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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Formiguinhaz

Título no Brasil: Formiguinhaz
Título Original: Antz
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Eric Darnell, Tim Johnson
Roteiro: Todd Alcott, Chris Weitz
Elenco: Woody Allen, Sharon Stone, Gene Hackman, Sylvester Stallone
  
Sinopse:
A formiguinha Z (Woody Allen) é diferente. Ela faz parte um formigueiro onde todos precisam desempenhar suas funções sem reclamar. Z porém sonha com uma vida melhor, ele não consegue se adequar ao totalitarismo que impera dentro de sua comunidade. Pior do que isso, ele tem uma paixão por uma das princesas, algo impossível de acontecer por causa de sua posição na escala social do formigueiro. Filme indicado ao Annie Awards e ao BAFTA Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Ken Bielenberg e Philippe Gluckman).

Comentários:
Nessa animação podemos nitidamente perceber o poder e o prestígio de Steven Spielberg. Ele produziu essa animação e conseguiu reunir uma constelação de astros e estrelas de Hollywood para dublarem o filme. O enredo é simpático, mas nada demais. Todas as personagens formiguinhas do filme são caricaturas ou estereótipos dos próprios atores. Assim, por exemplo, temos uma formiga intelectual, cheia de crises existenciais, interpretada por Woody Allen. Já o brutamontes Sylvester Stallone interpreta uma formiga que tem como função proteger o formigueiro. Os animadores copiaram a própria imagem do ator para criar seu personagem em animação. Sharon Stone é uma formiguinha gatinha e sensual e por aí vai... Cheio de referências ao mundo do cinema a pergunta que fica após o filme chegar ao final é simples: Será que a criançada vai mesmo se importar (ou entender) todas as referências à cultura pop, ao mundo de Hollywood? Claro que não! A garotada só deseja mesmo se divertir, assim complica um personagem como a formiga Allen, que passa o tempo todo refletindo, como se estivesse em um filme do próprio diretor. Claro que há muitas cenas de ação e tudo mais, porém esse tipo de animação é mais indicada mesmo para cinéfilos em geral, gente que gosta e conhece cinema. Para os pequenos será apenas levemente divertida, com um ou outro momento realmente legal para eles.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Fugindo do Passado

Título no Brasil: Fugindo do Passado 
Título Original: Twilight
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Benton
Roteiro: Robert Benton, Richard Russo
Elenco: Paul Newman, Susan Sarandon, Gene Hackman, Reese Witherspoon, James Garner
  
Sinopse:
Ex-policial, agora aposentado, o detetive particular Harry Ross (Paul Newman) ganha a vida fazendo pequenos serviços, muitos deles sem grande importãncia. Tudo muda quando ele é contratado para entregar uma mala cheia de dinheiro a um chantagista. Seu cliente decide pagar uma alta soma em razão de uma chantagem que vem sofrendo, cujos detalhes Harry não tem pleno conhecimento. O problema é que há algo muito maior por trás, inclusive uma conspiração envolvendo um assassinato.

Comentários:
Bom filme policial cujo maior atrativo é a presença do veterano Paul Newman. Apesa da idade, o astro da era do cinema clássico americano esbanja carisma e versatilidade nesse bom roteiro, cheio de reviravoltas, que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. Como se não bastasse toda a riqueza de nuances da trama principal, ainda temos um elenco de apoio excelente, de primeira linha, cheio de grandes nomes de Hollywood como Susan Sarandon, Gene Hackman, James Garner e Reese Witherspoon! O grande Gene Hackman (hoje aposentado das telas definitivamente) interpreta um velho ator que ficou milionário com sua carreira de sucesso. Os tempos de fama e glória porém ficaram no passado pois ele está morrendo de um agressivo tipo de câncer. Susan Sarandon interpreta sua esposa, uma atriz que não teve o mesmo êxito profissional. Ela parece esconder algo em seu passado, principalmente em relação ao desaparecimento de seu primeiro marido, um homem que simplesmente nunca mais foi visto, não deixando quaisquer pistas sobre o seu paradeiro. Teria ela algo a ver com o sumiço dele? Para Harry tudo pode ser investigado e encaixado em algo mais misterioso e nebuloso do que muitos pensam. Com essa boa trama, personagens bem desenvolvidos e um roteiro acima da média esse filme é sem dúvida muito bom. Enfim, eis aqui mais um grande momento na carreira de Paul Newman, cuja filmografia sempre foi uma das mais ricas da história de Hollywood. Ele foi um ator cuja simples presença já tornava obrigatório qualquer filme.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Operação França 2

Título no Brasil: Operação França 2
Título Original: French Connection II
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Alexander Jacobs, Robert Dillon
Elenco: Gene Hackman, Fernando Rey, Bernard Fresson
  
Sinopse:
Após ser caçado em Nova Iorque pelo policial Popeye Doyle (Gene Hackman), o traficante internacional de drogas Alain Charnier (Fernando Rey) consegue fugir de volta para seu país natal, a França. Inconformado por estar solto, Popeye resolve ir para a Europa para colocar as mãos no criminoso, algo que não será nada fácil já que ele não poderá agir com autonomia em uma país estrangeiro e nem contar com a boa vontade dos policiais franceses. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Gene Hackman).

