jornalista do prestigiado National Review sedimentou sua opinião da seguinte forma: "Frost / Nixon é uma tentativa de usar a história, transformar em retrospectiva uma derrota em uma vitória."

É curioso como Richard Nixon ganhou status de grande estadista perto de sua morte. Quando renunciou ele teve sua imagem pública destruída mas ao longo dos anos foi recuperando sua reputação e morreu sendo ovacionado pela grande imprensa americana, a mesma que tanto contribuiu para sua queda monumental. Para interpretar um personagem com tantas nuances e detalhes psicológicos e de personalidade, apenas um ator como Frank Langella poderia se sair bem sucedido. Ele passa longe de ser fisicamente parecido com Nixon e dispensou uso de maquiagem para fazer o papel, algo que Anthony Hopkins usou em excesso no filme de Oliver Stone e que acabou lhe tirando parte importante de sua expressão facial. Aqui Langella preferiu surgir em cena de cara limpa. O resultado é realmente maravilhoso pois em grande parte do filme esquecemos completamente da face do verdadeiro Nixon e nos concentramos na caracterização de Langella que é realmente soberba. Injustamente não venceu o Oscar de melhor ator, perdendo o prêmio mais esperado. Aliás o filme apesar de indicado para todos os principais prêmios da Academia (filme, ator, direção, roteiro adaptado e edição) saiu de mãos vazias da premiação. Fruto talvez da má vontade de certos articulistas que centraram fogo contra o filme. Não faz mal, "Frost / Nixon" está acima disso. Um filme inteligente com roteiro marcante que vai certamente agradar os espectadores que prezam por um bom filme embasado em grandes atuações.

Frost / Nixon (Estados Unidos, 2009) Direção:  Ron Howard / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Frank Langella,  Michael Sheen, Michael Sheen, Sam Rockwell, Kevin Bacon, Matthew MacFadyen, Oliver Platt, Rebecca Hall / Sinopse: Frost / Nixon mostra os bastidores, os acertos e finalmente a entrevista que o ex-presidente Richard Nixon concedeu ao jornalista inglês David Frost na década de 70.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de setembro de 2012

Apollo 13

“Houston, nós temos um problema””. Foi assim, com essa simples frase, que tudo começou. Hoje o programa espacial americano está em frangalhos. Com a crise econômica o governo americano fez profundos cortes no orçamento de sua agência espacial, a Nasa. Com isso programas pioneiros como a dos ônibus espaciais foram devidamente aposentados. Agora os astronautas americanos são meros caroneiros dos foguetes russos o que não deixa de ser muito irônico. Isso seria algo impensável durante a guerra fria pois naqueles anos os russos eram os principais concorrentes dos americanos na chamada conquista do espaço. Hollywood sempre serviu como braço direito dessa ideologia de chegar primeiro do que os comunistas soviéticos, louvando a  coragem e o brio dos cosmonautas do Tio Sam mas aqui temos uma exceção interessante. “Apollo 13”, o filme, enfoca justamente a missão do vitorioso programa onde praticamente tudo deu errado. Para quem gosta de superstições o fato de ter sido a décima terceira missão já era um prato cheio mas o filme é mais do que isso, pois procura retratar da forma mais fiel possível tudo o que passou os tripulantes depois que algo aconteceu na nave deles – até hoje não se sabe com exatidão o que desencadeou toda  uma série de eventos que colocaram em grande risco a vida dos americanos. De qualquer forma, como eles mesmos avisaram para sua torre de comando, eles tinham um problema, um sério problema.

Liderados pelo comandante vivido por Tom Hanks o filme consegue driblar o fato de ser passado praticamente todo dentro de um pequeno espaço sem se tornar chato, cansativo ou maçante. Os diálogos técnicos também poderiam contribuir para tornar tudo enfadonho mas o diretor de posse de um roteiro bastante inteligente conseguiu superar tudo isso. O fato é que tudo é tão bem exposto, tão bem desenvolvido que o espectador realmente fica torcendo pela vida dos membros da Apollo 13, mesmo já sabendo como será o desfecho da história. Quando essa produção surgiu nas telas muitos ficaram intrigados porque não se fazia um filme sobre a Apollo 11, essa sim um grande êxito do programa espacial americano pois foi a missão que levou o primeiro homem à lua. Bom, dramaticamente falando a Apollo 11 não tem a mesma intensidade da história da Apollo 13. Naquela tudo saiu conforme planejado, além disso os próprios eventos foram assistidos pelo mundo afora ao vivo pela televisão então o impacto já foi grande nos próprios eventos reais. Já a Apollo 13, além de ser bem menos conhecida, ainda traz o suspense e a carga de emoções próprias de uma missão desastrada e mal sucedida. No saldo final temos aqui uma película que vai agradar não apenas aos interessados pelo tema da exploração espacial mas também para os fãs de filmes de suspense e tensão em geral. Um excelente momento do cinema da década de 90 que merece ser redescoberto.

Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo (Apollo 13, Estados Unidos, 1995) Direção: Ron Howard / Roteiro: William Broyles Jr., Al Reinert, baseado no livro de Jim Lovell e Jeffrey Kluger / Elenco: Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Gary Sinise, Ed Harris, Kathleen Quinlan, Frank Cavestani, Jane Jenkins, Christian Clemenson, Roger Corman / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme mostra os problemas enfrentados pela missão Apollo 13.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de agosto de 2012

X-Men: Primeira Classe

Certamente Hollywood não iria deixar essa franquia de lado. Embora o último filme tenha sido de certa forma definitivo, fechando inclusive a estória, não restavam dúvidas que mais cedo ou mais tarde os mutantes de Stan Lee voltariam às telas. Vivemos atualmente uma verdadeira moda de filmes baseados em personagens de quadrinhos e sendo X-Men um dos mais populares desse universo era certo que eles voltariam de um jeito ou de outro. A solução aqui foi recomeçar tudo praticamente do zero. "X-Men: Primeira Classe", como seu próprio nome sugere, é o começo de uma nova série de filmes, com novos atores e nova proposta. A boa notícia é que esse primeiro filme é divertido, tem bons efeitos, um roteiro bem bolado e bom elenco. Dito isso é interessante salientar também que não é, na minha opinião, um filme isento de falhas. 

O filme caminha bem mas não consegue fugir da fórmula dos demais da franquia X-Men. Essa inclusive foi uma das decepções que tive. Após ler sobre ele antes de assistir fiquei com a impressão que esse seria o mais singular da série, algo mais inovador, mas isso definitivamente não acontece. Claro que seu diferencial é explicar a origem de muitos dos principais personagens da série porém não foge do formulaico para isso. Um pouco mais de ousadia dos realizadores cairia bem. Assim acabamos ficando com sabor de Deja Vu. Perceba que as coisas meio que se repetem. O grupo é formado, eles se conhecem, há um período de treinamento, etc, etc. Nesse quesito mais do mesmo. O grande mérito de First Class é realmente seu elenco (com muitos atores de seriados americanos como Damages, Mad Men, etc). O destaque obviamente vai para a estrela adolescente Jennifer Lawrence. Bonita e talentosa ela rouba todas as cenas em que aparece. O vilão interpretado por Kevin Bacon é outro ponto positivo. De certa forma ele me lembrou muito os primeiros vilões da franquia 007 e como a trama do filme é passada nos anos 60 então encaixou bem. Já Magneto e Xavier são personagens tão carismáticos que funcionam por si mesmos. Então é isso. First Class é um bom filme? Certamente. É inovador dentro da franquia? Não. De qualquer forma vale a pena assistir.  

X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, Estados Unidos, 2011) Direção: Matthew Vaughn / Roteiro: Ashley Miller, Zack Stentz baseados nos personagens criados por Stan Lee para a Marvel Comics / Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Kevin Bacon, Rose Byrne, January Jones / Sinopse: Grupo de mutantes são reunidos em uma mesma instituição para ensino e treinamento liderados pelo professor Charles Xavier (James McAvoy). 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Clube dos Cafajestes

Esse filme foi feito no final dos anos 70 mas na realidade é um dos grandes precursores do estilo de comédia que seria feito na década seguinte. Produzido pela revista de humor National Lampoon o filme trazia como atrativo o comediante John Belushi, já naquela altura um dos mais populares dos EUA, graças ao programa SNL. Escrachado, glutão e nojento seu estilo de humor caiu muito bem no papel de um estudante universitário de uma fraternidade lixo, cheio de péssimos alunos, garotas de moral duvidosa e muitas festas (inclusive a famosa festa da toga, com todo mundo vestido de romano). Esse universo de fraternidade é tipicamente americano e geralmente vira tema de filmes e seriados (como o recente Greek), sendo "Animal House" um dos pioneiros do estilo. 

Visto hoje o filme obviamente envelheceu um pouco. Seu estilo de humor com muita anarquia foi considerado na época uma inovação e tanto mas nos dias de hoje já não choca mais. Além disso algumas gags podem soar ingênuas demais para os jovens de hoje. Apesar disso e de ter um roteiro simples em demasia o filme ainda consegue divertir se levarmos em conta todos esses fatores. De resto fica a nostalgia e a lamentação de ver um comediante tão talentoso como Belushi ter morrido tão precocemente. Ele certamente poderia ter feito muito mais se não tivesse sucumbido de uma overdose alguns anos depois da realização desse filme.  

O Clube dos Cafajestes (Animal House, Estados Unidos, 1978) Direção: John Landis / Roteiro: Harold Ramis, Douglas Kenney / Elenco: John Belushi, Karen Allen, Tom Hulce, Kevin Bacon, Stephen Furst / Sinopse: O filme mostra o cotidiano de uma fraternidade americana na década de 60. Bebedeiras, festas e confusões envolvendo os alunos com a direção da universidade.  