Comentários:
Depois de quatro anos do lançamento do filme original a Twentieth Century Fox resolveu produzir sua continuação. Algumas mudanças se fizeram necessárias. Saiu o diretor William Friedkin e entrou em seu lugar John Frankenheimer, um veterano de filmes de ação. Também deixou o elenco o ótimo ator Roy Scheider, Em compensação ficaram Gene Hackman como o policial de Nova Iorque Popeye Doyle e Fernando Rey como o traficante Alain Charnier. O cenário também foi mudado. Saíram as ruas decadentes de uma Nova Iorque suja e poluída e entraram os cenários mais sofisticados da ensolarada Marseille, na costa francesa. Esse segundo filme claramente investe mais na ação e na tensão causada pela caçada a Charnier. Isso não significa que não tenha ótimas cenas, ideais para Gene Hackman atuar bem, como naquela em que ele é sequestrado por traficantes e sofre uma sessão de tortura, onde fartas doses de heroína pura lhe são injetadas à força nas veias, tudo para que ele se torne um viciado, tal como àqueles que caça pelas ruas. Fernando Rey, que sempre considerei um ótimo ator, completamente subestimado em sua carreira, tem maiores chances de desenvolver seu personagem, um criminoso frio e psicopata. Em geral é um bom filme policial, embora o primeiro seja realmente melhor. Mesmo assim é essencial para quem gostou de "French Connection" pois aqui temos o desfecho da trama que se iniciou em 1971. Sem conferir "Operação França 2" você ficará pelo meio do caminho, sem uma definição da estória que acompanhou no filme original. Assim deixo a dica dessa sequência. Mais um bom momento do sempre talentoso Gene Hackman.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de junho de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. 

O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Operação França II

Assistir a essa sequência do clássico original é essencial. Isso porque o filme parte do final do anterior e traz a conclusão de toda a trama. Agora o policial Popeye Doyle (Gene Hackman) está na França. O departamento de narcóticos de Nova Iorque o envia para colocar um ponto final no caso do tráfico internacional de heroína que vimos no primeiro filme. Como se sabe o chefe de toda aquela operação, o traficante conhecido como Charnier (Fernando Rey). conseguiu escapar da lei americana. O jeito é pegá-lo em seu país natal. Os policiais franceses por outro lado não parecem muito dispostos a ajudar Popeye. Eles mostram muita má vontade com o tira americano e o proíbem de usar armas em solo francês. Mesmo com tantas limitações Doyle segue em frente. Em pouco tempo consegue seguir os rastros de Charnier, mas acaba caindo numa emboscada. Nas mãos dos traficantes acaba sendo dopado com heroína para desenvolver um vício na droga.

Essa parte do enredo dá ao ator Gene Hackman a oportunidade de atuar em ótimas cenas de torpor químico seguido de uma grave crise de abstinência. Ótimo trabalho físico e dramático de Hackman que se sai extremamente bem em todos os momentos. Depois de recuperado ele finalmente parte para o acerto de contas e não deixa barato - em um dos melhores momentos resolve tocar fogo em um hotel barato onde ficou refém da quadrilha de Charnier. O diretor John Frankenheimer deixou um pouco as sutilezas do primeiro filme para investir em ação, muita ação. A sequência no cais é um exemplo perfeito disso. Optando por um filme mais movimentado a continuação de "Operação França" acabou sendo ignorada pela Oscar, mas isso não fez muita diferença. Posso dizer que esse filme tem melhor ritmo e melhor desenvolvimento do que o original que é tão elogiado pela crítica. Provavelmente por ter sido uma fita policial de ação poucos tenham reconhecido seu valor, porém nunca é tarde para corrigir uma injustiça. Não se engane sobre isso, "Operação França II" é muito melhor do que dizem.

Operação França II (French Connection II, EUA, 1975) Direção: John Frankenheimer / Roteiro: Alexander Jacobs, Robert Dillon / Elenco: Gene Hackman, Fernando Rey, Bernard Fresson, Philippe Léotard / Sinopse: O policial americano Popeye Doyle (Hackman) vai até a França para colocar as mãos no traficante internacional Alain Charnier (Fernando Rey). Não será uma missão fácil de cumprir. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Gene Hackman).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Operação França

"Operação França" é um caso raro dentro do cinema americano. Foi um dos poucos filmes do gênero policial que foi premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Filme! Mais surpreendente do que isso é constatar que se formos bem sinceros numa avaliação isenta perceberemos que não há nada de excepcional nessa produção. Claro que o diretor William Friedkin (que também dirigiu outra obra prima, "O Exorcista") era um cineasta realmente excepcional, mas devo dizer que aqui temos apenas um filme de policiais e bandidos bem realizado, porém nada muito além disso. O cenário é um Nova Iorque saturada, em plenos anos 70. Uma cidade mal cuidada, suja e cheia de criminosos pelas ruas. Em um fervor quase messiânico o tira da narcóticos Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman) faz da caça de traficantes de drogas o seu objetivo na vida. Durante um happy hour em um bar local com outro policial, Buddy Russo (Roy Scheider), ele implica com um bandido italiano pé de chinelo chamado Sal Boca (Tony Lo Bianco).

Acontece que Boca está muito bem vestido, em ternos impecáveis, usufruindo da presença de pessoas bem acima do que ele na hierarquia do crime. Para Popeye só há uma explicação para o que ele está vendo: Boca deve estar envolvido em algo grande. Dito e feito. O policial e seu parceiro começam a seguir os passos do italiano e em pouco tempo descobrem uma conexão internacional de tráfico de drogas para Nova Iorque. A partir daí o tempo fecha. Popeye não é conhecido por sua delicadeza, muito pelo contrário, ele geralmente chega nos lugares tocando o terror na bandidagem, com métodos violentos e fora das regras. A melhor cena do filme, que inclusive foi imitada por anos e anos, acontece quando Popeye sai em disparada na perseguição de um atirador de elite sob comando da máfia francesa. O sujeito segue no metrô, enquanto Popeye o persegue em um velho carro todo estropiado. Na década de 70 havia uma preocupação maior com realismo e por essa razão não espere por cenas muito espetaculares como o público se acostumaria nos anos 80, com seus filmes ultra violentos. Para Friedkin o importante era contar de forma eficiente sua estória e nesse ponto ele novamente se saiu muito bem.

Operação França (The French Connection, EUA, 1971) Direção: William Friedkin / Roteiro: Ernest Tidyman, baseado no livro escrito por Robin Moore / Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey, Tony Lo Bianco / Sinopse: Dois tiras do departamento de narcóticos da cidade de Nova Iorque investigam um criminoso italiano de baixo nível que muito provavelmente está envolvido num grande esquema de tráfico de drogas internacional, com carregamentos de cocaína vindos diretamente da França. Filme premiado pelo Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Gene Hackman), Melhor Direção (William Friedkin), Melhor Roteiro Adaptado (Ernest Tidyman) e  Melhor Edição (Gerald B. Greenberg). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Roy Scheider).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Atrás das Linhas Inimigas

Outro filme que também marcou a despedida de um grande ator. Durante as entrevistas de lançamento dessa produção, Gene Hackman anunciou que estava se aposentando. De fato ele só retornaria dois anos depois para um último adeus em "O Júri" para só então se dedicar apenas a desfrutar dos frutos de sua longa carreira no cinema. Pena que "Atrás das Linhas Inimigas" não seja tão bom quanto se esperava. Na verdade é um filme cheio de problemas, em especial em termos de roteiro, arrastado e confuso, e falta de ritmo. Além disso o elenco não parece bem escalado. O comediante Owen Wilson, por exemplo, foi pessimamente escalado para o papel do tenente Chris Burnett. Ele parece nada convincente. Hackman, um ator que era praticamente à prova de falhas, precisou então segurar o filme praticamente sozinho em suas costas, o que nem sempre é um bom sinal.

Basicamente é um filme de guerra e ação que mostra as dificuldades de um oficial americano em sobreviver após ser praticamente abandonado em pleno território inimigo. A sinopse parece bem mais interessante do que se vê na tela. As cenas não são empolgantes e a dificuldade de se acertar no enredo coloca quase tudo praticamente a perder. Isso parece ser uma constante na carreira do diretor John Moore, algo que se repetiu em pequena escala em outros filmes seus como "O Vôo da Fênix" e "Max Payne". Só em "Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer" ele conseguiu em parte superar isso, talvez por se tratar de uma super produção. Enfim, temos aqui um filme que prometia bastante, mas que no final de tudo se revela apenas de mediano para fraco. O veterano e talentoso Gene Hackman merecia mais, muito mais do que apenas isso.

Atrás das Linhas Inimigas (Behind Enemy Lines, Estados Unidos, 2001) Direção: John Moore / Roteiro: Jim Thomas, John Thomas / Elenco: Gene Hackman, Owen Wilson, Gabriel Macht, Joaquim de Almeida / Sinopse: Um filme de guerra mostrando uma operação das mais perigosas no front de batalha.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma Ponte Longe Demais

Já faz algum tempo que estou procurando rever antigos filmes que assisti no passado. Acontece que depois de muitos anos você acaba esquecendo de praticamente todo o filme, ficando na memória apenas alguns trechos ou cenas mais importantes. Esse "Uma Ponte Longe Demais" eu assisti pela primeira vez ainda em vídeo durante a década de 1980. Ainda me recordo que se tratava de uma fita dupla, cujo a locação era praticamente o dobro do valor normal, mas que valia o sacrifício. Claro que já era hora de conferir novamente. Quando escolhi rever o filme nesse domingo à noite as únicas recordações que vinham em minha mente era de que se tratava de um dos mais clássicos filmes de guerra da história mais recente de Hollywood (produzido em 1977), que o elenco era realmente maravilhoso e que a fita tinha uma duração bem longa - quase três horas de filme no total! Mesmo assim tomei fôlego e resolvi rever. O roteiro explora curiosamente uma operação aliada durante a II Guerra Mundial que não deu muito certo. Foi a Operação Market Garden. Idealizada pelo general inglês Bernard Montgomery ela visava levar tropas para além das linhas inimigas, uma maneira de cercar as forças nazistas que estavam em movimento de retirada da França após a invasão da Normandia.

Assim foi idealizada e colocada em prática uma operação realmente gigantesca. Só para se ter uma ideia contou com milhares de aviões de guerra (inclusive planadores) e mais de 40 mil homens divididos em quatro divisões de infantaria e blindados do exército aliado. Tropas de para-quedistas foram enviadas para a retaguarda das tropas alemãs, com o objetivo de capturar pontes vitais na movimentação e abastecimento dessas tropas. Cercar para aniquliar. Asfixiar os recursos dos alemães. O plano realmente parecia muito bom, pena que uma série de imprevistos quase fez tudo se tornar em vão. As comunicações entraram em pane, evitando que o comando se comunicasse com os homens no front, o clima só atrapalhou e como se isso tudo não fosse o bastante os soldados americanos e ingleses ficaram sem comida, medicamentos e munição. Historicamente muito fiel aos acontecimentos reais, o diretor Richard Attenborough (o mesmo cineasta que dirigiu os filmes "Gandhi", "Um Grito de Liberdade" e "Chaplin") resolveu filmar um roteiro mais extenso que tenta acompanhar todos os três grandes grupos de combatentes que participaram dessa batalha. Essa tomada de decisão pode até ter deixado o filme um pouco prolixo e até mesmo confuso em certos momentos, mas nada disso acabou atrapalhando a qualidade final pois ainda considero um filme de guerra dos mais competentes.

Em termos de elenco temos uma verdadeira constelação de astros. O interessante é que dentro da estrutura do roteiro nenhum desses personagens podem ser apontados como os únicos protagonistas. Como se tratou de uma ação coletiva, que envolveu inúmeros oficiais e soldados no campo de batalha, o texto do filme também procurou privilegiar esse aspecto, sem colocar ninguém em destaque. Em uma visão mais crítica teríamos na verdade um roteiro ao estilo mosaico com uma multidão de coadjuvantes - embora todos eles sejam ao mesmo tempo também bem vitais dentro da história. Sean Connery, por exemplo, interpreta o Major General Urquhart, um veterano que acima de tudo teme pelo destino de seus homens. Com a experiência do campo de batalha ele logo percebe que aquele plano de invasão tinha realmente poucas chances de dar certo. Outro ator que pouco se destaca no elenco, apesar de ser um dos grandes astros da época, é Robert Redford. Ele leva mais de duas horas para finalmente surgir em cena. Seu personagem é designado para realizar uma missão fluvial das mais improváveis: atravessar um rio sob fogo pesado da artilharia alemã. Depois de concluída a missão ele desaparece sem maiores explicações.