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Questão de Honra

A disciplina militar tem sua própria lógica que muitas vezes não faz o menor sentido fora do ambiente de caserna. Esse é o pano de fundo de "Questão de Honra", uma grande produção da década de 90 que conseguiu reunir três astros em ascensão na época, Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore. Depois do relativo fracasso de "Um Sonho Distante" Tom Cruise resolveu apostar em um projeto de sucesso garantido. Aqui ele interpreta um jovem advogado das forças armadas americanas que tenta provar um crime militar ocorrido dentro de uma base aonde um jovem soldado supostamente teria sido morto por seus colegas de farda. Para tanto ousa convocar para depor um coronel casca grossa (brilhantemente interpretado por Nicholson). Sua frase durante o depoimento: "You can't handle the truth!" ("Você não suportaria a verdade!") foi considerada uma das mais marcantes da história recente do cinema americano. Nicholson tinha acabado de ganhar uma verdadeira fortuna com o sucesso do primeiro filme de Batman e estava ali para novamente causar sensação. É curioso ver um ator desse quilate dando um verdadeiro baile em Tom Cruise. Verdade seja dita: Cruise não é páreo para Nicholson em cena. Isso fica bem claro na cena final do depoimento do personagem de Jack. Ele simplesmente destrói Cruise e o cospe fora. Simples assim. .

A única peça no elenco que não parece se encaixar é Demi Moore. Complicado acreditar que ela seja digna de alguma patente militar. Vacilante, sem achar o tom certo de seu papel, ele se refugia apenas em sua beleza e tenta não passar vergonha ao lado do elenco brilhante. É certo que o filme poderia ser menos burocrático e ter um corte menos pesado. O diretor Rob Reiner porém costuma ter mão pesada, confundindo longa duração com qualidade. Isso já havia acontecido com "Conta Comigo". A produção aqui sofre dessa mesma falta de ritmo mas a presença de Nicholson consegue superar o mal estar. O saldo final é positivo, apesar de pontuais problemas. "Questão de Honra" fez sucesso e recebeu várias indicações para as principais premiações, inclusive Oscar e Globo de Ouro. Infelizmente não conseguiu ganhar nada de muito significativo mas pelo menos marcou presença nessas competições. Afinal o que vale é competir.

Questão de Honra (A Few Good Men, Estados Unidos, 1992) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Aaron Sorkin / Elenco: Tom Cruise, Jack Nicholson, Demi Moore, Kevin Bacon, Kiefer Sutherland / Sinopse: Durante um julgamento militar, defesa e acusação tentam esclarecer fatos ocorridos dentro de uma base militar que ocasionaram a morte de um soldado.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Quando os Jovens se Tornam Adultos

Assisti Diner há muitos anos. Hoje resolvi assistir de novo. Engraçado mas muitas vezes esquecemos os filmes, mesmo quando gostamos deles. É mais ou menos o que aconteceu comigo em relação a esse filme. Nada como uma revisão para refrescar a memória. O elenco é muito bom com vários atores que estavam quase "chegando lá" (todos eles acabariam fazendo uma ou outra coisa marcante em suas carreiras nos anos que viriam). Dentre eles Steve Gutemberg (creditado como o principal ator do elenco e que estrelaria duas franquias de sucesso, Loucademia de Policia e Cocoon), Kevin Bacon (antes de estourar nas bilheterias com Footloose) e até Paul Reisner (que iria fazer sucesso anos depois na série de TV "Louco por Você").

Embora todos eles sejam talentosos o destaque principal do elenco é mesmo Mickey Rourke. Fazendo um jovem que se mete em apuros por dever a um apostador, Mickey rouba literalmente todas as cenas em que aparece. Com nuances à la James Dean, Rourke (na época apenas um jovem promissor vindo do Actors Studio) faz jus ao seu talento de bom ator. O roteiro é centrado em diálogos bem bolados do grupo de amigos que estão numa fase em que não são mais jovens demais e devem decidir o rumo de suas vidas (o título nacional resume bem a situação). Além disso é semi biográfico por parte do diretor Barry Levinson, que aqui narra histórias de sua juventude na sua querida Baltimore. Enfim, é um filme excelente para quem quiser conferir boas atuações, tudo com leveza e um fino bom humor

Quando os Jovens se Tornam Adultos (Diner, Estados Unidos, 1982) Direção: Barry Levinson / Produção: Jerry Weintraub / Roteiro: Barry Levinson / Fotografia: Peter Sova / Trilha Sonora: Bruce Brody, Ivan Kral / Elenco: Steve Guttenberg, Daniel Stern, Mickey Rourke, Kevin Bacon, Tim Daly, Ellen Barkin, Paul Reiser, Kathryn Dowling, Michael Tucker / Sinopse: Cinco amigos na década de 50 em Baltimore passam pelas dificuldades e dramas típicos de suas idades.

Pablo Aluísio.