Com um elenco tão bom e cheio de astros só achei equivocada a escalação de Ryan O'Neal no papel do Brigadeiro General Gavin. Ele era muito jovem para o papel, o que fez com que diversas cenas soassem estranhas e fora de nexo, principalmente quando encontrava oficiais bem mais velhos do que ele, verdadeiros veteranos, lhe pedindo conselhos de como agir no campo de batalha. Ryan com aquela cara de garoto (ele ainda era bem novo quando o filme foi realizado) não convence em nenhum momento. Bem melhor se sai o sempre ótimo Gene Hackman. Ele interpreta um oficial polaco que sofre uma série de preconceitos por causa de suas origens. Tudo levaria a crer que ele roubaria o filme quando entrasse em ação, porém ocorre um anticlímax quando os comandantes da operação resolvem deixá-lo fora de ação por quase todo o filme. Então é isso. Um filme improvável em minha opinião já que mostra um momento em que pouca coisa parecia dar certo para as forças aliadas que lutavam contra o III Reich. É até de surpreender que Hollywood tenha se interessado por essa história de fracasso militar de americanos e ingleses durante a II Guerra Mundial. O filme, por outro lado, deu mais do que certo. Um ótimo programa certamente.

Pablo Aluísio.

Uma Ponte Longe Demais

Título no Brasil: Uma Ponte Longe Demais
Título Original: A Bridge Too Far
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: William Goldman, baseado no livro de Cornelius Ryan
Elenco: Sean Connery, Ryan O'Neal, Michael Caine, Robert Redford, Gene Hackman, Anthony Hopkins, Michael Caine, Edward Fox, James Caan, Maximilian Schell, Laurence Olivier, Dirk Bogarde, Liv Ullmann, Elliott Gould.
  
Sinopse:
Setembro de 1944. II Guerra Mundial. Os principais comandantes das forças aliadas resolvem colocar em execução uma missão ousada, a Operação Market Garden. O objetivo seria colocar nas posições situadas atrás das linhas inimigas alemãs, bem na fronteira entre Holanda e Alemanha, um vasto exército de tropas especiais para-quedistas para cercar e sufocar as tropas nazistas que naquele momento estavam em um desesperado movimento de retirada da França por causa da invasão aliada na Normandia, dentro da série de ataques realizados durante o Dia D. Para o front são enviados oficiais condecorados e experientes como o Major General Urquhart (Sean Connery) e o Tenente Coronel inglês Frost (Anthony Hopkins), porém assim que pisam em território inimigo uma série de coisas começam a dar incrivelmente erradas, colocando em risco a vida de milhares de soldados aliados. Filme vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator Coadjuvante (Edward Fox). Também vencedor do British Society of Cinematographers na categoria de Melhor Fotografia (Geoffrey Unsworth).

Comentários:

Um épico moderno dos filmes de guerra passados na II Guerra Mundial, "A Bridge Too Far" entrou para a história do cinema por causa de seu elenco maravilhoso, cheio de grandes astros de Hollywood e da produção classe A que não poupou recursos para contar sua história. O foco do enredo se concentra na Operação Market Garden que tinha a intenção de cercar as forças nazistas que fugiam da França após o vitorioso desembarque aliado na Normandia. A intenção também era destruir todas as linhas de comunicações entre Berlim e suas tropas avançadas, destruindo pontes, estradas e vias de comunicação e abastecimento entre o coração do III Reich e seus comandados da frente ocidental. Não era uma tarefa fácil. Apesar do fato dos alemães estarem batendo em retirada a questão era que ainda tinham muito poder de fogo e combate e por essa razão assim que as botas dos soldados aliados pisaram em solo inimigo se deu início a um dos mais sangrentos episódios de toda a guerra, com batalhas travadas com muita ferocidade na luta por cada palmo de chão. O diretor Richard Attenborough quis ser o mais fiel aos acontecimentos reais e para isso não poupou esforços e nem metragem para sua obra. Embora bem completo o filme também se mostra com uma longa duração (2h49m para ser mais exato), o que de certa forma afastou grande parte do público na época.

Para quem não se importar com esse detalhe porém o filme vai se revelar uma excelente obra histórica, mostrando cada detalhe da operação, os eventos imprevisíveis e até mesmo os fatores que fizeram tudo dar tão incrivelmente errado. Há excelentes cenas de ação antes disso, inclusive uma impressionante sequência de centenas de aviões despejando os para-quedistas em solo inimigo. Uma grandiosa cena que contou inclusive com várias aeronaves da época e que ainda estavam em operação quando o filme foi realizado (algo que hoje em dia seria simplesmente impossível). O roteiro também explora várias pequenas missões envolvendo os diversos personagens do filme. Muitas dessas cenas são relativamente independentes das demais, funcionando quase como curtas dentro de um longa-metragem. Assim temos por exemplo a luta de um soldado (James Caan) em salvar a vida de um capitão dado como morto ou então a tenaz resistência de um oficial britânico (Hopkins) em manter sua posição dentro de uma cidade holandesa, mesmo diante de uma divisão de tanques alemães. Todas elas obviamente fazem parte da grande operação Market Garden, mas ao mesmo tempo contam pequenas histórias de luta e heroísmo dos combatentes anônimos que lutaram no front de guerra. Sob esse aspecto o roteiro acaba se revelando muito rico e detalhista do ponto de vista histórico, o que é uma das virtudes do filme como um todo. Assim se você estiver em busca de um bom filme sobre a II Guerra Mundial, que valorize os fatos reais e conte com um elenco realmente estelar, poucos serão tão recomendados como esse "Uma Ponte Longe Demais".

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de outubro de 2015

O Segredo

Baseado no romance escrito por John Grisham, especialista em tramas jurídicos, o filme narra a luta de um jovem advogado, Adam Hall (Chris O'Donnell), em defender seu velho avô, Sam Cayhall (Gene Hackman), das acusações de ter assassinado um negro no passado, tudo fruto de um aparente crime de ódio racial. Conhecido por ser uma pessoa racista e intolerante, Sam não parece disposto a abrir mão de suas opiniões, nem que para isso acabe pagando um preço muito caro nos tribunais, com risco até mesmo de ser condenado a pena capital. O roteiro assim explora o conflito interior que nasce em Adam, tendo que defender alguém que no fundo acredita em tudo aquilo que ele mesmo despreza. Como se pode perceber o argumento é mesmo dos mais interessantes.

Com um tema tão relevante era de se supor que o filme virasse uma pequena obra prima, mas infelizmente isso não aconteceu. O problema aqui é até fácil de encontrar. Embora conte com as presenças maravilhosas de dois veteranos talentosos, o grande Gene Hackman e a preciosa Faye Dunaway, o filme acaba afundando no quesito interpretação por causa de Chris O'Donnell. Naquela época Hollywood estava disposta a transformar o jovem ator em um astro do porte de um novo Tom Cruise. Não deu certo. Tudo o que O'Donnell conseguiu em muitos filmes foi ser apenas inexpressivo. Quando era uma produção sem importância, ao estilo pipoca de verão, isso não chegava a incomodar, mas quando começou a estragar bons roteiros como esse, a coisa toda começou a ficar irritante e constrangedora. Assim "O Segredo" acabou sendo prejudicado pela falta de talento dramático do rapaz. Se houvesse um ator melhor em seu papel tenho certeza que o filme teria se tornado uma das melhores preciosidades do cinema americano nos anos 1990. Só que isso definitivamente não aconteceu.

O Segredo (The Chamber, Estados Unidos, 1990) Direção: James Foley / Roteiro: William Goldman / Elenco: Chris O'Donnell, Gene Hackman, Faye Dunaway / Sinopse: Jovem advogado tenta livrar seu avô do corredor da morte. Ele foi condenado por racismo e outros crimes de ódio.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Geronimo – Uma Lenda Americana

A conquista do oeste americano também foi um grande choque de civilizações. De um lado o branco, muito mais avançado do ponto de vista tecnológico, procurando expandir suas conquistas territoriais e do outro o nativo americano, ainda em um estágio mais primitivo, porém não menos forte e bravo. Por anos o conflito entre o colonizador e os grupos indígenas se prolongou dentro dos territórios mais distantes da jovem nação americana mas aos poucos as grandes tribos entraram em acordo com o governo americano. Eles desistiam das guerras em troca de lugares pacíficos para viver. Assim grandes nações de sioux, apaches, comanches e demais etnias foram enviadas para reservas determinadas por Washington. Nem todos porém resolveram abaixar suas armas. Pequenos grupos seguiram em frente contra o invasor branco, causando prejuízos e baixas entre a cavalaria americana. Muitas vezes adotando táticas de guerrilhas eles mantiveram a chama acesso dos antigos guerreiros.

Um dos mais famosos combatentes nesse período foi o líder Apache Geronimo. Ele liderou um grupo de bravos guerreiros que se recusavam a abaixar a cabeça para o exército branco. Por anos lutaram nas regiões mais hostis do velho oeste contra o usurpador de terras vindo do leste. A história desse apache rebelde é justamente o tema desse western “Geronimo – Uma Lenda Americana”. Contando com um excelente elenco, incluindo os consagrados Gene Hackman e Robert Duvall, o roteiro mostrava os fatos históricos que cercaram Geronimo sob o olhar e a visão de um jovem tenente da cavalaria americana, Charles Gatewood (Jason Patric) que é enviada para a região mais conflituosa do oeste americano, justamente o local onde Geronimo e seu grupo de guerreiros se tornavam mais presentes e ativos. O filme tem uma bela reconstituição histórica, com um roteiro que procura ser fiel aos fatos reais sem que com isso se torne chato ou enfadonho. Para quem gosta de conhecer um pouco mais da verdadeira história da conquista do oeste americano esse filme é mais do que recomendado.

Geronimo – Uma Lenda Americana (Geronimo: An American Legend, Estados Unidos, 1993) Direção: Walter Hill / Roteiro: John Milius / Elenco: Jason Patric, Gene Hackman, Robert Duvall, Wes Studi / Sinopse: Jovem tenente da cavalaria americana é enviado para um forte distante do oeste americano onde terá que enfrentar o lendário guerreiro apache conhecido como Geronimo. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísi.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Maré Vermelha

Título no Brasil: Maré Vermelha
Título Original: Crimson Tide
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Michael Schiffer, Richard P. Henrick
Elenco: Gene Hackman, Denzel Washington, Viggo Mortensen, James Gandolfini, Matt Craven

Sinopse:
Em um submarino nuclear da marinha americana, dois oficiais entram em conflito após o recebimento de uma ordem de ataque. O tenente Ron Hunter (Denzel Washington) acaba liderando um verdadeiro motim contra o capitão Frank Ramsey (Gene Hackman) com o objetivo de evitar que a ordem de lançar os misseis nucleares seja executada. Filme indicado aos Oscars de Melhor Edição, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Som. Filme vencedor do Grammy Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora instrumental original.

Comentários:
O tempo passa muito rápido realmente. Já vai fazer dez anos que o excelente ator Gene Hackman resolveu se aposentar do cinema. Ele parece ter simplesmente se cansado de tudo e resolveu ir embora para aproveitar o resto de sua vida em paz, desfrutando do dinheiro que ganhou em tantos filmes. Uma pena pois era aquele tipo de profissional cuja presença no elenco já fazia valer o preço do ingresso. Esse "Crimson Tide" foi um dos grandes sucessos de bilheteria de sua carreira, onde teve a oportunidade de contracenar com outro grande ator, o sempre empenhado Denzel Washington. O cenário é um submarino nuclear americano prestes a dar início a um ataque de larga escala. O problema é que surge uma dúvida entre a tripulação: seria a ordem de atacar um erro técnico (já que não havia nenhuma justificativa para tal) ou era de fato um procedimento realmente ordenado por Washington? Dos dois lados da balança ficam o tenente comandante Ron Hunter (Denzel Washington), um sujeito mais equilibrado e o capitão do submarino, o "falcão" oficial Frank Ramsey (Gene Hackman). Do choque de personalidades nasce o conflito central de todo o enredo. Desnecessário dizer que estamos na presença de um roteiro cuja força se concentra justamente na tensão e nos diálogos de embate entre os dois personagens centrais. Nesse quesito o filme realmente é uma delícia. Curiosamente o elenco de apoio traz a presença de dois atores que ainda não eram muito conhecidos, mas que em pouco tempo se tornaria extremamente populares, Viggo Mortensen e James Gandolfini. Mortensen iria se consagrar na franquia "O Senhor dos Anéis" como Aragorn e Gandolfini na série televisiva "Família Soprano" no papel inesquecível de Tony Soprano. Em suma, "Maré Vermelha" segue sendo considerado um dos melhores filmes ambientados em submarinos do cinema americano. Um programa realmente imperdível.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sob Fogo Cerrado

Título no Brasil: Sob Fogo Cerrado
Título Original: Under Fire
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Clayton Frohman
Elenco: Nick Nolte, Ed Harris, Gene Hackman

Sinopse:
Três jornalistas americanos acabam se envolvendo em um perigoso jogo de vida e morte durante os últimos dias do corrupto regime de Anastasio Somoza, em uma Nicarágua prestes a passar por uma violenta revolução socialista no ano de 1979. Filme baseado em fatos históricos reais. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Trilha Sonora (Jerry Goldsmith). Indicado também ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Gene Hackman) e Melhor Trilha Sonora.

Comentários:
Dentro da vasta e importante filmografia do ator Gene Hackman esse é sem dúvida uma participação menor. O curioso é que ele acabou aceitando um mero papel coadjuvante em uma fase particularmente bem sucedida de sua carreira. O filme soa apenas ok ao ser revisto hoje em dia. Apesar de se passar em um período politicamente muito conturbado, quando o poder na Nicarágua caiu em mãos de um regime mais radical, o filme prefere investir mais na consciência pessoal do personagem de Russel Price interpretado por Nick Nolte. Ele é um profissional, um jornalista que acaba registrando tudo o que acontece ao seu redor, mas sem tomar partido entre rebeldes e governo. Aos poucos porém ele começa a presenciar a brutalidade do conflito, entendendo finalmente que naquele momento histórico em especial não havia um lado certo ou errado, pois se inicialmente tinha simpatizado com a causa rebelde e revolucionária, logo entende que ambos os lados na verdade se apóiam em pura violência e terror. No final das contas "Under Fire" se sobressai por ter um bom roteiro, amparado por um elenco acima de média.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Poder Absoluto

Título no Brasil: Poder Absoluto
Título Original: Absolute Power
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: David Baldacci, William Goldman
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Ed Harris, Laura Linney 

Sinopse:
Luther Whitney (Clint Eastwood) é um ladrão profissional que decide roubar a mansão de um bilionário americano em Barbados. Bem no meio do "serviço" acaba percebendo que há um casal no local, na verdade a jovem esposa do ricaço nas mãos de seu amante. Mal sabe Luther que o homem na realidade é o próprio presidente dos Estados Unidos, Allen Richmond (Gene Hackman), que fará de tudo para que todas as pistas de sua presença no lugar sejam apagadas, inclusive riscar do mapa o próprio Luther Whitney!

Comentários:
Um dos raros filmes dirigidos por Clint Eastwood que não foram bem sucedidos na bilheteria. Não chegou a ser propriamente um fracasso comercial, mas tampouco se revelou um investimento lucrativo. No geral apenas cobriu seus custos e nada mais. A primeira coisa que chama atenção aqui é a associação da produtora de Clint (Malpaso Productions) com a Castle Rock que é especializada mesmo em filmes de terror B. Uma sociedade pouco provável, no mínimo. De qualquer maneira mesmo dirigindo em uma companhia menor, Clint conseguiu reunir um elenco e tanto, só formado por feras como Gene Hackman e Ed Harris que muito provavelmente só aceitaram o convite por causa do prestígio de Clint em Hollywood. Essa conclusão é a que chegamos ao reconhecermos que o roteiro não é o forte do filme. Aliás "Absolute Power" é muito na média para um filme dirigido por Clint. Talvez por isso muitos tenham achado mesmo uma grande decepção. Não diria que chega a isso, apenas que é um policial sem surpresas, que se rende muito facilmente aos mais batidos clichês do gênero. De qualquer forma como é Clint na direção vale a pena ver pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A Firma

Título no Brasil: A Firma
Título Original: The Firm
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: David Rabe, baseado na obra de John Grisham 
Elenco: Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn, Gene Hackman

Sinopse:
Mitch McDeere (Tom Cruise) é um jovem advogado que parece encontrar a grande chance de sua carreira, ao ser admitido em uma das melhores e mais conhecidas firmas de advocacia dos Estados Unidos. O que ele não desconfia é que tudo se trata de uma mera fachada para lavagem de dinheiro de criminosos internacionais. Após a morte de dois sócios da firma, McDeere precisa decidir o que irá fazer, cair fora do negócio, correndo o risco de ser morto também ou se tornar informante do FBI, algo que também não será muito fácil de realizar.

Comentários:
Cruise se une ao escritor de best sellers John Grisham e ao consagrado cineasta Sydney Pollack para levar o livro de sucesso aos cinemas. Interpretando um jovem advogado que se vê envolto numa teia de mentiras e conspirações, Tom Cruise conseguiu mais um êxito comercial em sua carreira. Embora tenha feito sucesso nas bilheterias, o filme também tem seus problemas - é frio e distante demais, não conseguindo criar um bom vínculo com o público. Por essa época Cruise ainda estava em busca de seu Oscar, mas não conseguiu arrancar uma indicação por seu trabalho que passou em brancas nuvens pela Academia. As duas únicas indicações do filme - Holly Hunter como melhor atriz coadjuvante e Dave Grusin na categoria Melhor Trilha Sonora Original - não foram consideradas favoritas aos prêmios e não trouxeram nenhuma estatueta ao filme. Situações como essa talvez explique o fato de Cruise ter desistido de concorrer ao prêmio de Melhor Ator no Oscar. Hoje em dia o astro está mais preocupado mesmo em garantir polpudas bilheterias e não mais reconhecimento da crítica. Seus trabalhos mais recentes são blockbusters realizados para gerar muito dinheiro, mas poucos elogios dos especialistas em cinema. Pelo visto o que realmente importa para Cruise hoje em dia é se manter como um nome quente e popular em Hollywood, deixando o reconhecimento por seu trabalho como algo de menor importância, em segundo plano. Curiosamente "A Firma" acabaria virando série de TV muitos anos depois, em 2012. Infelizmente o seriado não faria sucesso, sendo cancelado após a exibição de poucos episódios.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lembranças de Hollywood

Título no Brasil: Lembranças de Hollywood
Título Original: Postcards from the Edge
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Carrie Fisher
Elenco: Meryl Streep, Shirley MacLaine, Dennis Quaid, Gene Hackman, Richard Dreyfuss, Annette Bening

Sinopse:
O filme narra o conturbado relacionamento entre duas gerações de atrizes, mãe e filha. Uma está passando por um sério problema com drogas e a outra tenta colocar a filha no caminho certo, embora passe longe de ser um exemplo a seguir pois tem problemas com bebidas, desde que seu marido a deixou por uma outra atriz famosa. Filme baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Canção Original ("I'm Checkin' Out" por Shel Silverstein). Também indicado ao Globo de Ouro nas categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep), Melhor Atriz Coadjuvante (Shirley MacLaine) e Melhor Canção Original.

Comentários:
Para muitos a atriz Carrie Fisher é apenas a Princess Leia da trilogia original de "Star Wars". Essa é uma visão simplista. Carrie fez parte da "nobreza de Hollywood" desde o berço. Ela é filha de Debbie Reynolds e Eddie Fisher e indiretamente fez parte de um dos maiores escândalos da história do cinema americano. Quando tinha apenas três anos de idade seu pai abandonou a família para ir viver com Elizabeth Taylor, que era inclusive uma das grandes amigas de Debbie Reynolds! Os anos que se seguiram não foram dos melhores e ela viveu tempos turbulentos ao lado de sua mãe. De suas memórias dessa época ela acabou escrevendo um livro de memórias que deu origem ao roteiro desse filme. "Postcards from the Edge" é um belo drama familiar, um tipo de produção que tem ficado cada vez mais raro em Hollywood. Um texto muito bem escrito que lida com problemas familiares e pequenos e grandes dramas na relação entre mãe e filha. O elenco fala por si só, fabuloso, cheio de atores e atrizes talentosas. A direção de Mike Nichols é um primor, nunca deixando o filme deslizar para banalidades estéticas. Em conclusão, esse é um belo trabalho de composição, um resgate de parte da história da velha Hollywood e um deleite para os cinéfilos que gostem de conhecer a fundo os bastidores da indústria do cinema.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Gaiola das Loucas

Título no Brasil: A Gaiola das Loucas
Título Original: The Birdcage
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Jean Poiret, Francis Veber
Elenco: Robin Williams, Nathan Lane, Gene Hackman, Dianne Wiest

Sinopse:
Armand (Robin Williams) e Albert (Nathan Lane) formam um casal gay na ensolarada e badalada Miami. Eles também são donos da boate GLS The Birdcage, onde Albert se apresenta com seu famoso número de diva transformista. A tranquilidade dos pombinhos acaba quando o filho de Armand resolve se casar com a filha de um político conservador, quadradão e religioso, o senador republicano Kevin Keeley (Gene Hackman). O auge da situação delicada acontece quando Armand é avisado que receberá o senador para um jantar em sua própria casa, quando as famílias deverão finalmente se conhecer. E agora? O que fazer com Albert e o clube "Gaiola das Loucas"?

Comentários:
Via de regra detesto remakes. Mas nesse aqui tenho que dar o braço a torcer. O filme original é de 1978, uma produção francesa chamada "La Cage Aux Folles" estrelada por Ugo Tognazzi. Pois bem o filme francês já está muito datado e sendo sincero não consegue ser tão divertido como essa refilmagem americana. O segredo dessa nova versão é seu elenco, simplesmente maravilhoso. Robin Williams como Armand é sem dúvida um grande achado mas quem rouba a cena mesmo é Nathan Lane e Gene Hackman. Lane está fenomenal. Sua cena imitando os passos de John Wayne para parecer um autêntico macho viril são de rolar de rir. Pior é quando tenta se passar por uma matrona de fina classe, também tão conservadora quanto o senador. E por falar nele é sempre algo muito gratificante ver um ator como Gene Hackman, que se notabilizou por personagens sérios em dramas pesados, se dando tão bem em uma comédia como essa. Até Dianne Wiest fazendo uma esposa reprimida agrada. Em suma, esse tive o prazer de ver no cinema, na época nem dava nada pelo filme mas foi uma grata surpresa. Divertido e muito engraçado. Alguém espera algo mais de uma comédia do que isso? Claro que não! Se ainda não viu corra para conferir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Superman II

Muita gente acha essa continuação a melhor aventura de Superman nos cinemas. Eles têm razão. Livre das amarras de contar a origem do personagem os roteiristas deram asas à imaginação e resolveram trazer o espírito dos quadrinhos para a continuação. A grande sacada foi trazer três prisioneiros do planeta de origem de Superman para a terra. Logicamente como eram de Kripton eles teriam os mesmos poderes do super heroi. E isso definitivamente significava muitas cenas de lutas pelas ruas de Metropolis. A aventura decorrente disso torna o filme a produção mais próxima à essência dos quadrinhos originais de Superman. Na outra linha do argumento vemos Superman em crise existencial, querendo se tornar mais humano para viver ao lado do amor de sua vida. Má idéia e um mal momento para isso pelas razões já expostas. Essas duas linhas narrativas seguem muito bem até o final, que é um dos melhores em personagens de HQs adaptados para o cinema. Isso definitivamente não me surpreende. O roteiro foi escrito pelo grande Mario Puzo (1920 - 1999), autor brilhante que escreveu outro clássico absoluto do cinema: O Poderoso Chefão.

Pena que esse filme acabou sendo o último grande momento da franquia com Christopher Reeve. A continuação Superman III era bem fraca e se apoiava demais no comediante Richard Pryor e a parte IV foi simplesmente péssima, um adeus melancólico de Reeve ao personagem que o imortalizou. Assim não há outra conclusão: Superman II realmente é o melhor. Livre das amarras de um roteiro que tem que explicar a origem do super herói, os roteiristas puderam ser bem fiéis aos próprios quadrinhos. Além disso o elenco surge bem mais à vontade em seus personagens. Christopher Reeve, ótimo como sempre, esbanja carisma e "bom mocismo". Em minha opinião vai ser muito complicado a Warner achar alguém tão adequado quanto Reeve para esse papel. Estamos prestes a assistir um novo filme sobre o super herói e só tenho uma certeza: tão bom quanto Reeve o novo ator a vestir a capa vermelha não será. Superman II pode ter envelhecido em alguns aspectos técnicos - como os efeitos especiais - mas como produto pop segue praticamente imbatível no quesito qualidade e diversão.

Superman II (Superman II, Estados Unidos, 1980) Direção: Richard Lester / Roteiro: Mario Puzo, David Newman, Leslie Newman / Elenco: Christopher Reeve, Gene Hackman, Margot Kidder, Sarah Douglas, Terence Stamp / Sinopse: Após longos anos vagando no espaço, três renegados do planeta Kripton que estão confinados na chamada Zona Fantasma conseguem se libertar e rumar em direção ao planeta Terra. Liderados pelo psicótico General Zod (Terence Stamp) eles querem o controle sobre tudo mas para isso terão que enfrentar Superman (Christopher Reeve).

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de março de 2012

Superman

Na iminência da destruição de seu planeta Kripton, Jor-El (Marlon Brando) decide enviar seu filho recém nascido para um planeta distante chamado Terra nos confins do universo. Assim começa a aventura de Superman, um dos super-heróis mais populares e influentes da cultura pop. Para aquele que é considerado o primeiro grande personagem do universo de quadrinhos a Warner resolveu caprichar na realização desse filme. A publicidade de Superman garantia que o espectador iria acreditar que o homem poderia voar. Depois do lançamento ninguém mais tinha dúvidas sobre isso. Superman é até hoje uma das melhores adaptações já feitas de quadrinhos para o cinema. A produção classe A acerta em praticamente todos os aspectos: elenco, direção, efeitos especiais e roteiro. Poucas vezes na história do cinema se viu um filme em que tantos elementos se encaixavam tão perfeitamente. Os efeitos especiais certamente envelheceram pois foram feitos em uma época em que não havia ainda efeitos digitais. Mesmo assim visto atualmente temos que admitir que se tornaram bem charmosos, além de dar um status cult para a produção em si. As cenas em que Superman voa pela primeira vez, por exemplo, não perderam impacto mesmo nos dias de hoje. 

Além de visualmente deslumbrante Superman ainda contava com uma trilha sonora imortal que até hoje emociona. A música tema composta por John Williams ainda soa poderosa e evocativa, mesmo após tantos anos. O elenco de Superman é formidável a começar pela escolha de Christopher Reeve para interpretar o personagem título. Eu costumo dizer que não basta ter apenas a estampa, o porte físico de Superman para se sair bem nesse papel. Tem que ser bom ator e a razão é simples: para interpretar Clark Kent o ator tem que ser versátil. Por isso tantos fracassaram. Nessa questão Christopher Reeve foi brilhante pois atuou maravilhosamente bem tanto na pele do super-herói quanto na pele de seu alter ego, o jornalista tímido e atrapalhado Clark Kent. Outro destaque sempre lembrado desse filme é a presença do mito Marlon Brando. Fazendo o papel do pai de Superman ele rouba a parte inicial do filme. Curiosamente Brando quase não embarca nessa aventura pelo cachê absurdo que cobrou. Após analisar bem o estúdio entendeu que ter Marlon Brando no elenco não tinha preço pois ele certamente traria muito prestígio para o filme como um todo. Foi contratado e mais uma vez arrasou em cena. Como se não bastasse a presença desses dois maravilhosos profissionais o filme ainda contava com um elenco de apoio simplesmente incrível: Gene Hackman e o veterano Glenn Ford (na pele do pai terrestre de Kent). Em breve teremos mais uma adaptação do personagem para as telas, novamente pelos estúdios Warner e novamente contando com uma produção milionária. Será que vai conseguir superar esse filme definitivo sobre o homem de aço? Eu duvido muito. Algumas produções são simplesmente definitivas como essa. Nota 10 com louvor. 

Superman - O Filme (Superman, Estados Unidos, 1978) Direção: Richard Donner / Roteiro: Mario Puzo, David Newman, Leslie Newman, Robert Benton baseados no personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster / Elenco: Christopher Reeve, Marlon Brando, Gene Hackman, Glenn Ford, Margot Kidder, Susannah York, Terence Stamp / Sinopse: "Superman" de 1978 conta as origens do personagem tão popular do universo de quadrinhos. Nascido em Kripton adquire super poderes em nosso planeta. Um ícone da cultura pop em excelente produção dos estúdios Warner. 

Pablo Aluísio.